domingo, 11 de dezembro de 2011

Honduras: Assassinam a Emo Sadloo, membro da FNRP Frente Nacional de Resistência Popular de Honduras


Em  http://losnecios.com/
O assassinato do militante Emmo Sadloo, em luta contra o golpe de estado e pela refundação do Estado Hondurenho, causa profunda indignação nas bases da Frente Nacional de Resistência Popular e na população em geral. As motivações são eminentemente políticas, enquanto seu impacto não será aquele esperado pela oligarquia.

Emmo Sadloo, membro da FNRP assassinado
Emmo se destacou desde os primeiros dias do golpe de Estado [em 18 de junho de 2009]. Participou de todas as marchas da resistência, transmitiu sempre uma incrível energia e entusiasmo à base.  Por vinte e três meses deixou crescer sua barba, cumprindo a promessa de não cortá-la até ver o regresso do Coordenador Geral da FNRP, José Manuel Zelaya Rosale, a Honduras. Depois, acompanhou a todas as visitas do Presidente Zelaya aos departamentos [províncias], destacando-se por sua inesgotável voz, que soava num grito – com sotaque inconfundível – “El Pueblo Unido, Jamás será Vencido”.
O assassinato de Emmo Sadloo foi acompanhado de eventos que marcam uma nova política repressiva contra a Frente Nacional de Resistência Popular, e a recém criada iniciativa da Frente Ampla. Por sua vez, coincide com a presença, em território nacional, da nova embaixadora dos Estados Unidos Lisa Kubiske, agente da CIA como seu antecessor Hugo Llores, especialista em inteligência e desarticulação de movimentos sociais. Também coincide com a presença, em território nacional, do famoso genocida e narcotraficante ex presidente da Colômbia Álvaro Uribe Vélez, chefe dos chefes dos cartéis colombianos que se apresenta em aberto giro de negócios pela região. A preocupação de ambos pelo controle político de Honduras se deve ao fato de que por aqui circulam grande quantidade de cocaína em direção aos EUA.
Como na Colômbia, Uribe e os EUA promovem uma campanha de “Limpeza Social”, Porfírio Lobo, como um títere, sem capacidade alguma de tomar decisões, cumpre instruções ao pé da letra. Extra-oficialmente se conhece a nomeação na Chancelaria de Arturo Corrales Álvarez, funcionário número um da oligarquia hondurenha, grande componente dos interesses da embaixada ianque em Honduras.
Também como conseqüência imediata da nova estratégia repressiva, Jairo López, músico da agrupação Café Guancasco – banda aliada da Resistência – foi golpeado por um grupo de supostos assaltantes, que não o roubou nenhum pertence. Vanessa Maradiaga, secretaria de asuntos internacionais de nossa organização política Los Necios, foi assaltada e sequestrada temporalmente em um taxi; dois perfis no Facebook foram fechados no mesmo dia (Organização Política Los Necios e Organização Política Rojos, ambas de orientação marxista), o jovem Nahún Godoy foi seqüestrado no Departamento de La Paz, aparece vivo mas espancado e ameaçado de morte, em Aguán continua aferrando-se o assassinato de camponeses, e neste ciclo de 10 dias continua com o assassinato de Emmo
Ante a escalada repressiva, a frente Nacional preparou sua contraofensiva popular. A Coordenação Nacional planeja mobilizações e uma campanha internacional. A Comissão política e o Coordenador Geral anunciam que continuaremos na Jornada Nacional de Coleta de assinaturas para inscrição da Frente ampla, que ocorrerá em 3 de outubro, dia que comemora o nascimento do herói nacional Francisco Morazán.
O sangue de Emmo contribuirá para a unidade do movimiento político e popular mais importante de honduras. Em seu nome começa uma nova etapa de luta… os inimigos declaram guerra aberta.
¡El Pueblo Unido… Jamás Será Vencido!
¡Emmo Vive! ¡La Lucha Sigue!
¡Venceremos!

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