terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Nota da UJC-SP sobre a nova reitoria da Unifesp




A UJC esteve presente na campanha da chapa Unifesp Plural e Democrática, tendo influenciado parte do programa que deu a vitória a Soraya Smaili na consulta à comunidade acadêmica, seguida de aprovação pelo CONSU e em seguida pela Presidência da República, por meio de lista tríplice enviada à última pelo órgão.
Entendemos que esta chapa era a ideal por ter como candidata uma militante de longa data do movimento sindical docente, tanto na Unifesp quanto no plano nacional, tendo sempre, tanto como dirigente da Adunifesp quanto do Andes-SN, se posicionado contrariamente à política da precarização do ensino superior, na defesa não apenas de melhores salários e planos de carreira para sua categoria, mas também no apoio solidário às mobilizações de estudantes e técnicos. Assim foi em 2008 e 2010, quando em inúmeras ocasiões a então dirigente da Adunifesp se pronunciou em assembléias estudantis apoiando as greves, tendo dado também uma palestra com o tema do Reuni.
Soraya também apóia as demandas pela democratização da universidade, sendo então um fato positivo que ela esteja na reitoria, pois será menos inflexível do que gestões passadas ao receber demandas como a distribuição mais justa das verbas acadêmicas, a participação de todos os campi no planejamento acadêmico e a paridade de representação de docentes, discentes e técnicos nos conselhos.
Aprovamos a posição da nova reitora assumida em entrevista à TV Gazeta no mês de novembro passado, em que afirmou a necessidade de ações conjuntas com a prefeitura de Guarulhos e o MEC para consolidar a EFLCH na cidade, com plenas condições para o ensino, o acesso e a permanência.
Reivindicaremos uma posição mais clara de sua parte em relação ao tema da permanência do campus no bairro dos Pimentas, por entendermos que os setores do campus que pretendem fazer circular um questionário sobre sua localização, com a possibilidade de deslocá-lo para o centro da cidade ou de São Paulo, agem guiados por interesses pessoais que contrariam os da maioria de seus estudantes, boa parte deles de Guarulhos ou da Zona Leste de São Paulo, e vão na contramão de uma demanda histórica dos moradores da região dos Pimentas e do restante dos moradores de Guarulhos por universidades públicas na cidade.
Fechar um campus universitário representa, por si, um retrocesso para a educação no Brasil. Não pouparemos esforços na luta contra a precarização, elitização e mercantilização do ensino e por uma Universidade Popular, o mais distante possível dos interesses empresariais e corporativistas.
Ousar lutar, ousar vencer!

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