domingo, 12 de dezembro de 2010

Escândalo militar: Wikileaks revela que Nelson Jobim espionou para os EUA


Os 250 mil documentos do Wikileaks revelaram um dos maiores escândalos diplomático-militar da história da República, considerando que os documentos revelando pelo Wikileaks se tratam de documentos oficiais do governo americano. Demonstra que a ação do ministro da Defesa Nelson Jobim só pode ser classificada de crime de traição e lesa-pátria.




Segundo os documentos, o ministro da Defesa do governo qualificou a política externa do estado brasileiro como "anti-norte-americana", além de qualificar um dos embaixadores brasileiros, vice-ministro das relações externas, de que este "odeia os Estados Unidos". O escândalo de um ministro da Defesa se agrava por estar assumidamente em favor dos interesses americanos, como demonstra os documentos vazados ao wikileaks.

Após a divulgação dos telegramas de Sobel ao Departamento de Estado dos EUA, Jobim foi obrigado a se pronunciar a respeito. Em nota oficial, admitiu que realmente “em algum momento” (qual?) conversou sobre Pinheiro com o embaixador americano, mas, na oportunidade, afirma tê-lo mencionado “com respeito”. Para Jobim, o ministro da SAE é “um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil”, e que Sobel o interpretou mal. Como a chefe do Departamento de Estado dos EUA, Hillary Clinton, decretou silêncio mundial sobre o tema e iniciou uma cruzada contra o Wikileaks, é bem provável que ainda vamos demorar um bocado até ouvir a versão de Mr. Sobel sobre o verdadeiro teor das conversas com Jobim. Por ora, temos apenas a certeza, confirmada pelo ministro brasileiro, de que elas ocorreram “em algum momento. Hugo Chavez declarou que Hillary Clinton deveria renunciar após tamanho escândalo para a política imperialista.



Jobim está no centro da farsa que derrubou o delegado Paulo Lacerda da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), acusado de grampear o ministro Gilmar Mendes, do STF. Jobim apresentou a Lula provas falsas da existência de equipamentos de escutas que teriam sido usados por Lacerda para investigar Mendes. Foi desmentido pelo Exército. Mas, incrivelmente, continuou no cargo. Em seguida, Jobim deu guarida aos comandantes das forças armadas e ameaçou renunciar ao cargo junto com eles caso o governo mantivesse no texto do Plano Nacional de Direitos Humanos a ideia (!) da instalação da Comissão da Verdade para investigar as torturas e os assassinatos durante a ditadura militar. Lula cedeu à chantagem e manteve Jobim no cargo. Agora, Nelson Jobim, ministro da Defesa do Brasil, foi pego servindo de informante da Embaixada dos Estados Unidos.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário