quinta-feira, 31 de maio de 2012

Moção de apoio à ocupação do Campus Guarulhos e repúdio à criminalização do ME.



Os estudantes da Unifesp, reunidos em Assembleia de todos os campi no dia 31 de maio de 2012, declaramos apoio total e irrestrito à ocupação do Campus Guarulhos da Unifesp.
Essa ocupação escancara as contradições que surgem com o projeto mercadológico do governo federal, o REUNI. Um projeto que dá primazia às demandas do mercado, do Capital, precarizando e sucateando a educação pública.
O movimento, em Guarulhos, se valeu de todos os métodos institucionais de diálogo, mas a reitoria e a diretoria acadêmica foram intransigentes e se negaram a negociar, além de usar de ameaças e sindicâncias como praxe – isso fica claro na questão dos 48 estudantes processados.
Assim, se fez necessária a ocupação do Campus, incluído aí o Restaurante Universitário. A reitoria diante dessa situação manteve sua postura de criminalização e perseguição dos estudantes em luta.
A Universidade é antidemocrática, desde a sua postura  diante de movimentos reivindicatórios , até aos seus conselhos de representação, como o CONSU, que mantém a lógica dos 70% de representatividade para professores e 30% divididos igualmente entre estudantes e técnico-administrativos.
Essa Assembleia, portanto, declara seu apoio à luta em Guarulhos; declara também repúdio à intransigência e à criminalização do movimento estudantil, como forma de mascarar a incompetência administrativa dos burocratas da Unifesp.

Todo apoio às lutas da Unifesp!
Repúdio à criminalização dos movimentos sociais!
Estudante não é criminoso!

Assembleia Geral Intercampi aprova articulação dos estudantes de todos os Campi e de universidade Federais de todo Brasil

Em Assembleia Geral, os estudantes da Unifesp aprovaram indicativo e Greve Geral, sendo que já são 4 campi paralisados dos 6 existentes. Os estudantes pretendem unificar as lutas contra o REUNI, contra a precarização da educação pública, contra a criminalização dos movimentos sociais.
Assim, ficaram aprovados um comando de greve estadual, que articule todos os campi da Unifesp e, inclusive, outras federais que estejam paralisadas; a participação no comando de greve nacional das federais em greve; a participação no ato nacional em Brasília dia 5 de junho; além de uma moção de apoio à ocupação do Campus Guarulhos e de repúdio à criminalização do movimento estudantil.

Abrem-se perspectivas de avançar na luta e construir uma forte unidade, inclusive com a categoria dos professores, afim de contrapor fortemente a política precarizadora e mercadológica do REUNI, e vencer as políticas repressivas que a reitoria e a diretoria acadêmica de Guarulhos vem empregando no trato com o ME.

Jornal Água verde acerca da morte de Bin Laden


A verdade sobre a morte de Bin Laden finalmente apareceu

As ações cinematográficas – e mentirosas – do imperialismo norte-americano não sobreviveram mais que alguns meses. Finalmente acaba de ser revelada a verdade sobre a morte de Bin Laden, o saudita que se transformou em inimigo público número 1 dos EUA, embora no passado a Al Qaeda tenha sido financiada e recebido armamento dos norte-americanos.
As mentiras de Obama e CIA sobre a morte de Bin Laden estavam cheias de lacunas, entre elas a falta de fotografias ou filmagens que comprovassem a ação dos norte-americanos violando o espaço aéreo e a soberania do Paquistão. A falta de provas sempre levantou suspeitas sobre a verdade dos fatos.
O líder da Al Qaeda morreu de causas naturais na Chechênia, cinco anos antes dos EUA anunciarem que o haviam assassinado para melhorar a imagem de Obama na atual campanha presidencial nos EUA. A revelação partiu de um ex-agente da CIA na Chechênia, Bekan Yashar, durante entrevista ao Canal Um da Rússia na semana passada.
Ele confirmou que conheceu pessoalmente três guarda-costas de Bin Laden na Chechênia, que o protegeram até sua morte, e foram testemunhas de seu falecimento em 26 de junho de 2006.
“Inclusive se todo o mundo acredita na versão norte-americana, eu não posso acreditar, porque conheço pessoalmente os chechenos que o protegiam, são eles: Sami, Mahmood e Ayub, e o acompanharam até o final de sua vida” O ex-agente da CIA detalhou que “somente esses três chechenos, seguindo sua última vontade, o enterraram nas montanhas fronteiriças entre Paquistão e Afeganistão”.
Yashar disse que a CIA sequestrou um dos quarda-costas de Bin Laden, Sami, e o torturou para que revelasse o local onde estava sepultado o ex-chefe da Al Qaeda. “Não houve nenhum assalto à residência de Bin Laden por militares. Eles apenas encontraram a tumba, desenterraram Bin Laden e, na impossibilidade de apresentar fotografias do corpo em avançado estado de decomposição – o que seria revelado por peritos -, montaram uma farsa e apresentaram à opinião pública mundial como uma grande vitória”, afirmou.
Segundo o governo dos EUA, forças norte-americanas realizaram uma operação bem sucedida em 2 de maio de 2011 para capturar e assassinar Bin Laden em sua residência em Abottabad, no Paquistão

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Manifesto dos estudantes da Unifesp aos moradores do bairro dos Pimentas



Nós, estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), estamos em greve há quase setenta dias e, mais recentemente, ocupamos a diretoria de nossa faculdade. Estamos lutando por melhores condições de ensino, pois a universidade não possui um prédio para abrigar todos os alunos e tem instalações precárias. A biblioteca, por exemplo, não comporta os livros que foram comprados pela instituição.
O problema que vivenciamos não é algo isolado. A situação de calamidade das instituições de ensino superior não se diferencia das escolas públicas, onde faltam condições mínimas para que as atividades sejam realizadas. Pior do que isso, este estado de coisas é o reflexo na educação pública de uma política dos diferentes governos, sejam os governos locais ou federal, que agem em defesa de um pequeno grupo de exploradores que ganham dinheiro à custa da exploração da população.
Além disso, na Unifesp há uma política ineficiente para ajudar os estudantes a se manterem na universidade. O que acarreta na desistência de uma parcela significativa de alunos e quem mais sofre com isso são os estudantes mais pobres. Justamente aqueles que mais têm dificuldade de entrar na universidade, uma vez que o vestibular funciona como um mecanismo de elitização do ensino superior público.  
Nós, neste sentido, não lutamos apenas por melhores condições de ensino para os que já estão dentro da universidade.  Lutamos, entre outras coisas, para que a universidade seja aberta a toda população. Foi por este motivo que surgiu a ideia da Universidade Popular do Pimentas. Uma universidade gerida pelos próprios estudantes em aliança com os trabalhadores e a comunidade local.
Desta forma, a universidade passaria a cumprir sua verdadeira função social, ou seja, ajudaria a difundir o conhecimento e servir para desenvolver o País. Algo que ela não cumpre atualmente, seja porque atende os interesses de grandes empresários e banqueiros ou por excluir a população das mais diferentes formas.
Ao lutar contra a política do governo e dos empresários para o ensino, os estudantes se unem a classe operária e têm como objetivo colocar a universidade a serviço da luta pelo fim da exploração. Tudo seria transformado nesta nova universidade: do conteúdo ensinado à relação com os moradores do bairro, que passariam a poder frequentar e, mais do que isso, a estudar na Unifesp, renomeada como Universidade Popular dos Pimentas. Este é o nosso objetivo e chamamos todos os moradores do bairro dos Pimentas a conhecer e tomar parte deste movimento que estamos realizando.

Todos à Assembleia Geral Intercampi

Diário da ocupação da Unifesp - atual universidade Popular dos Pimentas


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO: Estudantes ocupam a universidade e abrem à comunidade em protesto a péssima qualidade da educação superior no Brasil.



Durante o dia 27 de maio de 2012 foram realizadas diversas atividades no campus OCUPADO pelos alunos e aberto a comunidade. Rolou atividades infantis para crianças da comunidade (pintura no rosto, brincadeiras, oficinas de brinquedos, jogos), reconstrução do espaço Marighella (agora no pátio) e abertura do restaurante universitário Solano Trindade com refeição para todos.
Na Ocupação do Bandejão (Restaurante Popular Solano Trindade), uma surpresa: precarização, fruto das terceirizações do REUNI.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Professores da Unifesp Guarulhos aderem à greve nacional pela educação!


Em assembleia docente realizada hoje, 25/05/2012, os docentes do campus Guarulhos da Unifesp decidiram por paralização por tempo indeterminado.
40 votos a favor, 3 contra e 6 abstenções.
Greve discente, docente, nacional. Greve geral!
Comando de Greve com Ocupação - Guarulhos.

PCB e UJC se solidarizam com Piedad Córdoba e a Marcha Patriótica


imagemCrédito:portalvallenato

O  Partido  Comunista Brasileiro (PCB) e a União da Juventude Comunista (UJC) se solidarizam de forma militante  com a senadora colombiana Piedad Cordoba diante das ameaças que vem sofrendo por parte de grupos paramilitares de extrema-direita. É necessario que todas as forças comprometidas com a solução do conflito colombiano com justiça social repudiem e denunciem mais esta ação das forças reacionárias, que mais uma vez se manifestam na Colômbia sob o beneplácito do Estado terrorista - com o qual o governo brasileiro, cabe ressaltar, mantém acordos militares.
Por mais que as classes dominantes de nossos países tentem, elas não podem impedir os reclames  das massas.
Fiéis a nossa tradição de internacionalismo proletário, estivemos (PCB e UJC) presentes na Marcha Patriótica que se deu em Bogotá nos dias 21, 22  e 23 de abril. E mais uma vez pudemos conferir isso, de forma compartilhada com o povo colombiano, nesta ação histórica.
Oferecemos todo apoio e solidariedade militante a senadora Piedad Cordoba e a todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa, para avançar na conquista da segunda e definitiva independência - com o socialismo nos países latino-americanos.
23 de maio de 2012
Partido Comunista Brasileiro e Uniao da Juventude Comunista

Uma greve em defesa da Universidade Pública: pela carreira docente, por salários e por melhores condições de trabalho


imagemCrédito: plus.google

(Nota Política do PCB)
O Partido Comunista Brasileiro apóia, de forma militante, a Greve Nacional dos docentes das IFES deflagrada pelo ANDES-SN desde o dia 17 de maio. A greve, que hoje conta com a adesão de mais de 42 Universidades, é produto direto da intransigência do governo Dilma, que se recusa a negociar de maneira séria e responsável o projeto de carreira apresentado pelo Andes há mais de um ano.
O governo, mesmo tendo apresentado, diante da pressão exercida pelos professores, uma proposta de acordo emergencial no qual se comprometia a pagar uma recomposição, ainda que insuficiente e parcial, de 4% nos salários a partir de março de 2012, incorporando parte das gratificações ao vencimento básico (a GEMAS e a GEDBT), só cumprida em maio de 2012, com muitos meses de atraso, não cumpriu o compromisso de criar um grupo de trabalho para, finalmente, começar a discussão da carreira docente e buscar a equiparação com os docentes das universidades dos profissionais com nível de formação equivalente que atuam no Ministério de Ciência e Tecnologia.
As condições de trabalho oferecidas aos professores são, em geral, ruins, e vêm se agravando, entre outras razões, pela expansão universitária implementada recentemente, que, não tendo sido acompanhada dos recursos necessários, causa a intensificação do trabalho docente, a precariedade das instalações, salas superlotadas, falta de laboratórios e de equipamentos, e deficiências sérias na assistência estudantil, entre outras distorções.
Para nós, comunistas, a situação das Universidades é resultado das características do desenvolvimento capitalista em geral, da formação social brasileira e da clara opção dos últimos governos de criar uma economia de mercado capitalista e monopolista, integrada internacionalmente, que exige o sacrifício no altar do capital das políticas públicas e sociais em uma verdadeira contra-reforma do Estado, o que exige uma adequação da forma de universidade que vinha sendo construída na resistência à ditadura empresarial - militar implantada em 1964 e que culmina no artigo 207 da Constituição Federal que consagra a autonomia universitária (financeira, de gestão e acadêmica) e a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão.
Para os burocratas do governo, serviçais eficientes dos interesses do capital, a Universidade deve ser pensada como uma empresa que forma mão-de-obra, presta serviços e disputa o mercado e, para tanto, deve ser eficaz na administração dos recursos escassos de que dispõe, buscando complementá-los com parcerias público-privadas, projetos, financiamentos alternativos e venda de serviços. A melhor prova disso é que as negociações sobre a carreira se deram, principalmente, com o Ministério do Planejamento e não com o MEC, solenemente ausente e omisso em todo o processo até aqui desenvolvido.
O resultado de todo esse quadro é a descaracterização e degradação da Universidade Pública, o que incide sobre as condições de trabalho e de remuneração dos profissionais do ensino publico federal.
O PCB, por seu Comitê Central e seus professores universitários, engajados diretamente na construção dessa greve nacional, declara integral e ativo apoio ao movimento dos professores em defesa da Universidade Pública de qualidade, pela carreira docente apresentada pelo ANDES-SN, pela defesa dos salários dos professores federais do ensino superior e do ensino básico, técnico e tecnológico.
Ressaltamos que a luta por uma Universidade Pública gratuita e de qualidade é condição necessária, ainda que insuficiente, para a produção e socialização do conhecimento contra e para além da ordem do capital. Por isso seguimos em nosso firme propósito de lutar por uma Universidade Popular, de acesso universal, que expresse as demandas e os valores da  classe trabalhadora brasileira.
Todo apoio à Greve Nacional dos Professores do Ensino Público Federal
Em defesa da Universidade Pública
Por uma Universidade Popular
Pela imediata abertura de negociações
Em defesa da Carreira Docente apresentada pelo ANDES-SN
Por melhores condições de trabalho
PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO (PCB)
Comissão Política Nacional

Nota sobre a reocupação da Diretoria Acadêmica e do campus Guarulhos

Um movimento nacional toma as universidades e ruas deste país. A mobilização se amplia a cada dia. Os docentes na sua luta por um plano de carreira, melhores condições de trabalho e cumprimento do acordo de 2011 deflagram greve nacional. Estudantes também estão se mobilizando evidenciando o problema estrutural das universidades federais, sendo o REUNI a expressão mais genuína dessa crise, decorrente de uma expansão sem verbas suficientes nas IFES. Mais de 47 instituições entram em greve, diversas ocupações ocorrem em diretorias e reitorias. A nossa luta, iniciada há mais de 60 dias, hoje, ganha mais força e horizontes cada vez mais amplos.
Recentemente, a tentativa da Diretoria e da Reitoria de aparentar algum avanço na pauta de reivindicações não teve sucesso por não apresentar uma resposta concreta à pauta de reivindicação que tem 24 pontos, dos quais foram mencionados apenas três– sendo que o quarto item, aluguel do galpão que já estava previsto antes da greve dos estudantes.
A “Carta repúdio à violência” de uma parcela dos professores, documento este discutido e não aprovado em assembleia docente, reforça o discurso de criminalização do movimento estudantil, num contexto em que são deliberadas pela Congregação do Campus abertura de sindicâncias com intenção de punir estudantes do movimento grevista, ou seja, punir de forma mais “branda” até a possibilidade de expulsão sumária, prevista no regime Estatutário da UNIFESP. Estas ações antidemocráticas são contrárias à mobilização política na universidade.
Os estudantes, reunidos em Assembleia Geral, nesta 5af, 24/05, por volta das 22 horas, deliberaram, em claro contraste visual, e por ampla maioria (quase unanimidade, alguns votos contra e poucas abstenções), a imediata ocupação da Diretoria Acadêmica e de todo o campus.
Assim, realizamos um amplo chamado a todos os estudantes, funcionários, docentes, trabalhadores e população para que venham ao campus e ocupem o mesmo, trazendo barracas,colchões e boas ideias.
COMUNICAÇÃO DA GREVE COM OCUPAÇÃO

NOTA DA UJC-SP DE APOIO ÀS LUTAS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS


A União da Juventude Comunista (UJC) em São Paulo vem manifestar seu apoio às mobilizações que tem ocorrido nas Universidades Federais Brasileiras. Os professores universitários, através do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES-SN), estão em greve em diversas Universidades espalhadas pelo país, reivindicando a reestruturação da carreira docente e melhorias das condições de trabalho. Concomitantemente, mobilizam-se também os estudantes e servidores técnico-administrativos em educação em muitas dessas instituições em apoio os docentes.
Em São Paulo, os professores da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) deflagraram greve desde o dia 23/05/2012 em apoio à proposta de carreira do ANDES-SN, em uma Assembleia que reuniu cerca de 200 docentes dos 06 campi (Baixada Santista, Diadema, Guarulhos, Osasco, São José dos Campos e São Paulo) da Universidade. Os estudantes de Guarulhos estão em greve desde o dia 22/03/2012 reivindicando melhores condições de infraestrutura e assistência estudantil, problemas crônicos, que afligem o campus desde sua implantação pelo REUNI em 2007. Os estudantes de Diadema entraram em greve no dia 18/05/2012 e os estudantes de São Paulo têm indicativo de greve a partir do dia 29 (terça-feira).
Muito além de uma questão salarial dos servidores essas manifestações demonstram uma insatisfação com o modelo de educação que vem sendo paulatinamente implantado no país desde a Reforma Universitária do Governo Lula. O REUNI trouxe consigo uma expansão sem nenhum tipo de preocupação com a qualidade do ensino; um aumento no número de vagas nas universidades atrelado à maior exploração do trabalho do docente e do técnico-administrativo, sem contratação de mais profissionais. Para os estudantes, materializou-se no ingresso em cursos voltados às necessidades do capital, realizados em novos campi sem a mínima estrutura de salas de aulas, laboratórios, biblioteca, restaurante universitário, moradia estudantil etc. A pesquisa destina-se cada dia mais às demandas de grandes grupos empresariais, a exemplo das indústrias farmacêuticas e do petróleo, enquanto a extensão universitária veste-se do papel do assistencialismo ou do empreendedorismo. Todas as universidades vêm sofrendo um amplo processo de precarização pelos sucessivos cortes que o Governo Dilma anuncia no orçamento da educação, caminhando em conjunto com diversas medidas privatizantes no interior das instituições.
A UJC defende a construção de frentes unitárias de luta entre os setores combativos de dentro e fora das universidades, entendendo a necessidade de se expor as contradições desse modelo universitário e da política que vem sendo implementada sob as marcas da “democratização e popularização ” do acesso ao ensino superior. A militância da União da Juventude Comunista estará construindo esse processo de mobilização nas universidades onde está inserida, nas salas de aula, nas entidades de base, no seio do movimento estudantil.
Ressaltamos que a luta por uma Universidade Pública gratuita e de qualidade é condição necessária, ainda que insuficiente, para a produção e socialização do conhecimento contra e para além da ordem do capital. Por isso seguimos em nosso firme propósito de lutar, em uma perspectiva estratégica, por uma Universidade Popular, de acesso universal, que expresse as demandas e os valores da classe trabalhadora brasileira.
Todo apoio à greve nas federais!
Ousar Lutar, ousar vencer!!
São Paulo, 25 de maio de 2012.
Coordenação Estadual da UJC-SP

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Apoio Militante do PCB à nova ocupação da Diretoria Acadêmica da Unifesp Guarulhos


O PCB apoia de forma militante a nova ocupação da diretoria acadêmica do campus Guarulhos da Unifesp. Participamos da construção democrática dessa ocupação, aprovada em Assembleia Geral dos estudantes de Guarulhos. Faremos aqui uma análise de conjuntura que contextualize essa ação. 
Esta ação é parte da onda de greves e mobilizações das universidades federais que se espalha por todo Brasil. A mobilização se torna nacional quando a greve convocada pelo ANDES-SN foi deflagrada em mais de 70% das federais do Brasil, quando acontecem também greves estudantis, de servidores e ocupações de reitoria - ocupações até mesmo propostas pelos docentes, como em Ouro Preto.
Fica clara a crise institucional que a educação passa em nível Federal, ocasionada pelo fracasso do REUNI. Os estudantes da Unifesp estão em greve desde o dia 22 de março, apontando para as contradições mercadológicas privatizantes e precarizantes que a expansão sem qualidade vem causando. Tais contradições chegam a um nível tão problemático e inconciliável que as categorias lesadas tomam consciência e embarcam na luta em todo país, o que dá força e renova o movimento grevista em Guarulhos.
A direita discente foi derrotada veementemente com essa articulação conjuntural importantíssima, e já não representa entrave real para o avanço da luta dos estudantes. Mas, apesar de uma conjuntura bastante favorável ao avanço da greve, os professores de Guarulhos cumprem um vergonhoso papel de freio à luta pela educação, seja na postura feudalizada de punição, perseguição e moralização do debate, seja nas tentativas de furar a greve estudantil com ameaças e terrorismo hierárquico, ou até mesmo tentando furar a greve da própria categoria deles - o que é ainda mais feio e submisso.
Cabe ao movimento pressionar e identificar os estratos mais progressistas dessa categoria e trabalhar para articular a adesão dos docentes de Guarulhos na greve nacional da categoria, só assim é possível a unidade entre as categorias contra a política precarizante e repressora da reitoria e da diretoria acadêmica.
No que se refere à unidade do movimento nacionalmente, cabe aprovar a participação do Movimento em Guarulhos na marcha pela educação em Brasília, convocada pelo ANDES-SN, cabe tomar a pauta dos docentes como bandeira do movimento, cabe articular ações com outras universidades no sentido de construir atos e ações conjuntas.
No que tange à construção da greve da categoria estudantil da Unifesp, surgem algumas tarefas táticas que devem ser cumpridas para a elevação do patamar da luta, principalmente num momento em que a greve está muito forte e a diretoria acadêmica foi ocupada, e são essas:
1 - Construir uma Assembleia Geral Intercampi;
2 - Aprovar Greve Geral estudantil;
3 - Aprovar a ocupação da reitoria da Unifesp.
Essas tarefas devem estar pautadas nas reivindicações aprovadas, na queda do diretor acadêmico de Guarulhos, na reformulação dos órgãos de representação da universidade - CONSU, Congregação e Conselhos Gerais - trazendo uma composição paritária e democrática.
É importante lembrar que o PCB defende a rearticulação do movimento estudantil pela base, construindo o DCE de conselhos como forma de desaparelhar a estrutura do ME e tornar mais ampla e fácil a articulação intercampi, e inclusive as lutas.
A universidade mercadoria deve ser contrariada pelo projeto da Universidade Popular, através da crítica e da construção de alternativas ao projeto mercadológico burguês de ensino, pesquisa e extensão. Só nas lutas, greves, ocupações, manifestações é que avançaremos, não só num projeto popular de educação, mas num projeto de poder popular para a sociedade e para a produção e reprodução da vida humana.
PELA UNIVERSIDADE POPULAR!
PELO DCE DE CONSELHOS!
TODA FORÇA À GREVE!
TODA FORÇA À OCUPAÇÃO!
CONSTRUIR A GREVE GERAL DA EDUCAÇÃO!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A luta contra a educação mercadoria/REUNI se estende a todo o Brasil

Entrevista com o Camarada Mauro Iasi (PCB, UC, ADUFRJ) sobre a greve convocada pelo ANDES-SN




Audiência pública com os estudantes da Unifesp Guarulhos na ALESP

PCdoB: a falsificação da história dos comunistas brasileiros


imagemCrédito: wikimedia

Anita Leocadia Prestes
O movimento revolucionário mundial socialista e comunista conviveu, desde o século XIX, com correntes reformistas de diferentes tipos. Os pais fundadores do marxismo – Marx, Engels, Lenin –, assim como teóricos do comunismo e dirigentes revolucionários da estatura de A. Gramsci e R. Luxemburgo, tiveram que levar adiante uma luta sem tréguas contra os reformistas do seu tempo.
Os reformistas precisaram justificar sempre a adoção de políticas de conciliação de classes, ou seja, de políticas baseadas em concessões às classes dominantes e no abandono dos objetivos revolucionários do proletariado e dos seus aliados; políticas de caráter evolucionista, marcadas pela negação do momento revolucionário, indispensável, segundo os marxistas, para a conquista do poder político pelos trabalhadores, única maneira efetiva de realizar as transformações revolucionárias necessárias para a construção de uma nova sociedade, livre da exploração do homem pelo homem.
Nesse esforço de justificação, os reformistas precisaram e ainda precisam recorrer à falsificação da História, inclusive da História do movimento operário e revolucionário, em busca de argumentos que contribuam para a aceitação de suas posições por amplos setores sociais, argumentos de prestígio, que sirvam de aval para sua atuação política.
A postura atual do PCdoB constitui exemplo edificante de semelhante tentativa de avalizar sua política atual recorrendo à falsificação da História dos comunistas brasileiros. Na medida em que o PCdoB passou a trilhar o caminho reformista da chegada ao poder sem revolução, tornou-se natural sua adesão às escolhas feitas por Lula e a direção do PT, na virada do século XX para o XXI, e agora mantidas por Dilma.
Foram escolhas reveladoras da capitulação de Lula e da direção do PT diante dos interesses do grande capital internacionalizado, em especial, do capital financeiro, ou seja, dos banqueiros internacionais. Tal capitulação ocorreu após três tentativas frustradas de alcançar o poder, nas eleições presidenciais de 1989, 1994 e 1998. Para conquistar a presidência, em 2002, foi escolhido o caminho mais seguro:
O governo do PT, sem coragem de afrontar os interesses constituídos, sem nenhuma disposição para arriscar uma mudança na postura do Estado que o tornasse capaz de enfrentar os problemas experimentados pelo país, escolheu a reafirmação da lógica perversa que já estava em curso e a entrega total do Brasil às exigências da acumulação privada. [1]
Da mesma maneira que nos governos de Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso, nos Governos Lula e Dilma o capital financeiro permanece hegemônico, embora esteja em curso uma reforma do neoliberalismo, voltada para a construção de uma “nova versão do modelo capitalista neoliberal”[2].
A adesão por parte do PCdoB a semelhante política de reforma do capitalismo o conduziu à tentativa de buscar no passado heróico dos comunistas brasileiros – embora eivado de erros provocados pela presença de falsas concepções - o aval para seu comportamento político atual. Tirando proveito do jubileu de 90 anos da fundação do Partido Comunista no Brasil, os atuais dirigentes do PCdoB divulgam uma versão falsificada da História desse partido. Distorcendo a realidade, apresentam a História do PC como uma sucessão retilínea de êxitos, cujo apogeu seria a política atual do PCdoB. Ao mesmo tempo, silenciam sobre as teses oriundas de uma falsa concepção nacional-libertadora da revolução brasileira, responsável pelas ilusões nas possibilidades de um “capitalismo autônomo”, cujo corolário foi o abandono, na prática, da luta pela revolução socialista no Brasil, concepção que esteve presente tanto na história do antigo PCB quanto na de quase todos os seus “filhotes”, inclusive o PCdoB.
São distorcidos os fatos relacionados com a cisão de 1962, quando um grupo de dirigentes do antigo PCB, discordando das posições políticas aprovadas no seu V Congresso (1960), usou o pretexto da mudança do nome do partido com vistas ao seu registro eleitoral, para criar outro partido – o PCdoB. Partido este que, durante várias décadas, combateu com violência o PCB e o seu ex-secretário-geral Luiz Carlos Prestes. Partido este que, durante toda a década de 1980, foi insistentemente criticado por Prestes pela postura oportunista de entendimentos espúrios com os governantes para alcançar o registro eleitoral e de apoio à candidatura de Tancredo Neves nas eleições indiretas de 1985 e, em seguida, de apoio ao governo de José Sarney. Segundo Prestes, tratava-se do abandono de todo compromisso com os interesses dos trabalhadores e com os ideais de verdadeiras transformações socialistas em nosso país.
É este partido, o PCdoB, que trata hoje de apropriar-se indevidamente do legado de Prestes para, tirando proveito do prestígio do Cavaleiro da Esperança, justificar-se perante amplos setores populares. Tal falsificação deve ser denunciada, pois a permanência de uma versão distorcida da trajetória dos comunistas brasileiros, difundida por um partido que se apresenta como comunista e fala em nome do socialismo, serve aos desígnios dos inimigos da emancipação social dos trabalhadores brasileiros, contribui para a manutenção da exploração capitalista em nossa terra, dificultando o caminho efetivo da construção de uma sociedade socialista no Brasil.

Greve da Unifesp: Avançar na luta rumo à Greve Geral estudantil e docente na instituição


O movimento amplia suas pautas, criticando o reuni, articulando-o à precarização e à mercantilização. Criticando o governo federal pela sua posição de capacho dos empresários e repressor do movimento, seja estudantil, seja docente. O movimento defende a Universidade Popular.

Os Alunos da UNIFESP – Guarulhos amargam 6 anos sem condições mínimas
para estudar. Não existe sequer um prédio para a instituição, e ainda
assim o Governo Federal gasta milhões em propaganda na TV falando das
“maravilhas” do REUNI.

Depois de 4 grandes greves e, pelo menos, 48 alunos sendo processados
na justiça por reivindicar seus direitos, o MEC, ao que parecia, finalmente tinha resolvido
ouvir as reivindicações e se predispor a uma conversa em
Audiência Pública. Afinal de contas, este é um ano de eleição, e o
ex-Ministro da Educação, Fernando Haddad, está pré candidato à prefeitura
de São Paulo




No entanto, o MEC não compareceu à ALESP para a audiência pública, o reitor correria da briga já sabia-se, no entanto, ele ainda teve o bom senso de se justificar, em carta ao Deputado Gianazzi (PSOL), que convocou a audiência, pelo sumiço - coisa que o MEC não fez.
Fica claro o conchavo da burocracia com o governo para que não se dê visibilidade ao movimento nacional contra a precarização da educação universitária federal que se levanta neste ano de 2012.
A lista de universidades em greve, seja docente ou estudantil, com reitorias ocupadas, ou em mobilização é enorme, até a própria Dilma teve que correr de Diadema para não ser alvo de protestos - ou ovos.
Antes da audiência, os estudantes realizaram um grande ato, saindo do DCE, fazendo uma parada na reitoria, e seguindo até a ALESP para realizar a audiência pública. Mas, antes de os estudantes entrarem na "casa do povo", tiveram que ser dispersos pela polícia e revistados, tendo que deixar diversos de seus pertences em caixas de papelão oferecidas pelos repressores, num episódio - no mínimo - pitoresco.

  
Apesar desses contratempos e da ausência do MEC, os estudantes garantiram a audiência, enfatizando a oposição ao REUNI, ao modelo mercantilizado de educação, e ampliando a voz do vigoroso movimento grevista, que defende bandeiras estratégicas do movimento estudantil de base, como a Universidade Popular. Falou pelo PCB/UJC - na audiência - o camarada Thiago Loreto, que também é estudante da Unifesp, chamando os estudantes à avançar no patamar da greve da Unifesp, convocando uma Assembleia Geral Intercampi e aprovando a Greve Geral Estudantil da Unifesp.

RUMO A GREVE GERAL DOCENTE E ESTUDANTIL NA UNIFESP!
PELO FIM DO REUNI!
PELA UNIVERSIDADE POPULAR!

terça-feira, 22 de maio de 2012

A necessidade de um alinhamento estratégico e tático para o movimento estudantil brasileiro.


O capitalismo hoje é completo, sua superação não pode acontecer por meio de reformas , mas apenas através de uma radical transformação revolucionária política e social. Suas relações tendem a reprimir toda organização da classe trabalhadora. A precarização dos serviços públicos essenciais à população, a privatização de todos os setores da sociedade, a intensificação do corpo coercitivo do Estado, toda a opressão contra os trabalhadores tem sido a base da formulação das diversas pautas dos movimentos de emancipação da classe trabalhadora, sendo os estudantes importantíssimos nesse processo.
O projeto do REUNI, implementado no governo Lula, avança a passos largos e deve ser amplamente combatido. O REUNI é um projeto de sucateamento das universidades federais que tem como interesse a ampliação de vagas sustentada pela argumentação da democratização do ensino, porém não é levada em consideração a estrutura das universidades, a qualidade de ensino, a logística, o corpo docente, e todas as condições necessárias para a excelência acadêmica. Como reflexo dessa política de precarização, diversas greves foram deflagradas ao longo desses anos, desde a paralisação dos funcionários administrativos, greves de estudantes e professores, manifestações contra o REUNI, a vitoriosa ocupação da reitoria em Santa Maria (RS) e outras universidades, as greves de 2010 e 2012 na UNIFESP, incluindo as ocupações da reitoria e da diretoria acadêmica do campus Guarulhos, tudo isso demonstra o grau de insatisfação em relação a essas políticas.    
A UJC entende que o movimento estudantil universitário tem caráter diversificado, ou seja, tem em suas bases expressões plurais e heterogêneas. Cabe aqui identificá-las, para propor nossa visão da conjuntura.
Nas bases governistas encontramos as forças que norteiam sua política na desmobilização da juventude. As práticas de aparelhamento, cada vez mais vigentes entre esses setores, têm contribuído com a falta de inserção dos estudantes nas lutas operárias, privando-os dos debates classistas, e assim transformam o movimento estudantil em um movimento de garrafa, parado. Além disso, tais setores se apóiam nos partidos da ordem através de um escancarado conchavo com o modelo burguês de universidade, cuja demanda é voltada para o mercado, tanto na produção intelectual quanto na formação de professores.
Há também no movimento estudantil nacional, esquerdistas infantis que fragmentam o movimento sob o discurso pseudo-revolucionário ortodoxo. Não entendem que o movimento estudantil e a juventude tem que exercer um papel de auxilio ideológico, cultural e político fundamental na luta dos trabalhadores, mas que no proletariado é que está a força transformadora da sociedade. “ É necessária a eliminação das concepções errôneas” já firmara Mao ao criticar certas posições dentro do partido comunista chinês, e obviamente que tais concepções devem ser combatidas em sua raiz. Pois bem, suas práticas divisionistas sustentadas na ortodoxia caem na desmobilização geral dos estudantes. Suas práticas de denuncismo e boicote, que caluniam as organizações combativas, tendem a visões movimentistas, sem estratégia definida, ou seja , baseiam sua organização através da auto-expressão estéril e o reformismo radical isolado das bases reais do movimento.
Além desses setores, devemos colocar também os setores mais atrasados desse todo, os reacionários e pós-modernos. Entendendo a disputa ideológica no seio do ME, as forças de esquerda devem combater as concepções direitistas do movimento, concepções que apoiam a exploração capitalista, os massacres militares imperialistas, as chacinas de operários, as demissões em massa, concepções que se apoiam no discurso individualista, e colocam como prioridade para o movimento a conquista do diploma, propõem“ formas alternativas de luta, que não a greve”, propõem uma metafísica política conivente com a precarização, mercantilização e até mesmo a privatização das universidades . Esses setores representam uma ideia-força que – se não for combatida pela esquerda – terá a adesão dos “analfabetos políticos”, como frisou belamente Brecht. Os “indiferentes”, odiados pelo camarada Antonio Gramsci, surgem, como numa pequena intentona, proferindo opiniões apoiadas no senso-comum, que tombam vezes após vezes como numa guerra real. 
É nesse contexto que a UJC rompe com algumas ilusões: Primeiramente, a UNE não é mais um fórum em que os comunistas devem depositar seus esforços, a entidade - aparelhada por setores governistas - não corresponde às demandas do movimento estudantil, pois faz o jogo burguês da cooptação, estagna a luta estudantil, é submissa as vontades do governo burguês dos grandes monopólios e bancos, ou seja, é capacho das políticas de precarização da educação e privatização do ensino, como o REUNI.
 Em contrapartida, os esquerdistas criam um paralelismo burocrático infantil, já diria Lênin, ao criar a ANEL, outra tentativa de aparelhamento das instâncias de representatividade. Não cabe aos jovens comunistas da UJC retomar uma entidade morta ou cair nos vícios divisionistas de uma entidade que nasce velha. Mas, na verdade, nosso foco é a reconstrução da estrutura do ME nacional pela base.
Por isso entendemos que a proposta de luta estratégica pela universidade popular é a mais coerente e democrática, pois vai além da formação intelectual crítica, alinhando-se com as demandas proletárias ao propor a destruição das antigas relações hierárquicas de poder na universidade e modificar a estrutura de representatividade dos estudantes.
Nesse sentido, devemos superar o modelo aparelhista do movimento estudantil universitário. A UJC entende que a formação de conselhos de entidades de base (CEB) em cada campus é passo tático firme rumo à universidade popular, pois constituirá um novo modelo para o DCE, em que conselhos de base elejam delegados para um conselho executivo de representantes do DCE (CR-DCE).
Na ótica da União da Juventude Comunista e do Movimento Universidade Popular, a universidade tem um papel central na formação e na produção de conhecimento. Deve, portanto, cumprir um relevante papel social, sendo a essência da universidade um espaço de ampla fluidez de idéias. A formação acadêmica e profissional não deve ser simplesmente para a reprodução ideológica do modelo econômico, político e social dominante, oferecendo nada além de subsídios ao mercado, mas deve, sim, ser instrumento de formação e fomento de agentes transformadores da atual realidade, contribuindo assim para a emancipação do pensamento humano. Ou seja, nossa luta vai além da universidade pública, gratuita e de qualidade. Por isso, defendemos que as demandas do ensino, da pesquisa e da extensão devem ser ditadas pelos interesses políticos e econômicos do Proletariado.
Ousar Lutar, Ousar Vencer!
Pela Universidade Popular!
União da Juventude Comunista

Moradia Popular, luta dos trabalhadores do Sítio São Francisco


Com o evento da copa de 2014 e as olimpíadas de 2016 vem a expectativa de um avanço no desenvolvimento do Brasil, tanto na indústria como na especulação imobiliária. Nosso país tornou-se um grande canteiro de obras pelos projetos do governo, como o PAC (Programa de aceleração do crescimento) e as obras de estádios de futebol. Para manter a demanda de vagas em hotéis as grandes imobiliárias entraram em uma corrida erguendo inúmeros prédios, mudando a estrutura das periferias.
Ao mesmo tempo, o governo faz políticas de higienização dos centros urbanos e periferias, onde acontecem muitas desocupações que, por um lado beneficia as grandes imobiliárias, e pelo outro tira moradia dos trabalhadores. Esse processo se encontra nas periferias de todo o Brasil, onde seus moradores se vêem obrigados a largar suas casas sem direção ou orientação do governo, se não um pequeno – e insuficiente - auxilio aluguel de menos de R$300.
A comunidade do Sitio São Francisco, em Guarulhos, está perdendo gradualmente seus moradores, através de desocupações, diferente do que houve em Pinheirinho, onde o processo de desocupação foi imediato e muito agressivo – inclusive com assassinatos e estupros de policiais contra moradores. No Sítio São Francisco, o prefeito preferiu retirar seus moradores um por um e com promessas de reestruturação do local, muitas famílias já perderam suas casas e estão desorientados, pois o auxilio é mínimo e não paga o aluguel de um bairro como os Pimentas, onde a especulação imobiliária avançou bastante.
Dentro do sistema capitalista a moradia não é uma necessidade básica do ser humano, mas uma mercadoria, com fins de a Burguesia aumentar seu lucro. Por isso as desocupações fazem parte do avanço no desenvolvimento neoliberal do Brasil, fazem parte da lógica perversa do Capital, e deixa clara a necessidade de os trabalhadores de organizarem para lutar pela Moradia Popular, através da ocupação do espaço que lhe é direito.
Morar é uma necessidade, ocupar é um dever!

Pela Moradia Popular!
Trabalhadores de todos os países, uni-vos!
Trabalhadores organizados e unidos contra a exploração do Capital!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Professores da Unifesp Diadema aderem à greve nacional convocada pelo ANDES - SN

Notícia – Adunifesp
Os professores do campus Diadema decidiram em assembleia entrar em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (17). A paralisação é parte da greve nacional dos docentes das universidades federais deflagrada esta semana em dezenas de Instituições. Mais de quarenta professores participaram da plenária, que referendou a decisão tomada na assembleia do último dia 10, na qual quase cem docentes haviam deliberado pelo indicativo de greve no campus. Os professores de Diadema devem voltar a se reunir em assembleia na próxima segunda-feira (21), às 12 horas, para dar continuidade às mobilizações. Já os estudantes realizarão uma assembleia nesta sexta-feira (18), para deliberar um posicionamento em relação ao movimento docente.
Os demais campi da Unifesp realizam assembleias locais até o dia 21 de maio, e uma assembleia geral convocada pela Adunifesp para a terça-feira (22) decidirá a deflagração da greve em toda a Instituição. As assembleias acontecem quinta-feira (17) na Baixada Santista; sexta-feira (18) em São Paulo; e segunda-feira (21) em Osasco e São José dos Campos. Os docentes de Guarulhos farão uma reunião não deliberativa na terça-feira (22) na sede da Adunifesp.
A pauta central da greve é a carreira docente. Negociações entre entidades dos professores e representantes dos Ministérios do Planejamento e da Educação acontecem desde setembro de 2011 em um Grupo de Trabalho (GT) sobre o tema, mas não há avanços e o governo mantém basicamente a sua proposta inicial, um grande retrocesso para categoria e para as universidades federais. O ANDES-SN e o movimento nacional docente reivindicam negociações reais sobre a restruturação da carreira. Outras pautas também estão presentes na mobilização como melhores condições de educação e trabalho nas federais, em especial nas novas unidades, que muitas vezes carecem das demandas mais básicas.
Nesta sexta-feira (18), docentes e estudantes da Unifesp de Diadema realizariam um protesto vestindo-se de preto durante a inauguração no campus da Unidade José de Alencar, na antiga indústria metalúrgica, Conforja. A unidade é composta por dois novos prédios, que irão abrigar laboratórios de pesquisa e atividades de graduação. A solenidade estava marcada para o período da manhã e contaria com a presença de autoridades não só da Unifesp, como do município e do Estado, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e da presidenta Dilma Rousseff.
Entretanto, a solenidade acabou desmarcada de última hora devido, de acordo com a Diretoria Acadêmica do campus, a problemas de agenda da Presidente da República. A assessoria de Dilma teria avisado apenas tarde da noite de ontem e não houve tempo suficiente para comunicar a todos sobre o cancelamento. Estima-se que cerca de 200 pessoas compareceram à Instituição para a solenidade e encontraram os portões fechados. Após negociação, a entrada de professores e estudantes acabou liberada.
No ato de protesto que seria realizado durante a inauguração, os docentes entregariam uma carta ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na qual apresentariam suas reivindicações acerca da carreira e explicariam os motivos que os levaram a entrar em greve. A íntegra do documento pode ser vista a seguir.
http://www.adunifesp.org.br/artigo/greve-docente-e-deflagrada-no-campus-de-diadema-da-unifesp


Mais um trabalhador vítima das contradições assassinas do Capital

(Nota do PCB)
No dia 17 de maio, numa obra da construção civil na rua Cabo Antonio em Guarulhos, o operário Francisco Jânio Araújo de 28 anos faleceu em seu local de trabalho devido a uma hemorragia causada por um corte profundo sofrido na perna do trabalhador.
Esse fato não é pontual ou isolado, mas faz parte da estrutura econômica e da formação política e social brasileira.
Segundo informações de trabalhadores dos arredores da obra, os operários trabalhavam em condições precárias, tanto no que se trata de segurança do trabalho - os companheiros não tem capacetes ou óculos de proteção disponíveis -, quanto de salários e direitos básicos - o companheiro vitimado vinha do Piauí para trabalhar pela metade do salário de um operário paulista.
Fica escancarado, com esse triste acontecimento, o caráter perverso do projeto burguês posto em prática pelo governo Dilma, e suas políticas de austeridade - que são fruto das políticas anticrise capitalista global. As greves operárias de Jirau e outros lugares, as denúncias recentes de trabalho escravo - subordinação real extrema do Trabalho ao Capital -, escancaram essas condições.
Nós, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), consideramos que a única culpada por essa situação é a classe exploradora burguesa, que precariza as condições de vida da classe trabalhadora para aumentar cada vez mais seus lucros. Mas, consideramos também a classe trabalhadora - se estiver unida e organizada - capaz de superar essas situações colocando o patrão em cheque, através de greves e manifestações dos operários contra a precarização do trabalho, pela estabilidade no emprego, por aumentos salariais, etc.
E dizemos mais, se a classe trabalhadora tiver consciência do seu potencial transformador e revolucionário, somos capazes de superar a opressão patronal de uma vez por todas, construindo uma sociedade sem exploração, uma sociedade possível, uma sociedade socialista.

Trabalhadores de todos os países, uni-vos!
Ousar lutar, ousar vencer!
Companheiro Francisco, Presente!

Novidades da greve da Unifesp Guarulhos 2012


GREVE GERAL 2012 – CAMPUS UNIFESP PIMENTAS GUARULHOS
Assim como a luta dos estudantes no Campus Unifesp Guarulhos, diversas categorias estão se organizando no país inteiro, sejam por salários, condições de trabalho ou ainda pela educação pública, gratuita, universal e de boa qualidade. Tudo isto pode ser constatado com uma rápida pesquisa na internet ou nos grandes veículos de comunicações.

O blog “Greve Unifesp 2012” traz todas as informações sobre os mais de 50 dias de greve em Guarulhos. Contem todas as contradições que envolvem os estudantes, docentes e técnicos, vítimas da precarizacão do Campus Guarulhos.
Na verdade tudo isto é resultado do Projeto Reuni que deve ser debatido e compreendido na sua totalidade, tanto do ponto de vista da sua origem e fim ate as consequências de uma expansão sem a necessária estrutura.
A ANDES – SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR recentemente convocou todas as entidades dos docentes que atuam nas universidades federais a exemplo da ADUNIFESP.
A ADUNIFESP convocou assembleia geral dos docentes em sua sede e, em Guarulhos, os docentes também estão se organizando para discutir os rumos desta convocatória, discutindo entre outros, a questão salarial, de carreira e condições de trabalho.
Os estudantes desde 22 de marco de 2012 após a aprovação da greve, realizaram numerosas atividades no Campus Guarulhos, na região dos Pimentas, em São Paulo e na sede da Unifesp, próxima ao Ibirapuera.
O momento e de unidade. Todos os sujeitos ou organizações que estão lutando no Campus Guarulhos devem aprofundar as questões organizativas, sem no entanto, deixar de construir uma frente que de uma linha política ao movimento, para alem dos grupos que surgem, originariamente contrários a greve.
O momento político e propenso para a constituição de uma ampla frente, construída a partir daqueles estudantes responsáveis pela autentica luta por melhorias gerais, espalhados nas diversas comissões que compõe o COMANDO DE GREVE.
Temos clareza de quais pessoas ou setores que são contrários a esta luta e, principalmente a burocracia que de forma desesperada, cometendo erros e mais erros, tentam a todo custo terminar com a greve, inclusive criando factoides com a clara intenção de provocar o movimento grevista, ameaçando individualmente os estudantes com aprovações na CONGREGACAO DE SINDICANCIAS, chamamento de policia no Campus, entre outros.
Neste sentido, dentro da luta interna do Campus, podemos dividir nossa pauta em 3 EIXOS CENTRAIS:
1. ANISTIA E LUTA CONTRA A REPRESSAO E CRIMINALIZACAO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL
2. PARIDADE NA CONGREGACAO E DEMAIS ORGAOS REPRESENTATIVOS DO CAMPUS GUARULHOS, INCLUSIVE NO CONSU.
3. INFRAESTRUTURA
Quanto a COMISSAO DE NEGOCIACAO, esta deve ser eleita em ASSEMBLEIA GERAL, permitindo que todos os setores envolvidos na luta participem com suas representações, tais como: ESTUDANTES PROCESSADOS, ESTUDANTES QUE OCUPARAM A DIRETORIA, ESTUDANTES DA COMISSAO DE DIALOGO E ESTUDANTES REPRESENTANTES NA CONGREGACAO.
Quanto aos demais grupos organizados contra a GREVE, tudo indica que ao negar este instrumento de LUTA – A GREVE, com certeza, mantendo sua coerência, não terão interesse em participar de qualquer negociação.
Também destacamos a importância da participação de diversos setores externo a UNIFESP Campus Guarulhos, sejam partidos, sindicatos ou movimentos sociais diversos, inclusive da região dos Pimentas.
O próximo evento será a MARCHA DAS VADIAS, dia 18 de maio, em resposta ao machismo e preconceito demonstrado no dia a dia da greve, principalmente no blog da greve e, na próxima segunda-feira, dia 21 de maio às 13 horas o evento Doe sangue por uma Universidade Publica de Qualidade e, às 19 horas, será realizada AUDIENCIA PUBLICA na ALESP.
FICA O CONVITE A TODOS OS PARTIDOS E ESTUDANTES QUE COMPOE ESTA FRENTE NA GREVE DA UNIFESP 2012
Fica o CONVITE a todas as FORÇAS PROGUESSITAS através dos seus filiados e dirigentes: participem da AUDIENCIA PUBLICA NA ALESP, dia 21.05.2012, 19 horas!
Aos partidos, sindicatos; centrais, movimentos sociais diversos e que defendem ações transformações e concretas na SOCIEDADE, junte-se aos seus MILITANTES, PARTICIPANTES OU NÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL (ordem alfabética): ANARQUISTAS; ADUNIFESP; LER; MNN; MST; PCB; PCdoB; PCO; POR; PSOL; PT; PSTU outros, a lista é imensa!

Em memória de todos os que tombaram contra a ditadura


(Nota Política do PCB)
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A Comissão Política Nacional (CPN) do Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem a público saudar a Articulação Nacional pela Memória Verdade e Justiça - uma entidade que congrega organizações políticas, movimentos sociais, sindicatos, coletivos de juventude, grupos artísticos e familiares de mortos e desaparecidos - e manifestar seu apoio ao trabalho que vem sendo desenvolvido no sentido de construir um grande movimento de massas para que se apurem os crimes da ditadura, se estabeleçam as ligações entre os grupos empresariais, funcionários públicos e a máquina da tortura no Brasil e crie condições para que se possa punir os torturadores e assassinos de toda uma geração de jovens, trabalhadores, camponeses, sindicalistas e militantes sociais e políticos que lutaram contra a ditadura no Brasil.
A CPN avalia como positiva a instalação da Comissão da Verdade pelo governo. Lembramos, todavia, que foi preciso uma condenação do Brasil por parte da OEA para que o governo pudesse tomar essa medida, que protelava para não melindrar as Forças Armadas e os setores conservadores de sua base de sustentação. Mas alertamos que esta comissão tem uma composição heterogênea e não possui sequer representantes dos familiares dos mortos e desaparecidos. É um sinal de que a Comissão foi composta para uma conciliação nacional, ou seja, “virar esta página da história” e o Brasil seguir em frente na direção de se transformar numa potência capitalista.
Por isso, é necessária a organização de um grande movimento social, envolvendo organizações sindicais, estudantis e de bairro, manifestações de rua em todo o País, para que o resultado dos trabalhos não se transforme numa conciliação com os algozes de nosso povo. O PCB, como uma das organizações que mais brutalmente foi reprimida pela ditadura - basta dizer que um terço de seu Comitê Central foi assassinado na tortura e desaparecido - se compromete a levar esta luta até o fim, em homenagem não apenas aos nossos mortos e torturados, mas também a todos que sofreram e tombaram na luta contra a ditadura.
A CPN também avalia que este não é o momento de privilegiar o debate das divergências sobre as formas de lutas das organizações de esquerda durante a ditadura, até mesmo porque a ditadura prendeu, torturou e assassinou camaradas de todas as organizações. Este é o momento de reverenciar todos os que lutaram contra o regime militar, especialmente aqueles que rubricaram com sangue a luta contra a ditadura. São todos eles nossos heróis, desde os que se alçaram em armas nas cidades, os guerrilheiros de Caparaó e do Araguaia, até aqueles que desenvolveram silenciosamente um paciente trabalho de organização dos trabalhadores nas fábricas e nos sindicatos, aqueles que organizaram a população nos bairros, os jovens nas organizações estudantis, os intelectuais e o mundo da cultura em geral. Continuaremos a sua luta e não daremos trégua aos inimigos do nosso povo.
As recentes informações de um agente da ditadura de que os corpos de vários companheiros foram incinerados em um forno de uma usina de açúcar em Campos chocaram a opinião pública e mostraram a bestialidade com que os facínoras da ditadura agiam contra os prisioneiros políticos. Entre os corpos incinerados estariam os de quatro camaradas do PCB: Davi Capistrano, João Massena, Luiz Maranhão e José Roman.
Associamo-nos à correta iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no sentido de que esta fazenda de Campos seja desapropriada para fins de reforma agrária e que sua sede sejatransformada em um memorial da tortura e da brutalidade da ditadura. Ali se encontra o verdadeiro cemitério de nossos heróis, independente da organização a que pertenciam.
Para reforçar esta luta, achamos fundamental que a Articulação Nacional pela Memória Verdade e Justiça organize um expressivo e unitário ATO NACIONAL na fazenda onde foram incinerados os nossos camaradas, com ocupação de suas terras, para honrarmos a trajetória de lutas desses nossos heróis.
A Comissão Política Nacional do PCB manifesta sua solidariedade a todos os familiares dos presos, mortos e desaparecidos e às entidades que se constituíram para denunciar os crimes da ditadura e reafirma que esta luta não foi em vão e que todo trabalho de denúncia, investigação, de acúmulo e documentação realizado nestes anos será não só um precioso aporte para a memória dos nossos heróis mortos e desaparecidos, mas também um importante testemunho para as novas gerações.
Não silenciaremos enquanto toda a verdade não for apurada!
Não silenciaremos enquanto a justiça não for feita!
São Paulo, 13 de maio de 2012
(Comissão Política Nacional do PCB)