Caros, o Documento “Na trincheira do Inimigo” é uma simples contribuição ao debate sincero, franco e honesto. Não há uma linha sequer que mereça ser retirada ou possa ser chamada de mentira. Lamentavelmente não tenho o poder de retirar os fatos da realidade! Todos comprovados e citados suas origens.
O texto não inventa uma discussão sobre a crise de determinado setor da esquerda mundial no âmbito do internacionalismo proletário. Esta é uma discussão política que corre solta e livre nos sites que se dedicam à política marxista. Não podemos negar a coragem que tivemos em reproduzir esta discussão em nosso país.
A contaminação de parcela da juventude e da vanguarda com linhas políticas descaradamente em unidade com o imperialismo nos enfraquece e , sem dúvida, é mais um elemento que joga contra os povos oprimidos e os trabalhadores na correlação de forças, na luta de classes. Isto é um fato incontestável!
Não adianta tentar desviar a discussão para intrigas e disputas mesquinhas de aparatos políticos com argumentações anacrônicas, que não têm o poder de mudar a realidade contemporânea, essa que nos resta encarar em nossa militância diária, além de não responder aos anseios, aflições e dúvidas desta juventude sobre a complexa e difícil conjuntura, após a derrota histórica da classe trabalhadora mundial.
Quando não somente os meios de comunicação de massa trabalham para justificar as intervenções e ingerências “humanitárias”, buscando o apoio da população com mentiras e calúnias ( nenhuma novidade), mas há, ainda, as ONGs, cujo trabalho de formar quadros, recrutar “lutadores sociais”, financiar e introduzir simpáticos agentes humanitários e democráticos e forjar alianças pela “democracia” está fazendo a diferença na luta de classes e na promoção às guerras de rapina contra todos povos, em particular , os árabes e africanos. E, à reprodução dessa ideologia junta-se , lamentavelmente, uma parcela da esquerda mundial.
Para não me alongar mais, concluo dizendo que reitero cada palavra que escrevi no documento “ Na trincheira do Inimigo”, reproduzido abaixo.
Não existe nele, nenhuma espécie de calúnia, mas tão somente conclusões lógicas a partir das políticas contrárias ao marxismo revolucionário de setores da esquerda, políticas estas que se aprofundaram , em seu teor pró-imperialista, ao ponto de despertarem simpatia até de setores das Forças Armadas dos EUA que, à revelia ou não, homenagearam uma suposta ativista “rebelde” da oposição síria, convidada pelo PSTU para dar palestras a incautos militantes brasileiros, como se uma grande revolucionária fosse.
Afinal se o Exército dos Estados Unidos acha um vídeo de uma “revolucionária” síria entre os milhões de vídeos que existem na web e posta em seu site, é porque , não apenas concorda com o conteúdo do discurso da “rebelde”, como o julgou positivo, para ajudar a justificar a agressão imperialista à Síria.
Nesta última semana assistimos o apoio explícito do PSTU à famosa, global e simpática "agente humanitária e da democracia" , a cubana Yoane Sanches que se encontra em nosso país para angariar simpatizantes para destruir as conquistas sociais e democráticas do povo cubano. Esta é a mesma discussão política: a crise de uma parcela da esquerda com o internacionalismo proletário.
Como defesa, o PSTU se esconde atrás da militância da causa Palestina, fazendo crer que a Palestina não é parte de todo processo e do resultado do embate entre a resistência pan-árabe e o imperialismo.
Não é verdade que a Palestina Livre é uma ilha onde chegaremos nadando. Infelizmente, a heroica luta que se trava diariamente nos territórios contra o sionismo e o papel das redes de solidariedade espalhadas pelo mundo não são determinantes a ponto de libertar a Palestina.
O jogo está sendo jogado em todo o Mundo Árabe e a situação da luta dos palestinos sofrerá uma derrota histórica se o povo sírio, tal qual foi o líbio, for derrotado.
Não é possível jogar nos dois times. Neste caso, o fortalecimento do imperialismo na Síria, significa o fortalecimento do sionismo no Mundo Árabe.
Definitivamente, a manipulação que fazem da história e sua dinâmica não é fruto de uma análise marxista.Como defesa, o PSTU se esconde atrás da militância da causa Palestina, fazendo crer que a Palestina não é parte de todo processo e do resultado do embate entre a resistência pan-árabe e o imperialismo.
Não é verdade que a Palestina Livre é uma ilha onde chegaremos nadando. Infelizmente, a heroica luta que se trava diariamente nos territórios contra o sionismo e o papel das redes de solidariedade espalhadas pelo mundo não são determinantes a ponto de libertar a Palestina.
O jogo está sendo jogado em todo o Mundo Árabe e a situação da luta dos palestinos sofrerá uma derrota histórica se o povo sírio, tal qual foi o líbio, for derrotado.
Não é possível jogar nos dois times. Neste caso, o fortalecimento do imperialismo na Síria, significa o fortalecimento do sionismo no Mundo Árabe.
Por fim, que fique claro para todos, a posição política do PSTU não está destruindo o Presidente Assad, esta posição apoia a destruição da Síria, de seu povo, esta posição é contra o Bloco de resistência árabe, esta posição fortalece o sionismo.
O Documento reproduzido abaixo faz essa discussão.
Sobre a questão de um ou dois Estados na Palestina sugiro a leitura do Documento “Uma Reflexão necessária” postado, também, no sítio:http://www.brasildefato.com.br/node/5302
Sobre a discussão da estratégia estadunidense para o Oriente Médio, incluindo a Palestina, e a crise da solidariedade internacionalista sugiro a leitura do Documento “A Tragédia palestina ampliada para o mundo Árabe”, encontrado nohttp://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2012/05/15-de-maio-de-1948-nakba-tragedia.html
Boa leitura!
1 - Meu rompimento político com esta corrente foi pautado justamente no campo do internacionalismo proletário, no episódio dos estudantes da direita venezuelana , que recebeu o apoio dessa corrente internacional.
2 - Estive no Fórum da Palestina em Porto Alegre e participei de duas atividades organizadas pelo Comitê do RJ ( Sobre a atuação do sionismo na Colômbia e outro sobre a Estratégia do imperialismo para o Mundo Árabe e a Palestina) e nas atividades organizadas pela FPLP. Nunca participei de nenhuma atividade política deste grupo desde os episódios dos estudantes venezuelanos.
Maristela R. dos Santos Pinheiro
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