quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A luta continua! Pressão na reitoria e vitória dos estudantes. PCB apoia a luta do movimento estudantil combativo que não se rendeu ao governo

Texto do comando de greve em Guarulhos

Nesta terça, fizemos mais uma Assembléia Geral inter-campi, no Pátio da Tribo. Dessa vez também com presença maciça de estudantes do campus de Diadema, foi mantido o indicativo para Greve Geral em todos os campi, e construída uma carta de reivindicações, com prazo para resposta até quarta-feira próxima. Faremos então, na quinta-feira, nova Assembléia para deliberar a respeito da resposta da Reitoria.
Fomos então em marcha, entregar a carta de reivindicações ao nosso magnífico Reitor. Diante das precárias condições de Estrutura e permanência estudantil, entendemos, que, se a autoridade máxima da UNIFESP não poderia fornecer esclarecimentos, e, sobretudo, prazos para a concretização das nossas reivindicações, poderia ao menos demonstrar sua solidariedade e comprometimento com as reivindicações, assinando o documento na presença de todos.
Mas o Reitor Albertoni não queria descer para falar com os estudantes. De jeito nenhum.
“Desce Albertoni, desce!”, chamamos.
Nada.
Fomos então incisivos: “Ô Albertoni, pode descer! Tem uma árvore esperando por você!”, em alusão a declaração do reitor ao Estadão, que com bons professores podemos ter aula até em baixo de uma árvore.
Nada também.
Até clamamos pelo nosso reitor, rezando um “Reitor Nosso” (Em breve disponibilizamos aqui).
Mas o reitor não apareceu.
Mandou dizer, no entanto, que “a porta estava aberta”. Policiais e Seguranças da UNIFESP no entanto bloqueavam a passagem.
Infelizmente, houve empurra-empurra, um estudante ameaçado de ser preso ao receber um “mata-leão”, e spray de pimenta para todos. Somente então o reitor põe apenas a cabeça para fora, lá de cima do prédio.
Não nos intimidamos, e continuamos o Ato pacificamente.
Uma vitória simbólica. O Reitor acabou descendo. Assinou a carta aos olhos de todos. Mas mandou um recado: “Aquilo era uma palhaçada”.
É uma pena que a autoridade máxima da instituição entenda que reivindicar melhorias na Universidade seja “uma palhaçada”. Entendemos por palhaçada muitas outras coisas, como um prédio novo de R$18 milhões para a Reitoria enquanto falta aos outros campi salas de aula, bibliotecas, laboratórios, enquanto os outros campi da “grande família” da UNIFESP permanecem em situação provisória-permanente.
Seguiremos lutando!
“Estudante, na rua, reitor a culpa é sua!”

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