segunda-feira, 7 de junho de 2010

DCE em Luta denuncia burocracia acadêmica da unifesp e defende a universidade popular em fórum de reforma do estatuto universitário.


A Unifesp Perdeu a oportunidade de realizar profundas transformações no âmbito da descentralização do poder, da consolidação da gratuidade, da valorização da universidade pública sem intervenção privada, do estancamento da prática de privatização do dinheiro público, do amplo acesso a permanência estudantil e da autonomia universitária. A democracia perdeu!

Esta universidade está imaculada pelo conservadorismo e autoritarismo do CONSU atual, sem perspectivas de qualquer mudança com a Reforma do Estatuto. No novo CONSU, as categorias dos discentes, técnico-administrativos e professores adjuntos e associados estão subrepresentadas. Todos a mercê de um grupo de titulares que buscam a manutenção do poder sem, aparentemente, se preocupar com a função educacional, cultural e científico-política da universidade perante a sociedade.

Neste sentido, não se utiliza de forma adequada o conceito de extensão universitária nesta universidade. A Unifesp administra cursos pagos e convênios médicos disfarçados de projetos de extensão no campus de São Paulo, descaracterizando o SUS (Sistema Único de Saúde) e o princípio de gratuidade da universidade pública de qualidade e democrática.

Agora quero deixar algumas perguntas que podem ser respondidas pelo Prof. Dr. Ricardo Smith, presidente da comissão de Reforma do Estatuto.

1) A Reforma de Estatuto foi democrática? Se a resposta for sim, por que os debates realizados, com ampla representatividade das categorias discente, docentes e técnico-administrativos, nos Mini-Fóruns e Fórum Geral, foram, em sua amplitude, desconsiderados por este CONSU? Por exemplo, a Paridade discutida e aprovada pelo Fórum Geral.

2) A pró-reitoria de Assuntos Estudantis não foi aprovada com seu fundamento íntegro, o qual foi discutido pelo DCE juntamente com os estudantes. Leia-se no Artigo 29 – “Incentivar o empreendedorismo e formular propostas de inserção e otimização do graduando no mercado de trabalho”. Esta frase não foi elaborada pelos estudantes, foi acrescentada pelo CONSU para desvirtuar a função social da universidade. Questionamos qual o papel da universidade? Com certeza não pode ser o do mercado de trabalho, e sim o da sociedade.

3) As Unidades Universitárias foram definidas da noite para o dia, por um grupo de titulares, as quais foram acatadas pela Comissão do Estatuto. Inadmissível. Por que não houve discussão com os campi?

4) Regimento Geral terá 100 artigos (fala do Prof. Dr. Smith). Então o RG já está sendo elaborado, mesmo com o Estatuto não finalizado. Como isso é possível?

Não houve avanço com a Reforma do Estatuto, somente o enquadramento da legalidade nesta universidade que não existiu em mais de 75 anos de existência.

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