quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Fidel Castro diz que Cuba deve ser recompensada por anos de danos causados pelo embargo dos EUA



Fidel Castro completou 89 anos, na última quinta-feira (13), e comemorou o aniversário com um passeio por Havana, acompanhado dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolás Maduro.
A Agência Boliviana de Informação (ABI) divulgou que Fidel e Maduro foram ao hotel La Laguna, na capital do país, e tiveram um encontro surpresa com Morales. O ex-líder cubano fez uma saudação para o povo boliviano em uma rápida fala a uma rádio do país sul-americano, dizendo que tinha todo o carinho e admiração pela Bolívia.
Evo Morales retribuiu dizendo estar muito feliz em poder acompanhar “nosso irmão mais velho” em seu aniversário. O presidente boliviano pode presenciar os muitos festejos promovidos pela população em homenagem a Fidel Castro.
Ainda essa semana, em sua última coluna no jornal Granma, Fidel Castro disse que Cuba tem de receber compensações pelos danos que sofreu como consequência do prolongado período de embargo. “Cuba tem o direito a ser compensada pelos danos, que ascendem a milhares de dólares”, afirmou Fidel.
Sem mencionar a retomada das relações com os Estados Unidos, o líder da revolução cubana garante que Cuba “nunca parará de lutar pela paz e o bem-estar dos seres humanos, por todos os habitantes do planeta, independentemente da cor, nacionalidade e pelo direito a um credo religioso ou a não ter”.
Fonte: Agência Boliviana de Informação

PCV INCENTIVA A CRIAÇÃO DE SISTEMA PÚBLICO E POPULAR DE DISTRIBUIÇÃO


O Partido Comunista da Venezuela continua incentivando o governo nacional a criar um Sistema Público e Popular de Distribuição, que rompa com a monopolização do abastecimento e com a distribuição em mãos de grandes empresas privadas e supermercados e ofereça proteção real ao povo trabalhador.
Oscar Figuera, Secretário Geral, indicou que o 27° Pleno do Comitê Central, reunido no domingo passado, 19 de julho, aprovou o envio ao governo nacional de um documento com 10 pontos, que expressam as propostas mais importantes feitas pelo PCV sobre os problemas nacionais. Entre as quais, destaca-se o desabastecimento e o alto custo de gêneros de primeira necessidade.
Para o PCV, é tarefa de primeira ordem arrancar dos canais privados monopólicos a distribuição e comercialização dos produtos da cesta básica. Para isso, o governo deve utilizar a estrutura estatal de comercialização que desenvolveu nos últimos anos baseada em despensas comunais, mercados e pdvales, para assegurar a distribuição dos produtos diretamente nas comunidades.
A propósito disso, Figuera assinalou com preocupação a inexistência dos mil PDMercadinhos que o governo nacional prometeu, como mecanismo para avançar na distribuição de produtos e alimentos “É que a alguém interessa manter a concentração da distribuição e o abastecimento e não desenvolver os mecanismos que permitam que os bens essenciais de nosso povo sejam distribuídos diretamente nas comunidades?”, expressou.
Juntas Populares de Abastecimento
De forma crítica, o PCV assinalou que até o momento, os Conselhos Populares de Abastecimento e Produção, instância promovida e criada pelo governo nacional, se constituiu como uma instância burocrática, “que não permitiu o exercício real do controle das comunidades organizadas sobre os processos de abastecimento e distribuição”.
Oscar Figuera recordou que o PCV propôs a criação das Juntas Populares de Abastecimento. Por tal razão, aplaudiu o momento da criação dos Conselhos Populares, por ter objetivos muito parecidos aos apresentados pela cúpula comunista, como instância participativa, construída desde a base, para “romper a espinha dorsal da monopolização do abastecimento e da distribuição”. Ante isso, insistiu que essa tarefa e a qualidade participativa e popular deste instrumento de luta, não só corresponde ao governo nacional, como também ao movimento popular revolucionário.
Devemos desenvolver o aparato produtivo
Com respeito à decisão do governo nacional, de eliminar a organização e controle da venda em supermercados públicos e alguns privados pelo final do número da identificação, o PCV expressou sua preocupação sobre o quanto essa decisão incidiu no aumento das filas de pessoas em frente dos centros de abastecimento.
Por tal motivo, Figuera solicitou ao governo nacional que revisasse essa decisão que tanto aumentou as filas, ao mesmo tempo em que indicou que essa ação deve ser assumida como um paliativo necessário, No entanto, a solução de fundo “é a ampliação da produção nacional, é o desenvolvimento produtivo, é a ruptura da monopolização do abastecimento e a distribuição, é a criação de um sistema público e popular de abastecimento. Esses seriam os elementos de fundo que resolveriam”.

TRANSFOBIA E TRAVESTICÍDIO: ALÉM DA SUPERFÍCIE


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Nessa última semana, a violência contra travestis, mulheres transexuais e homens trans voltou a debate por conta da divulgação de um vídeo com o relato de agressão sofrida pela Viviany Beleboni, modelo travesti que ficou conhecida pela performance artística na Parada do Orgulho LGBT de 2015,em que desfilou crucificada no trio da ONG ABCD’S. Esse não foi o único caso de violência transfóbica que ganhou visibilidade em 2015: há poucos meses, foi à mídia o assassinato de Laura Vermont, travesti de 18 anos que foi linchada por cinco homens a caminho de casa e recebeu tiros da polícia que foi chamada para socorrê-la; mais cedo esse ano, teve repercussão internacional o caso da Verônica Bolina, travesti negra vítima de tortura policial que teve fotos suas, seminua e sob custódia policial, divulgadas na internet.
Esses casos, que chocam pela brutalidade e pelo explícito desrespeito à dignidade humana, são apenas fotografias da realidade de extrema precarização da vida de uma parcela marginalizada da classe trabalhadora. A ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais estima que a nossa expectativa de vida esteja em torno de 35 anos; no relatório Trans Murder Monitoring 2015, a TGEU (Transgender Europe) estima que 73%, no mundo todo, morrem antes de completar 40 anos e aponta o Brasil como o país com o maior número absoluto de assassinato de travestis e transexuais. Além das violações à integridade física, os casos de Laura e Verônica também ilustram a violência institucional e a negligência, o desamparo e mesmo a colaboração ativa dos aparatos do Estado frente à vulnerabilidade social de travestis, mulheres transexuais e homens trans.
A baixa expectativa de vida, no entanto, não se deve exclusivamente ao alto índice de violência, mas também à precariedade do acesso aos serviços regulares de saúde e à inexpressividade do atendime0nto a demandas específicas que sustenta, por exemplo, o nocivo uso de terapias hormonais por automedicação e tentativa e erro, a aplicação recorrente de silicone industrial por travestis e mulheres transexuais e os sérios problemas de saúde que os homens trans enfrentam pelo uso prolongado de faixas e coletes supressores dos seios.
Também vão à conta a realidade precária de alimentação, segurança e moradia decorrentes da dificuldade de acesso a condições minimamente salubres de trabalho: a ANTRA estima que aproximadamente 90% das travestis e mulheres transexuais no Brasil sejam trabalhadoras do sexo, atividade não regulamentada, que não dispõe de garantias trabalhistas e de grande vulnerabilidade social. A parcela que consegue fugir a essa regra se encontra concentrada majoritariamente em outros polos de precarização acentuada, como telemarketing, salões de beleza e comércio varejista “autônomo” (Avon, Natura, Jequiti etc). Essa realidade, sintoma de uma organização social que nos reserva lugares muito bem delimitados de superexploração e precariedade nas relações com o trabalho, também faz com que sejamos parte expressiva das populações em situação de rua, residente de albergues e de ocupações e se concentre majoritariamente nas regiões periféricas, que dispõem de também precários serviços de transporte, segurança, saúde e saneamento.
Frente a esse cenário, cada novo caso de violência que ganha visibilidade deveria nos lembrar do quão urgente é que combatamos as reduções da nossa luta a meras questões identitárias, para que possamos fortalecer uma abordagem que compreenda cada um desses casos como expressões de um mecanismo muito mais amplo e sistêmico de exclusão instrumentalizada e marginalização, cujo fim é a própria manutenção do sistema de exploração humana que sustenta todos os tipos de desigualdade social.
Compreender as formas particulares de opressão que esse sistema impõe a população de travestis, mulheres transexuais e homens trans permite não apenas um aprofundamento qualitativo na compreensão das relações capitalistas de gênero e suas conexões com a organização do trabalho, como também nos dá as ferramentas necessárias para traçar estratégias e táticas realmente eficazes de combate a essa opressão. Desvela, por exemplo, que as violências, agressões e assassinatos que nos assolam não são resolvíveis por meros dispositivos de punição ao agressor dos crimes já cometidos, assim como não se perpetuam apenas por uma “falta de empatia” decorrente de elementos culturais, mas são expressões de um conjunto mais complexo de vulnerabilidades que precisam ser pensadas articuladas e em conjunto. Esse olhar sistêmico nos dá um panorama mais estrutural de diretrizes de luta e explicita as reais necessidades que sustentam as reivindicações do movimento, como:
  • Garantia do direito à integridade física e à vida;
  • acesso pleno, gratuito e de qualidade a serviços de saúde, com atendimento às necessidades específicas dessa população;
  • acesso a condições regulares de trabalho, com possibilidade de melhores salário e garantia de direitos trabalhistas já conquistados pela classe – além do acesso à própria organização trabalhista;
  • garantia de acesso e permanência à educação básica, profissionalizante e superior e por fim, de forma mais ampla,
  • acesso pleno, seguro e inclusivo à cidade e à vida pública.
Dessa forma, caminhamos para além da redução de danos e ganhamos a possibilidade de pensar essa particularidade de opressão nos seus elementos mais estruturais, abrindo canais reais de articulação com outras particularidades de luta e construindo condições subjetivas para que possamos nos reconhecer como parte integrante e indispensável da classe trabalhadora, assim como da luta pela superação da ordem social que nos mantém oprimidas.

saudação do PCB Guarulhos ao Encontro Municipal do PSOL Guarulhos



Parabéns aos camaradas do PSOL Guarulhos. Nós do PCB - Guarulhos e das nossas Frentes de Massa, UJC, Coletivo feminista classista Ana Montenegro e Unidade Classista - Guarulhos desejamos êxito e sucesso ao encontro municipal e ao congresso do PSOL.
Estaremos juntos nas ruas, em busca do socialismo e do Poder Popular. Aproveitamos para reforçar nossa convocação a todas as forças que constroem o poder popular para compôr uma Frente política permanente de caráter anticapitalista e antiimperialista, que não se confunda com uma Frente eleitoral.
Acreditamos que assim, em unidade, os trabalhadores e suas representações derrotarão o reformismo e a direita e avançarão rumo a uma sociedade mais justa, fraterna e humana, uma sociedade socialista.
Ousar lutar, ousar vencer!