sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

MTP demite 100% dos seus funcionários.

Os trabalhadores devem ocupar e gerir a fábrica! 


A fábrica Metalúrgica de Tubos de Precisão (MTP) demitiu 100% de seus funcionários entre quarta e quinta-feira, 21 e 21, respectivamente. Os metalúrgicos souberam da decisão da empresa após receberem telegramas em suas casas. Ao todo, 800 pessoas ficaram sem emprego. A gerente comercial Ieda Gasso não se manifestou sobre a situação, quando procurada pela imprensa da cidade.
Segundo o supervisor de produção Marcos Antonio Formigoni, no dia 15 os funcionários da MTP não receberam o adiantamento. “Nos informaram que o pagamento seria feito hoje [dia 22/01], mas ao invés de pagamento recebemos nossas cartas de demissão”.
Ele acrescentou que no dia 17 a diretoria da metalúrgica tentou tirar um equipamento da fábrica, mas foi impedida pela resistência dos trabalhadores.
O convênio médico de todos foi cancelado à revelia, mas mesmo assim, parcelas para o pagamento dele foram descontadas dos salários. “Também estamos sem FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)”, disse Formigoni que acrescentou que recebeu somente 50% do 13º salário.
Segundo os trabalhadores da metalúrgica, 500 trabalhadores da unidade, que funciona na Vila Miriam (Região Centro), e 300 da Região Cumbica foram demitidos “de surpresa”.
Dúvida - Trabalhadores ficaram em frente à MTP para obter informações (Foto: Silvio Cesar)
Dúvida – Trabalhadores ficaram em frente à MTP para obter informações (Foto: Silvio Cesar)
Manifestação e greve em Mauá
Aproximadamente 300 metalúrgicos de Guarulhos foram à empresa Quasar, que pertence ao mesmo grupo que gerencia a MTP e funciona em Mauá (na Região Metropolitana de São Paulo), para protestar contra a demissão em massa ocorrida na cidade. Os funcionários decretaram greve geral em solidariedade aos companheiros de trabalho.
O assessor da pelega Força Sindical, que dirige o sindicato dos metalúrgicos, afirmou que o departamento jurídico do sindicato irá processar a MTP e pedirá para que os bens da empresa sejam leiloados para quitar as dívidas com os trabalhadores.

Nós da Unidade Classista acreditamos que a saída é a propriedade da fábrica passar para s trabalhadores. A gestão capitalista fracassa cada dia mais. Os trabalhadores devem ocupar e gerir a fábrica.

Criar Poder Popular!

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