segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

PCB apoia o comitê de luta pelo transporte público 2.50 não dá !

Desde o inicio do ano, no município de Guarulhos, vem sendo travada uma luta de estudantes e trabalhadores contra o abuso das empresas de ônibus. Reivindicando a redução da tarifa, o passe livre para estudante e desempregado, o fim da dupla função e a municipalização do transporte; o comitê de luta pelo transporte público, 2,50 não dá, denuncia com suas armas a farra lucrativa do transporte na cidade.

No mês de março, foi feito um plebiscito popular no qual colhemos aproximadamente 4 mil votos, sendo que a maioria se posicionou favorável as pautas reivindicatórias que o comitê defende.

No dia da mentira, primeiro de abril, foi realizada uma manifestação na frente da câmara municipal na intenção, sobretudo, de denunciar a mentira do transporte público e apresentar aos politiqueiros o plebiscito popular que apontara a adesão da população para conosco. Conseguimos agendar uma data para uma audiência pública, assim penetramos no casulo burguês e expomos nossas reivindicações. Durante a audiência a guarupas, representada por uma figura irônica, demonstrou seu caráter neoliberal e fascista. O representante da empresa afirmou que ela não é uma entidade filantrópica e que visa somente o lucro, ou seja, as pessoas que utilizam o transporte em Guarulhos são secundarias diante o verdadeiro objetivo das empresas; as pessoas são mercadorias para os donos do transporte. A audiência pública foi uma arma utilizada pelo comitê para expressar nossa posição frente aos burgueses. Nunca tivemos a ilusão de que iríamos conquistar nossas reivindicações pela via institucional-burguesa; sabemos que a luta de todos os oprimidos é nas ruas. Temos a convicção de que a nossa luta é legitima, sendo assim realizamos atividades contra-culturais e constantes debates nas periferias.

São constantes as atividades políticas das lutadoras e dos lutadores do comitê 2,50 não dá que adentrando nas ruas e avenidas, caminhando ombro-a-ombro com a população, demonstram juntos o seu repudio e indignação perante a mercadorização do transporte. Numa das manifestações no bairro dos Pimentas, os manifestantes foram agredidos pela polícia que não poupou esforços para reprimir secundaristas, universitários, trabalhadores e desempregados; bombas de efeito moral foram atiradas na multidão, esta foi mais uma das muitas demonstrações repressivas da polícia orquestrada pelo estado burguês.

Defendemos a consciência crítica do jovem diante das contradições sociais, que ele construa uma postura firme frente às imposições da classe dominante e passe a lutar pelos seus direitos que com freqüência são violados; a manifestação é um direito universal e um fundamental instrumento de luta.

Teoria e prática estão juntas em todo o processo político do comitê; assistimos e debatemos numa perspectiva de luta o filme “Panteras negra” que relata a história da luta organizada dos negros dos E.U.A nos anos 60; houve um curso de formação que discutiu as perspectivas marxistas perante a sociedade capitalista; o evento “Geografia me Debate” que discutiu o tema da mobilidade urbana, a exclusão nas periferia duma população que tem acesso a um transporte de má qualidade; e também, foi realizada a festa pelo passe livre que também servil como palco para as discussões entorno do transporte.

No dia 16 de dezembro foi realizada – pelos donos do transporte – uma audiência “pública” com a finalidade de apresentar aos que lá estavam as farsas do bilhete único. Sabendo do jogo de cartas marcadas, fizemos uma interferência no local; gritos de indignação tomaram conta de nossas gargantas, e como era de se esperar, novamente, os agentes a burguesia agiram, os guardas nos impediram de falar saqueando um dos nossos aparelhos de comunicação. Depois de recuperado o aparelho e ter denunciado toda a farsa que rodeia o transporte de Guarulhos deixamos o local.

“Não é mole não. 2,50 é mais caro que o feijão” frases como essa marcaram o ano de 2009 em Guarulhos, ano de reivindicações perenes por um transporte de qualidade e verdadeiramente público. Os diversos atos não isentaram ninguém de saber da farsa do transporte “publico”. No ano que se iniciará, o movimento 2,50 não dá, continuará sua atuação política por um transporte verdadeiramente público. As ruas são e sempre serão, para o comitê, o palco perfeito para as atuações políticas. Na intenção de mobilizar a classe oprimida (a classe que não tem voz) vemos nas ruas as bases das transformações que hoje reivindicamos. O fim da dupla função; passe livre para estudante e desempregado; municipalização do transporte; redução da passagem até a tarifa zero. Estas são algumas das reivindicações que serão intensificadas no ano de 2010.

Os burgueses que se prendam em suas celas privadas com muros altos e cercas eletrificadas, pois nós estaremos à solta.

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