quinta-feira, 3 de maio de 2012

Apoio militante à ocupação da Diretoria Acadêmica da Unifesp Guarulhos.


No dia 3 de Maio, em plenária do Comando de Greve dos estudantes da Unifesp, foi aprovada a ocupação da Diretoria Acadêmica. Essa ação foi posta em prática devido ao entendimento do movimento de greve de que a Congregação – espécie de parlamento do Campus presidida pelo diretor - ataca o movimento quando exige a abertura de sindicâncias contra os estudantes em luta.
A Congregação passa por cima da Pró reitoria de Assuntos estudantis (PRAE), que no mesmo momento em que a Congregação aprovava a repressão ao movimento, dizia aos estudantes que esses casos não seriam resolvidos por meios policiais, jurídicos ou disciplinares. Fica clara com isso a falácia proferida pela direita do Campus, da defesa da “democracia” e o combate à “violência” ou o “fascismo” atribuído aos lutadores, sejam de que categoria for.
Essa mesma direita é a que defende a saída do Campus da periferia, que defende o fim dos piquetes, que quer abrir sindicâncias, que quer aterrorizar os calouros para desmobilizar o movimento, que fura a greve, que faz provocações e ameaças para desagregar e romper a unidade. São esses setores que devem ser combatidos firmemente.
É nesse ponto tático que o movimento grevista é empurrado para um avanço no seu método e ocupa a Diretoria Acadêmica. Essa ocupação põe a nu o caráter privatizante, mercadorizado, precarizado do REUNI e do projeto burguês de educação no Brasil e no mundo como um todo. Põe a nu pois escancara as contradições que surgem nesse processo, expõe os setores descontentes com esse estado de coisas, e os limites do diálogo institucional - que acontece de cima para baixo, com respostas secas e negativas. Além disso, mostra o endurecimento do governo Dilma, como resposta a crise de superprodução que o Capital passa no mundo todo – e no Brasil não tem porque ser diferente, como se vê no Ascenso de greves operárias, estudantis e do funcionalismo.
Todas as alternativas de diálogo foram usadas, desde a pauta de reivindicações entregue na reitoria por um estudante delegado, a entrega da pauta para o diretor acadêmico, audiência pública com o diretor, entrega da pauta para o reitor em ato – recepcionado pela tropa de choque. No entanto, há sempre a resposta negativa já exposta.

Isso não deixou outras alternativas ao movimento, a não ser uma maior contundência em suas exigências. Que continuam as mesmas, a saber, que haja negociação da pauta de reivindicações com o reitor da Unifesp.

O Partido Comunista Brasileiro apoia o movimento estudantil combativo e suas lutas, entendemos que os métodos usados foram discutidos na base e aprovados democraticamente no comando de greve. Não se trata de uma ação oportunista ou aventureira, mas sim de uma articulação tática surgida no seio do movimento, trazida à prática pela compreensão coletiva de que as vias utilizadas já haviam se esgotado e que a ocupação era necessária para a conquista efetiva da pauta de reivindicações dos estudantes em luta na Unifesp.

Todo apoio à ocupação da Unifesp

 Ousar lutar, ousar vencer!

6 comentários:

  1. Muito bem PCB,mais quando os grevistas atacaram ao único professor negro,cubano e comunista da UNIFESP-GUARULHOS por defender a sua bandeira, nao vi a voces falar nada. Ousar lutar, ousar vencer!
    Ironia do destino,VIVA!!!

    ResponderExcluir
  2. greve sempre em ano de eleição... coincidência?

    ResponderExcluir
  3. Parabéns pela sintese do processo que ocorre na Unifesp.

    Avante Camaradas!

    ResponderExcluir
  4. O professor "negro", "cubano" e "comunista" afirmou ser contra o PC Cubano, ser contra o internacionalismo proletário, afirmou ser contra os métodos do movimento estudantil e tem se aliado com as piores figuras da direita discente e docente no Campus.
    Tem tido uma postura ameaçadora, sempre com a ladainha sobre sindicâncias, tem se valido de chantagem barata, se aproveitando de sua posição de negro para ameaçar sem nenhum sentido um companheiro de luta e uma companheira que, inclusive, tem clara ascendência africana de racistas.
    Trata-se de um provocador contra revolucionário, que roubou a bandeira de Cuba erguida pelos estudantes, se valendo do argumento chauvinista do "nacionalismo" e "patriotismo".
    Ora, somos a favor dos verdadeiros lutadores e comunistas, que - inclusive - são mais cubanos do que esse senhor. Afinal, quem é mais cubano, Che Guevara, ou Yoaní Sanchez?
    Orlando Silva e Netinho também se dizem comunistas; Barack Obama é negro; Posada Carrilles é cubano. Logo, a argumentação oportunista do primeiro comentário não faz o menor sentido.
    Todo apoio a luta dos estudantes da Unifesp!
    Fora cubanos de Miami!

    ResponderExcluir
  5. Julio Moracen Naranjo5 de maio de 2012 às 17:44

    PCB-Guarulhos, sinceramente nao esperava de voces tantas ofensas; agora eu vejo como se comportam os comunistas do mundo afora falando de Cuba sem nunca saber exatamente que acontece nesse pais. Meu nome e Julio Moracen Naranjo e se voces soubessem realmente mi historia de vida nao falariam tantas besteiras e refletiriam muito sobre o que e ser comunista nestes tempos de incerteza ideológica mundial.
    Antes de falar tamanha estupidez ao menos tivessem pesquisado no Google para saber qual e minha historia de vida e minha ideologia .
    Sou um cubano professor de uma disciplina de nome Patrimônio Imaterial cujo principio trata de tolerância e respeito a diversidade e alteridade; a bandeira cubana e um patrimônio imaterial de todos os cubanos e também e verdade de todos os revolucionários do mundo,mais nao de uns jovens qua adotam idéias fascistas,xenófobas e terroristas para seu professores e colegas discentes; tirei ela de um espaço o qual considerei nao respeitoso em relação a minha identidade e patrimônio e isso nada tem a ver com minha posição ideológica ou nao.
    Em relação ao racismo e muito casual que eles tentaram utilizar minha figura de negro e estrangeiro,ainda mais associando-me a extrema direita de Miami e nao fizeram isso com outros professores da cor da pele branca, que eles sabem que sao abertamente de direita. E normal isso na ingenuidade inconsciente de aquele"racismo a brasileira"que prega, desde o seculo XIX, a falsa miscigenação e do qual voces comunistas do Brasil sempre foram cúmplices dele porque nunca souberam entender como ele se esconde como minhoca em suas cabeças de lutadores somente de classe. Isso nao se aprende na escola sino na luta cotidiana pelos direitos humanos de negros,ciganos,indígenas e todos os oprimidos do mundo, e se ainda hoje voces nao entenderam sinto muito sua burrice ideológica. Nunca ameacei a ninguém,sou um professor e sei qual e meu papel como educador dentro da sociedade, isso e mentira infundada para esconder o que existe detrás desse movimento inútil de jovens fascistas que estranhamente voces apóiam; quem contou essa mentira nao falou que simplesmente ficaram sem palavras quando minha defesa a seus faltas de respeito ao invadir uma aula pacifica de uma professora,respondi a eles ensinado as minhas medalhas ganhadas na Guerra de Angola em internacionalismo proletário, lutando contra Sudáfrica, o exercito namibiano e a Unita; falei que eu tinha lutado por uma idéia e eles nao. E a isso eles chamam ameaça? pois bem eu dou risada pela cobardia travestida de falsidade.
    Atenção PCB
    Estou respondendo seu comentário nao porque pretendo convencer a ninguém de minhaS atitudes e posições na vida,nao preciso disso porque em Cuba (e nao em Miami), nessa verdadeira Cuba que voce tantos proclamam desde a distancia, TODO O MUNDO ME CONHECE ; quando falo me conhecem e uma verdade cheia de vida. Se tivessem pesquisado bem soubessem também que ainda nao fui embora de meu pais, sou um artista cubano que reside no exterior e para isso anualmente em qualidade de doação dou ajuda econômica ao Estado Cubano para defesa e resistência do embargo norte-americano. Ademais viajo 2 vezes ao ano a minha terra(como professor e investigador associado ao Conselho Nacional das Artes Cenicas de Cuba) para levar minha experiência em conferencias de ser UM cubano ainda atado a sua tradição revolucionaria,sua ideologia e sua identidade, dentro das quais esta sua bandeira.
    Eu nao ficarei assim calado ante qualquer injustiça do mundo venha de onde veja; se vocês sao corajosos ao se atrever me fazer ofensas com valor de escrita sem sequer me conhecer,sejam também corajosos para me convidar a dialogar cara a cara pelo o respeito que tenho a palavra comunista e para evitar futuras equivocações.
    Julio Moracen Naranjo

    ResponderExcluir
  6. Julio, peço que nos forneça o seu e-mail para que possamos debater esse assunto.
    Nós defendemos o internacionalismo proletário e a revolução socialista Cubana.
    O senhor diz que também defende,no entanto seu posicionamento em relação às mobilizações estudantis foi intransigente e sua avaliação do movimento foi precipitada.
    Consideramos que você, já que - na verdade - é um defensor do Estado cubano e do socialismo, deveria dialogar com o estudantes em luta. Em sua maioria, esses estudantes são de esquerda e são lutadores contra todos o tipos de opressão, evidentemente considerando a essencialidade da questão de classe.
    Não se deve, como o senhor fez, acusar qualquer um de uma postura que não lhe é atributo, pois assim a acusação passa a ser leviana.
    O PCB continua seguindo o leninismo, o que o senhor deve considerar atrasado, e assim entendemos que a prática é o critério da verdade, e na prática a oposição ao movimento fora de qualquer fórum de debate e a atitude de levar a bandeira sem nenhuma tentativa efetiva de diálogo - e não de intimação - foi intimidadora, agressiva e provocadora.
    O senhor afirma que é comunista - convido-o a conhecer nossa linha política e nossa posição em relação a Cuba para que avalie - mas, devo avisar-lhe (talvez o senhor não saiba mesmo) que o grupo que lhe apoia nessas questões está compondo a direita docente e discente, e entre essa direita discente, está um estudante do PSDB.
    Julio, talvez tenhamos nos equivocado em nossa avaliação política acerca das ações que você fez, mas - ao tom do diz me com quem anda e eu digo que tu és - a direita fascista, que orquestrou o massacre do Pinheirinho, a invasão da Usp, a repressão cotidiana, a repressão aos professores em greve, e outros acontecimentos são sua base de apoio.
    Há diversos estudantes grevistas que tem uma postura diferente do extremismo que você identificou, e seria melhor se no campus houvesse uma aproximação franca e amistosa com os grevistas, e não provocações de qualquer uma das partes.
    No campus, quando você estiver por lá algum de nós puxará uma conversa respeitosa para que nossas posições sejam apresentadas.

    ResponderExcluir