quinta-feira, 30 de junho de 2011

O PORTO DE SANTOS AINDA É VERMELHO



imagemCrédito: b2.blogspot
Bagrinhos em luta por trabalho
Há cinco meses acampados defronte ao OGMO (Orgão Gestor de Mão de Obra), os trabalhadores avulsos da estiva do porto de Santos, os bagrinhos como são conhecidos, continuam a sua luta pelo registro de 400 trabalhadores da lista de cadastro.
A lei de modernização dos portos do início dos anos 90, disciplinou a forma de contratação dos trabalhadores portuários avulsos, retirando dos sindicatos a prerrogativa da indicação dos trabalhadores que efetuariam o serviço de descarga dos navios atracados. Por ela, as empresas operadoras do porto deveriam criar um órgão gestor de mão de obra, que, anualmente, a partir de uma lista de cadastro fariam o registro dos bagrinhos (que recebem a chamada carteira preta), tendo os registrados a prioridade para a chamada ao trabalho na estiva.
Apesar dos constantes atrasos na carga e descarga das embarcações que se verifica todo ano, há cerca de cinco anos o OGMO não registra os trabalhadores do cadastro. É essa luta pelo registro que mobilizou os bagrinhos com uma capacidade de luta que vem incentivando outros trabalhadores portuários a saírem em luta por suas reivindicações como os do Sindicato de Movimentação de Carga Marítima.
Minimizando as dificuldades próprias de um movimento desse tipo, em que alguns companheiros do acampamento não tem o que levar para casa, a solidariedade de alguns sindicatos da baixada santista, bem como da Unidade Classista e de um sindicato de portuários da Venezuela vem segurando o animo dos bagrinhos.
De início as negociações se deram com a direção do OGMO, que veio arrastando uma conversa de acordo que até agora não saiu. Após três meses desse impasse os bagrinhos conseguiram ampliar a sua forma de luta tendo ocupado a Câmara Municipal de Santos para fazerem o seu protesto e há duas semanas estiveram Brasília lutando por suas reivindicações.
A notícia da última semana de que o descarregamento de açúcar em saca será feito somente em uma faina do porto, preocupa os bagrinhos, pois menos gente será chamada ao trabalho. De acordo com o jovem comunista Lenin Bragamembro da Coordenação de Luta dos Bagrinhos e militante da Unidade Classista, patrões e governo não estão levando a sério a situação dos trabalhadores avulsos e os problemas sociais que ela acarreta. Apesar de tudo, segundo ele, essa limitação na descarga do açúcar em saca deve levar os bagrinhos a ampliar seu arco de ações na luta por trabalho e da solidariedade do conjunto da classe.

8ª Caravana à Brasília – Continua a Luta pela Estatização da Fábrica Ocupada Flaskô

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imagemCrédito: Fabricas Ocupadas
Fábrica Ocupada Flaskô
Oito anos de muita luta para manter a Fábrica de pé, produzindo. Hoje não somente bombonas e tambores e sim, esporte, cultura, lazer, trabalho, formação, luta por moradia, luta por saúde e serviço público de qualidade, além de participar das lutas organizadas do movimento operário, estudantil, sindical, cultural, de comunicação popular, movimento de trabalhadores rurais e na luta internacional com centenas de fábricas ocupadas por toda América Latina.
Mas é preciso encontrar mecanismos que garantam o funcionamento da Flaskô e de todos os projetos dentro da fábrica, a reivindicação que está em pauta, é que a Flaskô seja decretada pública, que seja Estatizada, porém que continue sob controle democrático dos trabalhadores e da população. Uma fábrica gerida pelos trabalhadores e trabalhadoras pode ter muitas outras utilidades, principalmente quando existem espaços onde o povo usufrue, organizando diversas atividades, participando ativamente do dia a dia.
A situação que a fábrica se encontra hoje, com toda herança maldita deixada pelos bandidos dos patrões, é praticamente impossível manter qualquer empresa, milhões de reais em dívidas, sucateamento de todo parque fabril, sonegação dos direitos trabalhistas e impostos, milhares de processos tramitando na justiça, penhoras e mais penhoras inclusive até do faturamento da fábrica. Se passaram oito anos depois que os trabalhadores tomaram o controle da Flaskô, já passou da hora do Poder Público jogar a responsabilidade de todos os problemas causados pelos patrões nos próprios patrões e evitar o fechamento não só da Flaskô e sim todas as dezenas de fábrica que fecham suas portas quase que todos os dias aqui no Brasil.
Por isso é legitimo que os operários ocupem as fábricas, resistam e produzam sob seu próprio controle.
Dilma, os trabalhadores e trabalhadoras continuarão com mesma bandeira que levantaram no Governo Lula:
“FÁBRICA QUEBRADA É FÁBRICA QUE DEVE SER TOMADA PELOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS;
E FÁBRICA TOMADA DEVE SER ESTATIZADA SOB CONTROLE DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS”.
Movimento das Fábricas Ocupadas do Brasil – Junho de 2011

Morreu Paulo Renato




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Nota dos editores da página nacional do PCB:
Este texto está circulando na internet, sem menção ao autor e à fonte. Assim mesmo, decidimos divulgá-lo, por concordarmos com as observações.
Queremos chamar a atenção para a unidade entre os tucanos e o governo Dilma nas homenagens ao ex-ministro da Educação de FHC.
Vários ministros compareceram ao enterro, entre os quais Orlando Silva (PCdoB), ex-presidente da UNE na época de Paulo Renato, e que fez a seguinte declaração no evento (veja na foto):
"Paulo Renato pensava o Brasil e tinha um compromisso com o pais".
Morreu Paulo Renato:
Morreu sem retrucar seu título de “Ministro-Rei da Privatização da Educação”.
• Morreu sem explicar as milhares de assinaturas de jornais e revistas do PIG (só as do PIG) para as escolas de São Paulo.
• Morreu sem explicar a compra sem licitação das mais de 200 mil cópias do Windows da Microsoft à qual seu irmão era advogado.
• Morreu sem explicar a “Lei de Mensalidades”, uma medida para salvar as faculdades privadas que estavam com alto índice de inadimplência.
• Morreu sem explicar sua insistente defesa da privatização da Petrobrás.
• Morreu sem explicar a responsabilidade na distribuição de centenas de milhares de livros de conteúdo adulto para crianças em fase de alfabetização ou que orientavam alunos do ensino médio a acessar sites pornográficos.
• Morreu sem explicar suas ligações com o di Gênio do Objetivo onde seu outro irmão era o chefe do setor de audiovisual .
• Morreu sem explicar o sucateamento das escolas técnicas na gestão FHC, da qual foi ministro.
• Morreu sem explicar suas relações com os hermanos de España , o Grupo Santillana (editora Moderna).
• Morreu sem explicar os 8 anos sem reajustes salariais dos professores de universidades federais.
• Morreu sem explicar as milhares de universidades privadas que se expandiram com critérios para lá de discutíveis.
• Morreu sem explicar os contratos suspeitíssimos com a Fundação Carlos Vanzolini e o grupo Positivo, responsáveis pela elaboração e impressão de milhares de atlas com m últiplos Paraguais, cartilhas para professores e alunos cheias de erros conceituais, de português e de digitação.
• Morreu sem explicar sua relação carnal com a Editora Abril e com o grupo COC.
• Morreu sem explicar a mágica de um Conselho Estadual de Educação, dominado por representantes de escolas privadas e de empresas financiadoras das campanhas eleitorais do PSDB.
• Morreu sem explicar como atuava sua empresa de consultoria – a PR Consultoria – que se fingia de morta, mas seu idealizador, Paulo Renato, e seus parceiros estavam vivos até demais.
• Morreu sem explicar as razões do desempenho pífio dos alunos do estado mais rico do país nos exames oficiais de avaliação nacional.
• Morreu sem explicar porque, de repente, mandou cancelar sua “jenial” proposta de dois professores por sala de aula.

“Ignoramos esta recomposição de opereta” (do governo grego)



imagemCrédito: KKE

Aleka Papariga*
O KKE conduz com exemplar determinação a resistência do povo grego. Nessa resistência desenha-se a alternativa. O seu protagonista “não será o povo num sentido vago mas a frente unida e a aliança dos trabalhadores, dos independentes, dos camponeses, dos estudantes e das mulheres, saída da classe operária e das camadas populares”.
O KKE, com manifestações de massa em Atenas, realizou uma intervenção política direta nos últimos fatos políticos anti-populares adotados pela plutocracia e a burguesia gregas, com uma recomposição ministerial para assegurar a gestão do capitalismo. A secretária-geral do KKE, Aleka Papariga, pronunciou-se quando da manifestação de Atenas e sublinhou:
“Exigimos eleições, a fim de que o povo possa abrir uma primeira fissura no sistema político burguês. Quanto mais fraco for o governo que venha a ser formado, mais fácil será para o povo evitar o pior.
“Ignoramos a intenção do primeiro-ministro de se demitir, a disposição do presidente da ND, Samaras, de formar um governo de coligação, pois o resultado de tudo isso não é senão uma recomposição ridícula. Ignoramos esta recomposição de opereta; não tem nenhuma importância que tal ministro deixe o seu posto ou que um outro tome o seu lugar. Eles fracassaram temporariamente em obter um consenso, farão uma outra tentativa.
“Ignoramos as suas ameaças de que, se o povo grego não se dobrar, ficará sem salários e sem pensões de aposentadoria. Eles tentam transformar os seus próprios dilemas em dilemas populares. Tentam transformar o seu pânico e o seu medo face ao desnudamento da natureza do sistema capitalista em pânico e medo populares. Quando aqueles no alto tremem, o povo em baixo deve contra-atacar com ainda mais militantismo. A crise na zona Euro é profunda, em particular na Irlanda e em Portugal. Prevêem-se problemas para a economia italiana e que a crise em Espanha irá intensificar-se. Em consequência, todos os povos pagarão e portanto não se trata de uma forma de renegociação da dívida que reclamam com trombetas e aos gritos a ND e o SYRIZA.
“Devemos sublinhar a dívida que os grandes grupos, os monopólios, a UE e a OTAN têm para com o povo, assim como os partidos burgueses da ND e do PASOK naturalmente (…) o povo nada deve pagar.
“O POVO DEVE COM AS SUAS PRÓPRIAS MÃOS RETOMAR O QUE ELES LHE DEVEM E QUE LHE PERTENCE".
“Eles têm uma dívida para com o povo por causa da mais-valia que roubam no processo de produção (…)
“Eles devem dinheiro aos trabalhadores do comércio, dos serviços, do setor privado e do público, eles devem dinheiro em salários e em reformas à esmagadora maioria dos trabalhadores assalariados. Eles lhe devem a fortuna enorme que acumularam nos cofres-fortes suíços e alhures. Eles lhe devem o dinheiro desviado dos fundos de segurança social (…)
“Eles devem tudo o que as famílias populares gregas pagaram pela sua educação, sua cobertura e sua prevenção médica, medidas de saúde e de segurança (…) Eles lhe devem enormes somas gastas com todo o dinheiro dispendido em equipamentos militares graças à OTAN e às guerras locais (…)
“Existem potencialidades de desenvolvimento, de produção, com riquezas minerais que temos na nossa posse, que podem ser realizadas de diferentes modos, em quase cada setor da indústria, em cada setor da produção agrícola, no transporte marítimo e na pesca…
“Esta enorme dívida será arrecadada pelo povo só quando ele tomar o poder, quando ele se apropriar dos meios de produção, através da socialização e das cooperativas populares, através da retirada da UE, através do controle dos trabalhadores e do povo na base, com um parlamento do povo contando com representantes eleitos saídos dos lugares de trabalho, organizações de aposentados, dos estudantes e dos alunos dos liceus, com uma planificação nacional que eliminará toda forma de desemprego. O protagonista destes acontecimentos não será o povo num sentido vago mas a frente unida e a aliança dos trabalhadores, dos independentes, dos camponeses, dos estudantes e das mulheres, saída da classe operária e das camadas populares.
“Existe uma força com propostas concretas, com experiência, com um corpo militante coerente sem nenhuma manobra perigosa e oportunista: esta força encontra-se no KKE, na frente popular social das organizações sociais radicais que estão reunidas na aliança do PAME, do PASEVE, do PASY, do OGE, do MAS.
“CENÁRIOS ANTI-POPULARES PREPARAM-SE NOS BASTIDORES; ELES FORAM MESMO POSTOS À PROVA NAS RUAS E NAS PRAÇAS. Aqueles que foram enganados não são os únicos que se encontram nas praças. Os representantes de lobbies de poderosos interesses políticos e econômicos apresentam-se como “indignados” nas praças, assim como representantes de ONGs que servem a interesses particulares, antigos e provavelmente ainda atuais colaboradores da direcção do PASOK – eles se agitam por soluções de modernização e renovação. (…)
“NÃO A UMA ALIANÇA COM UMA VAGA ETIQUETA DE FORÇAS PROGRESSISTAS E DE ESQUERDA, DE MODERNIZADORES E DE RENOVADORES, MAS SIM A UMA ALIANÇA DAS FORÇAS ANTI-CAPITALISTAS, ANTI-IMPERIALISTAS, ANTI-MONOPOLISTAS, UMA ALIANÇA UNIDA NA SUA LUTA CONTRA O PODER DOS MONOPÓLIOS, PELO PODER POPULAR.
“Nem um passo adiante pode ser dado sem uma aliança com o KKE, sem um KKE forte e poderoso”.
*Secretária-geral do Partido Comunista Grego, discurso no encerramento da manifestação de 16 de Junho.

Greve de 48 horas na Grécia: resposta às novas intimidações do governo e da UE



imagemCrédito: KKE
KKE
Depois de uma discussão de três dias no Parlamento o governo recauchutado obteve 3ª. feira 23 de Junho um voto de confiança com os votos dos deputados do PASOK. Ou seja, 155 membros de Parlamento no total de 298 que tomou parte na votação deu um voto de confiança ao governo ao passo 143 votaram contra.
A secretária-geral do CC do KKE, Aleka Papariga, denunciou o dilema intimidante colocado ao povo trabalhador grego pela UE e pelo governo.
"O ultimato da UE, da Eurozona, não é dirigido ao governo grego, o qual já o aceitou há muito, mas sim ao povo grego. Ela diz: baixem suas cabeças: se não concordarem, não obterão a liberação da quinta prestação (dos empréstimos internacionais)".
Aleka Papariga afirmou: "Nós consideramos que o povo grego deve dar o seu próprio ultimato. Isto é a melhor coisa que pode fazer. Não pode haver qualquer negociação favorável na estrutura da UE (União Européia). Há partidos da oposição que defendem essas negociações e as sugerem ao governo. Isto é ou uma chamada solução fácil ou uma posição que ignora o caráter da UE. Eu, ao contrário, direi que isto é uma ignorância deliberada do verdadeiro caráter desta aliança predatória, como nós a chamamos, ainda que isto seja uma frase suave dada a situação atual".
"Assim, o povo grego deve dar o seu próprio ultimato. Podemos anotar o que a UE, o governo do ND e do PASOK, a burguesia grega – todos os seus setores, industriais, proprietários de navios, banqueiros, comerciantes, etc – devem ao povo grego".
Da tribuna do parlamento, a Secretária-Geral do KKE apelou aos trabalhadores para ignorarem os dilemas de intimidação e tomarem parte ativa na luta: "agora que o povo abre os seus olhos, o KKE defende mais intensamente a posição de que o povo deve tomar nas suas próprias mãos a propriedade dos meios de produção bem como os recursos naturais.
As forças com orientação de classe congregadas no PAME apelam a uma greve de 48 horas logo que o governo traga ao Parlamento o novo pacote de medidas anti-populares.

Manifesto do PCB sobre dois de julho

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A Líbia é o nosso futuro




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Luís Britto Garcia*
1. Nenhum homem é uma ilha; a morte de qualquer pessoa afeta-me, pregava John Donne. Nenhum país está fora do planeta: o genocídio cometido contra um povo assassina-me. Tudo o que acontece na Líbia fere-me, prejudica-te, afeta-nos.
2. Falemos como homens e não como chacais ou monopólios midiáticos. A Líbia não é bombardeada para proteger a sua população civil. Nenhum povo é protegido lançando-lhe explosivos nem despedaçando-o com 4.300 ataques "humanitários" durante mais de cem dias. A Líbia é incinerada para lhe roubarem seu petróleo, suas reservas internacionais, suas águas subterrâneas. Se o latrocínio triunfa, todo país com seus recursos será saqueado. Não perguntes sobre quem caem as bombas: cairão sobre ti.
3. Encarceraram os comunistas; nada poderia importar-me menos porque não sou comunista, ironizava Bertold Brecht. O Conselho de Segurança da ONU aprova uma zona de "exclusão aérea" a favor dos secessionistas líbios, mas permite um bombardeio infernal; a China e a Rússia abstêm-se de vetar a medida porque como não são líbios; nada poderia importar-lhes menos. De imediato, os Estados Unidos ameaçam a China com a declaração de uma "moratória técnica" da sua impagável dívida externa e agridem o Paquistão. A China replica que "toda nova ingerência dos Estados Unidos no Paquistão será interpretada como ato não amistoso" e arma o país islâmico com cinquenta caças JF-17. Nenhum povo está fora da humanidade: se não vetas a agressão contra outro, a desencadeias contra ti.
4. Conta Tólstoi que um urso ataca dois camponeses: um sobe a uma árvore, cedendo ao outro o privilégio de defender-se só. Este vence e conta que as últimas palavras da fera foram: "Quem te abandona não é teu amigo". A Liga Árabe, a União Africana, a OPEP trepam na árvore da indecisão esperando a vez de serem esquartejadas. Ao abandonar as vítimas te abandonas.
5. Como nos tempos em que o fascismo assaltava a África, hoje a Itália, Alemanha, Inglaterra, França e outros pistoleiros da OTAN sacrificam armamentos e efectivos numa guerra que só favorecerá os Estados Unidos. Impedido pelo seu Congresso de investir abertamente fundos no conflito, Obama queixa-se dos seus cúmplices da OTAN porque sacrificam à despesa militar menos de 2% dos seus PIB e ordena-lhes que imolem pelo menos 5% ("El futuro de la Otan", Editorial El País, 15/06/2011). São instruções inaplicáveis quando o protesto social, a crise financeira, a dívida pública impagável e o próprio gasto armamentista minam os governos do G-7. Perante tais exigências, a Itália opta por não participar mais na associação criminosa(agavillamiento). A Agência Internacional autoriza a gastar das reservas que não tem 60 milhões de barris de petróleo em dois meses. Os Estados Unidos desbaratam em 2010 uma despesa militar de 698 mil milhões de dólares, 43% do total mundial de 1.600 mil milhões de dólares (Confirmado.net 17/06/2011). Assim se dilapidam em forma de morte os recursos que deveriam salvar a vida. Se montas guerras para devorar o outro, as guerras te devorarão a ti.
6. Como na época de Ali Babá e os quarenta ladrões, os banqueiros internacionais que tão benevolamente receberam 270 mil milhões de dólares em depósitos e reservas da Líbia assaltam o botim e estudam trespassá-lo àqueles que tentam assassinar os legítimos donos. Também criam para os monárquicos de Bengazi um banco central e uma divisa secessionista. São os mesmos financistas cujo latrocínio custa à humanidade o atual colapso económico: não indague a quem roubam os banqueiros: desfalcam a ti.
7. No estilo das blitzkrieg nazis, o presidente dos Estados Unidos inicia guerra sem a autorização dos seus legisladores e prolonga-as ignorando o Congresso, onde dez deputados denunciam o presidente e o secretário da Defesa cessante Robert Gates e vetam os fundos para a agressão contra a Líbia tachando-a de ilegal e inconstitucional. Não averigúes se deves impor a tiros a democracia a outros povos: acaba antes com os vestígios dela que restavam no seu próprio país.
8. Cada homem é peça do continente, parte do todo, insiste John Donne. Os inimigos do homem não cessam de fragmentá-lo para destruí-lo melhor. Os impérios, que são quebra-cabeças instáveis de peças juntadas à força, no exterior fomentam ou inventam o conflito de civilização contra civilização, o rancor do iraniano contra o curdo, do xiíta contra o sunita, do hindu contra o muçulmano, do sérvio contra o croata, do descendente contra o ascendente, do ancestral contra o menos ancestral, do líbio contra o líbio, do venezuelano contra o venezuelano. De cada variante cultural pretendem fazer um paisinho e de cada paisinho um protetorado. Quem nos separa nos faz em pedaços, quem me divide me mutila. Não indagues como despedaçam a Líbia: esquartejam a ti.
9. Toda pilhagem arranca com promessa de golpe fácil e atola-se na carnificina insolúvel. As guerras do Afeganistão, Iraque, Líbia, Iémen e a agressão contra o Paquistão arrancam passeios triunfais, espatifam-se em holocaustos catastróficos e nenhuma conclui nem se decide. A resistência dos seus povos retarda a imolação da qual não te livrarão nem vetos omitidos nem organizações abstencionistas nem banqueiros carteiristas nem Congressos nulificados. Não perguntes porque são assassinados os patriotas líbios: estão a morrer por ti.

Aprofundando a Estratégia Socialista para o Brasil:



imagemCrédito: PCB
Comitê Central do PCB confirma para novembro a Conferência Política Nacional
Reunido em São Paulo, nos dias 24, 25 e 26 de junho, o Comitê Central do PCB confirmou a realização da Conferência Política Nacional do Partido, nos dias 12 e 13 de novembro deste ano, no Rio de Janeiro, referendando proposta formulada pela Comissão Política Nacional, em 17 de abril passado.
A Conferência, que será precedida por seminários e conferências regionais, envolvendo toda a militância partidária, aprofundará a análise sobre a realidade da luta de classes no mundo, sobretudo no Brasil, e a crise do capitalismo. O objetivo principal é ajustar a tática dos comunistas brasileiros à estratégia socialista definida pelo XIV Congresso, com destaque para a ação política no campo dos movimentos de massas e em outras esferas e espaços de luta, debatendo os caminhos para o avanço da construção da contra-hegemonia revolucionária socialista.
A exemplo do procedimento adotado no XIV Congresso do PCB, a Conferência contará, nos debates, com a participação de convidados, amigos e simpatizantes. Será aberta uma Tribuna de Debates sobre os temas em pauta, em torno das Teses a serem apresentadas pelo Comitê Central.
A Conferência Política é uma instância intermediária entre o Comitê Central e o Congresso Nacional do Partido, reunindo-se entre um e outro Congresso. As Normas à Conferência Nacional serão divulgadas na próxima semana.
PCB – Partido Comunista Brasileiro
CPN – Comissão Política Nacional

terça-feira, 28 de junho de 2011

Liberdade para Julian Conrado


"Desaparecido, ainda assim Julián Conrado canta e fala"
Pacto de São José 1969
A República Bolivariana da Venezuela
Como Estado, concordou:
Em nenhum caso
o extrangeiro
pode ser expulso
ou devuelto a outro país,
seja ou não de origen,
onde seu direito a vida
ou a liberdade pessoal está em risco
de violação. A causa de raça,
nacionalidade, religião, condição social
ou de suas opiniões políticas.’”
Em 1 de junho, numa operação conjunta das policías venezuelana e colombiana, foi detido ilegalmente na Venezuela, estado de Barinas, o cantor e artista revolucionário colombiano Julián Conrado. Atualmente, é desconhecido se está em curso o “procedimento legal” para sua entrega ao governo da Colombia, país no qual há 7500 (agora mais 2) presos políticos, produto da guerra civil que assola o país irmão há mais de seis décadas, os quais são violados seus direitos humanos e negado o devido processo.
É alarmante que há quase um mês de sua detenção (sequestro - desaparecimento?) e diante das numerosas solicitações internacionais de outorgar ao companheiro Julián Conrado o direito à defesa e o status de refugiado político, não exista informação clara de seu paradeiro assim como nenhum tipo de resposta oficial à respeito, além das declarações de Juan Manuel Santos [presidente da Colombia] e do subsecretário de Estado para Latinoamérica, Arturo Valenzuela, celebrando a futura entrega e a solicitação pública de extradição do governo dos Estados Unidos que resenham diversos meios de desinformação, com o futuro pagamento de dois milhões e meio de dólares a seu carrasco.
Um grupo de comunicadores populares na Venezuela, latinoamericanos e europeus, preocupados pela censura midiática imposta a outra crueldade do terrorismo imperial e frente a falta de mobilização e informação à respeito, decidimos tornar público um material inédito resgatado de nossos arquivos no qual este extraordinário artista nos deleita com o canto e expressa sua profunda e sentida palavra bolivariana, comprometida com os povos em luta. Sirva isso para reiterar nossa indignação e nosso grito de rebeldia frente esta nova infâmia, e ratificar a exigência coletiva de sua liberdade, demonstrando mais uma vez, a gravidade de seu “desaparecimento” forçado, o que significa entregá-lo às garras do império que o exige como presa natural de sua dominação, aumentando assim as inúmeras violações dos Direitos Humanos, do direito público e internacional reforçando a política sistemática imperialista de subjugação dos povos libertários e sua impunidade criminosa.
Onde está o bolivariano Julián Conrado?
Pela Libertação de Julián Conrado
COORDENADORA “QUE NÃO CALE O CANTOR”

sexta-feira, 24 de junho de 2011

MTD OCUPA FÁBRICA NO RIO GRANDE DO SUL


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imagemCrédito: MTD
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES DESEMPREGADOS
MTD OCUPA FÁBRICA NO RIO GRANDE DO SUL
No clarear do dia 20 de junho, cerca de 200 integrantes do MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados) da cidade de Sapiranga, no Rio Grande do Sul, em sua maioria trabalhadores e trabalhadoras desempregadas que vivem do trabalho em fábricas de sapatos da região, ocuparam a antiga fábrica APLICAWI, que estava fechada.
A ocupação é um protesto contra a demora do poder público municipal na conclusão do assentamento de famílias no município. Entre as reivindicações do movimento estão a aquisição pelo município de novos terrenos e a construção de moradias. Em alguns casos, os terrenos já foram disponibilizados, falta, porém, a construção das casas.
O movimento tem uma pauta de reivindicações cujos principais pontos são:
- Moradia para as famílias;
- Fim do banco de horas;
- Redução da jornada de trabalho sem redução de salário e sem perda de direitos;


domingo, 19 de junho de 2011

PCB Guarulhos e unidade classista declaram apoio total a greve dos trabalhadores da Unifesp


 Comunicado dos trabalhadores em greve na Unifesp Guarulhos
Informamos a comunidade acadêmica que no dia 15-06-2011 foi deflagrada greve dos técnicos administrativos da unifesp, em assembleia geral realizada no campus vila clementino.
Ontem, dia 16, foi realizada reunião para deliberar acerca da questão da greve e aprovou-se a paralisação por unanimidade. A adesão é de 95% dos servidores do campus guarulhos.
A paralisação se dará de maneira uniforme a partir de segunda feira, dia 20 - 06 - 2011, em todos os setores do campus por tempo indeterminado.
A pauta de reivindicações aborda: aumento do piso para até 3 salários mínimos e STEP 5% para todas categorias; abertura de concurso público; contra o projeto de lei que busca congelar salários por dez anos; redução da jornada para 30h sem redução do salário; data-base e contra o sucateamento do serviço público.
O PCB Guarulhos e a Unidade classista Apoiam o movimento dos trabalhadores.
Nenhum direito a menos, avançar em novas conquistas.
Que a classe trabalhadora não pague pela crise do Capital.
Ousar lutar, ousar vencer !


quinta-feira, 9 de junho de 2011

PCB Guarulhos e Unidade Classista apoiam a mobilização dos trabalhadores da saúde do estado de São Paulo e de Guarulhos



Mais de mil trabalhadores estaduais da saúde realizaram assembleia geral no dia 03/06, e decidiram paralisação de 48 horas nos dias 15 e 16 de junho, caso o governo não apresente proposta de aumento salarial.

A data base da categoria é 1º de março. O SindSaúde-SP enviou a pauta de reivindicações ao governo do estado em janeiro.

Somente no dia 29 de março, o secretário Giovanni Cerri, sob pressão dos trabalhadores da saúde, que realizavam no mesmo dia um ato em frente à Secretaria da Saúde (SES), recebeu a Comissão de Negociação do sindicato.

Sobre o 1º ponto da pauta – 26% de aumento salarial -, o secretário informou que não há verba para aumento. Após diversas reuniões, a Secretaria apresentou ao Sindicato uma proposta de aumento no prêmio de incentivo (gratificação recebida por parte da categoria) de cerca de R$ 30,00 que representam de 1% a 4,86% no salário.

Os trabalhadores avaliaram a proposta indecente e decidiram pela paralisação dias 15 e 16 de junho e construção da greve, caso o governo do estado não atenda as reivindicações da categoria. 


O sindicato tende a acatar o desrespeito do governo e aceitar a proposta recuada apresentada. Os trabalhadores, nessa fase de lutas, deve se organizar no local de trabalho para pressionar o sindicato e o governo rumo às conquistas.


Toda força na paralisação dos dias 15 e 16 rumo à greve na assembleia do dia 17.


Já entre os servidores municipais, a perspectiva, após o golpe da burocracia sindical nas negociações sindicais, em que aceitaram sem assembleia a proposta canalha de 6,33 %,é do avanço na organização de base nos locais de trabalho,


Apesar do boicote do sindicato à organização combativa dos trabalhadores, a luta pelas reivindicações dos trabalhadores avança a passos firmes.


O PCB e a unidade classista apoiam o Estado de greve aprovado pela categoria como forma de luta e de forçar a prefeitura a negociar e ceder.


Nenhum direito a menos ,avançar em novas conquistas !

Comunicado dos comunistas paraguaios sobre a eleição de Ollanta Humalla no peru


A vitória do povo peruano é uma vitória do povo da América Latina



imagemCrédito: PCP
PCP*
A vitória de Ollanta Umala significa o avanço das forças progressistas na região, uma clara consequência do colapso de um modelo em crise que as massas da América Latina não são mais capazes de continuar suportando. A crise mundial resultante de um paradigma ultrapassado ditado pelo imperialismo capitalista dos EUA, cuja economia tem fissuras intransponíveis, juntamente com a conscientização cada vez maior de nossos povos, vislumbra a consolidação da autonomia regional tão postergada para a nossa América Latina, cuja história de séculos, foi marcada pela subjugação às potencias hegemônicas, e agora, nestes tempos de mudanças, inicia-se finalmente um caminho rumo à verdadeira independência.
Portanto, acreditamos que esta vitória do povo peruano, enquanto consolidação dos projetos alternativos da região, enfraquece o eixo conservador a serviço de interesses imperiais do norte, que nesta inversão histórica, vai sucumbir a uma progressiva extinção.
Sem dúvida, este processo de colapso da hegemonia capitalista imperial, provoca o desespero de setores conservadores, cujos porta-vozes encrustados nos meios de comunicação, desesperadamente tentam desacreditar o novo governo da nova América Latina, com a intenção de frear o curso inexorável de libertação dos nossos povos. Felizmente a história não para, e estes expoentes anacrônicos, em pouco tempo, não serão mais do que peças de museu, de um passado sombrio definitivamente enterrado.
VIVA O POVO PERUANO!
VIVA A AMÉRICA LATINA UNIDA!
Assunção, 06 de junho de 2011
*Partido Comunista Paraguaio

UNIDADE CLASSISTA APOIA A LUTA DOS BOMBEIROS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO




imagemCrédito: UC
A Unidade Classista manifesta seu integral apoio aos bombeiros em greve no Rio de Janeiro.
Os bombeiros do Rio de Janeiro são um dos grupamentos mais exigidos ao longo de todo o ano no território brasileiro (Virada de Ano, “Viradão Cultural”, Carnaval, longa faixa de praias lotadas durante boa parte do ano), somando-se as já rotineiras tragédias provocadas pela inoperância dos governos, a exemplo do Morro do Bumba e da Região Serrana.
Ultimamente, o governo do Estado do Rio de Janeiro pratica a ilegalidade de lotar bombeiros em atendimento nas UPA`s, unidades de saúde desprovidas de atendimentos especializados necessários à população.
As péssimas condições de trabalho dos bombeiros, aliadas a um precário salário líquido, R$ 930,00, no qual não está incluído um benefício simples como o vale-transporte, demonstram o descaso com que as autoridades estaduais tratam o bem estar e a segurança pública de nosso povo.
O Rio de Janeiro se transformou num palco de grandes investimentos – Copa do Mundo e Olimpíadas, os quais atendem exclusivamente ao interesse do grande capital, como empreiteiras, grandes redes de hotelaria, empresários do setor de transporte rodoviário. Ao povo sofrido, resta os trens e metrô lotados, a poluição do ar das siderúrgicas na Zona Oeste , como a CSA em Santa Cruz.
Paralelamente, os governos estadual e municipal, promovem remoções de populações pobres, “indesejáveis” no caminho dos turistas que aqui aportam para acompanhar, junto com nossas elites, o futebol no Maracanã para os ricos, e as Olimpíadas na Barra da Tijuca, que será vista ao vivo por poucos privilegiados.
Os movimentos sociais que denunciam o descalabro a que chegou a administração estadual, são criminalizados num processo crescente de fascistização da política, com prisões arbitrárias, comandadas em nível estadual e municipal, por viúvas da ditadura militar. A repressão em frente ao Consulado Americano e o tratamento dado aos bombeiros pelo BOPE, no interior do Quartel General, na Praça da República, são evidências claras de que o governo do Estado considera a questão social um caso de polícia.
As acusações de motim, quebra de hierarquia e vandalismo, feitas aos bombeiros, devem ser devolvidas aos nossos governantes, em todos os níveis, federal, estadual e municipal.
Nós, povo do Rio de Janeiro, somos constantemente vítimas da violência e da repressão de uma minoria privilegiada, que se amotina contra a maioria que somos nós, trabalhadores da segurança pública, da educação, da saúde, do petróleo, enfim produtores de todas as riquezas que circulam neste Estado.
Nós, povo do Rio de Janeiro, vemos constantemente a hierarquia constitucional ser quebrada, pois está escrito na lei maior que os governos devem servir à população, mas, ao contrário, os governos somente estão aí para atender aos interesses do grande capital e de seus projetos. A verdadeira hierarquia é um governo sob a ordem dos trabalhadores e a seu serviço.
Nós, povo do Rio de Janeiro, somos assaltados diariamente pelo vandalismo de nossos governantes, que sacam contra nosso bolso, aumentando os preços das passagens dos transportes, pagando um salário miserável aos profissionais da segurança pública, da saúde, da educação, da justiça, enfim, nossos governantes se locupletam, enriquecem, enquanto os serviços públicos se deterioram, para, numa lógica perversa, serem privatizados mais adiante, com a desculpa de que assim funcionarão melhor no futuro – aí estão o metrô, as barcas e os trens, privatizados e totalmente ineficazes.
Nesta situação, de total falta de políticas públicas no Rio de Janeiro, se coloca a manifestação pacífica dos bombeiros, que foram brutalmente reprimidos pelo governo de Sergio Cabral.
A Unidade Classista presta toda a solidariedade militante à GREVE, e reafirma as principais reivindicações dos bombeiros do Rio de Janeiro:
- Nos manifestamos pela imediata soltura de todos os presos políticos (e assim os consideramos, pois foram presos reivindicando seus direitos)
- Imediata reincorporação deles ao corpo de bombeiros
- Contra qualquer perseguição política aos líderes e adeptos do movimento dentro do corpo de bombeiros e na sociedade civil
- Abertura de mesa de negociação com a categoria em Greve
- Atendimento da pauta de aumento salarial e melhores condições de trabalho de forma imediata;
Consideramos que o conjunto de fatos decorrentes desta greve nos leva a pensar a proposição de reivindicações que vão pra além da luta imediata:
- Transformação dos bombeiros em servidores civis, com todas as garantias de estabilidade, direito de livre associação, greve e manifestação,
- Plano de carreira compatível com a alta responsabilidade e credibilidade desta categoria,
- Alocação de todo o contingente para as suas atribuições privativas, garantindo o retorno dos profissionais hoje alocados ao trabalho nas UPA's, entre outros desviados de suas atribuições,
- A Secretaria de Saúde deve ser desvinculada da de Defesa Civil e cada uma deve garantir concursos imediatos e específicos para cada área.
- Defendemos o fim da polícia militar, com a unificação das polícias e garantia do direito à livre associação, greve e manifestação.
A repressão dos policiais sobre os bombeiros levou a um claro constrangimento por parte daqueles que se consideram irmãos. Se este constrangimento não se mostra entre as altas cúpulas, corrompidas pelos vínculos com milícias e corrupção, para os praças e alguma parte de oficiais que honram sua função, devemos lembrar os versos imortais da Internacional:
“Façamos Greves de Soldados, Somos Irmãos Trabalhadores”
Todo apoio aos que lutam!
Unidade Classista – RJ
06 de Junho de 2011.