domingo, 31 de outubro de 2010

Assembléia geral dos estudantes da Unifesp aprova indicativo de greve


Textos do site do partido da causa operária.
Nesta quinta-feira, 28 de outubro, mais de 500 estudantes da Universidade Federal de São Paulo de todos os campi se reuniram em assembléia e aprovaram levar para os campi a proposta de greve geral

Na segunda assembléia geral ocorrida entre todos os campi da Universidade de São Paulo os mais de 500 estudantes decidiram levar para seus campi a discussão da necessidade de paralisação total para obrigar a reitoria ouvir as reivindicações dos estudantes. Estavam presentes os estudantes em greve de Guarulhos, Baixada Santista e os campi de São Paulo, Diadema e São José dos Campos.
Estudantes do tradicional curso de medicina na Unifesp se manifestaram favoráveis a greve e a mobilização e ressaltaram a necessidade de levantar as reivindicações locais, que apesar de serem muito diferentes também existem. Ressaltaram que há diversos problemas que enfrentam e esta mobilização contribuiu para iniciarem uma discussão.

Os estudantes tinham nítida disposição de aprofundar a mobilização com a aprovação da greve imediata, como aconteceu com o campus de Guarulhos em que com a aprovação da greve a ampla maioria dos estudantes aderiu e as aulas foram todas paralisadas.
Foram criados grupos para ir para os campi debater as pautas e a necessidade da unidade na mobilização.
Durante a assembléia diversas manifestações de apoio foram dadas. O Sindicato dos Funcionários da Unifesp declarou apoio e doou dinheiro para o fundo de greve dos estudantes.
Também o sindicato dos professores aprovou moção de apoio as reivindicações e a paralisação dos estudantes.
A crise na Unifesp é imensa. Nem mesmo os professores que serviam como apoio para a burocracia universitária conseguem se voltar contra esta mobilização por reivindicações muito urgentes.
Os estudantes da Unifesp devem ampliar a mobilização e levantar as reivindicações de cada local e com esta quantidade imensa de problemas enfrentados pelos estudantes, estes que são da razão da existência da universidade, devem se mobilizar pela autonomia da universidade. Esta autonomia será conquistada verdadeiramente com um governo da universidade dos três setores e uma maioria de estudantes.
Os campi da Baixada Santista e Guarulhos estão em greve pela construção definitiva de prédio para as faculdades e outras questões específicas. A reitoria da Universidade Federal de São Paulo, já prevendo a situação de calamidade que estava sendo criada nos campi, criou a pró-reitoria de “assuntos estudantis”.
Esta foi a maneira encontrada para dar uma aparência de preocupação com a situação precárias dos novoscampi e o que vivem os estudantes. No entanto, até agora se parece mais com um medo da mobilização dos estudantes do que de fato a tentativa de ver modos de resolver os problemas imensos vividos diariamente pelos estudantes dos novos campi.
A reitoria e o governo apresentam a questão como uma impaciência dos estudantes, pois o campus já foi criado e agora será equipado. A questão é que a não mobilização dos estudantes resulta no prevalecimento da vontade, critérios e princípios da burocracia universitária e que evidentemente não tem nada em comum com as necessidades estudantis e da universidade como centro de cultura e conhecimento.
Na última semana W. Albertoni, reitor da Unifesp e toda a burocracia inauguraram um novo prédio da reitoria, um aconchegante, bem arrumado e espaçoso prédio. O imóvel custou aos cofres públicos através do MEC R$ 18 milhões.


Isso é o que vivem as universidades brasileiras. Uma ditadura de um pequeno grupo de privilegiados por suas estreitas ligações com o governo e o completo descaso com a universidade. Os estudantes dos novos campi da Unifesp são vítimas da corrupção da burocracia universitária que não tem como função garantir nada além de seus interesses e os do governo como fica claro neste caso.
As novas unidades não têm sequer um prédio definitivo para as aulas. No campus de Guarulhos, por exemplo, a universidade empresta da prefeitura um prédio. Uma situação completamente precária e não é porque não tem dinheiro, mas é porque as prioridades e os critérios para utilização do dinheiro da universidade não são dos estudantes.


Neste sentido, a assembléia geral dos estudantes da Unifesp deve organizar e ampliar a luta pelas reivindicações específicas dos campi como Restaurante Universitário, Moradia estudantil, biblioteca, quadra poliesportiva e também a reorganização da universidade de alto a baixo.
O poder de decisão na universidade deve estar nas mãos dos estudantes que são a maioria e os que não defendem uma necessidade particular, mas para toda a universidade

A greve continua! Guarulhos prossegue lutando

Textos do PCO
A assembléia geral do campus de Guarulhos da Unifesp realizada nesta quarta-feira teve como pauta a discussão da paralisação da última semana e os rumos do movimento. Os mais de 500 estudantes debateram a importante mobilização que paralisou completamente as aulas do campus e as reivindicações que devem ser incorporadas a greve.

A comissão jurídica formada pela mobilização passou a informação para os presentes sobre a prestação de contas da Unifesp e os milhões que foram destinados para os cursos do Reuni, programa de expansão das universidades federais, que deveriam ser investidos em obras como a construção das salas de aulas, biblioteca entre outros foram desviados pela burocracia universitária para a compra do novo prédio da reitoria, que custou 18 milhões de reais.


Foram levantadas diversas reivindicações como a política das bolsas de estudo na universidade, a relação docampus com a comunidade do bairro, a instalação de wireless, e questões que já foram eixo de outras mobilizações como o poder na universidade e a total falta de democracia. Estas e outras questões serão debatidas em fóruns de discussão da mobilização diária e podem ser votados na próxima assembléia.



Os informes eram muito positivos como da turma de história que decidiram não entregar nenhum trabalho aderindo completamente a greve.
A votação da continuidade da greve foi feita com muita empolgação e palmas.
Todos os dias os estudantes estão organizando debates e piquete. O campus está coberto de faixas e mensagens dos estudantes em greve.


Foi aprovado levar esta posição para a assembléia geral da Unifesp que será realizada nesta quinta-feira e organizar a ampliação do movimento de greve até que as reivindicações sejam garantidas pelas diretorias doscampi e da reitoria.


Os estudantes decidiram escrever uma carta para o diretor do campus para que ele responda por escrito sobre as reivindicações e esta resposta será analisada na próxima quinta-feira.
Foi encaminhada também uma moção de repúdio à sindicância e ameaça de expulsão de 14 estudantes da USP em represália a atividade política e luta por moradia estudantil que será votada na próxima assembléia.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PCB Guarulhos apoia a paralisação do campus Guarulhos da UNIFESP


Foi deliberada em Assembleia a paralisação de todas as atividades acadêmicas no campus Guarulhos. Após a Assembleia, os estudantes dirigiram-se para a frente do centro de educação unificado da prefeitura de Guarulhos, que foi concedido para uso da UNIFESP enquanto não há um novo prédio.
Os estudantes manifestavam-se quando a repressão foi acionada e diversos estudantes foram agredidos com borrachadas, socos e pontapés. Não e de hoje que o DCE, em conjunto com os centros acadêmicos do campus Guarulhos, posicionaram-se contrários à instalação de uma base da guarda civil municipal ao lado do Campus. Hoje a consequência está aí. Repressão à manifestação legítima do movimento estudantil.
Por isso, mais do que antes, a palavra de ordem a luta continua ! é mais do que apropriada e os estudantes de Guarulhos, junto com os estudantes de Santos em unidade tratarão de continuar sua luta em busca de condições adequadas de permanência estudantil. Não queremos estudar nessas precárias condições, não queremos uma universidade para as elites, mas justamente o contrário. Lutamos pela universidade popular.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

É preciso derrotar Serra

imagemCrédito: Brasil de Fato

Editorial Brasil de Fato ed. 398

A candidatura do demotucano José Serra surpreendeu não por sua identificação com as políticas neoliberais, e sim pelo baixo nível de sua campanha

13/10/2010

No início do processo eleitoral deste ano, um conjunto de forças populares e movimentos sociais decidiram empenhar esforços para eleger o maior número possível de parlamentares e governadores identificados com as bandeiras da classe trabalhadora. E, nesse cenário, sobre o pleito presidencial, a unidade se deu em torno da luta para evitar um retrocesso ao país. Ou seja, não permitir a vitória da proposta neoliberal, representada na candidatura do tucano José Serra. Assim, passado o primeiro turno, realizado no dia 3 de outubro, é importante fazer uma avaliação do que significou esse processo. Até porque a expectativa era de vitória da candidata Dilma Rousseff no primeiro turno.

Importantes avanços

São boas as renovações que ocorreram nas assembleias estaduais, na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, na eleição e reeleição de governadores progressistas. Nesse sentido, destacamos a vitória do povo gaúcho, que derrotou o mandato tucano de Yeda Crusius. Candidata à reeleição ao governo do Rio Grande do Sul, Yeda se notabilizou no controle da mídia, na criminalização dos movimentos sociais e na repressão à luta dos trabalhadores.

Campanha presidencial

É importante ressaltar que, nesta campanha presidencial, os graves problemas do povo ficaram ausente do processo. Evidenciou-se que a falta de debates em torno de projetos políticos e dos problemas principais que afetam a população brasileira. Assim, a campanha de Dilma Rousseff buscou apenas divulgar o desenvolvimento econômico e as políticas sociais do governo Lula e apoiar-se na popularidade do atual presidente. Com essa estratégia, obteve quase 47% dos votos, mas insuficientes para vencer no primeiro turno.

A candidatura do demotucano José Serra surpreendeu não por sua identificação com as políticas neoliberais, e sim pelo baixo nível de sua campanha. Foi agressivo, tentou interferir em julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), espalhou mentiras e acusações infundadas. Independente de qualquer outro resultado, a biografia do candidato já é a maior derrotada nessas eleições.

Já as candidaturas identificadas com os partidos de esquerda, que utilizaram o espaço eleitoral para defender os interesses da classe trabalhadora, infelizmente tiveram uma votação baixa.

Outro elemento importante neste atual quadro é o descenso social de duas décadas em nosso país. A fragmentação das organizações da classe trabalhadora e a fragilidade da política de comunicação com a sociedade também influíram no resultado eleitoral.

Assim, as eleições deste ano demonstraram o poder nefasto e antidemocrático da mídia. Mas, por outro lado, potencializaram uma rede de comunicadores independentes, comprometidos com a liberdade de expressão, que enfrentaram o monopólio dos meios de comunicação. São avanços importantes rumo à democratização da informação e pelo controle social sobre meios de comunicação em nosso país.

Segundo turno

No dia 31, o povo brasileiro terá de fazer sua escolha. De um lado, o demotucano José Serra. E, como já dissemos aqui neste espaço, atrás da candidatura Serra estão as forças do capital mais atrasadas e subservientes ao império estadunidense, os grandes bancos, a grande indústria paulista, o latifúndio atrasado de Kátia Abreu e o agronegócio "moderno" do etanol. Seu programa é um só: a volta do mercado, benefícios para as empresas e a repressão para conter as demandas sociais. Seria a prioridade no programa dos PPPs já aplicado em São Paulo: privatizações, pedágios e presídios.

De outro lado, a candidatura de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT). Também como já dissemos, a candidatura Dilma representa continuidade do governo Lula e tem forças sociais entre a burguesia (temerosa da reação das massas), setores da classe média que melhoraram de vida e amplos setores da classe trabalhadora. Praticamente todas as forças populares organizadas têm sua base social apoiando a candidata petista.

Assim, o conjunto das forças populares e movimentos sociais, que mantêm o compromisso de defesa das bandeiras de lutas da classe trabalhadora e da construção de um país democrático, socialmente justo e soberano, defendem a candidatura de Dilma. Mas manterá a autonomia de luta independente do governo eleito.

Infelizmente, os avanços do governo Lula em direção às bandeiras democrático-populares foram insuficientes, em que pese o acerto de sua política externa. Também preocupa constatar que, no arco de alianças da candidatura de Dilma Rousseff, há forças políticas que se contrapõem a essas demandas sociais.

Porém, fica uma certeza: José Serra, por sua campanha, pelo seu governo em São Paulo e pelos oito anos de governo FHC, tornou-se inimigo da classe trabalhadora e das nossas bandeiras de lutas. Pelo caráter anti-democrático e anti-popular dos partidos que compõem sua aliança e por sua personalidade autoritária, uma possível vitória sua significará um retrocesso para os movimentos sociais e populares em nosso país. Além disso, uma eventual vitória do demotucano será um retrocesso para as conquistas democráticas em nosso continente e representará uma maior subordinação aos interesses do império estadunidense.

Evitar o retrocesso

Por isso, frente a esse cenário, as forças populares e os movimentos sociais da Via Campesina declaram seu apoio e compromisso de lutar para eleger a candidata Dilma Rousseff. E o Brasil de Fato soma-se a essas organizações no sentido de derrotar o demotucano Serra e tudo o que sua candidatura representa. Ou seja, é preciso derrotar a candidatura Serra, pois ela representa as forças direitistas e fascistas do país.

Mas alertamos. É importante seguir organizando o povo para que lute por seus direitos e mudanças sociais profundas, mantendo a autonomia frente aos governos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Derrotar Serra nas urnas e Dilma nas ruas.


(Nota Política do PCB)

O PCB apresentou, nas eleições de 2010, através da candidatura de Ivan Pinheiro, uma alternativa socialista para o Brasil que rompesse com o consenso burguês, que determina os limites da sociedade capitalista como intransponíveis. As candidaturas do PCO, do PSOL e do PSTU também cumpriram importante papel neste contraponto.

Hoje, mais do que nunca, torna-se necessário que as forças socialistas busquem constituir uma alternativa real de poder para os trabalhadores, capaz de enfrentar os grandes problemas causados pelo capitalismo e responder às reais necessidades e interesses da maioria da população brasileira.

Estamos convencidos de que não serão resolvidos com mais capitalismo os problemas e as carências que os trabalhadores enfrentam, no acesso à terra e a outros direitos essenciais à vida como emprego, educação, saúde, alimentação, moradia, transporte, segurança, cultura e lazer. Pelo contrário, estes problemas se agravam pelo próprio desenvolvimento capitalista, que mercantiliza a vida e se funda na exploração do trabalho. Por isso, nossa clara defesa em prol de uma alternativa socialista.

Mais uma vez, a burguesia conseguiu transformar o segundo turno numa disputa no campo da ordem, através do poder econômico e da exclusão política e midiática das candidaturas socialistas, reduzindo as alternativas a dois estilos de conduzir a gestão do capitalismo no Brasil, um atrelando as demandas populares ao crescimento da economia privada com mais ênfase no mercado; outro, nos mecanismos de regulação estatal a serviço deste mesmo mercado.

Neste sentido, o PCB não participará da campanha de nenhum dos candidatos neste segundo turno e se manterá na oposição, qualquer que seja o resultado do pleito. Continuaremos defendendo a necessidade de construirmos uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, permanente, para além das eleições, que conquiste a necessária autonomia e independência de classe dos trabalhadores para intervirem com voz própria na conjuntura política e não dublados por supostos representantes que lhes impõem um projeto político que não é seu.

O grande capital monopolista, em todos os seus setores - industrial, comercial, bancário, serviços, agronegócio e outros - dividiu seu apoio entre estas duas candidaturas. Entretanto, a direita política, fortalecida e confiante, até pela opção do atual governo em não combatê-la e com ela conciliar durante todo o mandato, se sente forte o suficiente para buscar uma alternativa de governo diretamente ligado às fileiras de seus fiéis e tradicionais vassalos. Estrategicamente, a direita raciocina também do ponto de vista da América Latina, esperando ter papel decisivo na tentativa de neutralizar o crescimento das experiências populares e anti-imperialistas, materializadas especialmente nos governos da Venezuela, da Bolívia e, principalmente, de Cuba socialista.

As candidaturas de Serra e de Dilma, embora restritas ao campo da ordem burguesa, diferem quanto aos meios e formas de implantação de seus projetos, assim como se inserem de maneira diferente no sistema de dominação imperialista. Isto leva a um maior ou menor espaço de autonomia e um maior ou menor campo de ação e manobra para lidar com experiências de mudanças em curso na América Latina e outros temas mundiais. Ou seja, os dois projetos divergem na forma de inserir o capitalismo brasileiro no cenário mundial.

Da mesma forma, as estratégias de neutralização dos movimentos populares e sindicais, que interessa aos dois projetos em disputa, diferem quanto à ênfase na cooptação política e financeira ou na repressão e criminalização.

Outra diferença é a questão da privatização. Embora o governo Lula não tenha adotado qualquer medida para reestatizar as empresas privatizadas no governo FHC, tenha implantado as parcerias público-privadas e mantido os leilões do nosso petróleo, um governo demotucano fará de tudo para privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal para as multinacionais.

Para o PCB, estas diferenças não são suficientes qualitativamente para que possamos empenhar nosso apoio ao governo que se seguirá, da mesma forma que não apoiamos o governo atual e o governo anterior. A candidatura Dilma move-se numa trajetória conservadora, muito mais preocupada em conciliar com o atraso e consolidar seus apoios no campo burguês do que em promover qualquer alteração de rumo favorável às demandas dos trabalhadores e dos movimentos populares. Contra ela, apesar disso, a direita se move animada pela possibilidade de vitória no segundo turno, agitando bandeiras retrógradas, acenando para uma maior submissão aos interesses dos EUA e ameaçando criminalizar ainda mais as lutas sociais.

O principal responsável por este quadro é o próprio governo petista que, por oito anos, não tomou medida alguma para diminuir o poderio da direita na acumulação de capital e não deu qualquer passo no sentido da democratização dos meios de comunicação, nem de uma reforma política que permitisse uma alteração qualitativa da democracia brasileira em favor do poder de pressão da população e da classe trabalhadora organizada, optando pelas benesses das regras do viciado jogo político eleitoral e o peso das máquinas institucionais que dele derivam.

Considerando essas diferenças no campo do capital e os cenários possíveis de desenvolvimento da luta de classes - mas com a firme decisão de nos mantermos na oposição a qualquer governo que saia deste segundo turno - o PCB orienta seus militantes e amigos ao voto contra Serra.

Com o possível agravamento da crise do capitalismo, podem aumentar os ataques aos direitos sociais e trabalhistas e a repressão aos movimentos populares. A resistência dos trabalhadores e o seu avanço em novas conquistas dependerão muito mais de sua disposição de luta e de sua organização e não de quem estiver exercendo a Presidência da República.

Chega de ilusão: o Brasil só muda com revolução!

PCB – PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO

COMITÊ CENTRAL

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Apresentação do Rage Against the Machine é censurada pela globo



A Banda em demonstração de apoio ao MST
Tom Morello com o boné do MST



O Rage Against the Machine fez uma apresentação no Festival SWU, em Itu, na noite deste sábado. Zack de la Rocha, vocalista da banda, dedicou a música "People of the sun" ao MST. Ele disse o seguinte: "Esse som vai para os irmãos e irmãs do MST: People of the sun"

Durante a música "Wake Up", o guitarrista Tom Morello vestiu o boné do MST. Misteriosamente, a TV Globo cortou a transmissão que fazia ao vivo da apresentação.

Durante encontro com militantes do MST, Zack de la Rocha afirmou que vai doar parte do cachê da banda ao movimento. "O MST tem uma experiência muito importante de solidariedade humana e na criação de espaços fora do modelo capitalista, e é muito importante para muitos de nós que, nos EUA, estamos lutando pelas mesmas coisas. Eu acho que MST já criou um exemplo maravilhoso de luta por justiça social e econômica, é um grande exemplo para nós", declarou.

O Rage Against the Machine é uma banda de rock norte-americana, uma das mais influentes e polêmicas da década de 1990. Uma forte característica é a mescla de hip-hop, rock, funk, punk e heavy-metal, com letras enérgicas e politizadas.

Junto com a música de protesto, demonstraram a luta pela causa política, contra a censura, a favor da liberdade e em defesa dos mais pobres. O som do grupo é bastante diferenciado, devido ao estilo rítmico e vocal de Zack de la Rocha e as técnicas únicas de Tom Morello na guitarra.

Por fim, ainda que a tônica do SWU seja de sustentabilidade, o Rage Against the Machine não fez concessões em seu engajamento: dedicou a faixa "People of the sun" aos "nossos amigos" do Movimento Sem Terra brasileiro, disparou um trecho do hino da Internacional Comunista antes do bis - fechado com as clássicas "Freedom" e "Killing in the name" -, e se despediu dos fãs de punhos cerrados repetindo o gesto dos Panteras Negras sob uma salva de aplausos, urros e uma chuva de sapatos, chinelos e CDs atirados pelos fãs contra o palco.


A Internacional Tocada no show do Rage Against the Machine


Tradução de people of the sun

Desde 1516
Mentes são atacada e subjugadas
Agora rastejam no meio das ruínas desse sonho vazio
Com suas fronteiras e pisões sobre nós
Colocando saliências no chão
de suas metrópoles tóxicas
Mas como você vai ter o que você precisa ter?
Os comedores de tripas, sangue derramado fica ofensivo como aquele
O quinto por do sol volta para se aproveitar
O espírito de Cuahtemoc(último imperador Maia) está vivo e intocádo.
Agora a cara de medo agora estourando em seu ditador
Daquele Maya, Mexica
O abutre volta para tentar e lhe roubar o nome mas agora você encontrou arma
É, isso é para o povo do sol!sol

Está voltando na área de novo!
Isso é para o povo do sol!
Está voltando na área de novo! Uh!

É, nunca esqueça
que um sopapo quebre as suas costas
Sua espinha é quebrada por tabaco, oh Eu sou um homem Marlboro,
uh
Nosso passado estoura nos versos
Bandos de táxis rodeando a Broadway como se fossem cavalos
Tropas despindo zoots, tiros em neblina vermelha,
Sangue de marinheiros no convés, vem a resistência das irmãs
Da era do terror veja as lentes fotográficas,
Agora a cidade dos anjos faz a limpeza racial
Uh, cabeças são balançadas pelo medo de seu ditador
Daquele Maya, Mexica
O abutre volta para tentar e lhe roubar o nome Mas agora você encontrou arma
É, isso é para o povo do sol!sol

Está voltando na área de novo!
Isso é para o povo do sol!

Rage Against the Machine dedica música ao MST

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PCB Guarulhos apoia a greve dos estudantes da UNIFESP na baixada santista

Após uma vitoriosa assembléia dos estudantes, foi deliberada por unanimidade uma paralisação para a UNIFESP-BS.

Cansados de aguardar a burocracia institucional, os estudantes escolheram outro caminho para reivindicar as deficiências estruturais e organizacionais, que vão desde a instalação do campus definitivo, até as questões de apoio à permanência estudantil lutando contra a ausência de Bandejão,moradia, transporte, entre outras consequências a que somos submetidos por conta do REUNI.
A construção da paralisação aconteceu com a exibição do vídeo-denuncia em todas as salas de aula (em breve no youtube) e com a panfletagem convocatória para que todos os estudantes na manhã do dia 28/05 se concentrassem na unidade da ponta da praia para debater as reivindicações centrais de um ato, o qual foi definido como um "marmitaço" que sairia da unidade da pta. da praia e caminharia em direção a balsa.
A Paralisação

O início das atividades ocorreu as 8:30 da manhã, em que importantes pautas e reivindicações foram construídas, tais como:
  1. Pela construção imediata do campus definitivo.
  2. Pela necessidade de políticas de permanência estudantil apresentadas na forma de serviços na construção do bandejão, moradia, transporte, assistência a saúde no campus, entre outras.
  3. Pelo fim do Reuni, entendendo que os problemas a cima são consequências diretas desse projeto, logo por uma expansão de qualidade e não "uma expansão que é só fachada, que garante a vaga e não nos dá mais nada."(palavra de ordem do ato).
  4. Pela unificação da pauta nacional do movimento estudantil com a construção do congresso nacional de estudantes( 11 a 14 de Junho-UFRJ).


Durante o ato, cerca de 200 estudantes ecoaram pela avenida da praia e na região de acesso a balsa, palavras de ordem como "Ai que bom seria se a unifesp tivesse moradia!Ai como era bom, se a unifesp tivesse bandejão" ou ainda.."Nas ruas, nas praças quem disse que sumiu?Aqui está presente o movimento estudantil!" entre tantas outras como "não pago, não pagaria, educação não é mercadoria".

Após a ida até a balsa, os estudantes retornaram a unidade e entraram dentro do campus fazendo um panelaço,com a seguinte palavra de ordem:"vem, vem, vem pra luta vem, você também!"chamando os técnicos administrativos e professores, para que se incorporassem a luta dos estudantes.

Seguindo a mesma lógica e entendendo que precisamos da mobilização de todas as categorias, foi realizado um chamado para uma possível assembléia geral do campus para a articulação de uma pauta unificada dos três setores, no entanto, a categoria dos docentes não aderiu a idéia da assembléia geral, comprometendo-se inicialmente a pensar na possibilidade de referendar o movimento, ainda assim com ressalvas, já que não é viável, segundo a postura do colegiado de campus (órgão máximo do campus) referendar o pedido pela moradia estudantil, já que esse, segundo eles, não e uma política da unifesp.Em relação aos técnicos administrativos, estamos aguardando um posicionamento.


O período da tarde prosseguiu com discussões, principalmente envolvendo falas dos estudantes que acompanharam a visita do assessor de assuntos estudantis da reitoria da unifesp, que fizeram os repasses da visita e que pontuaram a necessidade de acompanharmos de perto todos os processos burocráticos a cerca da concretização das promessas feitas ao redor de nossas pautas;dessa forma foi colocada a possibilidade de formação de uma comissão fiscalizadora que faria esse trabalho de articulação com a reitoria.

Foram pensadas também, as táticas para um ato tirado em ultima assembléia, que se realizará no PIBIC (congresso de apresentação de trabalhos científicos da unifesp) o qual é realizado no cmapus da Unifesp-SP e nesse espaço exibiríamos nossos pôsters como "Trabalho de conclusão de Campus", ou "Os impactos da falta de políticas de permanência estudantil".. entre outros possíveis temas. A construção dos pôsters e panfletos para a manifestação de terça-feira 02/02, foi marcada para o horário de almoço na segunda-feira na pta da praia, para o mesmo dia ás 18h foi marcada também a reunião aberta do centro acadêmico para avaliação da mobilização e os próximos passos para o movimento.
Além disso foi relatado o espaço do Fórum do eixo do Trabalho em saúde, que acontecerá na próxima quinta feira, na pta da praia, ás 16h, um ótimo espaço pois, além de discutir o eixo e o projeto político pedagógico do campus, esse seria um importante momento para levar a discussão do movimento para a categoria dos docentes, visando a construção da assembléia geral do campus.
Acompanhe mais notícias sobre a mobilização em:
A luta está apenas começando...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PCB apoia a greve dos bancários em Guarulhos


Os trabalhadores de Itaú, Unibanco e Caixa Econômica Federal foram os bancos que aderiram o primeiro dia da greve. Agências do Itaú e Unibanco estavam fechadas e somente caixas eletrônicos funcionavam. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, a Caixa Econômica Federal teve 90% de paralisação e uma agência da Nossa Caixa também aderiu à manifestação.

Entre as reivindicações dos bancários estão o reajuste salarial de 10%; o fim das metas abusivas para vendas de seguros e realização de empréstimo aos clientes; contratação de funcionários e PLR (participação nos lucros e resultados) de três salários mais R$ 3.850 fixos distribuídos a todos os bancários. "A pressão para bater as metas é tanta que os bancários chegam a sofrer de problemas psicológicos. Também queremos que mais pessoas sejam contratadas para melhorar o atendimento à população, pois só caixa eletrônico não resolve o problema", argumenta o presidente dos Sindicatos dos Bancários de Guarulhos e Região, Jessé Costa.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DCE em luta - UNIFESP realiza importante debate com forças classistas,socialistas revolucionárias

Qual o papel da esquerda no processo eleitoral burguês ?
Esse foi o tema debatido no dia 30/09/2010 na Unifesp-Guarulhos por diversas forças contra-hegemônicas. Participaram do debate (na sequência da esquerda para a a direita) Magrão - Liga Operária, Fausto Arruda - A Nova Democracia, Igor Grabois - PCB, Carlos Renato - PSOL e João Zafalão- PSTU.
O tema do debate se pautou no papel da esquerda socialista e revolucionária diante do processo eleitoral burguês. Quais são as suas perspectivas e avaliações da atual conjuntura e o problema da unidade classista
Em geral, chegou-se a um consenso, a saber, de que o processo eleitoral atual, na maneira como ele funciona, é um jogo de cartas marcadas, caracterizado pela mercantilização da política, no marketing eleitoral e no isolamento das candidaturas e partidos políticos que não se aproximem dessa lógica do financiamento das campanhas por empresas privadas, isto é, pelos capitalistas.
Nesse sentido, os companheiros do PSOL e PSTU, além do PCB, consideram importante participar desse processo devido à amplitude que a agitação e propaganda de esquerda pode atingir, maior do que em outros períodos, entretanto, não há ilusões eleitoreiras nessa participação.
Já os companheiros da Liga operária e do jornal A Nova Democracia, apesar de compartilharem da avaliação acerca das eleições, não chegam à mesma conclusão, para eles, não há viabilidade em participar.
Foi muito importante a avaliação de que as forças de esquerda, contra-hegemônicas que se opõem ao regime do Capital, só terão sucesso em sua estratégia e tática se atingirem a unidade. O PCB, dentro desse contexto, trouxe à tona a proposta da frente anticapitalista e anti-imperialista, que foi muito bem aceita pelos companheiros, com destaque para o PSTU.
Conclui-se da mesma maneira que, tanto a candidatura do PT, quanto do PSDB e do PV, foram identificados como alternativas gerenciais do Capital, logo, inviáveis numa perspectiva estratégica socialista.
Já num contexto tático, isto é, no segundo turno, tanto PCB, quanto PSTU, declararam que, na ausência de uma alternativa classista, a tendência é anular o voto. Já o PSOL, não deu certeza da posição que o partido irá adotar, enquanto que a Liga Operária e o Jornal a Nova Democracia, estrategicamente boicotarão as eleições, tanto no primeiro, quanto no segundo turno.
Foram convidados o Movimento negação da negação, o partido da causa operária e o partido dos trabalhadores, que por seus motivos não puderam estar presentes.
O DCE em luta permanecerá como parte atuante do movimento estudantil, buscando maior combatividade e a construção dialética da unidade programática dos movimentos social, estudantil, sindical, popular, socialista, comunista e revolucionário. Em defesa da juventude proletária e da Universidade Popular.

PCB presta solidariedade ao Povo e Governo constitucional do Equador



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O Partido Comunista Brasileiro presta solidariedade ao bravo povo equatoriano que resiste a tentativa de golpe de direita contra o governo constitucional de Rafael Correia.

Segue noticia do Portal ALBA

O Povo do Equador se movimenta em defesa do seu governo

O povo equatoriano iniciou uma movimentação popular em apoio ao presidente Rafael Correia, e ao governo da revolução cidadã.

Uma multidão se juntou frente ao Palácio Presidencial de Quito, em resposta a tentativa de Golpe de Estado que se pôs em marcha no Equador.

A direita equatoriana iniciou uma tentativa de Golpe de Estado no Equador, onde um setor das forças aéreas tomou vários aeroportos do país, incluindo o de Quito, retém o avião presidencial, enquanto outros grupos golpistas impedem o acesso dos deputados da aliança país a sede do Parlamento.

A tentativa de golpe de estado iniciado por um grupo de policiais tem sido tensionada por uma campanha de desinformação empreendida por meios de comunicação da direita equatoriana, que tem mentido sistematicamente sobre as normativas salariais que beneficiam os integrantes dos corpos policiais.

Tradução: Heitor Cesar