terça-feira, 27 de março de 2012

Em Pernambuco, pelo menos, eles são sinceros: PCdoB e PSDB juntos na eleição



imagemCrédito: FolhaPE
NOTA DOS EDITORES
À esquerda, de vermelho, o presidente nacional do PSDB Sergio Guerra recebe, na sede de seu partido, a visita do prefeito de Olinda (PE), Renildo Calheiros (no centro, de amarelo); e da vice-presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, à direita.

Aproximação não significa, a princípio, acomodação com cargos no governo (Foto: Jedson Nobre/Folha de Pernambuco)
Por Geraldo Lélis
Da FolhaPE
Vestido de amarelo, o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), recebeu o apoio formal dos tucanos, nesta sexta-feira (23), para disputar a eleição em outubro próximo. Em meio ao evento, o presidente nacional do PSDB, o deputado Sérgio Guerra, negou contradição ao apoiar uma legenda tradicionalmente posta em campo adversário. A aproximação, segundo justificou o dirigente nacional, a princípio, é eleitoral, mas não impedirá da legenda ser incorporada no primeiro escalão do governo, caso o gestor consiga a reeleição.
“Não há nenhuma contradição em estar do lado deste candidato e fazer com todo mundo a campanha que tem que fazer com ele. Pelo contrário. Há tranquilidade, há confiança e há lógica”, argumentou Sérgio Guerra, fazendo elogios ao gestor comunista. “Por muitas razões, acho que fizemos uma boa escolha apoiando a candidatura de Renildo. Primeiro, porque ele é uma pessoa que merece a confiança de todos nós. Eu o conheço há muitos anos e nunca o vi vacilar. É firme nas suas convicções, explicito nas suas palavras”, disse.
Sobre o recuo na candidatura da ex-deputada estadual Terezinha Nunes – secretária-geral do partido -, Sérgio Guerra declarou que ela terá a liberdade para tomar a posição que achar melhor. A tucana já adiantou que não pedirá voto para o prefeito Renildo Calheiros. Guerra justificou que Terezinha não conseguiu reunir apoio suficiente para viabilizar sua candidatura.
“Nós pedimos que Terezinha fosse para Olinda para articular e reunir políticos em torno de seu nome. Ela não teve a capacidade de formar uma candidatura estruturada. Ela não conseguiu juntar os partidos, e nós não temos estrutura para bancar uma candidatura sem apoio em Olinda”, explicou.

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