quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Manifesto. A todos os que lutam por uma sociedade justa e livre de qualquer tipo de opressão


(Nota Política do PCB)
A cada dia que passa, fica mais clara, para todos, a natureza excludente do capitalismo: aumentam as expropriações sobre o trabalho, reduzem-se os direitos sociais, desvaloriza-se a força de trabalho, diminuem as perspectivas para os jovens trabalhadores, pioram as condições de vida da imensa maioria da população mundial, enquanto um número cada vez menor de empresas obtém lucros crescentemente obscenos, ampliando o apelo ao consumo exacerbado e provocando mais destruição dos biomas e dos recursos naturais da terra.
A atual crise econômica, que não se esgotou nos Estados Unidos e se alastra pela Europa e por outras regiões do planeta, reafirma as tendências do capitalismo: as grandes empresas estão cada vez mais internacionalizadas, buscando explorar novas oportunidades de mercado, salários baixos, matérias-primas e outros insumos de produção mais baratos. Unindo-se aos grandes bancos e forjando fusões, trustes e cartéis dos mais variados tipos, com seus tentáculos espalhados pelo mundo, os oligopólios exploram mais e mais a classe trabalhadora, constituindo enormes e poderosas oligarquias, formando aquilo que Lênin chamou de imperialismo.
Os governos da socialdemocracia, em todo o mundo, se aproximam mais e mais do pensamento, das proposições e das ações políticas liberais e neoliberais, implementando cortes de gastos públicos, sucateando os sistemas públicos de saúde, educação, previdência, impondo a redução de salários e a precarização dos empregos; a lógica e a fundamentação essencial é a de que o mercado é a melhor estrutura para a organização da economia e da sociedade; o mercado é absoluto e intocável, cabendo aos “mais fortes, mais competentes e mais ousados”, os lucros e frutos de seu esforço e, aos mais fracos, a desesperança.
Os valores e ideias que sustentam e apoiam tais políticas são os mesmos que justificam o individualismo, a exclusão e a desigualdade social como inerentes à vida em sociedade e ao “ser humano”. Estas ideias e valores, apesar de sofrerem cada vez mais oposição em muitos países, ainda seguem hegemônicas na maior parte do planeta, contaminando, ainda, movimentos sociais e organizações de trabalhadores. O sistema político-eleitoral burguês mais e mais se torna refém dos grandes grupos econômicos que financiam as campanhas dos partidos da ordem e controlam a mídia capitalista. A participação popular fica restrita ao ato de votar.
Os estados capitalistas mais desenvolvidos, reunidos em blocos políticos e econômicos, apresentam crescentes contradições, oposições internas e disputas entre si, mas seguem sua escalada de ações políticas, econômicas e militares para defender seus interesses estratégicos por todo o mundo, buscando reprimir toda e qualquer manifestação contrária à ordem do capital. Daí a permanente ação de desestabilização, bloqueio e sabotagem de qualquer forma alternativa, sejam as experiências de transição socialista como Cuba, ou mesmo governos populares como os da Venezuela, Bolívia e outros. Esta ação do imperialismo é reforçada pela subserviência descarada de governos vassalos do imperialismo, como o da Colômbia, na América do Sul, e Israel, no Oriente Médio, mas também pelas alternativas moderadas que levam ao pacto social e à neutralização da capacidade de luta dos trabalhadores, como as que ocorreram no Chile com Bachelet ou no Brasil com Lula. Por isso a luta anticapitalista e anti-imperialista exige a solidariedade internacional, não como mero ato de solidariedade, mas como ativa participação na luta contra o império do capital.
O capitalismo, no Brasil, é monopolista, dispõe de instituições consolidadas e as empresas que aqui atuam estão, em sua grande maioria, perfeitamente integradas à economia mundial. O capitalismo brasileiro atingiu um grau tamanho de maturação que as lutas sociais e a resistência dos trabalhadores na defesa de seus direitos mais imediatos, como o salário, as condições de trabalho, os direitos previdenciários, o pleno acesso a uma educação pública de qualidade, ao atendimento de saúde, à moradia digna, aos bens culturais e ao lazer se chocam hoje não com a falta de verbas ou de projetos de desenvolvimento, mas com a lógica privatista e de mercado que transforma todos estes bens e serviços em mercadorias. Assim é que a luta pelos direitos, pela qualidade vida e dignas condições de trabalho é hoje uma luta anticapitalista.
O desenvolvimento do capitalismo brasileiro está, de forma profunda e incontornável, associado ao capitalismo internacional, sendo impossível separar onde começa e onde acaba o capital “nacional” e aquele ligado à internacionalização das grandes empresas transnacionais. O desenvolvimento dos monopólios, das fusões, da concentração e centralização dos principais meios de produção nas mãos de grandes corporações monopolistas, nos setores industrial, bancário e comercial, torna impossível separar o capital de origem brasileira ou estrangeira, assim como o chamado capital produtivo do especulativo, já que nesta fase o capital financeiro funde seus investimentos tanto na produção direta como no chamado capital portador de juros e flui de um campo para outro, de acordo com as necessidades e interesses da acumulação privada, sendo avesso a qualquer tipo de planejamento e controle. Não há, portanto, contradição entre o desenvolvimento do capitalismo nacional e os interesses do capitalismo central, pelo contrário, aquele passa a ser a condição do desenvolvimento deste. Por tudo isso, entendemos que a luta anticapitalista hoje é, necessariamente, uma luta anti-imperialista.
Não há perspectivas, pois, da formação, no Brasil, de alianças entre a classe trabalhadora e a burguesia com vistas à construção de um governo que pudesse desencadear um processo de pleno desenvolvimento social com qualidade de vida e bem-estar, com amplo acesso dos trabalhadores aos bens e serviços essenciais à vida; tampouco existe a possibilidade de uma união entre empresários e trabalhadores brasileiros para o enfrentamento ao “capital estrangeiro”, dada a internacionalização das empresas e do capital em geral e da própria burguesia. Não passa de uma grande falácia a propaganda de alguns partidos ditos de esquerda em defesa de uma alternativa nacional em que se inclua a burguesia, ou seja, no sentido de um “capitalismo autônomo”.
Somente a alternativa socialista, pela via revolucionária, nos aparece como o objetivo maior a ser alcançado, constituindo o norte balizador de todas as ações e iniciativas verdadeiramente transformadoras. Entendemos que a revolução socialista é um processo complexo e de longo prazo, que envolve múltiplas formas e instrumentos de luta. Para que este objetivo se viabilize, será necessária a união de todas as forças que identificam no capitalismo e no imperialismo as causas mais profundas do quadro excludente atual e os inimigos centrais a serem derrotados, sejam estas forças partidos políticos, grupos, entidades, movimentos sociais ou pessoas que se colocam em oposição à ordem burguesa hegemônica, que defendem a justiça e a igualdade social, que propõem caminhos e realizam lutas e ações políticas no sentido da mudança radical da realidade.
Faz parte da luta contra a hegemonia conservadora no Brasil a superação da divisão das forças socialistas, populares e revolucionárias. A fragmentação das nossas forças é alimentada não apenas pela capacidade de cooptação e neutralização estatal e governista, pela violenta manipulação ideológica imposta tanto pela grande mídia a serviço do capital quanto pela escalada consumista impingida às camadas trabalhadoras (não de bens e serviços essenciais, mas de bugigangas do reino mágico das mercadorias), mas também pelas dificuldades no campo da esquerda de produzir patamares de unificação mínimos que permitam passar à ofensiva contra a hegemonia burguesa.
É hora de dar um salto de qualidade na busca de unidade prática dos movimentos sociais, forças de esquerda e entidades representativas dos trabalhadores, no caminho da formação de um bloco proletário capaz de contrapor à hegemonia conservadora uma real alternativa de poder popular em nosso país. Como instrumento organizador coletivo e construtor do caminho revolucionário, propomos a criação de uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista.
Uma vez criada, esta frente não será propriedade de nenhum partido, organização ou grupo, constituindo-se como móvel estruturador das ações políticas e organizativas nos planos da luta das ideias, dos movimentos de massa e das lutas institucionais. Nem a linguagem a ser utilizada, tampouco as formas de luta a serem empregadas pela frente serão ditadas por esta ou aquela organização, mas construídas em conjunto: as decisões da Frente deverão ser tomadas por consenso.
O programa político da Frente deverá ser composto pelos grandes eixos de luta de cada plano de ação; não será, assim, apenas o somatório simples das lutas encaminhadas pelas organizações que a compõem, as quais continuarão a levar adiante as lutas específicas que empreendem.
Como bandeiras de luta, sugerimos que a Frente priorize:
  • a luta pela reforma agrária e pela reforma urbana;
  • a luta pela Petrobrás 100% estatal;
  • a luta pela reestatização da infraestrutura produtiva, da geração e distribuição de energia, das grandes empresas industriais e financeiras;
  • a luta contra a precarização do trabalho e pela ampliação dos direitos sociais;
  • a luta pela expansão da educação, da previdência, da assistência social e da saúde públicas, gratuitas e de qualidade para a totalidade da população;
  • a luta pelo controle estatal das comunicações, para a sua democratização;
  • a luta em defesa dos povos e governos progressistas da América Latina e de todo o mundo;
  • a defesa do povo palestino pelo seu direito à autodeterminação.
Rio de Janeiro, janeiro de 2011.
Partido Comunista Brasileiro – PCB

sábado, 15 de janeiro de 2011

População de Guarulhos confusa com o descaso eleitoreiro e demagógico da prefeitura do PT em Guarulhos no caso da implantação do bilhete único.


Comitê de luta pelo transporte público : 2.90 não dá! sobre o bilhete único e a reestruturação da frota de transportes em Guarulhos



Caos 
descaso 
no 
transporte? 
caminho 
e’ 
Luta!

Passado 
as 
festas 
de 
fim 
de 
ano 
população 
de 
Guarulhos 
recebe 
2011, 
presenteada 
pelo 
aumento 
da 
tarifa 
,  o 
novo 
sistema 
de 
transporte 
“publico”, 
implantação 
do 
Bilhete 
Único. 
aumento 
da 
tarifa 
já 
era 
previsto 
pois 
esta 
política 
desses 
governos 
de 
turno 
e’ 
de 
privilegiar 
as 
empresas 
de 
transportes 
que 
financiam 
suas 
campanhas 
eleitorais 
depois 
cobram 
os 
gastos, 
quem 
paga 
conta 
e’ 
trabalhador 
pobre.
passagem 
aumentou 
de 
R$ 
2,65 
para 
R$ 
2,90,
sob 
alegação 
de 
compensar 
os 
gastos 
das 
empresas 
que 
terão 
de 
contratar 
cobradores 
para 
acabar 
com 
Dupla 
Função, conquista dos trabalhadores, 
para 
aumento 
da 
frota 
na 
estruturação 
do 
sistema 
de 
transporte.Porem 
os 
lucros 
exorbitantes 
dessas 
empresas 
são 
suficientes, 
para 
cumprir 
lei,
aumentando 
frota 
automaticamente 
se 
aumentam 
os 
lucros.
Nos 
últimos 
anos 
passagem 
de 
ônibus 
em 
Guarulhos 
aumentou 
mais 
de 
26% 
ou 
seja 
saltou 
de 
R$ 
2,30 
em 
2008 
para 
R$ 
2,90 
em 
2011, 
muito 
acima 
do 
manipulado 
calculo 
da 
inflação 
que 
foi 
de 
16.12% 
no 
mesmo 
período.
novo 
sistema 
de 
transporte, 
que 
deveria 
beneficiar 
população, 
agilizando 
sua 
locomoção, 
diminuindo 
tempo 
custo, 
ao 
contrario 
vem 
gerando 
transtorno 
indignação.Os 
ônibus 
continuam 
lotados 
,as 
alterações 
nas 
linhas 
não 
correspondem 
com 
as 
necessidades, 
tempo 
da 
viagem 
aumentou 
com 
as 
transferências, 
algumas 
estações 
estão 
inacabadas(No 
caso 
da 
Est. 
Do 
Pimentas,onde 
antes 
era 
uma 
praça 
pública 
com 
academia 
popular, 
usuário 
espera 
transferência 
no 
meio 
do 
barro) 
em 
alguns 
bairros 
as 
permissionárias(micro 
ônibus) 
nem 
estão 
chegando 
até 
la’ 
deixando 
população 
desassistida 
como 
e’  
caso 
do 
Parque 
Residencial 
Bambi.
Estes 
terminais 
foram 
inaugurados 
sem 
ter 
sido 
acabado
sistema 
foi 
implantado 
ao 
mesmo 
tempo 
que 
se 
aumentou 
tarifa 
para 
justificar 
aumento 
da 
mesma 
para 
implantação 
antecipada 
do 
Bilhete 
Único 
forçando 
assim 
população 
utilizar 
passagens 
em 
vez 
de 
uma
aumentando 
os 
lucros 
das 
empresas.No 
sistema 
antigo, 
se 
chegava 
no 
centro 
com 
apenas 
ônibus 
,agora 
temos 
que 
pagar 
para 
fazer 
mesma 
viagem.
Utilizando 
Bilhete 
Único 
usuário 
não 
paga 
esta 
segunda, 
porém 
Prefeitura de Sebastião Almeida do PT, que não defende os trabalhadores, 
paga 
para 
as 
empresas 
em 
forma 
de 
subsídios.Quem 
está 
ganhando 
com 
isso?
Ao 
povo 
trabalhador, 
estudante,dona 
de 
casa
transporte 
continuou 
precário, 
neste 
momento 
ainda 
está 
pior 
em 
muitas 
situações, 
pois 
se 
aumentou 
tempo 
de 
espera 
os 
ônibus 
continuam 
lotados, 
ainda
fomos 
contemplados 
com 
aumento 
da 
tarifa.
para 
as 
empresas 
de 
transporte, 
aumentaram 
os 
seus 
já 
altos 
lucros 
sem 
ter 
qualquer 
custo 
adicional,por 
que 
prefeitura 
bancou 
tudo 
desde 
as 
estações 
até 
os 
bilhetes, 
tudo 
isso 
com 
dinheiro 
dos trabalhadores, 
ou 
seja 
nosso 
dinheiro, 
que 
poderia 
ser 
utilizado 
em 
outras 
áreas 
sociais 
como 
saúde 
educação, 
etc.
Por 
isso, 
não 
podemos 
aceitar 
tanta 
injustiça s
em 
indignação! Precisamos 
de 
um 
sistema 
de 
transporte 
que 
atenda 
verdadeiramente 
nossas 
necessidades 
garanta 
nosso 
“direito 
de 
ir 
vir” 
com 
mínimo 
de 
conforto 
comodidade. Devemos 
nos 
mobilizar, 
organizar 
nos 
bairros 
em 
nossas 
ruas 
nosso 
trabalho, 
um 
grande 
movimento
para 
discutirmos 
que é
 
melhor 
para 
toda 
população 
para 
garantir 
um 
transporte 
digno.
Comitê 
de 
Luta 
Pelo 
Transporte 
Publico 
de 
Guarulhos, 
chama 
toda 
população 
para 
participar 
das 
próximas 
reuniões 
para 
organizarmos 
uma 
grande 
manifestação, 
onde 
exigiremos:

                      - ­Interromper 
novo 
sistema 
de 
transporte 
das 
estações                          
de 
transferências,até 
que 
esteja 
realmente 
pronto 
para 
servir 
ao 
povo!
                      -­ Voltar 
as 
linhas 
antigas 
até 
que 
se 
discuta 
com 
população 
como 
deve 
ser 
novo 
sistema!
-­Explicar 
de 
forma 
clara 
como 
funciona 
Bilhete 
Único!