segunda-feira, 14 de maio de 2012

AS CONCEPÇÕES PÓS-MODERNAS DO ME


O medo individualista pós-moderno, expresso nas camadas pequeno burguesas despolitizadas, e a falta de tradição de lutas desses setores são fatores importantes para impulsionar formas de apreensão e percepção da realidade que tem sua conceituação voltada para trás.
Oque isso quer dizer?
Em primeiro lugar que o medo da greve, o receio de perder o semestre, a ânsia pela volta das aulas, demonstram que nessas cabecinhas, o poder instituído é eterno e imutável, aos moldes da divinização do progresso e do formato de Estado presentes na Ideologia hegeliana e no positivismo. Isso dá um medo, um “frio na barriga”, que nada mais é do que a sensação de pecar, o medo da punição eterna e torturante do pai divino.
Em segundo lugar, que o discurso fascista típico do CCC e do maccarthismo se torna presente quando as forças progressistas não conseguem se apresentar como alternativa confiável para as bases. Isso dá algumas tarefas aos companheiros que estão tocando a greve pra frente.
Ora, o próprio Marx na questão judaica nos alerta para que não atropelemos a base para não perder de vista o apoio das bases e das massas, o que implicava num tom mais ameno para o trato com consciências medrosas e despolitizadas, que não conseguiam se desvincular da visão religiosa, metafísica, divinista, irreal e que contribui para a manutenção do status quo.
Isso de maneira nenhuma significa tolerância ao machismo, à homofobia, ao elitismo, e a formas fascistas de apreensão da realidade.
Nesse sentido, é necessário um trabalho de base forte para politizar as pautas, o que significa articulá-las com o REUNI e, consequentemente, com o modo de produção hegemônico globalmente, discutir seriamente as táticas e estratégias do movimento, buscar ampliar nosso apoio e adesão para conquistar as pautas discutidas e deliberadas democraticamente, através de um amplo processo, que passou pelas plenárias do comando de greve, pelas assembleias de curso, e pela assembleia geral dos estudantes.
Os estudantes que seguem defendendo com veemência a burocracia, seja por puxa-saquismo, medo, falta de análise de conjuntura, oportunismo, carreirismo, ou por ter uma visão política direitosa e estreita convicta, devem ser combatidos politicamente, pois claramente representam um entrave aos interesses da nossa categoria – deliberados coletivamente, como já exposto acima – e defendem aos interesses da burocracia acadêmica, que quer retomar a ordem sem atender as reivindicações. Logo, fica claro – sem maniqueísmo – que assumem o papel de inimigos políticos.
Portanto, é importante demonstrar que as formas instituídas como estrutura de poder da universidade não são naturais, e que devem ser contestadas para que a correlação de forças fique favorável à categoria mais representativa e progressista da comunidade acadêmica, os estudantes.
A luta pela universidade popular passa pela estrutura de poder da universidade – que deve ser descentralizada -; passa pela demanda da extensão, da pesquisa e do ensino – que deve ser ditada pelos interesses políticos, econômicos e culturais das massas trabalhadoras – ; passa pela forma de organização do movimento estudantil – que deve organizar o DCE em conselhos de campus que elejam seus delegados, etc.
Por isso, estudantes, não tenham medo do bicho, ele pode te pegar, ele pode te matar, mas juntos e organizados ele corre de nós. Vamos fortalecer o comando de greve, preenchê-lo politicamente da forma adequada, assumir as práticas da crítica retificadora das concepções errôneas, reacionárias e pós-modernas, e realizar a auto-crítica quando for correto.
PELA UNIVERSIDADE POPULAR!
PELA AUTONOMIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL!
CONTRA OS PARASITAS ACADÊMICOS!
PELO DCE DE CONSELHOS!
TODA FORÇA A GREVE!

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