segunda-feira, 6 de junho de 2016

Unidade da esquerda na luta!


imagemLançado com êxito o Bloco da Esquerda Socialista em São Paulo
Cerca de 200 militantes das organizações convocadoras do evento, de coletivos em geral e militantes independentes participaram do ato-debate de lançamento do Bloco de Esquerda Socialista, em São Paulo. O evento foi convocado por várias organizações políticas e animado por dois debatedores, Virgínia Fontes e Plinio de Arruda Sampaio Filho, que realizaram uma análise da conjuntura atual e convergiram no sentido de que é necessário a criação de um instrumento que busque a construção de uma alternativa dos trabalhadores para enfrentar o governo Temer e os ataques do capital, além da necessidade de se forjar uma perspectiva clara que rejeite a conciliação de classe e aponte a necessidade das transformações sociais no Brasil.
Após a exposição dos dois camaradas, abriu-se a fala para as organizações e militantes presentes, ocasião em que todos os organizadores destacaram a importância da iniciativa de se formar um Bloco da Esquerda Socialista, com capacidade de buscar a unidade de todos os lutadores anticapitalistas e antiimperialistas numa grande frente para construir um novo rumo para o Brasil.
Ao final do evento aprovou-se a Carta de São Paulo Por um Bloco da Esquerda Socialista (veja íntegra no final), uma Coordenação composta por representantes das organizações que convocaram o ato, um seminário para aprofundar o debate entre as organizações, além de um conjunto de intervenções nas lutas sociais que estão se desenvolvendo em São Paulo. O Bloco deverá realizar ainda contatos com outras organizações sociais e coletivos independentes no sentido de ampliar a unidade da esquerda socialista.
Para Edmilson Costa, do PCB e um dos organizadores do evento, a atividade foi um sucesso, muito além das expectativas, uma vez que no mesmo dia estavam ocorrendo várias ocupações na cidade e assembleias de trabalhadores. “Reunir cerca de 200 pessoas numa noite de frio, com várias atividades pela cidade, demonstra que há um espaço muito largo para a unidade da esquerda socialista e para a construção de um grande bloco de lutas para enfrentar o atual governo, os ataques do capital e apontar uma alternativa dos trabalhadores para a conjuntura de crise que o país está vivendo”.
Carta de São Paulo: Por um Bloco da Esquerda Socialista
A luta de classes no Brasil entrou em uma nova etapa. Vivemos uma das crises econômicas e sociais mais graves de nossa história. Junto com ela, uma crise política resultante, de um lado, das manobras antidemocráticas da direita e do grande capital e, de outro, da absoluta falência da política de conciliação de classes adotada pelo PT e o modelo lulista.
A ofensiva da direita e as manobras antidemocráticas que resultaram no impeachment de Dilma Rousseff oferecem ao grande capital uma chance para que aprofundem ao máximo sua política de colocar na conta dos trabalhadores e do povo todo o peso da crise. Com Michel Temer buscarão aplicar de maneira mais brutal as contrarreformas estruturais que o débil governo de Dilma vinha aplicando de maneira lenta.
Diante de nós temos a ameaça concreta de uma nova contrarreforma da previdência, o fim da garantia legal dos direitos trabalhistas, a desvinculação permanente dos recursos da saúde e educação no orçamento e uma política radical de privatizações. Já estamos vendo a concretização dessa política de ataques nos cortes do programa Minha Casa Minha Vida – Entidades e o desmonte do Ministério da Cultura. Além disso, existe o risco de um retrocesso histórico nos direitos das mulheres, negros e negras, população LGBT, indígenas, etc.
Sem ter recebido nenhum voto e sem apoio popular, o conglomerado reacionário que usurpou o poder (PSDB, DEM, PMDB, etc), liderado por Michel Temer, terá que recorrer à repressão em níveis qualitativamente superiores para que consiga implementar suas políticas. Para isso, aprofundará a criminalização dos movimentos sociais e a perseguição a quem luta e resiste. Poderá inclusive utilizar-se do aparato repressivo e legal (como a lei antiterrorismo) criados pelo próprio governo Dilma Rousseff.
A luta contra o governo ilegítimo, golpista e antipopular de Michel Temer é a tarefa central de toda a esquerda e dos movimentos da classe trabalhadora, de todos os explorados e oprimidos em nosso País. Lutamos para construir um grande movimento de massas pelo “Fora, Temer” e suas políticas de ataques aos direitos e garantias dos trabalhadores, na perspectiva de construção de um novo rumo para o País. Para isso, é preciso o máximo de combatividade, organização de base, democracia e unidade nas fileiras da classe trabalhadora, da juventude e do povo.
Um exemplo da combatividade e radicalidade necessários é o da juventude estudantil na ocupação de escolas em vários estados e sua disposição de luta conjunta com os trabalhadores da educação, como no caso do Rio de Janeiro.
Porém, além disso, essa nova etapa exige novas respostas e alternativas políticas que a esquerda socialista ainda não foi capaz de apresentar plenamente. Essa alternativa política se mostra ainda mais urgente na medida em que a velha direção lulista e petista coloca a nu todos os seus limites e debilidades.
Um dos principais obstáculos da luta contra a direita no último período, incluindo a luta contra o impeachment, foi o caráter burguês e antipopular do próprio governo Dilma. Esse governo até o último dia insistiu em aplicar políticas típicas da direita como a lei antiterrorismo, o apoio ao projeto de abertura do pré-sal para exploração de empresas estrangeiras, a reforma da previdência, o PL 257 que ataca os servidores e, mesmo com o impeachment já definido, ainda buscava ilusoriamente um pacto nacional com a burguesia.
As direções do PT e do PCdoB, atreladas ao governo como estavam, não foram capazes de levar a luta até as últimas consequências. Da mesma forma, não conseguem apontar uma estratégia de luta contra Temer que vá além da disputa institucional e supere sua velha forma de fazer política, além de procurar desviar a luta das massas contra o impeachment para ilusões em relação à disputa eleitoral de 2018.
Uma nova alternativa de esquerda é urgentemente necessária. Uma alternativa que rejeite o sectarismo estéril – que saiba, portanto, fazer unidade de ação contra o inimigo de classe e ao mesmo tempo saiba construir coletivamente, sem hegemonismos, no campo da esquerda, uma frente de luta anticapitalista, que recuse firmemente o atrelamento à estratégia do lulismo e que aponte uma nova perspectiva para os trabalhadores.
A construção dessa alternativa política passa necessariamente pela unidade das forças políticas e sociais da esquerda socialista sobre uma base programática clara, anticapitalista e socialista. Por isso, defendemos a construção de um Bloco da Esquerda Socialista para lutar em todos os espaços possíveis, unificando partidos como o PSOL, PSTU e PCB, organizações políticas de esquerda não legalizadas e movimentos sociais classistas e combativos, como o MTST, a CSP-Conlutas, Intersindical, além da juventude que enfrenta com bravura a política neoliberal.
Esse bloco político unificado da esquerda socialista poderá representar um grande polo de atração para amplos setores que estão tirando as conclusões sobre os limites do lulismo e do PT e suas organizações aliadas, além de poder atrair as novas gerações que nunca tiveram referência nessas velhas direções.
Na luta por esse Bloco da Esquerda Socialista buscaremos promover a discussão política sobre programa, políticas, táticas e estratégia, além de uma intervenção organizada em todos os espaços de luta da classe trabalhadora. Não somos aqueles que já têm as respostas prontas, mas sim aqueles que querem, a partir do debate franco e aberto e da atuação concreta na luta, ajudar na construção de novas sínteses e alternativas para os trabalhadores e a juventude.
Primeiros signatários
Coletivo “Chega de Sufoco”- Metroviários
Conspiração Socialista – CS
Insurgência (PSOL)
Liberdade, Socialismo e Revolução – LSR (PSOL)
Nova Organização Socialista – NOS (PSOL)
Partido Comunista Brasileiro – PCB
Socialismo ou Barbárie – SoB (PSOL

Exibição do filme Transmutação no Cursinho Comunitário São João

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Partido Comunista de Guarulhos participa do evento que organizou o Fórum Municipal de luta da população em situação de rua.

No dia 24 de janeiro de 2015, representado por alguns de seus integrantes, o PCB Guarulhos marcou presença na criação do Fórum Municipal de luta da população em situação de rua. que proporcionará maior organização no tocante às suas demandas. Onde participaram das atividades culturais e de um almoço comunitário em conjunto com assistentes sociais e outros profissionais que lutam por essa causa.
O PCB reconhece a importância de ações como estas, mas sempre enfatizando que o real motivo de haver seres humanos em situação de rua se deve, sobretudo, a concentração absurda de riqueza nas mãos de uma minoria; a existência da propriedade privada. Sempre olhando esses problemas sociais de uma perceptiva que leve em conta as relações de trabalho que desumanizam o proletariado. Tudo isso fruto de sistema capitalista, causa principal última da miséria em que se encontram essas pessoas.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Nota Política do PCB – Guarulhos sobre as ocupações

 
1 – O decreto que determinava o desmantelamento e o fechamento de diversas escolas públicas, que o governo buscava impor de forma autoritária e truculenta, foi revogado. Esse recuo do governo de São Paulo se deu por conta do intenso movimento protagonizado pelos estudantes secundaristas que, ao se depararem com a iminência da aplicação do projeto e a ausência total de diálogo em todas as instâncias da burocracia tucana, iniciaram uma enorme onda de ocupações de escolas, atingindo o impressionante número de mais de 200.

2 – O PCB, em seu CC, células,:a UJC, Unidade Classista e o Coletivo feminista e classista Ana Montenegro saúdam a unidade, combatividade, ousadia e protagonismo das comunidades escolares mobilizadas, inegavelmente lideradas pelos estudantes. A velha falácia tucana, blindada e publicizada pela mídia burguesa, não enganou os trabalhadores, que acompanharam o dia-a-dia da luta, de maneira que os índices de aprovação de Geraldo Alckmin despencaram, ao passo que cresceu a rejeição ao seu governo.

3 – De fato, o movimento foi capaz de criar e potencializar experiências embrionárias de Poder Popular. Os estudantes, em cada uma das 200 escolas ocupadas, expulsaram os burocratas capachos do governo e, através de experiências de democracia proletária, artesanais de início, mas cotidianas depois de algum tempo, fizeram as escolas funcionar. Limpas, oferecendo alimentação, aulas de esporte, biologia, física, sociologia, artes, acontecendo o dia todo.

4 – O governo Alckmin, representado na pasta de Educação nas sinistras figuras de Herman e Padula, deixou vazar um áudio em que declarava guerra ao movimento. Paradoxalmente, a judicialização do processo, recurso a que o Estado Burguês não se furta a usar para derrotar contradições, negou as reintegrações de posse.

5 – Em Guarulhos a situação se agravou quando o judiciário não só negou a reintegração de posse, mas também proibiu a PM de rondar as escolas como intimidação, suspendeu a reorganização na cidade e determinou uma multa de 200 milhões de reais para cada dia que isso fosse desobedecido. Essa decisão fortaleceu moralmente as ocupações.

6 – A PM reprimiu manifestações e prendeu estudantes, o que gerou uma nota da Anistia Internacional e desmoralizou Geraldo Alckmin ainda mais. Encurralado, a saída foi revogar o decreto. Herman foi obrigado a deixar seu cargo.

7 – O governo pretende criar canais artificiais de comunicação em 2016 para justificar a reorganização em 2017. assim, entendemos que as desocupações não devem ser imediatas. Cada Assembleia de cada escola deve debater e decidir seu futuro. A luta pela liberdade dos presos, punição aos PMS repressores e por gestão democrática nas escolas está na ordem do dia.


8 – Alguns grupos buscarão convencer os estudantes a acelerar as desocupações, outros, por sua vez, buscarão adiar o máximo possível. Defendemos que os estudantes, e apenas estes, tem a legitimidade e autoridade para decidir.

Ousar lutar, ousar vencer!

Guarulhos, 6/12/2015

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Nota política do comitê municipal do PCB-Guarulhos sobre a greve dos Servidores Municipais

(Servidores municipais de Guarulhos reunidos contra o Regime Jurídico Único Estatutário. Fonte: Servidores de Guarulhos/Facebook)

Após a prefeitura de Guarulhos encaminhar o Projeto de Lei que instituiria o Regime Jurídico Único Estatutário, regime este que alteraria o modelo trabalhista dos servidores e que atacaria diversos direitos conquistados, como pagamento de horas extras, fim dos décimos, alterações no plano e quinquênio, entre outros, os servidores se mobilizaram prontamente para assegurar que tais mudanças não ocorreriam e deflagaram greve na madrugada de segunda-feira, 05/10/2015, para defender seus direitos. Com isso conseguiram pressionar a prefeitura e, após pouco tempo, na tarde de terça-feira, 06/10/2015, souberam durante protesto na Praça Getúlio Vargas, em Guarulhos, que o prefeito da cidade, Sebastião Almeida, havia retirado o projeto.
Essa vitória só ocorreu pois os trabalhadores se uniram em prol de seus direitos, entendendo a necessidade da construção tática pela greve em defesa da pauta contra o RJU/RJUE. A organização fraterna entre trabalhadores dispostos a enfrentar a opressão da burocracia guarulhense garantiu este feito, pois são os trabalhadores os agentes históricos capazes de realizar as mudanças necessárias para uma sociedade justa. Por este motivo que os trabalhadores devem continuar unidos e se unir ainda mais, em Guarulhos e para além de Guarulhos, em defesa de seus interesses, em defesa da classe trabalhadora, em defesa daqueles que embora produzam toda a riqueza deste mundo são oprimidos por aqueles que detém os frutos deste trabalho. 
Assim, o PCB-Guarulhos, que também esteve presente na construção da luta, saúda a vitoriosa greve dos servidores municipais de Guarulhos que demonstraram que a mobilização dos trabalhadores é poderosa e capaz de assegurar seus direitos. Este foi um importante passo e que simboliza a capacidade e força da classe trabalhadora. No entanto devemos continuar a nos mobilizar para alçar novas conquistas, utilizando este e outros exemplos, ampliar nossa consciência de classe em todos os setores e reivindicar uma sociedade para os trabalhadores, sem antagonismos, rumo ao socialismo. A luta não para!

Saudações,
Comitê Municipal PCB-Guarulhos

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Nem Aécio nem Dilma: PCB seguirá na luta pelo Poder Popular e pelo Socialismo


(Nota Política do PCB)
1. O PCB disputou o primeiro turno destas eleições denunciando o jogo marcado da democracia burguesa e deixando claro que é impossível reformar e humanizar o capitalismo. A revolução socialista é o único caminho para os trabalhadores acabarem com a exploração.
2. O resultado das eleições para presidente confirmou os prognósticos feitos pelo PCB, de que se repetiria o roteiro elaborado pelas classes dominantes. Valendo-se de sua hegemonia política e econômica e dos limites impostos pela legislação, a eleição foi levada para o segundo turno, com duas candidaturas ligadas aos seus interesses. A classe trabalhadora foi derrotada nestas eleições e deverá continuar em luta, qualquer que seja o futuro presidente.
3. Nas eleições burguesas, os candidatos da ordem são escolhidos previamente, entre aqueles que certamente garantirão o poder burguês e o crescimento da economia capitalista. O financiamento privado e os espaços na mídia variam em função das possibilidades de vitória e das garantias de satisfação dos interesses dos diversos setores do capital, com a manutenção dos fundamentos econômicos que prevalecem desde Collor e que vêm se aprofundando nos últimos governos: superavit primário, responsabilidade fiscal, autonomia do Banco Central, renúncias fiscais, desonerações da folha de pagamento, ou seja, o Estado e suas instituições a serviço do capital, tudo dentro da estratégia de inserir cada vez mais o capitalismo brasileiro no sistema imperialista.
4. O capital financeiro, as grandes corporações, o agronegócio e as empreiteiras são os campeões de doações às campanhas dos candidatos da ordem e continuarão influenciando diretamente as diretrizes do futuro governo. O bloco dominante burguês, portanto, apesar das disputas entre as frações que o compõem e que se tornam mais evidentes durante o processo eleitoral, mantém a hegemonia conservadora sobre a sociedade brasileira, assegurando a reprodução do capitalismo em sua fase de plena internacionalização.
5. Historicamente, a burguesia sempre contou com a ação do Estado para estimular o desenvolvimento do mercado e da propriedade privada, buscando abafar a luta de classes, sob o argumento falacioso de que somente o crescimento capitalista resolveria os problemas sociais e aumentaria os salários dos trabalhadores.
6. Nos anos 1990, o ciclo de mercado puro projetado a partir das práticas neoliberais trouxe, como consequência, a resistência aberta dos trabalhadores organizados em partidos, sindicatos e movimentos sociais. No entanto, as forças sociais e políticas, nascidas das lutas das classes trabalhadoras, acabaram por aderir à ordem capitalista e burguesa, operando um pacto com as classes dominantes em nome dos trabalhadores.
7. Antes mesmo da posse de Lula, em 2003, o PT amoldou-se à lógica do crescimento capitalista através da “Carta aos Brasileiros”, abandonando seu moderado programa de reformas, para garantir a ampla reprodução do capital, concedendo aos trabalhadores mais e piores empregos, o controle relativo da inflação e o acesso ao consumo pela via do endividamento. À população que vivia abaixo da linha da pobreza, foi oferecida a saída da miséria absoluta para continuar na condição de miséria.
8. A opção pelo crescimento capitalista com maior ênfase no papel desempenhado pelo Estado não modificou, essencialmente, o quadro de extremas desigualdades que sempre imperou no Brasil. Pelo contrário, o PT atuou como eficaz operador da contrarreforma social em favor do grande capital, transferindo recursos públicos para o crescimento capitalista (isenções, subsídios, infraestrutura, logística, juros baixos subsidiados na hora de emprestar e altos para garantir a lucratividade dos bancos).
9. No campo, a aliança com o agronegócio garantiu o avanço do capitalismo monopolista, a precarização das condições de trabalho e a paralisação da reforma agrária. Nas cidades, o governo Dilma permitiu o crescimento da criminalização dos movimentos sociais, ao aprovar legislação que dá às Forças Armadas poderes para reprimir as manifestações populares.
10. No plano internacional, a estratégia principal do estado burguês continuou sendo a adoção de políticas visando à expansão das grandes empresas capitalistas brasileiras no exterior, conduzindo uma ação de fato imperialista em países latino-americanos e africanos e buscando consolidar a liderança da integração regional, sob a lógica do desenvolvimento capitalista. Além disso, mantém o objetivo de afirmar o Brasil como potência internacional, através da obsessão histórica de conquistar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para tal, faz concessões ao imperialismo, mantendo tropas militares no Haiti e estreitando relações comerciais com o Estado sionista de Israel.
11. Por outro lado, a candidatura de Aécio Neves cresce na onda conservadora inflada durante os governos de pacto social implementado pelo PT. O PSDB é uma opção nefasta à classe trabalhadora, pois aposta no aprofundamento das privatizações, no arrocho salarial, na criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, privilegiando o Estado máximo para o capital e mínimo para os trabalhadores. Representa a aceleração de pautas ultraconservadoras, como o combate às causas LGBT, redução da maioridade penal, a privatização do sistema carcerário e a criminalização do aborto.
12. Mas as diferenças entre os dois polos da disputa política no campo da ordem (PT e PSDB) são cada vez mais secundárias, de forma e não de conteúdo. As nuances estão no “como fazer”: com mais liberdade para o mercado e a livre iniciativa com o apoio do Estado, segundo os tucanos; com mais apoio do Estado para que o mercado funcione livremente, conforme dizem os petistas.
13. Independentemente do governo de plantão, com o agravamento da crise mundial do capitalismo, o estado burguês reprimirá ainda mais os trabalhadores e as lutas populares, porque precisará tentar retirar ou diminuir direitos sociais e trabalhistas, acirrando a luta de classes. Como em outros países, a sociedade se torna mais conservadora, ampliando a hegemonia do capital no aparelho de estado, na mídia, no parlamento, na justiça.
14. Diante de tudo isso e na certeza de que a vitória de um ou outro candidato no segundo turno não vai representar alteração do quadro atual, o PCB se posiciona em favor do voto nulo. O apoio dos comunistas à candidata do PT seria contribuir para iludir os trabalhadores e desmobilizá-los nas suas cada vez mais duras e necessárias lutas.
15. Respeitamos aqueles companheiros de esquerda que consideram que as diferenças entre o PSDB e o PT ainda são relevantes e que votarão em Dilma como um “mal menor”. Contamos com esses companheiros nas acirradas lutas que se aproximam. Nas eleições anteriores, o PCB recomendou o voto crítico no PT no segundo turno e, no entanto, os governos de Lula e Dilma mantiveram as políticas neoliberais e ainda aprofundaram as privatizações e o ataque aos direitos dos trabalhadores.
16. Esse voto útil tem sido trabalhado por aqueles que ressuscitam os fantasmas do golpe de direita, como se a burguesia precisasse derrubar um governo que serve fundamentalmente aos interesses do capital. Caso a atual Presidente seja derrotada, a responsabilidade será exclusivamente do PT e de sua política de pacto social, de cooptação e apassivamento da classe trabalhadora, que despolitizou o processo político brasileiro tornando menos nítidas as diferenças e os interesses de classe em disputa em nossa sociedade.
17. A posição do PCB tem um critério classista, uma opção pela construção do Poder Popular, no rumo da revolução socialista e não pela reforma. Os reformistas e socialdemocratas iludem e apassivam os trabalhadores e cooptam suas organizações. Não podemos indicar o voto no PT pelos seguintes motivos:
a) Não assume a reforma agrária e nem a demarcação das terras indígenas, porque está comprometido com o agronegócio e o desenvolvimento do capitalismo no campo;
b) Não supera a política de superavits primários e a sangria de recursos para os bancos, porque é financiado pelos banqueiros;
c) Não pode assumir a defesa da legalização do aborto e das demandas do movimento LGBT, porque está comprometido com a bancada evangélica e o fundamentalismo que fere o caráter laico do Estado;
d) Não pode reverter as privatizações, porque está empenhado na lógica privatista e mercantil das parceiras público-privadas;
e) Não promove a reversão dos ataques à previdência pública, porque está comprometido com a previdência privada e o capital financeiro;
f) Não pode garantir os direitos dos trabalhadores contra a precarização das condições de trabalho, as terceirizações e a flexibilização de direitos, porque está comprometido com os grandes empresários;
g) Não pode enfrentar a criminalização dos movimentos sociais e a violência policial, porque está comprometido com a garantia da paz burguesa, como demonstram as operações de garantia da Lei e da Ordem e da Lei de Segurança Nacional;
h) Não pode desempenhar um papel de fato progressista na ordem internacional, porque faz da política externa um meio de expandir os negócios dos grandes empresários, empreiteiras e banqueiros, numa clara opção de inserção subordinada ao sistema imperialista;
i) Por fim, não pode mudar a armadilha do pacto social e do presidencialismo de coalizão porque é refém dela, sendo beneficiado pela atual forma política eficiente para se manter no governo, mas cujo preço é o abandono das reformas mais elementares.
18. O PCB tem a certeza de que a grande tarefa dos militantes comunistas e da esquerda socialista é aprofundar sua participação nas lutas populares, com destaque para as lutas dos trabalhadores, com vistas à construção da alternativa proletária ao bloco conservador dominante: o Poder Popular.
19. Devemos nos manter firmes nas ruas e nos movimentos que fortaleçam a organização dos trabalhadores, em unidade com os partidos, organizações e movimentos de orientação anticapitalista, buscando fazer avançar a pauta unitária produzida pela esquerda socialista nas ruas a partir de junho de 2013 e contribuindo para a formação de uma frente de esquerda permanente, de caráter anticapitalista e anti-imperialista.
PCB - Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central
(11 e 12 de outubro de 2014)

DERROTAR O AJUSTE FISCAL E A AGENDA BRASIL!

 

imagemPCB, Unidade Classista e União da Juventude Comunista conclamam os trabalhadores brasileiros à luta contra o capital: DERROTAR O AJUSTE FISCAL E A AGENDA BRASIL!
O Partido Comunista Brasileiro (PCB), a Unidade Classista (UC) e a União da Juventude Comunista (UJC) saúdam os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros que estão nas lutas e nas ruas contra a política econômica do governo e da burguesia, que impõe o ajuste fiscal, vários retrocessos nas políticas sociais e nas legislações trabalhista e ambiental, por meio da chamada Agenda Brasil, um verdadeiro golpe contra as conquistas do povo brasileiro. Todos esses direitos são negados para que o dinheiro público seja destinado aos banqueiros e rentistas. Manifestamos nossa solidariedade a todas as categorias em greve no país por melhores condições de trabalho, reajustes salariais e mais empregos para todos, e a todos aqueles que mantêm as ocupações de terras urbanas e rurais. Conclamamos ainda o proletariado e a juventude a se organizarem nos locais de trabalho, moradia e estudo, com o objetivo de enfrentar a dura batalha contra a recessão, as demissões, a exploração imposta pelo patronato e pelo imperialismo.
Os empresários querem descarregar nas costas dos trabalhadores todo o peso da crise mundial que há mais de sete anos castiga o sistema e chegou com força ao Brasil em 2011, uma crise criada pelo próprio sistema capitalista para alimentar a oligarquia financeira parasitária e continuar mantendo o sistema de exploração. Sobram para os trabalhadores e para toda a população a recessão, o desemprego, o corte de salários, as demissões no funcionalismo público, o corte de verbas sociais. Hoje, o capitalismo é o principal inimigo da humanidade: só pode crescer e se desenvolver ameaçando a sobrevivência da espécie humana. Portanto, está na hora de os trabalhadores se libertarem desse flagelo lutando para superar o capitalismo e construir a sociedade socialista, baseada na justiça, na abundância e na felicidade dos trabalhadores.
No Brasil, a situação não é diferente do resto do mundo, principalmente nos últimos três anos. O governo Dilma aprofundou sua opção pelos ricos, os banqueiros, os grandes monopólios industriais e o agronegócio. Ao contrário do que prometeu ao povo no período eleitoral, colocou seu governo a serviço dos arrochos fiscal e salarial, provocando recessão e desemprego, além de entregar o que resta do patrimônio público ao setor privado. O capital financeiro vem sugando todos os recursos da economia, pois o sistema privilegia o pagamento de juros da chamada dívida pública, em detrimento dos direitos sociais. Para se ter uma ideia dessa sangria, vale dizer que somente nos últimos 12 meses a conta de juros chegou a 452 bilhões de reais, recursos que dariam para resolver grande parte dos problemas sociais do país.
No Parlamento, o conhecido balcão de negócios das classes dominantes, os escândalos de corrupção tornaram-se rotina. O Judiciário e o Executivo não escondem que também sempre foram agências a serviço do capital. Fica cada vez mais claro que a maioria das instituições está permeada pelos interesses privados, pelas negociatas, pela burocracia e pelo desprezo à vontade e às necessidades da população. O aparato repressivo está cada vez mais violento contra os trabalhadores e suas manifestações, vitimando principalmente a população pobre e negra dos bairros periféricos. Nesse contexto, repudiamos a tramitação no Congresso Nacional, em regime de urgência, da chamada lei antiterrorismo, mais um instrumento legal que terá o estado burguês para reprimir e criminalizar os movimentos populares.
Está na hora de virar o jogo e dar um basta. É preciso garantir a unidade de todos aqueles que estão em luta contra o capitalismo e o imperialismo, em torno de uma frente de ação unitária de partidos e movimentos sociais, como forma de enfrentar de maneira mais ampla e organizada o grande capital nacional e internacional. As mobilizações que aconteceram em junho de 2013, além das greves que estão sendo realizadas atualmente, mostram que o povo está disposto a ir à luta. Ou seja, o caminho da transformação de nosso país está nas lutas das ruas, dos locais de trabalho e estudo e não nos gabinetes ou alianças com setores da burguesia. Por isso, é necessário superar a fragmentação do campo anticapitalista no movimento operário e popular e buscar uma alternativa classista para os trabalhadores.
Viva a unidade de todos os setores classista do movimento operário e popular!
Que os ricos e poderosos paguem pela crise que eles próprios criaram!
Ousar lutar, ousar vencer. Pela construção do poder popular!
Organizações que convocam o ato do dia 18 de setembro, em São Paulo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Fidel Castro diz que Cuba deve ser recompensada por anos de danos causados pelo embargo dos EUA



Fidel Castro completou 89 anos, na última quinta-feira (13), e comemorou o aniversário com um passeio por Havana, acompanhado dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolás Maduro.
A Agência Boliviana de Informação (ABI) divulgou que Fidel e Maduro foram ao hotel La Laguna, na capital do país, e tiveram um encontro surpresa com Morales. O ex-líder cubano fez uma saudação para o povo boliviano em uma rápida fala a uma rádio do país sul-americano, dizendo que tinha todo o carinho e admiração pela Bolívia.
Evo Morales retribuiu dizendo estar muito feliz em poder acompanhar “nosso irmão mais velho” em seu aniversário. O presidente boliviano pode presenciar os muitos festejos promovidos pela população em homenagem a Fidel Castro.
Ainda essa semana, em sua última coluna no jornal Granma, Fidel Castro disse que Cuba tem de receber compensações pelos danos que sofreu como consequência do prolongado período de embargo. “Cuba tem o direito a ser compensada pelos danos, que ascendem a milhares de dólares”, afirmou Fidel.
Sem mencionar a retomada das relações com os Estados Unidos, o líder da revolução cubana garante que Cuba “nunca parará de lutar pela paz e o bem-estar dos seres humanos, por todos os habitantes do planeta, independentemente da cor, nacionalidade e pelo direito a um credo religioso ou a não ter”.
Fonte: Agência Boliviana de Informação

PCV INCENTIVA A CRIAÇÃO DE SISTEMA PÚBLICO E POPULAR DE DISTRIBUIÇÃO


O Partido Comunista da Venezuela continua incentivando o governo nacional a criar um Sistema Público e Popular de Distribuição, que rompa com a monopolização do abastecimento e com a distribuição em mãos de grandes empresas privadas e supermercados e ofereça proteção real ao povo trabalhador.
Oscar Figuera, Secretário Geral, indicou que o 27° Pleno do Comitê Central, reunido no domingo passado, 19 de julho, aprovou o envio ao governo nacional de um documento com 10 pontos, que expressam as propostas mais importantes feitas pelo PCV sobre os problemas nacionais. Entre as quais, destaca-se o desabastecimento e o alto custo de gêneros de primeira necessidade.
Para o PCV, é tarefa de primeira ordem arrancar dos canais privados monopólicos a distribuição e comercialização dos produtos da cesta básica. Para isso, o governo deve utilizar a estrutura estatal de comercialização que desenvolveu nos últimos anos baseada em despensas comunais, mercados e pdvales, para assegurar a distribuição dos produtos diretamente nas comunidades.
A propósito disso, Figuera assinalou com preocupação a inexistência dos mil PDMercadinhos que o governo nacional prometeu, como mecanismo para avançar na distribuição de produtos e alimentos “É que a alguém interessa manter a concentração da distribuição e o abastecimento e não desenvolver os mecanismos que permitam que os bens essenciais de nosso povo sejam distribuídos diretamente nas comunidades?”, expressou.
Juntas Populares de Abastecimento
De forma crítica, o PCV assinalou que até o momento, os Conselhos Populares de Abastecimento e Produção, instância promovida e criada pelo governo nacional, se constituiu como uma instância burocrática, “que não permitiu o exercício real do controle das comunidades organizadas sobre os processos de abastecimento e distribuição”.
Oscar Figuera recordou que o PCV propôs a criação das Juntas Populares de Abastecimento. Por tal razão, aplaudiu o momento da criação dos Conselhos Populares, por ter objetivos muito parecidos aos apresentados pela cúpula comunista, como instância participativa, construída desde a base, para “romper a espinha dorsal da monopolização do abastecimento e da distribuição”. Ante isso, insistiu que essa tarefa e a qualidade participativa e popular deste instrumento de luta, não só corresponde ao governo nacional, como também ao movimento popular revolucionário.
Devemos desenvolver o aparato produtivo
Com respeito à decisão do governo nacional, de eliminar a organização e controle da venda em supermercados públicos e alguns privados pelo final do número da identificação, o PCV expressou sua preocupação sobre o quanto essa decisão incidiu no aumento das filas de pessoas em frente dos centros de abastecimento.
Por tal motivo, Figuera solicitou ao governo nacional que revisasse essa decisão que tanto aumentou as filas, ao mesmo tempo em que indicou que essa ação deve ser assumida como um paliativo necessário, No entanto, a solução de fundo “é a ampliação da produção nacional, é o desenvolvimento produtivo, é a ruptura da monopolização do abastecimento e a distribuição, é a criação de um sistema público e popular de abastecimento. Esses seriam os elementos de fundo que resolveriam”.

TRANSFOBIA E TRAVESTICÍDIO: ALÉM DA SUPERFÍCIE


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Nessa última semana, a violência contra travestis, mulheres transexuais e homens trans voltou a debate por conta da divulgação de um vídeo com o relato de agressão sofrida pela Viviany Beleboni, modelo travesti que ficou conhecida pela performance artística na Parada do Orgulho LGBT de 2015,em que desfilou crucificada no trio da ONG ABCD’S. Esse não foi o único caso de violência transfóbica que ganhou visibilidade em 2015: há poucos meses, foi à mídia o assassinato de Laura Vermont, travesti de 18 anos que foi linchada por cinco homens a caminho de casa e recebeu tiros da polícia que foi chamada para socorrê-la; mais cedo esse ano, teve repercussão internacional o caso da Verônica Bolina, travesti negra vítima de tortura policial que teve fotos suas, seminua e sob custódia policial, divulgadas na internet.
Esses casos, que chocam pela brutalidade e pelo explícito desrespeito à dignidade humana, são apenas fotografias da realidade de extrema precarização da vida de uma parcela marginalizada da classe trabalhadora. A ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais estima que a nossa expectativa de vida esteja em torno de 35 anos; no relatório Trans Murder Monitoring 2015, a TGEU (Transgender Europe) estima que 73%, no mundo todo, morrem antes de completar 40 anos e aponta o Brasil como o país com o maior número absoluto de assassinato de travestis e transexuais. Além das violações à integridade física, os casos de Laura e Verônica também ilustram a violência institucional e a negligência, o desamparo e mesmo a colaboração ativa dos aparatos do Estado frente à vulnerabilidade social de travestis, mulheres transexuais e homens trans.
A baixa expectativa de vida, no entanto, não se deve exclusivamente ao alto índice de violência, mas também à precariedade do acesso aos serviços regulares de saúde e à inexpressividade do atendime0nto a demandas específicas que sustenta, por exemplo, o nocivo uso de terapias hormonais por automedicação e tentativa e erro, a aplicação recorrente de silicone industrial por travestis e mulheres transexuais e os sérios problemas de saúde que os homens trans enfrentam pelo uso prolongado de faixas e coletes supressores dos seios.
Também vão à conta a realidade precária de alimentação, segurança e moradia decorrentes da dificuldade de acesso a condições minimamente salubres de trabalho: a ANTRA estima que aproximadamente 90% das travestis e mulheres transexuais no Brasil sejam trabalhadoras do sexo, atividade não regulamentada, que não dispõe de garantias trabalhistas e de grande vulnerabilidade social. A parcela que consegue fugir a essa regra se encontra concentrada majoritariamente em outros polos de precarização acentuada, como telemarketing, salões de beleza e comércio varejista “autônomo” (Avon, Natura, Jequiti etc). Essa realidade, sintoma de uma organização social que nos reserva lugares muito bem delimitados de superexploração e precariedade nas relações com o trabalho, também faz com que sejamos parte expressiva das populações em situação de rua, residente de albergues e de ocupações e se concentre majoritariamente nas regiões periféricas, que dispõem de também precários serviços de transporte, segurança, saúde e saneamento.
Frente a esse cenário, cada novo caso de violência que ganha visibilidade deveria nos lembrar do quão urgente é que combatamos as reduções da nossa luta a meras questões identitárias, para que possamos fortalecer uma abordagem que compreenda cada um desses casos como expressões de um mecanismo muito mais amplo e sistêmico de exclusão instrumentalizada e marginalização, cujo fim é a própria manutenção do sistema de exploração humana que sustenta todos os tipos de desigualdade social.
Compreender as formas particulares de opressão que esse sistema impõe a população de travestis, mulheres transexuais e homens trans permite não apenas um aprofundamento qualitativo na compreensão das relações capitalistas de gênero e suas conexões com a organização do trabalho, como também nos dá as ferramentas necessárias para traçar estratégias e táticas realmente eficazes de combate a essa opressão. Desvela, por exemplo, que as violências, agressões e assassinatos que nos assolam não são resolvíveis por meros dispositivos de punição ao agressor dos crimes já cometidos, assim como não se perpetuam apenas por uma “falta de empatia” decorrente de elementos culturais, mas são expressões de um conjunto mais complexo de vulnerabilidades que precisam ser pensadas articuladas e em conjunto. Esse olhar sistêmico nos dá um panorama mais estrutural de diretrizes de luta e explicita as reais necessidades que sustentam as reivindicações do movimento, como:
  • Garantia do direito à integridade física e à vida;
  • acesso pleno, gratuito e de qualidade a serviços de saúde, com atendimento às necessidades específicas dessa população;
  • acesso a condições regulares de trabalho, com possibilidade de melhores salário e garantia de direitos trabalhistas já conquistados pela classe – além do acesso à própria organização trabalhista;
  • garantia de acesso e permanência à educação básica, profissionalizante e superior e por fim, de forma mais ampla,
  • acesso pleno, seguro e inclusivo à cidade e à vida pública.
Dessa forma, caminhamos para além da redução de danos e ganhamos a possibilidade de pensar essa particularidade de opressão nos seus elementos mais estruturais, abrindo canais reais de articulação com outras particularidades de luta e construindo condições subjetivas para que possamos nos reconhecer como parte integrante e indispensável da classe trabalhadora, assim como da luta pela superação da ordem social que nos mantém oprimidas.

saudação do PCB Guarulhos ao Encontro Municipal do PSOL Guarulhos



Parabéns aos camaradas do PSOL Guarulhos. Nós do PCB - Guarulhos e das nossas Frentes de Massa, UJC, Coletivo feminista classista Ana Montenegro e Unidade Classista - Guarulhos desejamos êxito e sucesso ao encontro municipal e ao congresso do PSOL.
Estaremos juntos nas ruas, em busca do socialismo e do Poder Popular. Aproveitamos para reforçar nossa convocação a todas as forças que constroem o poder popular para compôr uma Frente política permanente de caráter anticapitalista e antiimperialista, que não se confunda com uma Frente eleitoral.
Acreditamos que assim, em unidade, os trabalhadores e suas representações derrotarão o reformismo e a direita e avançarão rumo a uma sociedade mais justa, fraterna e humana, uma sociedade socialista.
Ousar lutar, ousar vencer!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Nota política do PCB Guarulhos: Organização e resistência para combater a onda conservadora



1 - Assistimos no último mês lamentáveis acontecimentos que reforçam a tendência de endurecimento do Capital diante da Crise econômica. A redução da maioridade penal; os projetos de retirada de direitos trabalhistas; as privatizações; a repressão aos movimentos populares e a tentativa de proibição da parada gay em Guarulhos. Tudo isso que está em curso nos mostra que os revolucionários temos que estar cada vez mais enraizados nas massas para resistirmos aos embates que se aproximam. A Unidade antifascista se mostra cada dia mais necessária.
2 - Em Guarulhos não é diferente. Por isso nos pronunciamos, enquanto operador político proletário, sobre dois eventos recentes que nos explicitam a necessidade de organização cada vez maior no combate ao conservadorismo e à ofensiva do Capital.
3 - Repudiamos a repressão da PM contra a Marcha da Maconha. Este ato é um importante espaço de debate e oposição à fracassada política de guerra às drogas, política esta que apenas aprofunda o apartheid social e o genocídio da população jovem, pobre, negra e periférica. Alguns companheiros, numa ação autoritária e descabida da PM, foram presos. Com o apoio jurídico de advogados progressistas, felizmente, por conta da falta de motivação real, já estão soltos.
4 - Também repudiamos firmemente o espetáculo de reacionarismo e preconceito que foi o debate sobre a inclusão da questão da igualdade de gênero na grade da educação básica municipal ocorrido na câmara dos vereadores. A composição da câmara em Guarulhos é extremamente elitista, burocrática e atrasada, marcada, inclusive, pelo gangsterismo. Foi importante a ação contra-hegemônica dos movimentos feministas organizados em Guarulhos. Assim, o discurso do tucano ultra conservador bispo de Guarulhos não saiu ileso da plenária.
5 - É gravíssimo o projeto de proibição da parada gay em Guarulhos. Isso mostra o quanto o Estado se mostra servil aos interesses reacionários e conservadores da ultra direita. Essa atitude é, de fato, um ataque ao caráter laico do Estado. Os movimentos LGBTs não podem aceitar mais essa medida repressiva sem resistir.  
6 - Consideramos importante a audiência pública convocada pela Frente Municipal contra a redução da maioridade penal, assim como a aula pública construída pelo comando de greve dos professores da Apeoesp guarulhos. Essas são importantes iniciativas para combater esses projetos.
7 - Nesse sentido, nós do PCB Guarulhos reafirmamos a necessidade da construção de uma ampla frente anticapitalista e Anti-imperialista para lutar pela legalização do aborto; pela legalização da maconha; pela igualdade de gênero; pelo empoderamento da mulher trabalhadora; pela liberdade de identificação de gênero e sexualidade e pela desmilitarização da PM.
Ousar lutar, ousar vencer.
Comitê Municipal do Partido Comunista Brasileiro em Guarulhos.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A ONDA CONSERVADORA NO MUNDO E AS LUTAS ATUAIS NA AMÉRICA LATINA

Leia a entrevista completa em:   http://pcb.org.br/portal2/8498

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1) O PODER POPULAR: A conjuntura mundial de aprofundamento da crise do capitalismo aponta para o avanço dos atos imperialistas contra a soberania dos povos e para o crescimento do pensamento conservador, com a eclosão até de manifestações fascistas. Vivemos hoje mais claramente a dicotomia entre socialismo e barbárie?
IVAN PINHEIRO: Essa dicotomia, evidenciada por Rosa Luxemburgo há um século, é de uma atualidade angustiante. Quanto mais se aprofunda sua crise, o capitalismo precisa retirar mais direitos sociais e trabalhistas e, para isso, precisa cada vez mais de repressão às lutas populares e proletárias e de restrição à liberdade de organização política e sindical. O agravamento das contradições interimperialistas radicaliza a disputa por matérias primas, mercados e posições estratégicas entre as potências.
A barbárie já é uma realidade, com milhões de mortos e mutilados pelas guerras imperialistas, sobretudo no Oriente Médio e na África. Basta ver a catástrofe que atinge milhares de vítimas da violência nessas duas regiões, muitos morrendo nas águas do Mediterrâneo, fugindo do caos que a “civilização ocidental” provoca em seus países, em nome da “democracia”, e o rastro de sangue contra populações civis e a destruição de patrimônios da humanidade provocados por organizações terroristas criadas como falsas bandeiras da ação do imperialismo.
Preocupam-nos as tendências fascistizantes, que vicejam mais na Europa, onde a crise do capitalismo é mais acentuada. Como diz nossa camarada Zuleide, o socialismo não é uma fatalidade, mas uma necessidade. Diante do acirramento da luta de classes, urge que o sindicalismo classista e o movimento comunista internacional revolucionário reforcem sua articulação e unidade de ação, superando e derrotando a atual hegemonia das organizações reformistas, que semeiam ilusões de que é possível humanizar e democratizar o capitalismo.

Grande evento do Coletivo LGBT Comunista - SP

MARCHA DA MACONHA GUARULHOS 6 de JUNHO

Ocupar a Praça !

Atividade do Comando de greve dos professores em Gaurulhos

quarta-feira, 27 de maio de 2015

AVANÇAR NAS LUTAS, RUMO À GREVE GERAL!


A conjuntura brasileira atual demonstra que está se esgotando o ciclo do PT, após 12 anos de conciliação com 
a burguesia e da política de governabilidade a todo custo, através de acordos e coligações com os partidos 
conservadores. Juntamente com o ciclo petista se esgota a chamada estratégia Democrática e Popular,
a qual, formulada por grupos de esquerda no período final da ditadura, nos anos 1970, partia do princípio de que 
bastava fortalecer a “sociedade civil” no contraponto ao Estado forte para que a “transição democrática” se desse 
sob hegemonia dos setores populares.
Na sociedade civil também atuam as organizações representativas dos interesses capitalistas, e a estratégia vence-
dora foi a da transição pelo alto, conduzida pela burguesia. O fortalecimento da sociedade civil, com a ultrapas-
sagem do regime autocrático e a consolidação do Estado Democrático de Direito, acabou por afirmar plenamente a
hegemonia burguesa no Brasil, que, progressivamente, ao longo das últimas décadas, restringiu os espaços de ma-
nifestação política e social da classe trabalhadora e dos movimentos populares.
No governo, o PT apostou que seria possível contornar a luta de classes por meio de um pacto nacional que deixas
se a burguesia ganhar seus lucros e ampliar seus negócios, inclusive no cenário internacional, com a justificativa 
de que este seria o único caminho viável para a obtenção de reformas sociais. Mas a estratégia de promover progra
mas compensatórios para superar a miséria absoluta e de estimular o consumo popular (na verdade, um brutal endivi
damento financeiro que só veio a favorecer os bancos) como forma de integração dos mais pobres à sociedade 
contribuiu tão somente para o fortalecimento do capitalismo e para o crescimento de uma onda conservadora que, 
aproveitando-se da fragilidade do segundo governo Dilma, pretende agora impor derrotas históricas aos trabalhadores.
No Congresso Nacional, estão sendo aprovadas contrarreformas de cunho social e político, modificando a legislação
com ataques diretos aos direitos sociais e políticos, como a maior elitização do processo eleitoral, a legalização da 
repressão da pobreza e dos movimentos populares, a redução da maioridade penal e a retirada de direitos trabalhistas
Da parte do governo, há a aplicação de um ajuste fiscal neoliberal, um pacotaço de medidas que pretende 
aprofundar as privatizações e desvalorizar a força de trabalho. Mais uma vez a crise econômica está sendo 
resolvida às custas do arrocho sobre a classe trabalhadora.
Exemplo mais gritante desta ofensiva é o projeto de lei 4.330, que generaliza as terceirizações, precarizando 
ainda mais o trabalho em todos os ramos econômicos. Trata-se do maior retrocesso da história do país para os 
trabalhadores, pois, além de violar os principais direitos previstos na legislação trabalhista, fragiliza os 
sindicatos, aumenta o desemprego e rebaixa salários, intensificando a exploração.
Os trabalhadores só poderão vencer essa batalha se houver muita organização e mobilização. Para além das 
manifestações de rua, é preciso organizar a luta a partir dos locais de trabalho, com paralisações da produção 
capazes de mostrar a força real dos trabalhadores e de contrariar os interesses dos capitalistas. O movimento 
sindical e popular combativo necessita unir forças para preparar uma ampla GREVE GERAL que ponha um freio 
ao projeto de terceirização e aos ajustes fiscais do governo, apontando para a formação da frente anticapitalista, 
no rumo do Poder Popular e do Socialismo.
EDITORIAL DO JORNAL O PODER POPULAR Nº 3
(Nota Política da Comissão Política Nacional do PCB)

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Artículo de Fidel: Nuestro derecho a ser Marxistas-Leninistas

Pasado mañana, 9 de mayo, se conmemorará el 70 aniversario de la Gran Guerra Patria. Dada la diferencia de hora, cuando elaboro estas líneas, los soldados y oficiales del Ejército de la Federación de Rusia llenos de orgullo, estarán ejercitando en la Plaza Roja de Moscú con los rápidos y marciales pasos que los caracterizan.

Lenin fue un genial estratega revolucionario que no vaciló en asumir las ideas de Marx y llevarlas a cabo en un país inmenso y solo en parte industrializado, cuyo partido proletario se convirtió en el más radical y audaz del planeta tras la mayor matanza que el capitalismo había promovido en el mundo, donde por primera vez los tanques, las armas automáticas, la aviación y los gases asfixiantes hicieron su aparición en las guerras, y hasta un famoso cañón capaz de lanzar un pesado proyectil a más de cien kilómetros hizo constar su participación en la sangrienta contienda.
De aquella matanza surgió la Liga de las Naciones, una institución que debía preservar la paz y no logró siquiera impedir el avance acelerado del colonialismo en África, gran parte de Asia, Oceanía, el Caribe, Canadá, y un grosero neocolonialismo en América Latina.
Apenas 20 años después, otra espantosa guerra mundial se desató en Europa, cuyo preámbulo fue la Guerra Civil en España, iniciada en 1936. Tras la aplastante derrota nazi, las naciones cifraron sus esperanzas en la Organización de las Naciones Unidas, que se esfuerza por crear la cooperación que ponga fin a las agresiones y las guerras, donde los países puedan preservar la paz, el desarrollo y la cooperación pacífica de los Estados grandes y pequeños, ricos o pobres del planeta.
Millones de científicos podrían, entre otras tareas, incrementar las posibilidades de supervivencia de la especie humana, ya amenazada con la escasez de agua y alimentos para miles de millones de personas en un breve lapso de tiempo.
Somos ya 7 300 millones los habitantes en el planeta. En el año 1800 solo había 978 millones; esta cifra se elevó a 6 070 millones en el año 2000; y en el 2050, según cálculos conservadores, habrá 10 mil millones.
Desde luego, apenas se menciona que a Europa Occidental arriban embarcaciones repletas de emigrantes que se transportan en cualquier objeto que flote, un río de emigrantes africanos, del continente colonizado por los europeos durante cientos de años.
Hace 23 años, en una Conferencia de Naciones Unidas sobre Medio Ambiente y Desarrollo expresé: “Una importante especie biológica está en riesgo de desaparecer por la rápida y progresiva liquidación de sus condiciones naturales de vida: el hombre”. No sabía entonces sin embargo cuan cerca estábamos de ello.
Al conmemorarse el 70 aniversario de la Gran Guerra Patria, deseo hacer constar nuestra profunda admiración por el heroico pueblo soviético que prestó a la humanidad un colosal servicio.
Hoy es posible la sólida alianza entre los pueblos de la Federación Rusa y el Estado de más rápido avance económico del mundo: la República Popular China; ambos países con su estrecha cooperación, su avanzada ciencia y sus poderosos ejércitos y valientes soldados constituyen un escudo poderoso de la paz y la seguridad mundial, a fin de que la vida de nuestra especie pueda preservarse.
La salud física y mental, y el espíritu de solidaridad son normas que deben prevalecer, o el destino del ser humano, este que conocemos, se perderá para siempre.
Los 27 millones de soviéticos que murieron en la Gran Guerra Patria, lo hicieron también por la humanidad y por el derecho a pensar y a ser socialistas, ser marxistas-leninistas, ser comunistas, y a salir de la prehistoria.
Firma-Fidel-8-mayo2015






Fidel Castro RuzMayo 7 de 2015
10 y 14 p.m.

sexta-feira, 17 de abril de 2015