quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Entrevista da UJC com militante da Marcha Patriótica



Durante a greve da Unifesp de 2012, uma das atividades mais marcantes foi a entrevista feita com a estudante Manuela, militante da Marcha Patriótica na Colômbia. Ela é uma entre os 700 refugiados no Brasil, obrigados a fugirem de lá, por conta da repressão, das prisões e assassinatos que acontecem cotidianamente por lá.
À convite da UJC, ela foi até o campus Guarulhos e expôs um pouco da conjuntura e das perspectivas de luta por paz com justiça social.
Hoje, a Marcha Patriótica é composta por mais de 2000 organizações, desde estudantis, sindical, popular e campesino. Manuela nos recomendou um filme que expõe a situação do conflito militar e social na Colômbia, chamado Retratos de um mar de mentiras.

UJC – Há a perspectiva de a Marcha Patriótica se organizar no campo eleitoral?

Manuela- Não, neste momento a luta não tem condições de estar nesse campo, devido à extrema repressão do governo. A luta atual é de resistência.

UJC- Qual é a relação da Marcha Patriótica com as FARC-EP?

Manuela- Não há relação orgânica de nenhum tipo. Há convergências ideológicas em relação à correta postura anti-imperialista da guerrilha, por exemplo.

UJC- A palavra de ordem “Paz com justiça social” é síntese da compreensão de que o conflito tem razões estruturais. Nesse sentido, é correto dizer que a Marcha Patriótica é revolucionária, socialista, anticapitalista?

Manuela- A Marcha Patriótica é um movimento explicitamente anti-imperialista e anticapitalista. Mas, a convergência de que a demanda da solução do conflito é urgente torna o movimento mais amplo e obriga o aspecto revolucionário a ficar implícito. Isso acontece até por questões de segurança.

UJC- Nos fale um pouco do Pólo Democrático Alternativo.

Manuela- É um Partido político de esquerda, que tem um posicionamento contrário à formação da Marcha Patriótica. O Pólo tem um caráter bastante institucionalista e vem questionando, de forma equivocada, a legitimidade financeira de um movimento que conta com mais de 2000 organizações em seu interior. No entanto, a Marcha Patriótica não é sectária e se une nas lutas que convergem cm o Pólo Democrático Alternativo, que não são poucas.

UJC- Como está a organização da Agenda Colômbia em outros países?

Manuela- Onde há mais atividade e organização é na Argentina  em alguns países da Europa, também, em menor medida no Equador, Venezuela, México, Brasil e Chile.

UJC- A Marcha Patriótica tem mais influência em quais setores da sociedade?

Manuela- Há bastante no movimento sindical, estudantil e campesino, mas hoje estamos melhor no estudantil e campesino.

UJC- Qual é a caracterização da Marcha Patriótica em relação aos governos progressistas da América Latina?

Manuela- Apoiamos os processos democráticos e antiimperialistas que acontecem hoje nos países que compõem a ALBA. Sabemos que Uribe dirige a oposição venezuelana e lutamos contra isso com denúncias e mobilização.

UJC- E Cuba?

Manuela- Defendemos a revolução cubana, suas conquistas e seu apoio internacionalista aos processos de mudança e aos povos de todo mundo. A erradicação do analfabetismo na Venezuela e na Bolívia, além da missão de solidariedade cubana no Haiti, são exemplos de resistência e humanismo do povo cubano.

UJC- Qual é o papel do imperialismo na inteligência da segurança colombiana, considerando as bases norte-americanas instaladas por lá.

Manuela- O imperialismo financia, fornece armas, treina tropas, ensina tortura, enfim, controla hierarquicamente nossa soberania.

UJC- Qual é a situação da poetisa Angye Gaona?

Manuela- Está em liberdade condicional, impedida de sair do país. Apesar disso, seu livro foi lançado no Brasil através da solidariedade dos companheiros da Flaskô.

UJC-  A UJC agradece sua visita e nos dispomos a construir a Agenda Colômbia no Brasil.

Manuela- Agradeço o convite e vamos à luta!

Almeida, o eterno capacho dos empresários. Organização e luta contra o pacote de maldades da prefeitura


Almeida ganha as eleições e joga  conta para os trabalhadores pagarem.

Mal passaram as eleições e o prefeito eleito Sebastião Almeida já prepara um pacote de maldades contra os trabalhadores de Guarulhos. Depois de contrair diversas dívidas ao prometer mundos e fundos para grupos empresariais, Almeida precisa de finanças para honrar seus compromissos firmados com os patrões. E ele quer que os trabalhadores explorados da nossa cidade paguem a conta. Organizar a luta está na ordem do dia.



Por um transporte público de qualidade!
Entre as medidas já conhecidas está o aumento no preço das passagens de ônibus. As empresas de ônibus controlam a prefeitura como fantoche e impõem todos os anos, como presente de grego de fim de ano da prefeitura para os trabalhadores, o abusivo aumento no preço da passagem, que, somado às péssimas condições de estrutura em que os ônibus se encontram, a escassez de linhas – o que acarreta na lotação crônica dos ônibus – e a enganação do bilhete único, deixa a população isolada nas periferias – um verdadeiro apartheid social. Estudantes e trabalhadores já tem um histórico de importantes lutas de resistência contra essa medida e devem se organizar novamente.


Por um projeto popular de moradia!
O prefeito vem demonstrando claramente que seu compromisso não é com o povo, que o elege, mas sim com a especulação imobiliária. O aumento no preço do IPTU é um exemplo claro, mas a face mais agressiva dessa submissão da prefeitura aos empresários do ramo imobiliário está nas diversas reintegrações de posse que vem acontecendo, na Vila operária, no bairro Santos Dummont e em diversos outros lugares, com o uso indiscriminado de violência policial, tanto da PM do Estado de São Paulo, governado por Geraldo Alckmin (PSDB), quanto a GCM da prefeitura do PT.


Saúde é direito, e não mercadoria!
A situação não para por aí. Os hospitais públicos, tanto da prefeitura, quanto do Estado, estão em situação precária e degradante, e isso não acontece por acaso. Trata-se de uma forma de sucatear os serviços públicos e gratuitos para dar vantagens aos setores privados, que vendem saúde como se fosse uma mercadoria. Saúde é um direito de todo trabalhador.

 
Contra a privatização do SAAE
A câmara municipal de Guarulhos já aprovou a criação de uma agência reguladora para uma parceira público-privada (PPP) envolvendo o SAAE. Na prática isso quer dizer que o serviço de água e esgoto em Guarulhos será privatizado, e que passará a ser uma mercadoria. Sendo uma mercadoria, e não um direito, o SAAE passa a estar à serviço da riqueza dos patrões, conseguida na base da exploração do trabalho, e não da população. O objetivo será o lucro, e não o fornecimento de água para toda a cidade. Os trabalhadores do SAAE e o conjunto da população temos que lutar contra essa medida da prefeitura de Almeida (PT).
 
A Unifesp é dos Pimentas! Por uma Universidade Popular!
Após diversas lutas dos setores populares ligados à educação, existe hoje uma universidade pública em Guarulhos, voltada para o ensino de ciências humanas. No entanto, setores elitistas da própria universidade estão comprometidos com o objetivo de tirá-la daqui e jogá-la para o centro de São Paulo, onde supostamente está o agito cultural e acadêmico. A universidade pública tem que estar na periferia, e produzindo conhecimento para a classe trabalhadora, e não para o Capital. Lutemos contra essa medida, e pela excelência da Unifesp, para que produza pesquisa, ensino e extensão voltados à solução dos problemas concretos da maioria do povo brasileiro. 
 
Contra a criminalização da pobreza
Nos últimos tempos centenas de pessoas vem sendo exterminadas a sangue frio pela polícia militar do Estado de São Paulo. Essas mortes são responsabilidade do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vem promovendo uma política de criminalização da periferia da população pobre, negra e oprimida dos bairros de São Paulo, o que caracteriza um verdadeiro genocídio contra a juventude e os movimentos sociais organizados na luta por moradia, educação e uma vida digna.
 
Nenhum direito a menos para os trabalhadores! Rumo a novas conquistas!
O governo Federal de Dilma Rousseff (PT), anunciou um pacote sobre questões trabalhistas que flexibiliza as relações de trabalho, retira direitos e dá condições de a burguesia promover a super exploração da classe trabalhadora. Apenas com uma articulação nacional em defesa da classe trabalhadora é que se poderá resistir a essa medida draconiana do governo do PT, que busca fazer com que os trabalhadores paguem a conta da crise econômica internacional do capitalismo. Os trabalhadores não vão pagar  conta da crise dos patrões!
Da mesma forma, a reforma da previdência do governo Lula, que foi comprada com o dinheiro do mensalão, tem que ser anulada. Em primeiro lugar, porque é uma medida anti-povo; em segundo lugar, porque foi tirada na base da corrupção, da mentira e da compra de votos.
 
Assinam: PCB, Unidade Classista, UJC.

Camarada Thereza Presente!

IN MEMORIAM THEREZA SANTOS 
Anunciamos o falecimento de Thereza Santos no último dia 19, mas só agora visto na imprensa. Foi uma militante do PCB, do movimento negro e do movimento feminista. Durante a ditadura patronal-militar foi presa e esteve exilada na África, onde participou, como guerrilheira, no movimento de libertação de Guiné-Bissau e de Angola.  Fundou o Teatro Experimental do Negro. Foi a primeira negra a ser nomeada para o Conselho Estadual da Condição Feminina.  Escreveu "Malunga Thereza Santos - A história de vida de uma guerrilheira".




Ela escreveu e encenou uma das primeiras peças teatrais para um grupo exclusivamente formado por negros. Em 1973, durante a ditadura militar, a atriz Thereza Santos em parceria com o sociólogo Eduardo de Oliveira estreou no Teatro do Masp "E, agora, falamos nós". A peça foi um dos principais trabalhos da carreira da atriz, que militou no movimento negro por mais de 50 anos. Carioca, radicada em São Paulo, exilada na África, Thereza Santos também foi filosofa e educadora. A professora foi filiada ao PCB (Partido Comunista Brasileiro) e integrou o Teatro Experimental do Negro do Rio e, depois, o de São Paulo. Por sua relação com o PCB, foi presa nos anos 1970. Ao ganhar liberdade, Thereza deixou o Brasil e optou por morar no continente africano. Na época, recusou os convites para se mudar para a então União Soviética. Na África, a atriz participou, como guerrilheira, do movimento de libertação de Guiné-Bissau e de Angola. Lá, trabalhou também como educadora. Nascida no dia 7 de julho de 1930, Thereza foi também a primeira negra a ser nomeada para o Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, nos anos 1980. Em 2008, ela publicou o livro "Malunga Thereza Santos --A História da Vida de uma Guerreira". Na madrugada do último dia 19, morreu no Rio, onde vivia há cerca de três anos. Thereza lutava contra um câncer de bexiga e insuficiência renal crônica.


 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Fidel: El nombre de Hugo Chávez se admira y respeta en el mundo.


Carta del Comandante en Jefe Fidel Castro Ruz a Nicolás Maduro, leída en el acto conmemorativo por 8vo Aniversario del ALBA.
Querido Nicolás Maduro:

Con motivo de los aniversarios que ustedes celebran hoy deseo expresarte lo siguiente:

La ausencia del Presidente electo por más de 8 millones de venezolanos nos conmueve a todos.






Conocí a Hugo Chávez hace exactamente 18 años. Alguien lo invitó a Cuba y él aceptó la invitación. Me contó que tenía la idea de solicitar una entrevista conmigo. Lejos estaba de imaginarme que aquellos militares tildados de golpistas por las agencias cablegráficas, que con tanta discreción durante años sembraron sus ideas, era un grupo selecto de revolucionarios bolivarianos. Esperé a Chávez en el aeropuerto, lo conduje al lugar de su hospedaje y conversé con él durante horas, intercambiando ideas.

El día siguiente, en el Aula Magna de la Universidad de la Habana, cada cual expresó sus ideas.

Nuestras concepciones difieren en aspectos que son ajenos a las ideas y principios políticos y de los cuales ni siquiera hablamos.

Nuestra cooperación médica con Venezuela comenzó a raíz de la tragedia de Vargas, en la que miles de personas murieron como consecuencias del abandono y la imprevisión en que vivía la población más pobre de ese Estado.

Venezuela, por su parte, ha sido especialmente solidaria con los pueblos del Caribe, Centroamérica y Suramérica.

Desarrolló fuertes vínculos con Bolivia, Ecuador, Brasil, Uruguay, Argentina y otros. Ha cultivado relaciones con Rusia, Belarús, Ucrania y otras repúblicas de la antigua URSS. No olvida a Palestina ni a Libia. Presta especial atención a sus vínculos económicos y a las relaciones políticas con China.

Es solidario con los pueblos de África. Practica una política de paz con todos los países. El nombre de Hugo Chávez se admira y respeta en el mundo entero, todos e incluso muchos de los adversarios le desean un pronto restablecimiento.

Los médicos luchan con optimismo por este objetivo. Como se conoce, todos los revolucionarios cubanos somos martianos y bolivarianos.

!íViva Hugo Chávez!

Hasta la victoria siempre,

Fidel Castro Ruz

Diciembre 15 del año 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

Frente de Esquerda e Independentes vencem de goleada as eleições para o DCE da UNIFESP



imagemVezDaVoz
As organizações da Frentes de Esquerda (União da Juventude Comunista, Setores da Juventude do PSOL e Juventude do PSTU) obtiveram a segunda vitória nas eleições do movimento estudantil em São Paulo.  Desta vez ganharam de goleada as eleições para o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.
A Chapa Vez da Voz ganhou em todos os campus da Universidade (São Paulo, Osasco, Guarulhos, Santos, Diadema e São José dos Campos) somando mais de dez vezes mais votos que a chapa concorrente, numa das mais expressivas vitórias do movimento estudantil em São Paulo.
Segundo Renato Queiroz, integrante da UJC e membro da chapa vencedora, agora é bola pra frente pra tocar as muitas lutas e transformar cada vez os processos democráticos da organização dos estudantes e da sociedade!
Uma das principais bandeiras da Chapa da Frente de Esquerda é a organização de um Congresso dos Estudantes da Unifesp, onde deverão ter oportunidade de discutir em profundidade os rumos da Universidade e do movimento estudantil.
A Frente de Esquerda já tinha vencido na semana passada as eleições para o DCE da USP.
Eis o resultado da eleição, em todos os campus:
Resultado das eleições do DCE-UNIFESP
OSASCO: 73 votos. 10 UNIFESP LIVRE, 0 NULOS E 63 VEZ DA VOZ.
SÃO PAULO: 277 votos, 1 UNIFESP LIVRE, 4 NULOS E 272 VEZ DA VOZ.
GUARULHOS: total 338 votos, 55 UNIFESP LIVRE, 21 NULOS E 262 VEZ DA VOZ.
SANTOS: 181 total, 4 UNIFESP LIVRE, 2 NULOS, 175 VEZ DA VOZ.
DIADEMA: 182 votos, sendo 11 para a chapa UNIFESP LIVRE, 11 NULOS E 160 VEZ DA VOZ.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS: 90 votos, 2 para UNIFESP LIVRE, 5 nulos, 83 VEZ DA VOZ.
TOTAL DE VOTOS CONTABILIZADOS: 1068 VOTOS
CHAPA VEZ DA VOZ: 1015
CHAPA UNIFESP LIVRE: 83
NULOS: 43

Fidel e Niemeyer

sábado, 8 de dezembro de 2012

UJC saúda a vitória da Chapa VEZ DA VOZ para o DCE da Unifesp

Com vantagem esmagadora, a chapa Vez da Voz para o DCE da Unifesp, composta por uma frente única entre UJC, PSOL e PSTU, conseguiu 1068 votos contra ínfimos 83 da chapa Unifesp Livre, composta por estudantes do PCO e POR.


A Chapa Vez da Voz tem concepções distintas de ME nacional em seu interior, havendo aí o PSOL que faz oposição na UNE, o PSTU que constroi a ANEL, e a UJC que vem construindo o ME na base, atuando com combatividade nas lutas cotidianas e buscando organizar e consolidar o Movimento por uma Universidade Popular(MUP). No entanto, essas divergências puderam ser deixadas de lado por um momento, a fim de cumprir a tarefa que a vida impõem ao ME da Unifesp, que é a de construir o I Congresso estudantil da Unifesp.


O DCE não funciona como deve funcionar, como um elemento que unifique, organize e impulsione as lutas do ME, articulado com as lutas dos trabalhadores, questionando o modelo de poder e de universidade como consequência, propondo o poder popular que faz emanar a universidade popular. O DCE funciona de forma engessada e distante das demandas mais simples e corporativas do ME, e não tem dinamismo para sair desse pedestal nada honroso.


Além disso, o modelo de eleição para o DCE é uma enganação sem tamanho. O caráter desse processo eleitoral é burguês, liberal, mercadológico e antidemocrático. Nesse processo de eleições diretas forjadas - necessariamente - por comissões eleitorais construídas nas coxas, a chapa que tiver mais condições materiais de se financiar conseguirá fazer campanha em melhores condições e evidentemente vai ganhar.
Os estudantes compromissados em construir um modelo mais articulado com as bases, a fim de romper com o modelo liberal atual e trazer os estudantes para o DCE devem se organizar para forjar seu instrumento de luta coletivamente, e é por isso que, desde a gestão EM LUTA do DCE, ou seja, desde 2010, a UJC vem insistindo na necessidade de organizar um congresso estudantil que modifique esse formato.

A Chapa VEZ DA VOZ se compromete a viabilizar esse processo e vem empunhando a bandeira da reorganização do ME, e isso deve ser defendido por todo conjunto dos estudantes. A Chapa Unifesp Livre, apesar do discurso pretensamente radicalizado é composta por uma grande heterogeneidade, entre PCO,  POR e anarquistas, e tem setores dedicados à pura e mera provocação sectária sem promover na realidade alguma alternativa séria à necessidade que o ME tem de se rearticular, principalmente num período de refluxo, como o que vivemos hoje.

Apesar disso, Chapa Unifesp Livre trouxe um debate importante à tona, da necessidade  de se construir o congresso. Essa chapa deveria ter surgido como coletivo organizado durante o processo de 2011, em que a UJC chamou amplamente o ME a construir o congresso, mas ficaram presos ao revolucionarismo corporativista e anarcoide que já os caracteriza há tempos, e não se mexeram para fazer o congresso. Hoje, em 2012, após terem participado da deliberação do edital de eleições, eles tentam inviabilizar o processo, alegando que o congresso vem antes da eleição.

Ora, ou se trata de uma visão torpe da realidade, o que é verdade para alguns setores, ou se trata de provocação barata com fins de autoconstrução, o que também é verdade. Afinal, sem estrutura material e a viabilização da articulação política entre os campi, não há condições de construir um congresso amplo, democrático e representativo.
De qualquer forma, há a chapa VEZ DA VOZ que aceitou o chamado dos jovens comunistas e se propôs a fazer o congresso e há a chapa Unifesp Livre, equivocada no espaço e tempo, equivocada na formulação, equivocada nos métodos de construção de unidade, mas também aceitando a proposta da UJC. E essa conjuntura é favorável para, nos próximos tempos, termos gestão do DCE articulada com todos os campi, um processo amplo e descentralizado de construção do congresso aprovado e apoiado, e o sanar da necessidade urgente de reorganizar o ME.

Agora é mãos à obra.

Pela reconstrução do ME na Unifesp!
Por um DCE nas bases!
Ousar lutar, ousar vencer!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O RECONHECIMENTO DA PALESTINA COMO ESTADO OBSERVADOR



imagemPCB
(Nota Política do PCB)
Em 29 de novembro de 1947, a ONU reconheceu o Estado de Israel. O mundo árabe, em especial a Palestina, designa, desde então, aquela data como uma “nakba”, vale dizer, uma catástrofe.
Afinal, enquanto o Estado de Israel existe há 65 anos e se expande com uso de violência, a Palestina vê diariamente seu território definhar e não consegue o reconhecimento de um Estado de fato e não apenas de direito.
Mas, de qualquer maneira, é significativo que, na mesma data, 65 anos após, a ONU reconheça, por amplíssima maioria de votos, a Palestina, como estado observador, ainda que não membro efetivo. 138 países votaram a favor do reconhecimento, enquanto nove foram contra: Israel, Estados Unidos, Canadá, República Tcheca, Panamá e as colônias norteamericanas Palau, Ilhas Marshall, Micronésia e Nauru. Entre os 41 países que se abstiveram, dois aliados de peso dos EUA: o Reino Unido e a Alemanha. A abstenção desses países constitui uma verdadeira derrota para EUA e Israel.
Apesar de insuficiente, a qualidade de estado observador dá à Palestina o mesmo status que o Vaticano possui perante a ONU e permitirá aos palestinos integrarem várias organizações e tratados internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI) ou a Quarta Convenção de Genebra sobre a Proteção dos Direitos Civis, o que pode transformar em reús líderes políticos israelenses.
Dezenas de milhares de palestinos celebraram nas ruas de Gaza e da Cisjordânia a decisão da ONU. Em Ramallah, representantes do movimento islamista Hamas dividiam o palco montado para a festa com representantes da Fatah, da Jihad Islâmica, da Frente Popular para a Libertação da Palestina e outras organizações da resistência.
A Autoridade Palestina espera que a decisão das Nações Unidas possa levar ao estabelecimento do país de fato e de direito e a considera como uma certidão de nascimento  do Estado Palestino.
A reação do imperialismo e do sionismo não se fez esperar. Washington alertou cinicamente que a decisão é “contraproducente” no caminho da paz. O primeiro-ministro de Israel, desafiando a ONU e rasgando mais uma vez uma decisão da organização, disse que isso faz com que a formação do Estado palestino fique mais distante.
Após a decisão da ONU, o governo israelense anunciou que pretende continuar os assentamentos de judeus na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, bem como ameaçou implantar sanções financeiras e derrogar unilateralmente os acordos de Oslo (1993-2000), numa atitude caracteristicamente provocativa. Chegou ao ponto de suspender o repasse à ANP dos impostos recolhidos por Israel na própria Palestina!
Com a impunidade de Israel - protegida e armada pela maior potência militar mundial - e com o poder de veto que seu “padrinho” detém no Conselho de Segurança da ONU, esta vitória parcial pode ser frustrada.
A Palestina não poderá ser considerada um Estado, observador ou pleno, enquanto não se libertarem seus presos políticos, não se assegurar o direito de retorno de sua diáspora, não se derrubar o muro da vergonha, não se devolverem os territórios ocupados em 1967, não se reconhecer sua capital em Jerusalém Oriental, não se puser fim ao bloqueio de seu território, aos check-points e à violência cotidiana contra o povo palestino.
O “estado” palestino será um estado pária se não puder manter suas forças armadas, sua soberania sobre seu território, sobre suas riquezas e suas finanças e sobretudo enquanto Israel tiver controle completo sobre a Palestina, do ponto de vista militar e econômico.
A votação na ONU, deste 29 de novembro, não é suficiente para garantir à Palestina o status de Estado observador e nem a manutenção do cessar-fogo pactuado no Egito.
A solidariedade internacionalista militante à Palestina, ao invés de refluir, deve agora mesmo se revigorar para que a vitória parcial não se transforme em derrota.
Mas é preciso pressionar os países, sobretudo os que votaram a favor, para que exijam que finalmente Israel respeite esta modesta resolução. Para isso é urgente a convocação de manifestações em todas partes em defesa da Palestina Livre.
Cabe-nos, como brasileiros, cobrar do governo Dilma coerência com sua correta posição na votação da ONU e com o protagonismo que tem nessa questão específica e junto a esse organismo internacional. Afinal de contas, o representante brasileiro presidiu a Assembleia da ONU que criou o Estado de Israel; o Brasil, com seu peso internacional, tem o privilégio de abrir todas as sessões da Assembléia da ONU , desde a sua fundação.
Nesse sentido, é  urgente exigir do governo brasileiro que inicie o processo de rompimento de relações diplomáticas com Israel, começando pela revogação dos acordos comerciais, onde lamentavelmente se destacam a compra e venda de armas.
PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central

Camarada Niemeyer, Presente!




A UJC (União da Juventude Comunista - Brasil) está de luto pelo falecimento de Oscar Niemeyer, cujas obras arquitetônicas se notabilizaram como uma das maiores contribuições na história contemporânea do Brasil e do mundo. Legado este, que vai além das belas construções em Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Argélia ou França. Temos a certeza que sua contribuição para com a humanidade  permanecerá por muito tempo, pois, está  muito além da sua finitude.
            Para nós, da Juventude Comunista, toda sua obra está estritamente relacionada com a sua visão de mundo. Por mais que a mídia e a sociedade burguesa tentem compartimentar a realidade, os traços criativos, geniais, inovadores e ousados de Niemeyer de um lado, e sua  visão humanista, solidária, internacionalista e profundamente identificada com a causa da emancipação humana do comunismo e a revolução socialista.

           Niemeyer foi mais um comunista que tanto contribuiu para a história da humanidade. Além de contribuições diretas dos comunistas para conquistas para os trabalhadores como a democracia formal, direitos sociais e políticos básicos, experiências de estados proletários no último século, temos o orgulho de termos produzido diversos camaradas que contribuíram para a humanidade em áreas como as artes, cultura, esportes, filosofia, pensamento social, dentre outras. O Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Brasil foi e continuará sendo um importante aglutinador destas diversas contribuições revolucionárias. Tivemos a honra de Niemeyer fazer parte desta tradição e ter sido extremamente solidário no momento em que o Partido mais precisou de solidariedade: a luta contra o liquidacionismo no PCB, que ameaçou extinguir com o instrumento histórico dos comunistas brasileiros no início da década de 90 no século passado.

           Para a Juventude Comunista, a melhor forma de defender a obra de Niemeyer e tantos outros ao longo da história é o combate a barbárie produzida pelo capitalismo que afeta os mais distintos aspectos da vida humana, lutando pelo socialismo-comunismo. Como bem sintetizou Niemeyer durante o 9° Congresso da PCB ao combater o oportunismo liquidacionista que assolava parte do partido: “ Enquanto houver miséria e opressão, ser Comunista é a nossa opção.”

Camarada NIEMEYER PRESENTE!

FOMOS,SOMOS E SEREMOS COMUNISTAS!

União da Juventude Comunista-Brasil.
Dezembro 2012.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Nota da UJC-SP sobre o I Congresso Estudantil da Unifesp


Nós, da União da Juventude comunista, fizemos parte da gestão “Em Luta!” do DCE da Unifesp em 2010. Construímos nesta gestão, em conjunto com outros setores e entidades do ME, lutas importantes, como a oposição à base da GCM instalada ao lado do Campus Guarulhos. Essa base, inclusive, é responsável pelo espancamento e detenção de um membro da UJC e da gestão do DCE no dia em que foi deliberada a greve estudantil de Guarulhos em 2010.
Articulamo-nos com organizações, como o MST – a gestão do DCE promoveu em todos os campi o plebiscito pela limitação das propriedades de terra no Brasil -, e partidos da esquerda socialista e revolucionária – construímos um importante debate sobre o papel dos socialistas no processo eleitoral -, promovemos atividades de formação política, como o debate acerca dos 100 anos de Nelson Werneck Sodré, e estivemos presentes em manifestações e campanhas da política nacional, com esforços pela abertura dos arquivos da ditadura civil-militar-empresarial que manchou de sangue a história do Brasil, e pela libertação de Cesare Battisti.
Estivemos comprometidos com a organização e articulação de todos os campi na greve de 2010, com Assembleias Intercampi, apoio às entidades de base e a defesa intransigente da greve geral dos três setores, para ampliar a capacidade reivindicatória do movimento e alçá-lo a novas conquistas.
Mas, compreendemos, ao longo da gestão, que a Unifesp – sendo uma universidade do REUNI, que tem campi distantes um do outro e com objetivos acadêmicos distintos – tem um ME mais heterogêneo do que outras universidades. Além do fator já conhecido que é o caráter plural e policlassista do ME, esse distanciamento físico entre uma unidade e outra exige um modelo organizacional para a entidade que seja mais dinâmico e democrático do que é hoje.
É por isso que a gestão “Em luta!” propôs a construção de Fóruns do ME que discutissem e deliberassem os novos rumos da entidade e sua relação com as bases. Aí, nessa construção da unidade programática do ME, estavam previstos os mini-fóruns em cada campi e o II Forum Geral estudantil da Unifesp, culminando num Congresso Estudantil da Unifesp, que seria o primeiro deste tipo na história do ME desta universidade.
A primeira parte desse processo aconteceu em 2011. No entanto, diversos setores do ME, presos em ilusões espontaneístas e interpretações equivocadas da dinâmica do movimento, deixaram-nos falando sozinhos durante todo ano passado, em que defendemos a integração e a unidade de todos setores – organizados ou não – para a ampla construção do I Congresso Estudantil da Unifesp. Entendemos que essa é a tarefa primordial dos estudantes se quiserem colocar em xeque a burocracia universitária e o governo, porque aumentando o nível de organização e construindo unidade programática em torno da entidade, pode-se ampliar a articulação de todas as lutas de todos os campi.
É para cumprir essa deliberação que a UJC construiu unidade com alguns setores do ME e disputa, na chapa “Vez da voz”, o DCE para 2013, pois entendemos que esses defeitos e limites ficaram ainda mais escancarados no processo de greve nacional, e particularmente da greve de 5 meses da Unifesp, e nos organizando para o congresso construiremos uma entidade de luta e articulada com as bases do ME e com a sociedade.
A UJC defende a construção de frentes unitárias de luta entre os setores combativos de dentro e fora das universidades, entendendo a necessidade de se expor as contradições desse modelo universitário e da política que vem sendo implementada sob as marcas da “democratização e popularização ” do acesso ao ensino superior. A militância da União da Juventude Comunista estará construindo esse processo de mobilização nas universidades onde está inserida, nas salas de aula, nas entidades de base, no seio do movimento estudantil.
Ressaltamos que a luta por uma Universidade Pública gratuita e de qualidade é condição necessária, ainda que insuficiente, para a produção e socialização do conhecimento contra e para além da ordem do capital. Por isso seguimos em nosso firme propósito de lutar, em uma perspectiva estratégica, por uma Universidade Popular, de acesso universal, que expresse as demandas e os valores da classe trabalhadora brasileira.

Por uma Universidade Popular!


Pelo I Congresso dos Estudantes da Unifesp!


Ousar lutar, ousar vencer!


Coordenação Estadual da União da Juventude Comunista em São Paulo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Frente de Esquerda vence eleições na USP



imagemUJC
A chapa formda pela Juventude do PSOL, do PSTU e da União da Juventude Comunista venceu por larga margem de votos as eleições para o Diretório Central dos Estadantes da Universidade (DCE-USP) da Universidade de São Paulo em concorrido pleito realizado na semana passada. A Frente de esquerda derrotou as chapas da Consulta Popular/PT, PC do B, além das chapas da direita e de algumas organizações trotskistas.
Com a vitória, o movimento estudantil de esquerda se fortalece na principal universidade brasileira e se prepara para as novas lutas que virão nos próximos anos.
Eis o reultado das eleições:
CHAPA da Frente de Esquerda, NÃO VOU ME ADAPTAR (PCB/PSOL/PSTU e INDEPENDENTES)
2. 829 VOTOS
CHAPA Universidade em Movimento (CONSULTA POPULAR,REFUNDAÇÃO, PT/ARTICULAÇÃO)
1.486 VOTOS
CHAPA É USP Então ( DEM, PSDB,PV e outros )
1.143 VOTOS
CHAPA Evolução USP ( OPUS DEI, P.P, UJS )
371 VOTOS
CHAPA TERRITÓRIO LIVRE ( M.N.N )
223 VOTOS
CHAPA Cícera: negra terceirizada morta na São Remo pela PM ( LER-QI)
213 VOTOS
CHAPA 27 de Outubro: unidade na luta contra a PM e os Processos (PCO e outros)
64 VOTOS

PCB e PCM reúnem-se com a FPLP em Beirute



imagemPCB
No dia 26 de novembro, em Beirute, Líbano, por ocasião do 14º Encontro Internacional de Partidos Comunistas, camaradas representantes do PCB (Partido Comunista Brasileiro), Ivan Pinheiro e Humberto Carvalho, e do PCM (Partido Comunista do México), Diego Alberto Torres, reuniram-se com uma delegação da FPLP (Frente Popular pela Libertação da Palestina), liderada pelo camarada Marwan Abdulal.
Na ocasião, renovaram-se os laços políticos e fraternos que nos unem. O debate se deu em torno da complexa conjuntura internacional e, em particular, sobre a situação do Oriente Médio e a luta do povo palestino. Houve um consenso em torno da atualidade da consigna PALESTINA LIVRE e do reforço da luta contra o imperialismo e o sionismo.
Ao final do encontro, os camaradas da Frente Popular ofertaram, aos representantes dos dois partidos, uma significativa lembrança que sublinha as nossas relações políticas: uma placa com o logotipo da Frente Popular. Nesta ocasião, o camarada Marwan disse que essa era a maneira com que a Frente Popular agradecia e reconhecia os esforços do PCM e do PCB na luta pela causa palestina.

Saudação do PRCF - POLO DE RENASCIMENTO COMUNISTA NA FRANÇA – 90 anos do PCB



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“Ao não renunciar a nada a respeito do marxismo-leninismo, ao evidenciar claramente vosso objetivo de um Brasil socialista, o PCB se fortalece e coloca-se integralmente ao lado dos trabalhadores e das camadas desfavorecidas”.
Saudação do PRCF - POLO DE RENASCIMENTO COMUNISTA NA FRANÇA – 90 anos do PCB
Caros camaradas,
Herdeiros do Partido Comunista Francês, fundado em 1920 no desenrolar da Revolução de Outubro na Rússia, o Polo de Renascimento Comunista na França envia suas fraternais saudações aos camaradas do Partido Comunista Brasileiro na ocasião de seu 90º aniversário.
Assim como vocês, nos afirmamos membros do movimento comunista internacional, do internacionalismo proletário, da defesa da história do socialismo real. Nós saudamos o papel que seu Partido desempenhou em seu enorme país ao longo destes 90 anos.
Apesar da repressão, da clandestinidade, das traições, o Partido Comunista Brasileiro está ainda de pé e o último congresso de vocês, para nós rico de ensinamentos, demonstrou que, ao não ceder nos fundamentos, ao não renunciar nada a respeito do marxismo-leninismo, ao evidenciar claramente vosso objetivo de um Brasil socialista, seu Partido se fortalece e coloca-se integralmente ao lado dos trabalhadores e das camadas desfavorecidas.
Caros camaradas,
Muito gostaríamos de estar com vocês nestes dias de celebração, mas a intensa batalha política que está sendo travada em nosso país neste período eleitoral mobiliza todos os meios, sobretudo os financeiros. Estejam certos de nossa inteira solidariedade.
Viva o Partido Comunista Brasileiro!
Viva a unidade dos verdadeiros comunistas do mundo!
Secretariado Nacional do PRCF

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Qualquer dia






já segui as carreiras do desejo,
O caminho da morte passageira,
O prazer que não me deixa dormir
Uma felicidade ilusoria,
Que acalma meu desispero de viver,
E aumenta meu desejo de escrever
As palavras bombardean minha mente
A alma que sente o prazer de continuar viver.
A mão que cansa de copiar,
Aquilo que é verdade no meu ser.
Despeço-me com um gole de cachaça,
E um ultimo trago no meu cigarro
Que me faz perceber,
Sou uma mera Materia!

Patricio de sousa.