sábado, 31 de março de 2012

Assembleia: 90% decide manter a greve estudantil na Unifesp de Guarulhos




 Matéria do site do PCO
Nesta quarta-feira, 28 de março, mais de mil estudantes se reuniram no Teatro da Unifesp, campus de Guarulhos, para discutir a paralisação estudantil
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Os estudantes em greve marcaram um protesto no terminal do bairro dos Pimentas, onde está localizada a universidade, e distribuíram panfletos explicando os motivos da manifestação.
Logo depois, por volta de 19h, os estudantes foram até o teatro da universidade para realizar a assembleia. Foi composta a mesa e os estudantes passaram os informes das comissões e discussões realizadas durante quase uma semana de paralisação.
Uma questão importante é a incorporação na pauta da greve da defesa dos 48 estudantes processados por ocupação da reitoria em 2008.





Os problemas são muitos e por isso as necessidades debatidas pelos estudantes também. A situação no campus é limite. Há cinco anos os estudantes, professores e funcionários da unidade aguardam a construção do prédio definitivo. O prédio utilizado foi doado pela prefeitura de Guarulhos para a Unifesp, porém não possui as instalações adequadas. Além disso, a cada ano aumentam os números de estudantes e em conseqüência da precariedade do local poucos se formam.





Neste ano ingressaram 700 estudantes e há filas para todas as operações, como tirar cópia de textos, se alimentar no Restaurante Universitário ou até mesmo na cantina. Os banheiros também são pequenos e não comportam o número de estudantes.


Dos 130 funcionários necessários para todas as operações administrativas da unidade, há apenas 50. As filas na sessão de alunos são freqüentes.


Um estudante afirmou em matéria sobre a paralisação em um jornal de Guarulhos “O Reitor quer alugar um prédio que se guarda LIXO para os estudantes morarem. Simbolicamente, é dessa forma que somos tratados por nosso reitor. Em nosso campus não temos nem o NOME da universidade na fachada, prédio deteriorado, sem nenhuma preocupação de ser atraente aos moradores dos Pimentas.”
Estudantes dos campi Diadema e Santos estiveram presentes na assembleia e relataram problemas também nas unidades com a infra-estrutura.






Nesta semana, cerca de 100 professores se reuniram para discutir os problemas da unidade e aprovaram um indicativo de greve para ser aprovado na próxima assembleia.


Apenas com uma ampla mobilização é possível impor uma derrota a essa política de desmanche da educação pública superior. A reitoria da Unifesp desviou 34 milhões de reais das novas unidades para a compra do prédio da reitoria e outras contas. 

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