
A Chapa Vez da Voz tem concepções distintas de ME nacional em seu interior, havendo aí o PSOL que faz oposição na UNE, o PSTU que constroi a ANEL, e a UJC que vem construindo o ME na base, atuando com combatividade nas lutas cotidianas e buscando organizar e consolidar o Movimento por uma Universidade Popular(MUP). No entanto, essas divergências puderam ser deixadas de lado por um momento, a fim de cumprir a tarefa que a vida impõem ao ME da Unifesp, que é a de construir o I Congresso estudantil da Unifesp.
O DCE não funciona como deve funcionar, como um elemento que unifique, organize e impulsione as lutas do ME, articulado com as lutas dos trabalhadores, questionando o modelo de poder e de universidade como consequência, propondo o poder popular que faz emanar a universidade popular. O DCE funciona de forma engessada e distante das demandas mais simples e corporativas do ME, e não tem dinamismo para sair desse pedestal nada honroso.

Além disso, o modelo de eleição para o DCE é uma enganação sem tamanho. O caráter desse processo eleitoral é burguês, liberal, mercadológico e antidemocrático. Nesse processo de eleições diretas forjadas - necessariamente - por comissões eleitorais construídas nas coxas, a chapa que tiver mais condições materiais de se financiar conseguirá fazer campanha em melhores condições e evidentemente vai ganhar.
A Chapa VEZ DA VOZ se compromete a viabilizar esse processo e vem empunhando a bandeira da reorganização do ME, e isso deve ser defendido por todo conjunto dos estudantes. A Chapa Unifesp Livre, apesar do discurso pretensamente radicalizado é composta por uma grande heterogeneidade, entre PCO, POR e anarquistas, e tem setores dedicados à pura e mera provocação sectária sem promover na realidade alguma alternativa séria à necessidade que o ME tem de se rearticular, principalmente num período de refluxo, como o que vivemos hoje.
Apesar disso, Chapa Unifesp Livre trouxe um debate importante à tona, da necessidade de se construir o congresso. Essa chapa deveria ter surgido como coletivo organizado durante o processo de 2011, em que a UJC chamou amplamente o ME a construir o congresso, mas ficaram presos ao revolucionarismo corporativista e anarcoide que já os caracteriza há tempos, e não se mexeram para fazer o congresso. Hoje, em 2012, após terem participado da deliberação do edital de eleições, eles tentam inviabilizar o processo, alegando que o congresso vem antes da eleição.
Ora, ou se trata de uma visão torpe da realidade, o que é verdade para alguns setores, ou se trata de provocação barata com fins de autoconstrução, o que também é verdade. Afinal, sem estrutura material e a viabilização da articulação política entre os campi, não há condições de construir um congresso amplo, democrático e representativo.
Agora é mãos à obra.
Pela reconstrução do ME na Unifesp!
Por um DCE nas bases!
Ousar lutar, ousar vencer!
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