quinta-feira, 24 de maio de 2012

Apoio Militante do PCB à nova ocupação da Diretoria Acadêmica da Unifesp Guarulhos


O PCB apoia de forma militante a nova ocupação da diretoria acadêmica do campus Guarulhos da Unifesp. Participamos da construção democrática dessa ocupação, aprovada em Assembleia Geral dos estudantes de Guarulhos. Faremos aqui uma análise de conjuntura que contextualize essa ação. 
Esta ação é parte da onda de greves e mobilizações das universidades federais que se espalha por todo Brasil. A mobilização se torna nacional quando a greve convocada pelo ANDES-SN foi deflagrada em mais de 70% das federais do Brasil, quando acontecem também greves estudantis, de servidores e ocupações de reitoria - ocupações até mesmo propostas pelos docentes, como em Ouro Preto.
Fica clara a crise institucional que a educação passa em nível Federal, ocasionada pelo fracasso do REUNI. Os estudantes da Unifesp estão em greve desde o dia 22 de março, apontando para as contradições mercadológicas privatizantes e precarizantes que a expansão sem qualidade vem causando. Tais contradições chegam a um nível tão problemático e inconciliável que as categorias lesadas tomam consciência e embarcam na luta em todo país, o que dá força e renova o movimento grevista em Guarulhos.
A direita discente foi derrotada veementemente com essa articulação conjuntural importantíssima, e já não representa entrave real para o avanço da luta dos estudantes. Mas, apesar de uma conjuntura bastante favorável ao avanço da greve, os professores de Guarulhos cumprem um vergonhoso papel de freio à luta pela educação, seja na postura feudalizada de punição, perseguição e moralização do debate, seja nas tentativas de furar a greve estudantil com ameaças e terrorismo hierárquico, ou até mesmo tentando furar a greve da própria categoria deles - o que é ainda mais feio e submisso.
Cabe ao movimento pressionar e identificar os estratos mais progressistas dessa categoria e trabalhar para articular a adesão dos docentes de Guarulhos na greve nacional da categoria, só assim é possível a unidade entre as categorias contra a política precarizante e repressora da reitoria e da diretoria acadêmica.
No que se refere à unidade do movimento nacionalmente, cabe aprovar a participação do Movimento em Guarulhos na marcha pela educação em Brasília, convocada pelo ANDES-SN, cabe tomar a pauta dos docentes como bandeira do movimento, cabe articular ações com outras universidades no sentido de construir atos e ações conjuntas.
No que tange à construção da greve da categoria estudantil da Unifesp, surgem algumas tarefas táticas que devem ser cumpridas para a elevação do patamar da luta, principalmente num momento em que a greve está muito forte e a diretoria acadêmica foi ocupada, e são essas:
1 - Construir uma Assembleia Geral Intercampi;
2 - Aprovar Greve Geral estudantil;
3 - Aprovar a ocupação da reitoria da Unifesp.
Essas tarefas devem estar pautadas nas reivindicações aprovadas, na queda do diretor acadêmico de Guarulhos, na reformulação dos órgãos de representação da universidade - CONSU, Congregação e Conselhos Gerais - trazendo uma composição paritária e democrática.
É importante lembrar que o PCB defende a rearticulação do movimento estudantil pela base, construindo o DCE de conselhos como forma de desaparelhar a estrutura do ME e tornar mais ampla e fácil a articulação intercampi, e inclusive as lutas.
A universidade mercadoria deve ser contrariada pelo projeto da Universidade Popular, através da crítica e da construção de alternativas ao projeto mercadológico burguês de ensino, pesquisa e extensão. Só nas lutas, greves, ocupações, manifestações é que avançaremos, não só num projeto popular de educação, mas num projeto de poder popular para a sociedade e para a produção e reprodução da vida humana.
PELA UNIVERSIDADE POPULAR!
PELO DCE DE CONSELHOS!
TODA FORÇA À GREVE!
TODA FORÇA À OCUPAÇÃO!
CONSTRUIR A GREVE GERAL DA EDUCAÇÃO!

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