terça-feira, 25 de março de 2014

sexta-feira, 14 de março de 2014

O 8 de Março e o Ana Montenegro!


Atividades do 8 de março

Aracajú-SE:
Nesta data que simboliza um processo histórico de visibilidade da luta feminista o Coletivo Ana Montenegro- Sergipe comemorou seu aniversário de um ano de atuação na luta contra as opressões de gênero e de classe.
A comemoração foi feita nas ruas, em conjunto com outros movimentos sociais (Coletivo de Mulheres de Aracaju, Coletivo Ana Montenegro, a Diretoria da Mulher do Sindicato dos Engenheiros, as mulheres do Movimento Não Pago e do Sarau Debaixo, o Coletivo Parto Ativo, o Studio Rasta e a organização da Marcha das Vadias), dando ênfase na pauta sobre a Saúde da Mulher.
E assim, continuaremos nas ruas hasteando a bandeira do combate à cultura machista, homofóbica e patriarcal e, sobretudo, dizer que A LUTA DAS MULHERES É PARTE INTEGRANTE DA LUTA DE CLASSES, pois, para que seja extinta a exploração sobre seu corpo e sua alma, deve- se ter uma luta revolucionária, isto é, a luta pela transformação da sociedade.

Sete Lagoas - MG:
O 8 de março de luta de Sete Lagoas, Minas Gerais, foi realizado pelo Ana Montenegro e conjunto com a UJC!


São Paulo - SP:
O ato unificado do 8 de março em São Paulo capital contou com mais de 8 MIL pessoas!!! O Ana Montenegro estava lá.

Recife - PE:
A atividade do 8 de março em Recife foi o debate/homenagem às mulheres que lutaram durante os duros anos da Ditadura militar brasileira.
Homenagem à companheira Sandra, militante do PSTU-PE assassinada no mês passado.
Executiva Coletivo Ana Montenegro - PE
São José do Rio Preto - SP:
O ato unificado do dia da mulher realizado em Rio Preto contou com a participação do Ana e demais organizações/coletivos feministas (Marcha das Vadias e MML).
Quando uma mulher avança, NENHUM HOMEM retrocede!!!


Goiânia - GO:
Em Goiania, as camaradas do Ana Montenegro estiveram presentes na Marcha das Vadias da cidade, a atividade do 8 de março.

" Transformar radicalmente o mundo só será possível se as mulheres forem, com igualdade, sujeitos legítimos deste processo" (A. Kolontai)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Muito mais que um bloco... obrigado camaradas!


(aos camaradas do Bloco Comuna que Pariu!)
Mauro Iasi
Era carnaval, era um bloco, mas era muito mais que isso. Sei lá, alguma coisa nascendo, alguma coisa rompendo. Cada um chegou do seu jeito, com seus sonhos guardados em seus medos, com sua alegria e suas angústias, cada um num ritmo, uns sabendo mais outros menos, outros nada, mas ali seu deu o milagre da fusão.
Tinha de tudo, camaradas do PCB, companheiros de outros partidos, militantes, amigos, brancos sem jeito, negros, homens, mulheres (tinha até um japonês, eu vi), quem vota num e quem vota no outro, junto com quem não vota, e tudo aquilo que andava separado, ficou em silêncio e uma figura levanta as mãos e soa um apito alto. Não podemos dizer de um “chefe” de bateria, entre nós não há chefes, um dirigente, negro, com roupas íntimas de mulher (vermelha provocação), cabelos de índia. E o chão tremeu, vindo da terra, de quilombos e senzalas rebeladas, de cada gota derramada, de suor ou sangue, de cada ato de amor, de cada beijo na boca, de cada coisa que arrepia a pele e faz o corpo vestir a alma pelo lado de fora.
Era uma porção de gente diferente que ali estava junto sob a direção de um mestre. Profissional, não porque tem valor de troca e preço, profissional como o artesão que ama sua arte, como o operário que desempenha com perfeição seu ofício, como gari que volta na rua varrida para pegar a latinha que ficou prá traz, como poeta que enlouquece na busca da última palavra. Uma porção de diferença que ali estava junto: um bloco.
O produto esconde o processo, os problemas, as noites, os ensaios, a falta de grana, gente que atrapalha, mas o produto traz na pele a marca do trabalho, que pega um sonho e esculpe a realidade até que fica parecido com que queremos. E ficou bem parecido com que queremos. Alegre e comprometido, brotando do samba com escala em Paris, irônico, sarcástico, irreverente, cortando a carne podre do presente mostrando que é possível e necessário libertar o novo das prisões da acomodação.
Meu filho dormia no meu colo como se ouvisse Debussy, minha companheira se esmerava no surdo de primeira. Era carnaval, era só um bloco, ou era mais que isso. Um bloco revolucionário do proletariado, com capacetes operários vermelho futuro e uma voz de mulher cantando um samba contra dudus e cabrais, contra a Globo e o Capital, deixando cicatrizes de alegria no corpo triste da realidade.
Fiquei muito orgulhoso com meus camaradas. Era só um bloco... ou era muito mais.

O EXEMPLO DOS GARIS DO RIO


Felipe Oiticica*
A vitória dos garis, no Rio de Janeiro, tem significado emblemático, em vista do que tiveram que enfrentar.
Observemos a sequência dos fatos. Garis entram em greve com reivindicações justíssimas. O sindicato pelego aceita a proposta da Comlurb, muito inferior ao reivindicado. Os setores mais combativos mantêm a greve. O lixo amontoa-se por toda a cidade. Unem-se contra os grevistas a Prefeitura, a Comlurb, o sindicato pelego e a mídia. Eles são acusados de minoria não representativa e oposição ao sindicato pelego, de fazer política partidária e para determinados candidatos, de usar o Carnaval para chantagear a população, de pretender desestabilizar a cidade.
O prefeito sujismundo demite 300 grevistas. Depois, volta atrás, sob a condição de que “retornem imediatamente ao trabalho”. Pressionados, eles sim chantageados, alguns retornam.
Novas acusações: grevistas ameaçam os que voltaram, promovem violência (nunca documentada), fazem motim. A Comlurb promete deixar limpa a cidade no fim de semana. Arma-se o circo midiático da "proteção da polícia aos garis que querem trabalhar". E os grevistas firmes, nas ruas.
E aqui há um dado decisivo: a população, de modo geral, não ficou contra os garis, mesmo que diretamente atingida pela greve. A experiência das lutas do ano passado deixou marcas positivas em todos os segmentos do povo carioca. Nada mais será como antes.
No dia seguinte ao último arroubo autoritário/descompensado, o prefeito sujismundo mandou a Comlurb ceder. A proposta antes aceita pelo sindicato pelego era de 9 por cento; a resistência grevista obteve agora 37 por cento. Uma vitória improvável, por isso ainda mais importante.
A greve dos garis do Rio será exemplo para as reivindicações que vêm por aí. Firmeza de propósitos, unidade, combatividade, resistência, apoio da população - eis os ingredientes da receita de vitórias.
*Felipe Oiticica é militante do PCB-RJ

Não ao nazifascismo na Ucrânia


(Nota Política do PCB)
A Comissão Política Nacional do Partido Comunista Brasileiro (CPN - PCB) manifesta seu repúdio ao golpe de Estado na Ucrânia e expressa sua solidariedade militante aos comunistas do País neste momento difícil  em que as hordas nazifascistas, treinadas pela OTAN e financiadas pela CIA,  assumiram o governo em Kiev e vêm aterrorizando a população, derrubando monumentos, atacando as sedes do Partido Comunista da Ucrânia, seus militantes nas ruas, além de judeus, ciganos e todos aqueles que não concordam com a nova ordem.
A cumplicidade, o apoio logístico e o financiamento de bandos nazifascistas por parte dos Estados Unidos e da União Europeia demonstram a dupla moral do imperialismo, que fala em democracia e direitos humanos, mas na prática apoia, treina militarmente e financia a escória humana  para aterrorizar as nações que não se curvam aos seus interesses.
Nesse momento em que a crise sistêmica global se aprofunda e que as massas  se manifestam contra a crise em várias partes do mundo, o imperialismo  se torna mais agressivo e mostra sua verdadeira face. Cada vez está mais claro para os povos que o imperialismo não tem escrúpulos: para desestabilizar as nações utiliza os serviços de mercenários pagos a peso de ouro, treina e financia bandos nazifascistas para semear o terror nos países, financia a extrema-direita para provocar tumultos de ruas e até mesmo os fundamentalistas islâmicos da Al Qaeda  se tornam seus aliados no Oriente Médio. Isso demonstra a hipocrisia e a decadência do imperialismo neste momento da história.
A atual tragédia ucraniana vem sendo fomentada há vários anos pelo imperialismo, desde a chamada “revolução laranja” até os últimos dias, quando os bandos nazifascistas conseguiram derrubar o governo burguês eleito, valendo-se do descontentamento da população com a continuidade das privatizações e das políticas neoliberais e o aumento da corrupção. Foi nesse contexto que as forças nazifascistas, orientadas pela OTAN e pela CIA, se aproveitaram do descontentamento de parte da população e tomaram o poder para impor a histeria anticomunista e a barbárie no País, a serviço dos Estados Unidos e da OTAN.
A intervenção da Rússia capitalista na Criméia não altera o fato de a disputa principal que se opera hoje na Ucrânia ter origem em contradições interburguesas no país, como parte da disputa interimperialista por posições estratégicas, mercados e riquezas naturais dos povos.
A CPN do PCB conclama todas as forças anti-imperialistas e anticapitalistas a cerrarem fileiras na condenação à ofensiva fascista na Ucrânia e na solidariedade aos trabalhadores ucranianos, na expectativa de que  organizem a resistência ao fascismo e a luta para constituir um governo representativo das forças populares, com independência de classe em relação às disputas burguesas e imperialistas e no rumo ao socialismo.
PCB – Partido Comunista Brasileiro