quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Condenação de culpados por Massacre de Carajás é mantida

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, nesta terça-feira (25/8), recursos dos policiais militares condenados como mandantes do massacre de Eldorado dos Carajás. A defesa pedia a anulação do julgamento que aconteceu em 2002, mas os ministros do STJ decidiram manter a condenação de 228 anos de prisão do coronel Mário Colares Pantoja, e de 158 anos e quatro meses do major José Maria Pereira de Oliveira. O massacre de Carajás, ocorrido em 1996 no estado do Pará, causou a morte de 19 trabalhadores sem-terra.
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Ulisses Manaças, ressaltou a importância de ser mantida a condenação. Ele afirmou que por Carajás ser um caso emblemático de crime no campo, a condenação é fundamental para que se faça justiça em casos semelhantes.
“Isso é uma sinalização muito importante do judiciário para que a sociedade tenha claro que haverá uma manifestação para tentar punir todos os responsáveis, mandantes ou assassinos de trabalhadores e trabalhadoras rurais e defensores dos direitos humanos.”
No entanto, Manaças afirmou que a vitória dos sem-terra foi parcial, já que os soldados que executaram a operação do massacre foram absolvidos no último julgamento, ocorrido em 2005 na capital Belém (PA). Por enquanto, não há previsão para um novo julgamento dos soldados.

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