terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um sonho de Bolívar verá a luz





  
Imagen activaHavana (Prensa Latina) A Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (CELAC), sonho do Libertador Simón Bolívar, será fundada em Caracas durante uma cúpula constitutiva nos próximos dias 2 e 3 de dezembro.

  Ao encontro devem comparecer 33 chefes de Estado e Governo da região, todos quais já confirmaram sua presença na capital de Venezuela para a cerimônia, segundo anunciou o presidente Hugo Chávez Frias.

As primeiras a anunciar sua participação foram as presidentas do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Fernández, além dos mandatários da Nicarágua, Equador, Bolívia, Uruguai, Paraguai, Guatemala e outros.

Esta será a culminação de um processo de unidade e integração que teve seu ponto de partida em 1824 com a convocação de Bolívar ao Congresso do Panamá, com a intenção de criar uma federação das repúblicas recém-independentes.

A ideia original foi elaborada pelo símbolo patriota venezuelano Francisco de Miranda (1750-1816), quem propunha a criação de uma única nação à qual se nomearia Grã Colômbia.

Bolívar definiu esta intenção na Carta da Jamaica, escrita em 1815, e qualificou de ideia grandiosa a intenção de fundar na América Latinaem "uma só nação com um único vínculo que una suas partes entre si e com o todo".

A CELAC será, neste sentido, a herdeira deste propósito, já que agrupará os países do continente em uma entidade própria sem os Estados Unidos e o Canadá, a diferença do que ocorre na Organização de Estados Americanos (OEA).

Aos países latino-americanos de fala hispânica e ao Brasil se unirão no mês próximo os estados banhados pelo mar do Caribe, que obtiveram há poucas décadas sua independência e compartilham com seus vizinhos continentais os mesmos projetos e interesses.

Ainda que não se trate neste momento de fundar uma nação, a Comunidade que virá à luz é um passo a mais em um processo de integração que se acelerou nos anos recentes com uma forte ênfase na independência.

A criação desta entidade foi lembrada pelos governantes da região na cúpula de Praia del Carmen, México, em 23 de fevereiro de 2010, como uma continuação do Grupo do Rio e a da Cúpula da América Latina e do Caribe.

Outro antecedente foi a criação do Mercado Comum do Sul (Mercosul) por parte de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai em 26 de março de 1991, ao qual depois se associaram outras nações.

No entanto, em 14 de dezembro de 2004 nasceu a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), formada por Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua, Dominica, San Vicente e as Granadinas, Antiga e Barbuda e Venezuela, com um programa integrador de novo tipo.

Outro passo na mesma direção deram os 12 países que formaram a União de Nações Sul-americanas (Unasur) ao assinar em Brasília o tratado constitutivo em 23 de maio de 2008.

O novo foro é considerado como uma peça fundamental na arquitetura da integração regional.

Com seus 550 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) global de uns seis bilhões de dólares, os integrantes da CELAC terão um peso importante no conjunto de nações.

Mas para conseguí-lo não bastará a solidez econômica, senão uma maneira própria de enfocar os assuntos latino-americanos e caribenhos, sem pressões extrangeiras.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, disse recentemente que proporá em Caracas mudanças ao sistema interamericano, em referência aos Estados Unidos e a OEA.

Sublinhou que é incrível ter que ir a Washington para discutir assuntos latino-americanos quando os próprios Estados Unidos não reconhecem a Convenção Interamericana de Direitos Humanos.

A aspiração do Equador é a de desenvolver a Celac como um foro para a resolução de conflitos regionais, que substitua à OEA, por sua clara inclinação a favor de países hegemônicos, agregou.

Por sua vez, o chanceler uruguaio, Luis Almagro, declarou à Prensa Latina que a CELAC permitirá construir a união a partir do acordo de políticas em todos os âmbitos de ação.

O Uruguai espera que a entidade seja um passo fundamental e importantíssimo na construção de um espaço de integração da América Latina e do Caribe, disse.

Hugo Chávez expressou também que esta cúpula vai ser um fato histórico, pois os governantes "debaterão em Caracas sem os Estados Unidos, o Canadá ou a União Européia, sobre o presente e o futuro deste grande continente da utopia e da esperança".

*Jornalista da Redação de Serviços Especiais da Prensa Latina.

Indignados convocam boicote em Los Angeles, Califórnia






  
Imagen activaWashington, 29 nov (Prensa Latina) O movimento Occupy L.A. convocou um boicote para deixar bem claro que a economia estadunidense é sustentada pelos mais oprimidos e prejudicados, informaram hoje ativistas.

  Um chamado da Coalizão para a Justiça dos Imigrantes, composta por vários ativistas e organizações, promovem a iniciativa para 12 de dezembro como preâmbulo de uma grande concentração no dia Primeiro de Maio, quando esperam reunir um milhão de pessoas em Los Angeles.

Entre as atividades previstas está ocupar o porto de Los Angeles e somar-se assim a atividades similares que farão outros grupos de Occupy em diferentes cidades costeiras da Califórnia com o fim de paralisar a economia do estado.

Essa açãoÂávai afetar o um por cento em bilhões de dólares em perdas porque Los Angeles é o porto considerado número um da economia, disse Javier Rodríguez, ativista do Occupy e membro da coalizão.

Não estamos falando de fechar um banco por umas poucas horas, mas de interromper por completo o fluxo de capital no porto por um dia, agregou.

Nesse dia vários grupos pró-imigrantes também realizarão uma caminhada de uma milha para reivindicar a aprovação de uma reforma migratória.

Queremos pedir o fim das detenções, do sistema de E-Verify e do programa de comunidades seguras aplicados pelo governo, acrescentou.

Por sua vez Alex Menéndez, que acampa desde 4 de outubro nos jardins da Prefeitura de Los Angeles, assinalou que não se pode separar a economia da política, estão relacionados. Se há dinheiro para financiar uma guerra, sustentou, também deveria ter para outorgar mais bolsas e financiar melhor a educação.

Enquanto isso, reina a calma no acampamento de Occupy L.A. depois que venceu o prazo dado pelas autoridades municipais para a retirada das barracas dos jardins da prefeitura angelina.

O prefeito Antonio Villaraigosa advertiu na sexta-feira que a partir do primeiro minuto da segunda-feira os integrantes do movimento Occupy L.A. deviam desalojar os jardins do City Hall de Los Angeles, onde permanecem desde 1 de outubro.

No entanto, centenas de pessoas permanecem em ruas vizinhas ao lugar e o acampamento dos manifestantes mantém-se no meio de uma latente ameaça de incursão da polícia.

Ontem, centenas de agentes antimotins fizeram-se presente no local, mas os acampados não esperam sua intervenção, depois que o Sindicato Nacional de Advogados interpôs perante um juiz federal uma demanda para que evite a remoção do acampamento.

Este protesto faz parte do movimento Occupy Wall Street, que manifesta seu descontentamento com o sistema financeiro que prevalece no país, que segundo eles, beneficia as grandes corporações e instituições bancárias, enquanto o 99 por cento enfrenta o desemprego e as execuções hipotecárias.

Prensa Latina

Charge do Laerte sobre o posicionamento reacionário frente às manifestações políticas

Postagem do camarada cerveja em seu blog divulgando a luta por moradia em Guarulhos


Video sobre a ocupação popular no bairro lavras em Guarulhos SP

Video de introdução à situação da ocupação popular no bairro lavras, na perifería de Guarulhos, São Paulo e sobre a covardia da Guardinha municipal (GCM) contra trabalhadores, trabalhoras e estudantes na violenta desocupação da área grilada que encontrava-se em situação de abandono, veja o vídeo, lute, apoie pois a ocupação voltou e  seguirá até vencermos!



Clique no link abaixo:


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Operários são demitidos de Belo Monte e escoltados a Anapu para evitar denúncias



Publicado em 18 de novembro de 2011
Por Xingu Vivo

O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da usina, demitiu nesta quarta-feira, 16, 141 trabalhadores do canteiro de obras Belo Monte, a 50 quilômetros de Altamira (PA). Segundo os operários, a empresa não apresentou nenhuma justificativa formal para as demissões, mas a dispensa ocorreu quatro dias após a entrega de uma pauta de reivindicações trabalhistas à diretoria do CCBM.

Os atritos com a empresa começaram na última sexta-feira (11), quando quatro trabalhadores foram demitidos por se recusarem a realizar um trabalho que estava fora de suas funções. Um clima de revolta se instalou entre os operários, que, após o expediente de trabalho, ameaçaram incendiar o canteiro caso as demissões não fossem revertidas.

Por sugestão da própria diretoria do canteiro, foi eleita uma comissão de quatro representantes dos trabalhadores, apontados em conjunto com os diretores do consórcio, para conduzir as rodadas de negociação. “Eles [os diretores] nos escolheram justamente porque a gente conseguiu acalmar a situação e abrir o diálogo com a empresa”, explica o pedreiro José Antônio Cardoso, um dos negociadores. O CCBM propôs, então, uma reunião no sábado (12), com a participação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Pará (Sintrapav-PA).

Na manhã do dia 12, os trabalhadores realizaram uma paralisação para definir a pauta que seria entregue na negociação com a empresa, compondo uma lista com 16 reivindicações. Entre os pontos, destacam-se a exigência do pagamento de horas-extras aos sábados, o cumprimento do acordo sobre as folgas de 90 dias, aumento do vale-alimentação e a instalação de telefones no canteiro.

Os operários também pediam o aumento do contingente de fiscalização de seguranças do trabalho, que garantiria a coibição de desvio de função. “Lá tem cinco seguranças, pra umas 20 frentes de trabalho. Isso é um problema muito sério, que no próprio treinamento da empresa eles disseram que nós precisamos ajudar a evitar. E foi aí que todo esse problema começou”, explica o carpinteiro Walter Almeida, também do grupo negociador.

Durante o encontro, a diretoria da empresa se comprometeu a encaminhar as propostas à superintendência de Belo Monte e não retaliar nenhum dos trabalhadores envolvidos nas ações e nas negociações. Contudo, na manhã de quarta-feira (16), os funcionários se depararam com uma lista de 137 demitidos, afixada na entrada do canteiro.

Ainda pela manhã, os demitidos foram colocados em ônibus pela polícia e retirados do local.Os quatro representantes dos trabalhadores, escolhidos para conduzir as negociações, no entanto, receberam “tratamento especial”. Para evitar que buscassem órgãos competentes em Altamira para denunciar os abusos, como o Ministério Público do Trabalho e Defensoria Pública, eles foram escoltados pela polícia até Anapu, município à uma hora e meia do canteiro, onde pegariam um ônibus para Marabá e, de lá, outro para Estreito (MA), município de origem. “Nós quatro fomos escolhidos pela empresa para ajudarmos nas negociações e evitar conflitos. E simplesmente fomos demitidos. A empresa usou a gente e jogou fora”, lamenta Walter.

A escolta foi realizada pela Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (ROTAM), polícia de elite vinda de Belém e responsável por prevenir e reprimir situações de criminalidade violenta.  De acordo com os trabalhadores, eles foram vigiados de perto e acompanhados por policiais até quando iam ao banheiro.

Os outros 137 demitidos também foram encaminhados pela polícia, e seguiram viagem para o Maranhão. Ao contrário da maioria dos 1800 trabalhadores da obra, os 141 afastados viviam no próprio canteiro, em alojamentos de tecido sintético conhecidos como “carpas”. No total, cerca de 300 pessoas moram no local.

Texto: Ruy Sposati
Foto: Lunaé Parracho

Governo Federal é o responsável por mais uma chacina de indígenas no Mato Grosso do Sul





indígenas mortos.JPG
Crédito: 1.bp.blogspot
Nota do CIMI sobre o mais recente massacre contra indígenas no Mato Grosso do Sul
Governo Federal é o responsável por mais uma chacina de indígenas no Mato Grosso do Sul
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) vem a público responsabilizar a presidenta da República, Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o presidente da Funai, Márcio Meira e o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli pela chacina praticada contra a comunidade Kaiowá Guarani do acampamento Tekoha Guaiviry, na manhã desta sexta-feira (18).
A comunidade foi atacada por pistoleiros fortemente armados. Segundo informações apuradas junto a indígenas que sobreviveram ao ataque, os pistoleiros executaram o cacique Nisio Gomes e levaram seu corpo. Os relatos ainda dão conta de indígenas feridos por balas de borracha e de três jovens baleados: dois estão desaparecidos e outro se encontra hospitalizado.
O governo da presidenta Dilma, perverso e aliado aos latifundiários criminosos de Mato Grosso do Sul, insiste em caminhar para o massacre e se encontra banhado em sangue indígena, camponês e quilombola. Tais acontecimentos colocam em dúvida a capacidade do Ministério da Justiça em coibir as violências, bem como de sua isenção quanto aos fatos, uma vez que as violências naquele Estado são sistemáticas e o ministro da Justiça não cumpre com suas responsabilidades em demarcar e proteger as terras indígenas.
Por outro lado, a Polícia Federal – submetida ao Ministério da Justiça - tampouco investiga os assassinatos dos indígenas. A impunidade recarrega periodicamente as armas de grosso calibre e joga sobre as ações dos pistoleiros e seus mandantes o manto de um Estado cada vez mais esfacelado, ausente, inoperante e inútil aos mais necessitados. A Polícia Federal precisa, conforme é de sua incumbência, investigar exaustivamente o crime, proteger a comunidade e apresentar os criminosos.
Já Dilma Rousseff precisa responder por mais esse ataque. Basta! É hora de alguém ser responsabilizado por esta barbárie e completo ataque aos direitos constitucionais e humanos no Mato Grosso do Sul. O Poder Executivo tem sido omisso, negligente e subserviente. Com isso, promove e legitima as práticas de violências. O ministro da Justiça recebe latifundiários, mas não cobra Márcio Meira, presidente da Funai, sobre o andamento do processo de identificação e demarcação das terras indígenas que desde 2008 caminha de forma lenta – enquanto a morte chega cada vez mais rápida aos acampamentos indígenas.
Por fim, ressalta-se que as comunidades acampadas no Mato Grosso do Sul estão unidas contra mais este massacre, numa demonstração de profundo compromisso e firme decisão de chegar aos territórios tradicionais. Indígenas de todo o Estado se dirigiram ao acampamento tão logo souberam do covarde ataque. Na última quarta-feira, inclusive, estiveram lá para prestar solidariedade aos Kaiowá Guarani que retomaram um pequeno pedaço de terra mesmo sob risco de ataque – o que aconteceu, mas sem maiores repercussões.
O Cimi, mais do que nunca, acredita que a força, beleza e espiritualidade desses povos os manterão firmes e resistentes na luta, apesar de invisíveis aos olhos de um governo que escolheu como aliados os assassinos dos índios brasileiros.
Brasília, 18 de novembro de 2011.
Cimi - Conselho Indigenista Missionário


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Unidade programática Já ! É convocado o II Fórum Estudantil da Unifesp. Dias 19 e 20 de novembro.


II Fórum Estudantil da Unifesp

19 e 20 de novembro
No DCE da Unifesp

A programação:

sábado

Conjuntura da Unifesp
Histórico e Conjuntura de cada campi e dos segmentos da dos docentes e dos técnicos administrativos

almoço

Função Social da Universidade
Pesquisa, Ensino e Extensão; Currículo
Grupos de Trabalhos
Permanência estudantil, Currículo, Democracia e autonomia universitária

janta

Atividade Sóciocultural

domingo

Plano Nacional de Educação
Políticas Públicas para a Educação, Campanha 10% do PIB para Educação

almoço

Assembléia Geral dos Estudantes da Unifesp
Deliberações a partir das formulações do Fórum
II Fórum Estudantil da Unifesp será realizado na sede do DCE Unifesp, na Rua Pedro de Toledo, 840, e no Anfiteatro Clóvis Salgado, a um quarteirão do DCE – próximo ao Metrô Santa Cruz.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O mapeamento da resistência na Líbia


Mapa da resistência na Líbia


A chamada grande imprensa não vai divulgar a informação a seguir, transmitida por jornalistas independentes que acompanham a guerra de agressão à Líbia pela Otan, a mando de potências imperialistas.
Mesmo após os bombardeios terroristas da Otan que destruiu diversas cidades líbias, assassinando mais de 150.000 pessoas, o povo árabe líbio não está disposto a se submeter a um governo fantoche dos imperialistas. Tudo mostra que a luta pela libertação da Líbia do domínio estrangeiro será longa e renhida. A situação atual pode ser melhor compreendida a partir das cores do mapa publicado acima:
O sul da Líbia (cor verde) é local de resistência, graças às tribos tuareg e tubu, partidários da Jamahiriya (o Poder Popular). O Exército Popular de Liberação da Líbia, comandado por Saif Al Islam Al Kadafi, está se deslocando pela região e se fortalecendo com o apoio de outras tribos e povos do deserto.
O centro do país (cor branca) é a zona disputada pelo CNT e Exército Popular de Libertação da Líbia. Sem o apoio das bombas da Otan os rebeldes da CNT sofrem baixas diárias e não tem perspectiva alguma de controlar o país.
O norte da Líbia (cor preta) é território aparentemente dominado pela CNT, forças especiais (mercenários) da Otan e grupos fundamentalistas islâmicos, comandados pela Al Qaeda.
As manchas vermelhas representam as forças de resistência líbia atomizadas no território ocupado pela CNT. A guerrilha urbana, organizada em células independentes, provoca baixas entre os rebeldes e evitam – por enquanto - o enfretamento corpo a corpo.
Tudo isto ocorre enquanto as promessas dos imperialistas que invadiram a Líbia não são cumpridas. Os mercenários estrangeiros e rebeldes não estão recebendo os salários prometidos pelos dirigentes da CNT (o dinheiro está sendo desviado para paraísos fiscais porque eles sabem que não se manterão no poder por muito tempo). A situação é explosiva e ninguém pode prever o que pode acontecer nas próximas horas.
Torcida da Argélia na África demonstra apoio a resistência Líbia
O governo fantoche da Líbia, a CNT, pediu ao governo dos Estados Unidos da América que mantenha a Otan no país, bombardeando a população civil líbia, para tentar evitar o crescimento da resistência. Mas os governos dos países que comandam a Otan não estão dispostos a continuar gastando fortunas com a guerra de ocupação porque o que eles desejavam já conseguiram: gerentes (traidores) para administrar o roubo de petróleo líbio.

Saudação ao povo negro



imagemMinervino de Oliveira
O Partido Comunista Brasileiro associa-se às celebrações pela passagem do Dia da Consciência Negra.
O comprometimento de nosso partido para com as lutas pela valorização do negro brasileiro vem de longa data. Já em julho de 1930 denunciávamos a persistência de elementos de escravidão na situação real experimentada pelos negros do país, não obstante a tão propalada Abolição da Escravatura. Neste mesmo ano, nas eleições presidenciais, apresentamos ao povo a candidatura de Minervino de Oliveira, militante de nosso partido, que se tornou então o primeiro negro e o primeiro operário a disputar a presidência da república.
Em nossa Primeira Conferência Nacional de julho de 1934, realizada na mesma época em que se iniciava a propagação da tese da “democracia racial brasileira”, denunciávamos o racismo das classes dominantes e nos comprometíamos a apoiar todas as lutas pela igualdade de direitos econômicos, políticos e sociais de negros e índios.
Ainda em meados da década de 30, o intelectual comunista baiano Edison Carneiro iniciava uma vasta e significativa obra de investigação e resgate da cultura afro-brasileira, tornando-se um dos pioneiros em tal campo de estudos e uma referência fundamental até os dias de hoje. Este mesmo Edison Carneiro, com o apoio de outros intelectuais comunistas como Jorge Amado e Aydano do Couto Ferraz, criava, no ano de 1937, a União de Seitas Afro-Brasileiras, a primeira entidade criada no país com o objetivo de proteger e cultivar os valores e as tradições religiosas de matriz africana.
Na década de 1940, o PCB solidificou seu engajamento na luta contra o racismo e em defesa da cultura afro-brasileira. Sob sua legenda elegeu-se, em 1945, Claudino José da Silva, primeiro negro a exercer mandato parlamentar e primeiro constituinte negro da história do Brasil. Durante os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte de 1946, coube ao escritor e deputado comunista Jorge Amado a elaboração do projeto da primeira lei federal que estabeleceu a liberdade para a prática das religiões afro-brasileiras. Este período registra também a criação do Teatro Experimental do Negro, que tem como um de seus principais expoentes o ator, poeta e teatrólogo comunista Francisco Solano Trindade, que marcaria com sua atividade intensa a arte popular brasileira das décadas seguintes. Alguns anos mais tarde, apareceram os primeiros trabalhos de Clóvis Moura, então vinculado ao PCB, cuja produção aportaria uma importante contribuição aos estudos históricos e sociológicos sobre o negro no Brasil.
Se no passado nós comunistas estivemos presentes em praticamente todos os momentos relevantes da trajetória do povo negro brasileiro, no presente continuamos a apoiar e nos envolver com essas lutas. Apoiamos as reivindicações imediatas e conquistas parciais do movimento negro como o estabelecimento de reservas de vagas das universidades públicas, a titulação das terras das comunidades remanescentes de quilombos e o Estatuto da Igualdade Racial. No entanto, compreendemos que nenhuma destas conquistas parciais estará assegurada no futuro enquanto perdurarem: a) o esvaziamento e sucateamento das universidades públicas, a privatização e a mercantilização do ensino; b) o controle do Estado pelos grandes proprietários fundiários e a subordinação da política agrária do governo aos interesses do agro-negócio; c) a hegemonia dos interesses do grande capital nacional e internacional no interior da sociedade brasileira e a subordinação das necessidades do povo à lógica da acumulação capitalista.
Para que as atuais conquistas sejam mantidas e aprofundadas e para que novas sejam alcançadas é essencial que as lutas do povo negro, sem prescindir de sua especificidade, estejam combinadas às lutas gerais do povo e dos trabalhadores brasileiros. É necessário somar esforços aos movimentos em defesa de uma universidade pública gratuita e de qualidade, voltada para a resolução dos problemas nacionais e para a promoção social das classes populares, apoiar as ações contra o monopólio da propriedade da terra pelos grupos latifundiários e por uma reforma agrária ampla e radical, mobilizar-se enfim, por um poder político que seja a encarnação da vontade de negros e negras, trabalhadores das cidades e dos campos, pequenos proprietários urbanos e rurais, artistas e intelectuais avançados.
Salve o Dia da Consciência Negra!
PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO (PCB)

Timoleón Jimenez é o novo comandante das FARC - EP


Alfonso Cano caiu em combate




imagem






O camarada Timoleón Jiménez é o novo
Comandante das FARC-EP
Aos guerrilheiros das FARC-EP
Às milícias bolivarianas
Camaradas:
Em 4 de novembro caiu em combate o comandante das FARC Alfonso Cano, nas montanhas do Cauca, município de Suárez. Há dois anos ele era perseguido por uma turba de mais de 70.000 homens guiados por tecnologia militar de ponta e uma esquadrilha de aviões e helicópteros, sob as ordens de assessores militares estadounidenses, mercenários israelenses e um alto comando militar.
Nós, guerrilheiros das FARC, nos sentimos muito orgulhosos de que o comandante tenha caído lutando no campo de combate e morto como morrem os verdadeiros chefes militares, os heróis do povo, os valentes. Mostrando com seu grito de guerra e com o fuzil, com seu exemplo, que assim morrem os homens e as mulheres honestos, consequentes com o que pensam e que juraram, por justiça e dignidade ao povo, lutar até as últimas consequências. Este é o exemplo que os guerrilheiros das FARC, aqueles que juraram vencer e vencerão, levarão galvanizado sempre na consciência.
Não existe morte mais bonita do que a ocorrida no combate pela liberdade, por sua causa altruísta, coletiva, vislumbrando um sonho, como a de Alfonso. A morte pelo sonho da Nova Colômbia, da dignidade humana, do emprego, da educação e da saúde gratuitas, da soberania do povo, da terra para os camponeses, da habitação para os que carecem dela, de uma pátria nova, socialista, justiceira, bolivariana, propulsora da concretização no continente de uma Grande Nação de Repúblicas irmãs.
Esses pobres analistas e políticos medíocres, aduladores do poder, que hoje falam da derrubada das FARC ante a morte do comandante, são tão ignorantes que nem sequer merecem o gesto de nosso desprezo. O mito de Alfonso Cano não foi quebrado, como afirmam perdidos na embriaguez de seu triunfalismo. Não conseguem impedir que a imagem de Alfonso Cano caído em combate na vereda Chirriaderos, cresça como arquétipo e se torne motivo do mais alto orgulho fariano e de um povo, que vem sendo capaz de produzir comandantes maravilhosos. Estão tão perdidos que, todavia, celebram a morte do mais fervoroso partidário da solução política e da paz.
A moral do guerrilheiro fariano sempre se agiganta na adversidade porque é da estirpe bolivariana e marulandina. Aqui há consciência, ânsia incandescente de combate e de vitória. Tudo pela dignidade de um povo, por sua liberdade. Perdem seu tempo, alucinam-se os que sonham com a claudicação e desmobilização da guerrilha.
Crescerá em abundância a sonoridade dos protestos e a mobilização popular que hoje assusta a oligarquia neoliberal. A mesma oligarquia que viola a soberania com sua política de “segurança” e que, contra a Colômbia e sua gente, favorece o investimento e os interesses das transnacionais. Que comecem a tremer os usurpadores do poder que, até hoje, se negam a pagar a imensa dívida social contraída com o povo. A indignação está correndo o mundo por conta da crise sistemática do capital. Podem estar certos de que não poderão deter o fogo insurgente contra a tirania e pela paz. Além disso, saibam que a guerrilha intensificará sua caminhada rumo à vitória, com as bandeiras do Movimento Bolivariano desfraldadas ao vento, com o povo.
Queremos informar-lhes que o camarada Timoleón Jiménez, com o voto unânime de seus companheiros do Secretariado, foi designado, em 5 de novembro, o novo comandante das FARC-EP. Assim, se garantirá a continuidade do Plano Estratégico para tomada do poder para o povo. A coesão de seus comandos e combatentes, como dizia Manuel Marulanda Vélez, segue sendo uma das mais importantes conquistas das FARC.
Comandante Alfonso Cano: suas diretrizes no campo militar e político serão cumpridas à risca.
VIVA A MEMÓRIA DO COMANDANTE ALFONSO CANO!
JURAMOS VENCER E VENCEREMOS.
Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP
Montanhas da Colômbia, novembro de 2011
Tradução: Partido Comunista Brasileiro – PCB

Declarações contra hegemônicas sobre a repressão na USP




INTERVENÇÃO DO CAMARADA MAZZEO - PCB 







INTERVENÇÃO DE ESTUDANTES DA USP

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Imagens da Conferência política nacional do PCB

Camarada Irun Santana 94 anos intervem na Conferência Nacional do Partidão








quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Declaração de Carlos A. Lozano Guillén, dirigente do Partido Comunista Colombiano e diretor do periódico VOZ, sobre a morte em combate de Alfonso Cano, comandante das FARC

imagemO Partido Comunista Colombiano não se une ao coro de felicidade que embriaga o Governo Nacional, a cúpula militar e os representantes da ultradireita e do militarismo na Colômbia pela morte em combate de Alfonso Cano, principal dirigente da guerrilha das FARC. Somos humanistas e por isso sofremos com a morte dos nossos compatriotas. Mais ainda quando se trata de um combatente revolucionário.
A morte de Alfonso Cano é um duro golpe às FARC, como tantos outros nos últimos tempos, porém não significa seu fim como predicam alegremente os militaristas e os grandes meios de comunicação. Na Colômbia existe um conflito de profundas causas políticas, sociais, econômicas e históricas, que devem ser superados pela via da solução política sobre a base do fortalecimento da democracia e da justiça social. Não há solução pela via militar como está demostrado historicamente durante cinco décadas de aguda confrontação.
Porém também a morte de Cano afeta a credibilidade do presidente Santos, quando este assegura que leva em suas mãos a chave da paz e quando declara que para a guerrilha não resta nada a não ser entregar-se ou morrer, como se na Colômbia existisse a legalidade da pena de morte. Não é clara a política de paz do Governo e dos que o apoiam, porque a paz não se logra mediante os fuzis e o esmagamento das posições contrárias. Seria uma paz dos cemitérios que não se converte em estável e duradoura. A paz romana sempre foi frágil; é a posição dos prepotentes que a faz fracassar.
Com maior razão se requer neste momento, multiplicar esforços desde o lado dos “Colombianos e Colombianas pela Paz” (CCP) e de outras organizações sociais e humanitárias, para o logro da paz sobre as bases do fortalecimento da democracia e das condições sociais do povo colombiano. Há que insistir em saídas humanitárias e pacíficas. Bater na porta do Governo e das organizações insurgentes para impor a necesidade urgente de abrir um espaço de diálogo para o acordo pela nova Colômbia em paz com democracia e justiça social. Neste sentido é importante e positivo o pronunciamento do CCP publicado hoje.

“Com o arrefecimento do movimento sindical nos governos Lula e Dilma, nosso desafio aumentou”, afirma Carlos Guerreiro, militante sindical do PCB


Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Maracanaú, Maranguape e Pacatuba, no Ceará, entra no PCB
Aos 50 anos e após ter passado por outras organizações políticas, o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Maracanaú, Maranguape e Pacatuba (SINCOMMAP), Carlos Guerreiro, decidiu recentemente militar no Partido Comunista Brasileiro (PCB). Nessa entrevista, ele apresenta as principais reivindicações de sua categoria e o porquê, após ter militado em partidos como o PT e o PCdoB, escolheu engrossar as fileiras do PCB.
PCB - Carlos, seu pai também era militante, e com o mesmo nome de "guerra". Qual a importância disso em sua trajetória?
Carlos Guerreiro - Este nome Guerreiro é o nome da família, uma coincidência real da militância da luta.
PCB - Você começou a militar no movimento sindical ou teve trajetória política como estudante?
CG - Como estudante! Participei indiretamente na luta pela queda do regime militar.
PCB - E especificamente no movimento sindical, há quanto tempo atua?
CG -Há mais de uma década.
PCB - Sempre na categoria dos comerciários?
CG -Sim.
PCB - E quais as principais reivindicações da categoria?
CG - Piso único de R$ 710,00, um piso salarial e meio para os comissionistas, vale alimentação, o dia do Aniversario do Comerciário (a), folga, plano de saúde e seguro de vida, PLR para todos os comerciários (as), igualdade salarial para homens e mulheres, auxilio creche e licença maternidade de 6 (seis) meses.
PCB - Há quanto tempo você é presidente do sindicato dos comerciários?
CG - Há dois mandatos.
PCB - Qual o arco de alianças na diretoria?
CG - PT, PCdoB, PSB e PCB.
PCB - E o mandato, é de quanto tempo?
CG - De quatro anos.
- Acredita que sua entrada no PCB vai ser encarada de que forma dentro da diretoria do sindicato, onde também estão PCdoB, PT e PSB?
A busca pela liberdade da classe trabalhadora está acima inclusive dos partidos políticos, no entanto achamos necessário utilizar este instrumento que é o PCB, e fazer o debate de idéias.
- Como você espera atuar pela construção de um pólo sindical classista em sua categoria, através da Intersindical?
Com o arrefecimento do movimento sindical nos governos Lula e Dilma, nosso desafio aumentou. Entendo que os partidos políticos lotearam o Brasil, no entanto acreditamos que se faz necessário continuar o debate para que se possa reconstruir a luta do conjunto da classe trabalhadora.
PCB - Antes de chegar ao PCB, qual foi sua trajetória?
CG - Quando estudante fui líder estudantil no Colégio Estadual Castelo Branco com participação no grêmio estudantil, fui aprovado em concurso publico para PM - de onde pedi desligamento por questões ideológicas após dois anos. Fui para São Paulo, onde me filiei e militei ao PDT na cidade de Porto Ferreira. Após meu retorno a Fortaleza, ingressei na luta pelas diretas já e no Fora Collor. No ano de 2001, fui eleito para a diretoria do SEC Fortaleza, onde após alguns anos migrei para Maracanaú para fazer a luta dos trabalhadores do comercio daquela região – o que resultou na fundação do SINCOMMAP em 2008.
PCB - Tendo passado por outros partidos, que diferenças espera encontrar no PCB?
CG - Condições de lutar por liberdade, igualdade e fraternidade, tendo como base os princípios norteadores do marxismo-leninismo.
PCB - Você chega ao Partido em um momento de grandes diferenças entre o PCB e as organizações nas quais já militou. O que te levou a escolher o PCB nesse momento?
CG - A vivência política do meu pai Guerreiro, quando militou no partidão, contou bastante. Ele sempre teve como palavra de ordem os princípios da moral e da ética, para de fato construir um partido verdadeiramente dos trabalhadores.

O fascismo do século XXI



imagemCrédito: PRCC
Teodoro Santana*
As décadas dos anos 20 e 30 do século passado, anteriores a grande crise do capitalismo imperialista, foram também as do auge do movimento nazifascista. Na Itália, conquistaram o poder em 1922, após a Marcha sobre Roma encabeçada por Mussolini, que havia sido um dos dirigentes máximos do Partido Socialista Italiano. Na Alemanha, chegaram ao poder em 1933, implantando o III Reich. No Estado espanhol, depois do golpe militar de 1936, a Falange e suas organizações de massas se impuseram durante 40 anos.
Com a agudização da crise econômica do capitalismo de Estado e o perigo de revoluções socialistas, os capitalistas da época, patrocinadores de todos estes movimentos, buscavam apartar a classe operária e a as grandes massas do “bolchevismo”. Os nazifascistas não se apresentavam perante as pessoas como extrema direita, nem sequer como direita, afirmando não ser “nem de direita nem de esquerda”.
Todos eles diziam defender os trabalhadores. O partido nazista se chamava, nem mais nem menos, “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães”. Na Espanha, a falange pregava a “revolução nacional sindicalista”. Seu discurso atacava o capitalismo e os bancos, apresentando-se como uma «terceira via» ou «terceira posição», oposta radicalmente tanto à democracia burguesa, cada vez mais questionada, como às organizações operárias, partidos e sindicatos de classe, que consideravam não representativos. Frente a estes se levantam as organizações do corporativismo italiano alemão ou o sindicato vertical espanhol.
Obviamente, os nazifascistas jamais fizeram outra coisa do que “melhorar” o capitalismo, e jamais questionaram a propriedade privada. E, muito menos, a oligarquia que criticavam da boca para fora, que de fato alimentavam.
Noventa anos mais tarde, uma nova crise econômica volta a fazer tremer os alicerces do capitalismo imperialista. E a oligarquia necessita outra vez desviar os assalariados de ideias e propostas que possam cobrar força pondo em perigo seu domínio de classe. Desta vez, sem dúvida, não esperemos ver camisas pardas, negras ou azuis. Os pequenos grupelhos neonazis, desprezados pelo povo como grupos de psicopatas, não são de grande utilidade.
Nessa mudança tática, voltamos a ver aqueles, que se aproveitando do descontentamento popular, procuram apartar a maioria de qualquer influência “bolchevique”. Dizendo estar contra o capitalismo, levantam reivindicações que não ponham em perigo o sistema. Trata-se de “reformá-lo”, de melhorá-lo “pacificamente”.
Que melhor válvula de escape do próprio sistema que uns protestos que não vão mais além e que acabam em si mesmos. Um mero descarrego que alivie a pressão sem propor um modelo alternativo de sociedade (o que requer ideologia e organização). Por isso, para os que não são tão “pacíficos”, lhes proíbem as bandeiras e os símbolos dos sindicatos e dos partidos revolucionários, chegando à agressão física a quem se atreva a expressar visualmente sua militância política.
Trata-se de substituir as mobilizações da esquerda anticapitalista, dos sindicatos e dos comunistas, frente aos que lançam as consignas de “nem partidos nem sindicatos”, “não nos representam”, etc. Tentaram na Grécia, porém chegaram demasiado tarde para desativar as mobilizações da Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME) e dos comunistas. O passo seguinte já conhecemos: atacar os trabalhadores e assassinar comunistas, como tem ocorrido recentemente em Atenas.
Trata-se, definitivamente, de manter as posições do capitalismo e respaldá-las com uma dissidência controlada, com “assembleias” (apenas para nomeá-las de alguma forma) manipuladas, e com uma potente máquina de propaganda, contando com o respaldo mistificador da imprensa burguesa e das multinacionais das redes sociais na Internet.
Basta perguntar quem está por trás, quem financia, quem sustenta. Certamente não são os que vivem de salário!
A trama é burlesca. Só a debilidade ideológica e política da esquerda anticapitalista explica o acoplamento ante esta nova forma de fascismo do século XXI, de anarco fascismo ou como queiramos denominá-lo. O erro bem intencionado de tentar conciliar com o monstro, de recuperá-lo eleitoralmente ou de pactuar com ele, só leva ao desastre.
*Teodoro Santana é membro do Comitê Central do Partido Revolucionário dos Comunistas das Canárias (PRCC)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Nota política do PCB


Repúdio à invasão da USP pela tropa
de choque da Polícia do governo Alckmin
A Comissão Política Regional do Partido Comunista Brasileiro em São Paulo vem a público manifestar seu repúdio à invasão do campus da USP pelas tropas da polícia militar, por solicitação do reitor dessa instituição, que com essa atitude se assemelha aos interventores dos tempos da ditadura. Como se pode ver pelas imagens da televisão, a invasão se transformou  numa operação de guerra com cerca de 400 soldados armados, 50 viaturas, além de helicópteros contra um pequeno grupo de estudantes desarmados que ocupavam a reitoria da USP.


Num ato de truculência igual aos tempos da ditadura, a polícia prendeu dezenas de estudantes e os encarcerou numa delegacia de polícia como se fossem marginais. Essa ação não somente fere a autonomia universitária, mas deixa claro para toda a população que o objetivo da polícia não é proteger os estudantes da USP dos marginais, mas intidar e coagir o movimento estudantil, levar o terror e o medo ao campus, constranger professores e alunos.


O PCB conclama a todas as entidades democráticas, progressistas e de esquerda a se somar à luta apela imediata liberdade dos estudantes presos, pela autonomia universitária, pelas retirada das tropas da polícia da USP e pela imediata destituição deste reitor, que a partir de agora se torna persona non grata em qualquer instituição universitária.

Comissão Política Regional do PCB
8 de novembro de 2011