segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Maristela R Santos Pinheiro responde ao PSTU, reiterando suas críticas



Nota da autora: 

Caros, o Documento “Na trincheira do Inimigo” é uma simples contribuição ao debate sincero,  franco e honesto. Não há uma linha sequer que mereça ser retirada ou possa ser chamada de mentira. Lamentavelmente não tenho o poder de retirar os fatos da realidade! Todos comprovados e citados suas origens.

O texto não inventa uma discussão sobre a crise de determinado setor da esquerda mundial no âmbito do internacionalismo proletário. Esta é uma discussão política  que corre solta e livre nos sites  que se dedicam à política marxista.  Não podemos negar a coragem que tivemos em reproduzir esta discussão em nosso país.

A contaminação de parcela da juventude e da vanguarda com linhas políticas  descaradamente em unidade com o imperialismo nos enfraquece e , sem dúvida, é mais um elemento que joga contra os povos oprimidos e os trabalhadores na correlação de forças, na luta de classes. Isto é um fato incontestável!

Não adianta tentar desviar a discussão para intrigas e disputas mesquinhas de aparatos políticos com argumentações anacrônicas, que não têm o poder de mudar a realidade contemporânea, essa que nos resta encarar  em nossa militância diária, além de não responder aos anseios, aflições e dúvidas desta juventude sobre a complexa e difícil conjuntura, após a derrota histórica da classe trabalhadora mundial.

Quando não somente os meios de comunicação de massa trabalham para justificar as intervenções e ingerências “humanitárias”,  buscando o apoio da população com mentiras e calúnias ( nenhuma novidade), mas há, ainda, as ONGs, cujo trabalho de formar quadros,  recrutar “lutadores sociais”, financiar e introduzir simpáticos agentes humanitários e democráticos e forjar alianças pela “democracia” está fazendo  a diferença na luta de classes e na  promoção  às guerras de rapina contra todos povos, em particular , os árabes e africanos. E, à reprodução dessa ideologia junta-se , lamentavelmente, uma parcela da esquerda mundial.

Para não me alongar mais, concluo dizendo que reitero   cada palavra que escrevi no documento “ Na trincheira do Inimigo”, reproduzido abaixo.

Não existe nele, nenhuma espécie de calúnia, mas tão somente conclusões lógicas a partir das políticas contrárias ao marxismo revolucionário de setores da esquerda, políticas estas  que se aprofundaram , em seu teor pró-imperialista, ao ponto de  despertarem  simpatia até de setores das Forças Armadas dos EUA que, à revelia ou não, homenagearam uma suposta ativista “rebelde” da oposição síria, convidada pelo PSTU para dar palestras a incautos militantes brasileiros, como se uma grande revolucionária fosse.
  
Afinal se o Exército dos Estados Unidos  acha um vídeo de uma “revolucionária” síria entre os milhões  de vídeos que existem na web e posta em seu site, é porque , não apenas concorda com o  conteúdo do discurso da “rebelde”, como  o julgou positivo, para ajudar a justificar  a agressão imperialista à Síria.

Nesta última semana assistimos o apoio explícito do PSTU à famosa, global e simpática "agente humanitária e da democracia" , a cubana Yoane Sanches que se encontra em nosso país para angariar simpatizantes para destruir as conquistas sociais e democráticas do povo cubano. Esta é a mesma discussão política: a crise de uma parcela da esquerda com o internacionalismo proletário.

Como defesa, o PSTU se esconde atrás da militância da causa Palestina, fazendo crer que a Palestina não é parte de todo processo e do resultado do embate entre a resistência pan-árabe e o imperialismo. 

Não é verdade que a Palestina Livre  é uma ilha onde chegaremos nadando. Infelizmente, a heroica luta que se trava diariamente  nos territórios contra o sionismo  e o papel das redes de solidariedade espalhadas pelo mundo não são determinantes a ponto de libertar a Palestina. 

O  jogo está sendo jogado em todo o Mundo Árabe e a situação da luta dos palestinos sofrerá uma derrota histórica se o povo sírio, tal qual foi o líbio, for derrotado. 

Não é possível jogar nos dois times. Neste caso, o fortalecimento do imperialismo na Síria, significa   o fortalecimento do sionismo no Mundo Árabe.

Definitivamente, a manipulação que fazem da história e sua dinâmica não é fruto de uma análise marxista.

Por fim, que fique claro para todos, a posição política do PSTU não está destruindo o Presidente Assad, esta posição apoia a destruição da Síria, de seu povo, esta posição é contra o Bloco de resistência árabe, esta posição  fortalece o sionismo.

O Documento reproduzido abaixo faz essa discussão.

Sobre  a questão de um ou dois Estados na Palestina sugiro a leitura do Documento “Uma Reflexão necessária”  postado, também, no sítio:http://www.brasildefato.com.br/node/5302

Sobre a discussão da estratégia estadunidense para o Oriente Médio, incluindo a Palestina,  e a crise da solidariedade internacionalista sugiro  a leitura  do Documento “A Tragédia palestina ampliada para o mundo Árabe”, encontrado nohttp://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2012/05/15-de-maio-de-1948-nakba-tragedia.html

Boa leitura!

 Em Tempo: 
1 - Meu rompimento político com esta corrente foi pautado justamente no campo do internacionalismo proletário, no episódio dos estudantes da direita venezuelana , que recebeu o apoio dessa corrente internacional.
2 - Estive no Fórum da Palestina em Porto Alegre e participei de duas atividades organizadas pelo Comitê do RJ ( Sobre a atuação do sionismo na Colômbia  e outro sobre a Estratégia do imperialismo para o  Mundo Árabe e a Palestina) e nas atividades organizadas pela FPLP.  Nunca participei de nenhuma atividade política deste grupo desde os episódios dos estudantes venezuelanos. 

Maristela R. dos Santos Pinheiro


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