quarta-feira, 27 de março de 2013

UJC lança nota sobre a ofensiva imperialista contra a Coreia Popular


 

A notícia de que já há mais de 28.000 soldados Norte Americanos realizando ações em conjunto com as forças armadas da Coreia do Sul perto da fronteira, treinando inclusive o manejo mais adequado para uma eventual intervenção de cunho militar contra a Coreia do Norte, vem ocupando os noticiários, orientados pelas agências da Europa e EUA, nas últimas semanas. Trata-se de uma preparação psicológica que visa satanizar o líder Norte Coreano Kim Jong Un, retirar a subjetividade de uma nação (quem não se lembra da cobertura tendenciosa e preconceituosa do funeral de Kim Jong Il?) e justificar, assim, a brutal agressão imperialista contra um país soberano.



A República Popular Democrática da Coreia, país de orientação econômica socialista e de orientação ideológica norteada pela contribuição peculiar do líder revolucionário Kim Il Sung ao marxismo, a ideologia Juche, é um país não alinhado com a economia de mercado liberal, tampouco com o formato político burguês vulgarmente chamado pelos grande media de "democracia".

O PCB, e portanto a UJC, nunca teve relações bilaterais com o Partido do Trabalho da Coreia. Historicamente as relações que o PCB e a UJC mantiveram estão no campo político que foi liderado pelo PCUS. No entanto, durante o XIV Congresso do PCB, em 2009, um conselheiro da embaixada Norte-Coreana no Brasil participou de alguns debates e esteve presente em alguns trabalhos desse congresso. Sua presença foi importante para que o Partido pudesse ter um norteamento mais claro em relação ao nosso posicionamento acerca desse país.



Compartilhamos com o Partido do Trabalho da Coreia e com o povo Norte-Coreano a firme postura antiimperialista e a defesa intransigente e sem concessões da soberania nacional e da auto determinação dos povos. É nesse sentido que na Nota Política lançada pelo CC do PCB quando da morte do líder Kim Jong Il, ficou expressa a nossa solidariedade ao povo Norte-Coreano ante os constantes ataques econômicos, políticos e ideológicos, vindos por parte de sanções da ONU e dos países centrais do imperialismo e por parte das mentiras constantes promovidas pelos media vendidos.

O perigo agora é de uma iminente agressão militar contra a Coreia do Norte. Parte da Estratégia imperialista de recuperação da economia através da queima de forças produtivas, ampliação de mercado à força e de destruição da resistência socialista e operária. Quem vive sob constante ameaça tem que se defender, e é isso que a Coreia do Norte vem fazendo, preparando condições para defender seu território, seu programa, sua economia, seu povo. A hostilidade imperialista provoca essa situação.

É por conta disso que o governo Norte Coreano publicou essa semana uma declaração política em que conclama a que todo povo esteja preparado para defender seu país frente ao perigo de uma agressão Norte Americana, com o apoio submisso dos lacaios do Sul. Proclama também que o país tem condições de se defender e inclusive de promover ofensivas que atinjam regiões como Hawai e Ilhas Guam. Mas, apesar disso, deixa claro que não é interessante para o povo Norte Coreano que esse conflito aconteça. A nota diz: "O Comando do Exército Popular da Coreia exortamos à humanidade progressista de todo o mundo que se opõe à guerra e ama a paz a levantar-se como um só homem na luta contra a coação e a arbitrariedade bandida dos EUA. A Injustiça do país Central que tem poderosas forças militares não pode ser a Justiça.(...)A Injustiça é retrógrada e mortífera, mas a justiça é eterna e a sua chama é ardente. Chamamos o mundo a somar-se à luta do exército e do povo na Coreia para defender a soberania e a justiça, ao invés de seguir cegamente a coação e a arbitrariedade dos EUA e a "resolução" do conselho de segurança da ONU, carente de imparcialidade. A vitória está ao lado da República Popular Democrática da Coreia levantada para defender a soberania e da humanidade progressista do mundo amante da justiça e da paz", diz a nota

A União da Juventude Comunista, por resolução congressual, entende que o imperialismo tem a pretensão de realizar uma ofensiva que busca invadir e desestabilizar, ou já o fez, em países como Líbia, Síria, Irã e Coreia do Norte. Também defendemos a autodeterminação do povo Norte Coreano e condenamos as bases Norte Americanas instaladas na Coreia do Sul. Somente o povo Norte Coreano pode decidir seu futuro, nós da UJC fazemos nossas as palavras do CC do PCB em sua Nota política sobre a Coreia do Norte: "No que se refere ao processo de construção do socialismo, cabe ao PCB apenas nutrir esperanças de que os trabalhadores norte-coreanos possam ajustar seu rumo, assumindo papel dirigente no fortalecimento do poder popular e na luta contra qualquer forma de restauração capitalista."

Aqui publicamos uma entrevista muito esclarecedora com um dirigente do Partido do Trabalho da Coreia feita à TV Russa.

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