domingo, 31 de outubro de 2010

Assembléia geral dos estudantes da Unifesp aprova indicativo de greve


Textos do site do partido da causa operária.
Nesta quinta-feira, 28 de outubro, mais de 500 estudantes da Universidade Federal de São Paulo de todos os campi se reuniram em assembléia e aprovaram levar para os campi a proposta de greve geral

Na segunda assembléia geral ocorrida entre todos os campi da Universidade de São Paulo os mais de 500 estudantes decidiram levar para seus campi a discussão da necessidade de paralisação total para obrigar a reitoria ouvir as reivindicações dos estudantes. Estavam presentes os estudantes em greve de Guarulhos, Baixada Santista e os campi de São Paulo, Diadema e São José dos Campos.
Estudantes do tradicional curso de medicina na Unifesp se manifestaram favoráveis a greve e a mobilização e ressaltaram a necessidade de levantar as reivindicações locais, que apesar de serem muito diferentes também existem. Ressaltaram que há diversos problemas que enfrentam e esta mobilização contribuiu para iniciarem uma discussão.

Os estudantes tinham nítida disposição de aprofundar a mobilização com a aprovação da greve imediata, como aconteceu com o campus de Guarulhos em que com a aprovação da greve a ampla maioria dos estudantes aderiu e as aulas foram todas paralisadas.
Foram criados grupos para ir para os campi debater as pautas e a necessidade da unidade na mobilização.
Durante a assembléia diversas manifestações de apoio foram dadas. O Sindicato dos Funcionários da Unifesp declarou apoio e doou dinheiro para o fundo de greve dos estudantes.
Também o sindicato dos professores aprovou moção de apoio as reivindicações e a paralisação dos estudantes.
A crise na Unifesp é imensa. Nem mesmo os professores que serviam como apoio para a burocracia universitária conseguem se voltar contra esta mobilização por reivindicações muito urgentes.
Os estudantes da Unifesp devem ampliar a mobilização e levantar as reivindicações de cada local e com esta quantidade imensa de problemas enfrentados pelos estudantes, estes que são da razão da existência da universidade, devem se mobilizar pela autonomia da universidade. Esta autonomia será conquistada verdadeiramente com um governo da universidade dos três setores e uma maioria de estudantes.
Os campi da Baixada Santista e Guarulhos estão em greve pela construção definitiva de prédio para as faculdades e outras questões específicas. A reitoria da Universidade Federal de São Paulo, já prevendo a situação de calamidade que estava sendo criada nos campi, criou a pró-reitoria de “assuntos estudantis”.
Esta foi a maneira encontrada para dar uma aparência de preocupação com a situação precárias dos novoscampi e o que vivem os estudantes. No entanto, até agora se parece mais com um medo da mobilização dos estudantes do que de fato a tentativa de ver modos de resolver os problemas imensos vividos diariamente pelos estudantes dos novos campi.
A reitoria e o governo apresentam a questão como uma impaciência dos estudantes, pois o campus já foi criado e agora será equipado. A questão é que a não mobilização dos estudantes resulta no prevalecimento da vontade, critérios e princípios da burocracia universitária e que evidentemente não tem nada em comum com as necessidades estudantis e da universidade como centro de cultura e conhecimento.
Na última semana W. Albertoni, reitor da Unifesp e toda a burocracia inauguraram um novo prédio da reitoria, um aconchegante, bem arrumado e espaçoso prédio. O imóvel custou aos cofres públicos através do MEC R$ 18 milhões.


Isso é o que vivem as universidades brasileiras. Uma ditadura de um pequeno grupo de privilegiados por suas estreitas ligações com o governo e o completo descaso com a universidade. Os estudantes dos novos campi da Unifesp são vítimas da corrupção da burocracia universitária que não tem como função garantir nada além de seus interesses e os do governo como fica claro neste caso.
As novas unidades não têm sequer um prédio definitivo para as aulas. No campus de Guarulhos, por exemplo, a universidade empresta da prefeitura um prédio. Uma situação completamente precária e não é porque não tem dinheiro, mas é porque as prioridades e os critérios para utilização do dinheiro da universidade não são dos estudantes.


Neste sentido, a assembléia geral dos estudantes da Unifesp deve organizar e ampliar a luta pelas reivindicações específicas dos campi como Restaurante Universitário, Moradia estudantil, biblioteca, quadra poliesportiva e também a reorganização da universidade de alto a baixo.
O poder de decisão na universidade deve estar nas mãos dos estudantes que são a maioria e os que não defendem uma necessidade particular, mas para toda a universidade

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