terça-feira, 11 de setembro de 2012

Nota do PCB em Guarulhos e da UJC sobre a renúncia do Diretor do Campus Guarulhos da Unifesp

O diretor do campus de Guarulhos da Unifesp, Marcos Cesar de Freitas, renunciou ao cargo após cinco meses de greve, que tinha como reivindicação a saída do diretor. O movimento estudantil passou a exigir a saída do diretor acadêmico após a chamada da polícia militar em 14 de junho para reprimir manifestação do movimento grevista. Esse tentou negar que chamou polícia para reprimir a manifestação.No entanto, a declaração foi desmentida pela grande mídia quando publicou o áudio com a voz de Marcos Cesar chamando a polícia para prender os estudantes, e disse ainda que existia um convênio da polícia Federal com o batalhão da PM perto da unidade. Esse convênio até o momento não foi explicado para a comunidade universitária. O chamado resultou na prisão de 26 estudantes, o diretor fechou o campus por duas semanas e reforçou a segurança.


Esses fatos demonstram a incompetência administrativa da direção da Unifesp, que mantém condições insuportáveis de funcionamento pleno das atividades acadêmicas, como a falta de salas de aula, as péssimas condições do R.U e as  condições de transporte, o que culminou num processo de greve estudantil, de professores e funcionários que durou 5 meses. O diretor, nessa situação, mostrou que não consegue resolver conflitos políticos através da política, mas sim da repressão policial.

Isso está somado ao uso oportunista de aparelhos não democráticos de debates e deliberações, como é a congregação do campus, como ferramenta para tentar frear o avanço do movimento grevista, através da abertura de sindicâncias e da criação de falsas formas de conciliação de conflitos, o que na verdade pode ser caracterizado como uma forma de murchar a greve estudantil.

Não temos ilusões de que a próxima direção será perfeita, ou mesmo boa, pois temos consciência de que os órgão de deliberação, não sendo paritários, são antidemocráticos e não conseguem abranger os interesses de toda a comunidade acadêmica efetivamente. Assim, afirmamos que a queda do Diretor do Campus Guarulhos é resultado de incompetência administrativa, repressão ao movimento grevista, e de muita mobilização pela sua saída.

O PCB e a UJC se mantiveram firmes durante o processo de greve, buscando construir o processo da forma mais ampla possível. E foi proposta da UJC na Unifesp Guarulhos a construção de uma campanha política que defenda paridade nas instâncias deliberativas da universidade e repudie a repressão contra o movimento estudantil, tudo compactado em apenas uma palavra de ordem: Fora Marcos Cesar!  

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