quarta-feira, 29 de maio de 2013

DECLARAÇÃO DA DELEGAÇÃO DAS FARC EM HAVANA



Havana, Cuba, Sede dos diálogos de paz, 26 de maio de 2013
Compatriotas

Após discutir durante meses nossa problemática rural e de buscar soluções que, efetivamente, reivindiquem e redimam o camponês, as comunidades indígenas e afrodescendentes, e que favoreçam o bem viver dos colombianos, avançamos na construção de um acordo, com exceções pontuais, que necessariamente terão que ser retomadas, antes da concretização de um acordo final.

As reivindicações históricas mais profundas das comunidades rurais e empobrecidas foram bandeira ao vento em nossas mãos, além de argumento para o debate na Mesa de Negociações. Erigimo-nos na voz das pessoas comuns, dos campesinos sem terra frente às cercas das grandes propriedades, das comunidades rurais resolvidas a defenderem seu território ameaçado pela depredação mineral e energética das transnacionais... As Cem Propostas mínimas orientadas ao DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRÁRIO PARA A DEMOCRATIZAÇÃO E PELA PAZ COM JUSTIÇA SOCIAL DA COLÔMBIA, são uma mostra irrefutável da profundidade de nosso compromisso. Ali estão colocadas as ideias de justiça que os de baixo querem que sejam escutadas e reconhecidas.

Depois de 22 anos de vigência de uma Carta Magna que consagrou direitos no papel, enquanto iniciou sua política neoliberal geradora de miséria, desigualdade e violência, é hora de exigir que a letra morta de benefício social da Constituição e da Lei ressuscitem, recobrem vida e seja cumprida pelas elites embutidas no Estado.

Em Havana, estamos abrindo uma brecha para que o povo atue, se mobilize na defesa de seus direitos e continue fazendo escutar sua voz como protagonista principal da construção da paz. Porém, preocupa que enquanto as maiorias clamam reconciliação e expressam seus anseios de justiça, o país tenha que permanecer suportando a inclemência das medidas e políticas econômicas, que entregam nosso território à voracidade das transnacionais, se siga aprofundando a desigualdade e continuem caindo compatriotas, de ambos os lados, em uma guerra de meio século que urge uma saída política.

Este ato de encerramento de um ciclo temático é, ao mesmo tempo, a abertura ao transcendental debate em torno da democracia colombiana. Muitas preocupações orbitam nossa consciência de porta-vozes dos anseios populares com relação ao importantíssimo assunto da Participação Política, que abordaremos na Mesa de Negociações de Havana, a partir de 11 de junho.

Mudanças estruturais urgentes estão batendo às portas do Estado, reclamando participação cidadã nas decisões e na adoção de políticas que dizem respeito ao seu futuro de dignidade. Temos que nos voltar às nossas origens, para resgatarmos o ensinamento do Libertador que nos disse que “A soberania do povo é a única autoridade legítima das nações”, que “O destino do exército é guarnecer a fronteira. Deus nos livre virar suas armas contra os cidadãos! Basta a milícia nacional para conservar a ordem interna”, “as minas de qualquer espécie, corresponde à República”, e “O Tesouro Nacional não é quem os governa. Todos os depositários de vossos interesses devem demonstrar o uso que hão feito deles”.

Nas atuais circunstâncias nos preocupa, por exemplo, a captura do Estado por parte de grupo de poder que aprova leis e regulamentos, que favorecem somente seu egoísmo, enquanto depreciam o interesse comum e levam a desigualdade e a defesa violenta de seus capitais, mais além dos limites do desumano.

Uma imensidão de “macrocriminalidade”, na qual reinam a corrupção e a impunidade, se apoderou do Estado colombiano. Este permanece emaranhado na teia da ilegalidade narco-paramilitar. E, todavia, pululam entre o Estado, empresas legais e a ilegalidade, para lavagem de dinheiro, celebrar contratos, roubar os recursos da saúde e saquear os tesouros da nação.

Todos estes são elementos que hoje obstruem a possibilidade de construir uma alternativa de solução diferente à guerra, porém confiamos na sabedoria das organizações sociais, políticas e populares da Colômbia, que saberão destrinchar o caminho para a paz.

O esforço coletivo pela paz da Colômbia terá que ser compensado com um tratado justo e vinculante, rubricado por uma Assembleia Nacional Constituinte, que funde nossa reconciliação à perpetuidade.

O Estado colombiano espera uma transformação estrutural profunda, que complemente medidas transcendentais similares às que agora acordamos, como a da formalização progressiva de todas as propriedades que ocupem ou possuam os camponeses da Colômbia.

DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC-EP

quarta-feira, 22 de maio de 2013

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Ivan Pinheiro faz palestra em Maracay, Venezuela



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(JORNADA ANTI-IMPERIALISTA)
Maracay, 23 de maio de 2013
A América Latina e o Caribe despertam com força descomunal, avançando no novo século, transformada em cenário de uma grande torrente de lutas emancipadoras e antiimperialistas no mundo.
Não é somente a Venezuela, não é a Bolívia, não é o Equador, não  é a Nicarágua... é um continente inteiro que busca com novos brios livrar-se dos restos do colonialismo, do neocolonialismo e da recolonização neoliberal que o apartaram do caminho da independência iniciado há mais de 200 anos: um bonito sonho naufragado na ambição dos oligopólios locais e do nascente imperialismo estadunidense, que souberam tomar pela traição e pela força o que com sangue e sacrifício nossos povos e suas lutas emancipadoras haviam alcançado de modo efêmero.
Venezuela: pioneira da nova vaga e a contra-revolução
A Venezuela de Bolívar e Chávez representou o farol e a luz inspiradora de um caminho explorado recentemente pela força de um povo, que desde sua nova e original rebeldia cívico-militar, entendeu que em um continente sob dominação imperial não era possível recuperar sua independência e alcançar sua liberdade plena sem unir vontades com as demais nações oprimidas, caminho para a Pátria Grande libertada e o socialismo redentor em meio às teimosas e perversas agressões imperialistas encabeçadas pelo Norte violento e brutal que nos explora e saqueia.
A Venezuela de Chávez - a que abraça Bolivar, Manuelita Saez Martí, O'Higgins, San Martín, Zapata, Sandino, Betances, Duarte, Che, Caamaño e Fidel – tem sido o dínamo e o fator solidário de uma transcendente e profunda vaga transformadora, o que os pérfidos inimigos de nossos povos não perdoam; confabulando entre si para gerar fascismo, contra-revolução interna e imperial, intervenção do Pentágono e guerra.
A Venezuela revolucionária - que sobrevive com galhardia, como posto-avançado do processo emancipador de nossa América, ao impacto delicado da dolorida morte induzida do comandante Chávez e que promete lealdade ao seu valioso legado - está por essa nobre razão submetida a um novo, agressivo e perigoso plano desestabilizador de caráter imperialista.
Este plano contra-revolucionário, que assume o desconhecimento dos resultados eleitorais desfavoráveis à direita, que nega a legitimidade provada e mundialmente reconhecida do novo governo do PSUV e do Polo Patriótico, que procura subverter as instituições vigentes, merece um rechaço categórico e inequívoco de nossos povos.
Esse plano destabilizador, que se desenvolve a partir da extrema-direita venezuelana e de Washington – acompanhado dos para-militares e de  conspiradores, das declarações incitadoras do presidente Obama e seus assessores, do conluio com as forças do belicismo colombiano, das incitações do neofascismo a cargo da lúmpen-burguesia - exibe desde já o rosto genocida e criminoso da subversão anti-democrática, da agressão violenta e da ameaça de guerra; o que merece uma persistente mobilização interna e solidariedade mundial, até que se derrote politicamente essas funestas intenções.
Barrar o retrocesso continental e aprofundar as mudanças
Esse plano, obviamente, transcende as fronteiras venezuelanas e está presente e ativo contra todos os países da ALBA e contra todo o processo da conclusão da segunda independência continental, caminhando lado a lado com outros similares na Ásia, África, Oriente Médio e Europa.
Mas não vamos permitir retrocessos. Contribuiremos para derrotar a contra-revolução portadora de guerra e submissão, onde quer que ela surja; estendendo nossa solidariedade latino-caribenha para as lutas dos povos palestino, sírio, líbio, iraquiano, iraniano, curdo, afegão, basco, grego, espanhol, italiano, norte-africano...
Fazemos uma avaliação esperançosa do quanto avançamos em nossa América desde os dias em que a ALCA pretendia uma vez mais administrar como próprias as nossas riquezas e gerenciar e dirigir a partir da OEA, do FMI, do Banco Mundial, do Pentágono e da CIA... os destinos dos nossos povos.
A constituição da ALBA, PETROCARIBE, MERCOSUL, UNASUL e, mais recentemente, da CELAC, marcaram uma nova rota a ser traçada e que defendemos independentemente dos sacrifícios. O pacto de defesa mútua entre Cuba e Venezuela é uma contribuição qualitativa para a resistência contra a agressão imperialista e a ofensiva libertadora dos povos da região.
Avaliamos positivamente e assumimos sem vacilações a defesa dos processos em que as mudanças revolucionárias, as reformas sociais avançadas e a recuperação da soberania se combinam, convergem ou marcham paralelos, procurando derrotar definitivamente o neoliberalismo, abrindo caminho para as mudanças sociais, políticas e sociais mais profundas.
Sabemos, por experiência, que para consolidar e aprofundar essas mudanças - especialmente em meio desse duro confronto entre reforma e contra-reforma e entre revolução e contra-revolução – não bastam as vitórias eleitorais, mas é imprescindível mobilizar da maneira mais diversa e contundente as forças patrióticas e emancipadoras em cada país e em todo o continente. Só assim se pode defender as conquistas e radicalizar as transformações, e isso é absolutamente certo em um continente permanentemente assediado por um imperialismo associado ao que há de pior e determinado a conter sua decadência com o uso da força.
Dessa intensa e multifacetada batalha devem brotar as energias e os consensos multitudinários que, ao mesmo tempo que aprofundam todos os processos de mudança e expandem os níveis de resistência anti-imperialista em escala nacional e continental, estimulam novos avanços rumo à construção de uma sociedade de novo tipo, que supere a estagnação e as vulnerabilidades desses acidentados processos e possibilitem defender o já conquistado, impedir a marcha ré e assegurar a irreversibilidade através da renovação contínua do apoio e da participação popular.
Assumindo, hoje mais do que nunca, nosso papel e nossa responsabilidade nas lutas continentais, frente aos novos embates contra a Venezuela por parte do imperialismo estadunidense e de seus desprezíveis sócios locais, denunciando suas manobras contra a unidade dos povos latino-caribenhos e assumindo a luta pela paz continental, convocamos a partir deste 23 de maio a todos/as os/as revolucionários a participar ativamente desta Jornada Anti-Imperialista, unindo força e inteligência, desde a crítica contundente a este mundo capitalista em grande crise até a luta consequente pela libertação dos povos, enfrentando o grande inimigo dos povos da América e do mundo.
Nenhum passo atrás; avançar sempre!
UNIDADE, UNIDADE, UNIDADE... DEVE SER NOSSA BANDEIRA!
COM CHÁVEZ NA MEMÓRIA, AOS POVOS A VITÓRIA!
Radio Girardot de Maracay
Presidencia de la Cámara del Consejo Municipal de Girardot, Maracay.
Frente de Trabajadores Alfredo Maneiro, Maracay.
Movimiento Continental Bolivariano-MCB.
JORNADA ANTI-IMPERIALISTA
CHÁVEZ SEMPRE!
Crise mundial e agressões imperialistas: A Venezuela e as lutas emancipadoras na Nossa América.
Maracay, 23 de Março
Painel 1 - Crise Capitalista, EUA, Europa e nossa América-
Professor Jorge Beinstein (Argentina);
Ivan Pinheiro, Secretario Geral do PCB (Brasil)
Painel 2 - Intervencionismo Norte-americano, assegurar e manter a paz no Continente –
Vozes anti-imperialistas ;
Pavel Blanco,  Secretario Geral PCM (México)
Painel 3 -  Venezuela e nossa América na luta.-
Amílcar Figueroa,
Narciso Isa Conde (Rep. Dominicana), PCV
Proclamação da Declaração Anti-imperialista de Maracay

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Sede do PCB-SP ganha mural construído coletivamente



 A partir de hoje todos os camaradas e amigos que visitarem a sede do PCB-SP poderão presenciar um belo mural de três metros por dois e meio, de autoria da nossa camarada chilena Verônica, mas construído coletivamente pelo Coletivo Cultural Vianinha e Brigada Popular Waldomiro Jambeiro. 


A construção do mural começou às 11 horas da manhã de domingo e terminou às 22:30. Durante esse período mais de 15 camaradas participaram da pintura coletiva, regada a uma boa comida preparada pelo camarada Renan, membro do PC chileno e agora integrado ao PCB, além de empanadas preparadas pelo camarada Mario, também chileno. 

O trabalho começou com os primeiros traços do mural, desenhado inicialmente pela camarada Verônica, em tamanho pequeno e projeto em data show para o tamanho em que foi pintado. Depois do desenho pronto, começou o trabalho de pintura, quadro por quando, cor por cor, numa ação coletivo que, apesar das 11 horas no batente, todos cumpriram a tarefa com muita animação e alegria. 



Ao final, conforme pode-se constatar, construímos uma obra de arte bela e revolucionária, que ficará em nossa sede como demonstração de um trabalho artístico coletivo. Todos poderão constatar, passo a passo, o trabalho dos camaradas na sequencia de fotos que segue essa matéria. 
Esse trabalho de construção de murais será levado aos bairros pela Brigada Waldomiro Janbeiro, sendo que a primeira ação será realizada na zona Leste de São Paulo. Curtam o nosso mural coletivo!

sábado, 11 de maio de 2013

Assembleia dos prrofessores decide suspender a greve, manter estado de alerta e mobilização



ASSEMBLEIA DECIDE SUSPENDER A GREVE, MANTER ESTADO
DE ALERTA E MOBILIZAÇÃO
      Com a presença de cerca de três mil professores, a assem­bleia estadual da APEOESP realizada nesta sexta-feira, 10 de maio, no Vão Livre do MASP aprovou a suspensão da greve da categoria, que ocorre desde o dia 19 de abril e a manu­tenção de estado de alerta e mobilização para cobrar a efetivação dos compromissos firmados pelo Secretário da Educação em reunião de negociação ocorrida na parte da manhã.
      Desde o início da greve a APEOESP buscou incessante­mente canais de negociação com o Secretário Estadual da Educação em torno da pauta de reivindicações.
      Finalmente a reunião ocorreu e houve compromisso do Secretário com o atendimento de alguns pontos da pauta, como:
>   Fim da prova anual aplicada aos professores da chamada “categoria F”;
>   Fim da prova exigida dos professores da chamada “cate­goria O”
     que já pertencem à rede estadual;
>   Direito de atendimento médico pelo IAMSPE aos profes­sores da
     “categoria O”;
>   Concurso público no segundo semestre para professores PEB II;
>   Não privatização do Hospital do Servidor Público e do IAMSPE;
>   Convocação da comissão paritária prevista no artigo 5º da lei
     complementar nº 1143/11 para discussão da pos­sibilidade de novo
     reajuste e discussão da implantação paulatina da jornada do piso
     (no mínimo 1/3 da jornada para preparação de aulas e formação,
     entre outras ativi­dades extraclasse);
>   Convênio em torno de projeto a ser elaborado pela APEOESP para
     prevenção e combate à violência nas escolas;
>   Discussão do pagamento dos dias parados e retirada das faltas da
     greve mediante reposição de aulas.
      A APEOESP solicitará reunião com o Secretário de Ges­tão Pública para tratar do não desconto das licenças e faltas médicas para fins de aposentadoria especial e, junto com as demais entidades do funcionalismo, para que seja extinta a comissão que trata da Parceria Público-Privada que encami­nharia a privatização do Hospital do Servidor/IAMSPE, tendo em vista que o governo anunciou que isto não ocorrerá.
      Ainda que esses resultados não representem o aten­dimento de todas as nossas reivindicações, o Conselho Estadual de Representantes realizado após a reunião com o Secretário considerou que houve avanços e conquistas e decidiu encaminhar à assembleia a proposta de suspensão da greve. 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

NOVO CADERNOS DO ICP Nº 2: Economia Política para Trabalhadores



O Instituto de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais Caio Prado Jr. (ICP) é um centro de estudos, pesquisas, reflexão e ação educacional. Entidade civil sem fins lucrativos, reúne professores universitários, intelectuais e pesquisadores de diferentes vertentes e posições teórico-políticas, além de dirigentes sindicais e militantes políticos, todos ligados ao pensamento progressista e emancipador. O ICP, com sede em São Paulo, dedica-se ao estudo de problemas sócio-econômicos gerais, problemas do mundo do trabalho e da cultura, além de questões relacionadas à realidade brasileira nas suas dimensões locais, estaduais e internacionais, mantendo sua vocação de espaço plural de debates e formação.
Entre seus objetivos estratégicos mais específicos, pode-se destacar: 1) realizar, patrocinar ou promover pesquisas e estudos relativos a problemas que constituem objeto do conhecimento das Ciências Sociais, Históricas, Políticas e Econômicas, em suas diferentes ramificações; 2) organizar cursos de extensão, graduação e pós-graduação, bem como realizar, patrocinar ou promover conferências, seminários e encontros em geral para a consecução dos seus objetivos; 3) publicar revistas, livros e trabalhos de divulgação científica na área de atuação do Instituto, bem como os resultados das pesquisas e estudos desenvolvidos na entidade; 4) assistir tecnicamente, nas áreas das Ciências Sociais, História, Política e Econômicas e, mediante convênio, a instituições públicas e privadas por meio da realização de pesquisas, consultorias e da elaboração de projetos de interesse das organizações contratantes, desde que tal assistência esteja, por sua natureza, em conformidade com os fins, objetivos e atividades do instituto.
Suas atividades incluem projetos de pesquisa, seminários, encontros e workshops, realização de cursos, consultoria, uma linha de publicações em que se destaca a revista Novos TemasCadernos do ICP e a promoção de eventos em conjunto com fundações culturais, centros de pesquisas, órgãos e Universidades públicas e privadas. O desenvolvimento desse conjunto de atividades consoante os seus compromissos confere ao ICP um perfil institucional que o qualifica como interlocutor de múltiplos segmentos da sociedade, de setores da administração pública em todos os níveis, de parlamentares e dirigentes políticos, membros dos movimentos comunitários, do mundo do trabalho, acadêmico e da comunidade científica.
O ICP é dirigido por uma Diretoria Executiva, composta por 06 (seis) membros eleitos quadrienialmente pelo Conselho Deliberativo. Os objetivos e a política científica da instituição são definidos pelo Conselho Deliberativo. A estrutura administrativa do ICP conta ainda com um Conselho Consultivo, composto por membros da comunidade científica nacional e internacional


O Instituto Caio Prado Jr. (ICP) acaba de lançar o número 02 dos Cadernos do ICP:Economia Política para trabalhadores. Trata-se de um estudo profundo e didático da professora e pesquisadora Sofia Manzano com o foco na formação dos trabalhadores para enfrentar, com convicção teórica, as demandas das lutas de classe. Estamos no campo aberto da crise do capital, portanto, compreender a economia política marxista e a vulgata burguesa é um discernimento necessário para aqueles que lutam pela revolução.


José Paulo Netto
Mauro Iasi
Angélica Lovatto
Edmilson Costa
Ricardo Costa
Antonio Mazzeo
Milton Pinheiro
P.S: Pedidos pelo e-mail icaioprado@gmail.com


II SEMINÁRIO NACIONAL DO ICP – LUTA DE CLASSES E PERSPECTIVA CRÍTICA

Israel reconhece ter atacado a Síria



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Ataque aconteu ontem (3); porta-voz de Israel diz que justificativa é evitar “a transferência de armas, químicas ou não, do regime sírio para os terroristas"
04/05/2013
Baby Siqueira Abrão
Oficiais israelenses reconheceram na noite de ontem (3) ter empreendido ataques aéreos à Síria. A confirmação veio de fontes militares dos Estados Unidos. A justificativa é evitar “a transferência de armas, químicas ou não, do regime sírio para os terroristas, especificamente para o Hezbollah, no Líbano”, disse um porta-voz de Israel em Washington.
Para o governo sionista, o envio de armas ao Líbano é a “linha divisória” que o separa de uma intervenção armada na Síria. Mísseis SCUD, por exemplo, podem atingir qualquer ponto de Israel se atirados do território libanês.
Os alvos dos ataques israelenses não foram revelados, mas supõe-se que tenham incluído os sistemas de lançamento de armas.
Não é a primeira vez que as forças israelenses atacam a Síria. Em janeiro, aviões militares de Israel atingiram um suposto carregamento de mísseis antiaéreos que, segundo os oficiais sionistas, tinha como destinatário o Hezbollah. Moshe Ya’alon, ministro da Defesa israelense, admitiu publicamente a autoria desse ataque em 22 de abril, numa entrevista coletiva à mídia da qual também participou o secretário da Defesa dos EUA, Chuck Hagel. Foi nessa coletiva que Ya’alon falou sobre a linha divisória traçada por Israel: “Quando a Síria cruza essa linha, enviando equipamentos a grupos como o Hezbollah, nós entramos em ação”, afirmou ele.
É possível, porém, que o objetivo não declarado de Israel seja forçar os Estados Unidos a entrar de maneira direta no conflito sírio. Até agora, assim como acontece em relação ao Irã, o governo estadunidense tem feito apenas ameaças de ação direta. Seu papel na desestabilização do país árabe vem na forma de apoio militar, logístico, financeiro e de treinamento aos supostos “rebeldes” em luta contra o governo Assad.
Mas Israel tem pressa na queda de Assad, para consolidar e ampliar a ocupação das colinas de Golã – região síria tomada durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e unilateralmente colocada sob a administração e as leis israelenses desde 1981. O país criado pelos sionistas já explora petróleo naquela parte do mundo, tendo como sócios nomes como Dick Cheney, ex-vice-presidente de George W. Bush; Rupert Murdoch, magnata da mídia conhecido por chantagens contra o governo da Inglaterra; e Bill Gates, dono da Microsoft. Além disso, o território sírio é estratégico para Israel e seus planos de ataque ao Irã.
Publicamente, porém, o governo Obama tem frustrado o projeto de expansão israelense. Vem agindo com cautela, para evitar os erros de Bush, que, segundo a versão oficial, atacou o Iraque para destruir um arsenal de armas de destruição de massa – mais tarde reconhecido como inexistente pelo próprio Colin Powell, que mentiu sobre o assunto diante das Nações Unidas e depois se desculpou pelo escorregão voluntário.
Por ora, os EUA ainda aguardam que seus serviços de inteligência apurem o suposto uso de armas químicas pela Síria. Mais: ao saber do reconhecimento, por parte de Israel, dos ataques ao território árabe. Barack Obama comentou que “não antevê nenhuma situação” que leve as forças armadas estadunidenses a um assalto militar à Síria. Na Casa Branca, autoridades evitam comentar a admissão israelense do ataque aéreo ao território sírio. Declaram que as perguntas devem ser feitas a Israel.
Os alvos israelenses não se resumem à Síria, entretanto. O Líbano também está na mira. Aviões do país sionista têm violado o espaço aéreo libanês há tempos, com frequência praticamente diária. Na sexta-feira, 3 de maio, o presidente Michael Suleiman fez um apelo à ONU e à comunidade internacional para que obriguem Israel a respeitar a soberania libanesa, garantida pela resolução 1701 das Nações Unidas. Suleiman ficou particularmente incomodado ao saber que os aviões pilotados pelos oficiais sionistas foram de Marjayoun e Al-Khayyam, no sul do país, até o vale do Beqaa, a leste, simulando ataques em baixa altitude desde quinta-feira, 2 de maio. “Israel continua com sua política de agressão”, reclamou Suleiman, destacando que as atividades das forças armadas israelenses no Líbano violam todos os termos da resolução 1701, que estabeleceu, além do respeito à soberania de ambos os países, a não agressão mútua e o fim das hostilidades que envolveram o exército israelense e o Hezbollah, grupo militar formado para defender a população e o território libaneses da guerra que Israel comandou contra o Líbano. O Hezbollah venceu, obrigando Israel à retirada. Desde então vem sendo alvo de agressivas campanhas da parte dos sionistas, que o consideram “terrorista” e levaram os EUA a classificá-lo assim também. O Hezbollah tem como aliados os governos da Síria e do Irã.
Esta semana, num movimento surpreendente e significativo, Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, deixou seu bem-guardado esconderijo secreto para uma visita ao Irã, onde manteve encontros políticos com o presidente Mahmoud Ahmadinejad, o aiatolá Ali Khameney e outras autoridades iranianas. A visita reforçou os laços entre as duas forças políticas e muçulmanas, pedras nos sapatos – ou nas botas – da expansão israelense no Oriente Médio. Hezbollah e o Irã reafirmaram a necessidade de união dos países árabes e islâmicos contra essa expansão. Uma das estratégias de ambos é deter a prática de “dividir para dominar”, adotada por Israel em seu projeto de conquista da Ásia ocidental.
Como se percebe, e como a experiência mostra, a situação naquela região do planeta pode ficar ainda mais complicada – e ainda mais imprevisível.

Palestras do camarada José Paulo Netto reúnem cerca de mil pessoas na Paraíba



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Nos dias 29 e 30 de abril cerca de mil pessoas participaram das atividades organizadas pelo Núcleo do PCB e UJC da Paraíba com a presença do Professor José Paulo Netto.
Foram duas conferências: uma, em Campina Grande, iniciando as atividades do recém criado Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba; e outra, em João Pessoa, envolvendo os profissionais de serviço social do estado e a comunidade acadêmica vinculada ao pensamento marxista da Universidade Federal da Paraíba. Outra atividade foi um debate, que aconteceu em João Pessoa, envolvendo movimentos sociais e partidos que se colocam no campo da esquerda no estado. Este último contou com a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Consulta Popular, PSOL, PSTU, bem como de camaradas da UJC do estado vizinho, Pernambuco.
A atividade é fruto de uma articulação com o Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFPB e com o Conselho Regional de Serviço Social da Paraíba.
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Para o Núcleo do PCB na Paraíba, estas atividades se constituíram em um marco na história da reconstrução do partido neste estado, apontando o PCB como uma opção à militância que se envolve com as lutas dos trabalhadores e fortalecendo a relação das organizações participantes com o partido.
Núcleo do PCB e UJC da Paraíba

Carta a Fidel do diretor-geral da FAO



Roma, 29 de abril de 2013
Prezado comandante:
Tenho a honra de dirigir-me ao senhor como diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), para felicitar sinceramente o senhor e todo o povo cubano por antecipadamente ter cumprido a meta proposta pela Cúpula Mundial sobre a Alimentação, realizada em Roma, em novembro de 1996 e que propunha reduzir à metade o número de pessoas desnutridas em cada país, antes do ano 2015.
Como o senhor bem lembrará, nos honrou com sua presença nessa Cúpula e proferiu um discurso breve mas impactante, que ainda perdura na memória coletiva de nossa Organização. O senhor concluiu sua intervenção dizendo: “os sinos tocarão amanhã pela humanidade inteira se não quis, não soube ou não pôde ser suficiente sábia para salvar-se a si mesma”. E se diz que o senhor expressou na entrevista coletiva que seguiu a tal Cúpula que inclusive se fosse cumprida a meta não saberia o que dizer à outra metade da humanidade, que não seria liberada do flagelo da fome. São conceitos que até hoje continuam conservando todo seu significado e valor.
Decorreram desde então 17 anos e agora tenho a grande satisfação de comunicar-lhe que, por decisão de seus países-membros e pela primeira vez em sua história, a Conferencia da FAO, que se realizará no próximo mês de junho em Roma, adotará a erradicação total da fome como meta número um de nossa Organização.
Nessa ocasião, será feita uma homenagem a Cuba e aos outros 15 países que mais sucesso tiveram na redução da fome. A todos eles lhes será entregue um diploma de reconhecimento por terem cumprido antecipadamente a meta da Cúpula. Os países que acompanharão Cuba são: Armênia, Azerbaidjão, Chile, Fiji, Geórgia, Gana, Guiana, Nicarágua, Peru, Samoa, São Tomé e Príncipe, Tailândia, Uruguai, Venezuela e Vietnã.
Junto com a reiteração de minhas felicitações pelo importante avanço atingido por seu país, quero expressar-lhe meus melhores desejos de bem-estar e de sucesso para o senhor e todo o povo cubano.
Cumprimenta-o com grande estimação e apreço

José Graziano da Silva

Comandante
Fidel Castro Ruz
Havana
Cuba

René González, um patriota cubano



Sergio Alejandro Gómez e Livia Rodríguez Delis
“MEU compromisso com este povo é a única resposta possível à solidariedade, carinho e apoio de 11 milhões de cubanos”, disse, nesta segunda-feira 6 de maio em entrevista coletiva em Havana, René González, um dos Cinco Heróis injustamente condenados nos Estados Unidos por combater o terrorismo.
René junto a sua esposa, Olga Salanueva.
René junto a sua esposa, Olga Salanueva.

 
Acompanhado da família, René afirmou que se sente “um patriota cubano, identificado com nossa luta e nosso projeto”. Sua prioridade, assegurou, será incorporar-se à campanha pelo retorno de seus quatro irmãos.
“Até que não estejam todos eles aqui temos que continuar lutando”, referiu. “Eles vão resistir, não vão submeter-se”.
Para o presidente estadunidense, Barack Obama, só teve uma palavra: coragem. Isso na opinião dele é o único que se necessita para fazer justiça.
A respeito da campanha mundial pela libertação dos lutadores que permanecem presos, precisou que falta chegar à sociedade norte-americana. “O povo desse país, acrescentou, tem que conhecer que o governo estadunidense nos colocou no cárcere para defender seus terroristas”. Tem que saber que uma juíza me disse que o “terrorismo é mau, mas não tinha direito de combatê-lo ali”.
Acerca da difícil etapa do cárcere, contou que as milhares de cartas que recebia foram um alívio e lamentou não ter podido responder todas uma a uma. “Também ajudaram no convívio interno a dignidade e status que outorga lutar pelo certo”, disse.
“Enfrentamos essa forte prova com os recursos de cada quem. Eu, fazendo exercício e lendo, Tony comunicando-se o tempo todo, Ramón com seu esporte, Fernando estudando e Gerardo com esse humor que o faz esquecer qualquer tragédia”.
René partilhou também suas impressões sobre a Cuba que encontra. Lembrou que durante sua visita no ano passado brincou com alguns jovens no Cotorro (Havana) e lhes disse que as ruas tinham mais buracos. “Mas a gente tem a mesma essência e isso me alegra”, acrescentou.
Um jornalista lhe perguntou por Ignacio René, seu neto, o filho de Irmita: beisebolista ou piloto? Respondeu quase no instante: Se fosse por mim, piloto, porque sou muito mau no beisebol. •
INICIA TRÂMITES PARA A RENÚNCIA DA CIDADANIA ESTAUDNIDENSE
“Sinto-me feliz de estar em Cuba, com minha família e meu povo e de incorporar-me à sociedade que pertenço”, expressou o Herói da República de Cuba René González, após iniciar, na própria segunda-feira, os trâmites correspondentes para sua renúncia à cidadania norte-americana, na Repartição de Interesses de Washington em Havana (SINA), junto a seu advogado Phillip Horowittz.
“Há muitas emoções encontradas neste processo, morreu meu pai e vim para vê-lo e nessas circunstâncias tivemos esta possibilidade, mas continuaremos para a frente”.
O lutador antiterrorista chegou à sede da SINA acompanhado também de sua família, e foi recebido com mostras de carinho e apoio pelos moradores da zona, que perceberam sua presença. Quanto às particularidades do processo, René González explicou que é um trâmite técnico, o qual começou com o preenchimento dos formulários necessários para a renúncia da cidadania e que foi tratado de maneira profissional pelos senhores da SINA.
“Posteriormente, obterei uma Certidão de Perda da Cidadania, pelo Departamento de Estado, e uma vez que isso aconteça já não mais serei cidadão norte-americano e serei um orgulhoso cidadão cubano”, acrescentou.
Apontou que o processo deve terminar no próximo dia 16, período decretado pela juíza da Flórida, Joan Lenard, quando aceitou seu pedido de modificar as condições de sua liberdade supervisionada e permanecer em Cuba, em troca da renúncia à cidadania estadunidense.
Segundo estipulou a juíza, em 23 de maio René González deve apresentar à Corte ou ao Tribunal um relatório de seu estado de renúncia e uma cópia certificada, de qualquer certificado emitido de perda de nacionalidade. Do mais profundo de seu coração, o Herói da República de Cuba reiterou a necessidade de continuar a causa pela libertação de seus outros quatro irmãos. “É uma injustiça e um crime que estejam presos e temos que continuar lutando, porque sua família e o povo cubano precisam deles”.

terça-feira, 7 de maio de 2013

A Greve Continua!

Assine o abaixo-assinado exigindo a abertura de negociações com a Apeoesp





Por aumento real de salário e reposição das perdas, condições de trabalho, implantação da jornada do piso, extensão das condições da categoria F para a categoria O, não à privatização do Hospital do Servidor e outras reivindicações
Nova assembleia - 10 de maio no Vão Livre do MASP, na Avenida Paulista, a partir das 14 horas!




A intransigência e a arrogância do Secretário da Educação levaram os 18 mil professores presentes à assembleia estadual no Vão Livre do MASP (Avenida Paulista) na tarde de sexta-feira, 3, a aprovar a continuidade da greve. Os professores aprovaram ainda um calendário de mobilizações, que prevê uma nova assembleia para o próximo dia 10 de maio (sexta-feira), no mesmo local, a partir das 14 horas.
Até agora, o governo não acenou com qualquer contraproposta. Por isso a APEOESP esteve presente na terça-feira, 30 de abril, na Assembleia Legislativa, quando participou da reunião do Colégio de Líderes. Os diretores solicitaram a realização de uma audiência pública e a constituição de uma comissão de parlamentares para abrir canal de negociação com o governador Geraldo Alckmin.
Em todas as regiões vamos intensificar o trabalho de convocação para a assembleia e de ampliação da nossa greve. É necessário realizar comandos nas escolas em todos os dias da semana, combinados com atividades regionais (panfletagens), diálogo com os pais e estudantes, assembleias regionais.
A assembleia aprovou também moção pela destinação de 100% dos royalties do petróleo e 50% dos rendimentos do Fundo Social do Pré-Sal para a educação, que será encaminhada ao Senado Federal, Câmara dos Deputados Deputados, Presidência da República, Ministério da Educação, Governador, Prefeitos, Câmaras Municipais (texto anexo).
Aprovou ainda moção de repúdio aos dirigentes de ensino autoritários, que perseguem professores e não respeitam o direito de greve, citando os nomes dos dirigentes cujos nomes forem encaminhados até segunda-feira às 17 horas para presiden@apeoesp.org.br.
Nas regiões, as subsedes devem denunciar também os diretores de escolas autoritários, que praticam assédio moral contra os professores, sobretudo neste momento de greve.
Entre as principais reivindicações (quadro), queremos aumento real, além da reposição de nossas perdas salariais. Além disso, a implantação da jornada do piso, contratação de temporários com os mesmos direitos dos docentes da categoria “F”, soluções para a violência nas escolas, para as péssimas condições de trabalho, para a saúde dos professores. E não admitimos a privatização do Hospital do Servidor e do IAMSPE.

Homologação do Parecer do CNE sobre a Lei do Piso
Em audiência com o Ministério da Educação (MEC), em 02 de maio, a presidenta da APEOESP, Maria Izabel Azevedo Noronha, garantiu o compromisso do próprio ministro, de, em no máximo 15 dias, homologar o parecer do Conselho Nacional de Educação sobre a Lei do Piso, incluindo as especificações sobre a constituição da jornada.

Nossas principais reivindicações
 Aumento real de salário;
 Reposição salarial de 36,74% e recomposição do reajuste referente ao ano de 2012;
 Reajuste imediato de 13,5%, sendo: 2% já propostos pelo Governo, mais 6% já previstos na LC 1143/2011, mais 5% referentes à recomposição do reajuste anunciado para julho de 2012;
 Cumprimento da jornada estabelecida pela Lei do Piso: no mínimo 33% da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas;
 Extensão das condições funcionais dos professores da Categoria F aos professores da Categoria O;
 Não à privatização do Hospital do Servidor Público Estadual e do IAMSPE.
 Concursos públicos para que todos possam efetivar-se;
 Direito de atendimento no IAMSPE para os professores da Categoria “O”;
 Fim da remoção ex officio e da designação de professores das Escolas de Tempo Integral;
 Regime de dedicação exclusiva para todos aos que se dedicam a apenas uma unidade escolar, por opção de cada professor(a);
 Revogação da lei 1044/08 (lei das faltas médicas);
 Melhores condições de trabalho e políticas de prevenção do adoecimento dos professores;
 Fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial;
 Fim das “provinhas” e avaliações excludentes;
 Por um plano de carreira que atenda às necessidades do magistério;


Acerca da greve dos professores de São Paulo


csunidadeclassistasp.blogspot


O Estado de São Paulo amanheceu nesse dia 26/04 com os professores dizendo em alto e bom som que somos aqueles que formam os filhos dos trabalhadores e que não aceitam as condições de trabalho que nos são impostas por um governo que a única palavra de ordem é: privatizem!!! 

Na educação isso tem se revelado com a forma de contratação dos professores, os chamados categoria ''O'', onde não tem acesso as garantias do trabalho não podem adoecer, não podem chorar seus mortos já que não podem faltar e mais quando o final do ano chegar serão demitidos perdendo o direito a décimo terceiro salário e férias. 

No que tange aos alunos aplicam a famosa politica de investimento verbal ,mas que na pratica é o mínimo possível já que, quem usa a escola pública são os trabalhadores e seus filhos e para esses o mínimo basta, enquanto a saúde publica o hospital do servidor que é um patrimônio dos trabalhadores de São Paulo se encontra num processo de privatização, aliás coisa que são extremamente eficientes no fazer.


Hoje investimento em São Paulo somente nos interesses da burguesia em áreas que tragam lucro para os mandatários do poder; empreiteiras ,bancos e nas maracutaias palacianas. Quando esses mesmos falam sobre a educação usam sempre o termo gasto deixando claro que a educação dos trabalhadores é um peso social e não é prioridade para os representantes da burguesia.

Pela dignidade da educação pública que garanta o desenvolvimento pleno daqueles que a usam,ou seja, os trabalhadores nós professores do Estado de São Paulo, continuamos em greve, em luta, chamando a todos os demais que se juntem a nós para derrotarmos essa politica nefasta dos tucanos em São Paulo.

Sábado, 27 de abril de 2013
UNIDADE CLASSISTA - SÃO PAULO

sexta-feira, 3 de maio de 2013

1º de maio: a riqueza é daqueles que a produzem



(Nota Política do Secretariado Nacional do PCB)
Quem construiu Tebas, a cidade das sete portas?
Nos livros estão nomes de reis;
os reis carregaram as pedras?
E Babilônia, tantas vezes destruída,
quem a reconstruía sempre? Em que casas
da dourada Lima viviam aqueles que a construíram?
No dia em que a Muralha da China ficou pronta,
para onde foram os pedreiros?
A grande Roma está cheia de arcos-do-triunfo:
quem os erigiu? Quem eram
aqueles que foram vencidos pelos césares? Bizâncio, tão
famosa, tinha somente palácios para seus moradores? Na
legendária Atlântida, quando o mar a engoliu, os afogados
continuaram a dar ordens a seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César ocupou a Gália.
Não estava com ele nem mesmo um cozinheiro?
Felipe da Espanha chorou quando sua armada
naufragou. Foi o único a chorar?
Frederico 2º venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem partilhou da vitória?
A cada página uma vitória.
Quem preparava os banquetes?
A cada dez anos um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias,
Tantas questões
Bertolt Brecht in 'Perguntas de um trabalhador que lê'
Trabalhadores:
Em mais um Primeiro de Maio, vemos na maioria dos países os trabalhadores experimentarem as consequências da crise capitalista, das guerras e intervenções imperialistas, com a intensificação da exploração capitalista. O sistema dá mais uma vez sinais de sua verdadeira face, com nefastos impactos sobre a vida dos povos:
- 16% da população mundial sofrem de desnutrição;
- O desemprego aumenta de forma continuada;
- 1 em cada 6 pessoas no mundo não tem acesso a água potável suficiente;
- Mais de 100 milhões de pessoas não tem um lar, centenas de milhões vivem em favelas, sem saneamento. Outras centenas de milhões vivem de aluguel ou têm de pagar preços exorbitantes para obter a casa própria;
- 920 milhões de pessoas continuam analfabetas;
- A cada ano, cerca de 2,1 milhões de pessoas ao redor do mundo morrem de enfermidades evitáveis por vacinação;
- Os direitos dos trabalhadores a salário mínimo decente, seguridade social, serviços públicos gratuitos e de qualidade (educação, saúde, transporte, eletricidade) estão sendo retirados e atacados; e
- A liberdade de associação e as liberdades sindicais em geral estão sendo atacadas. Há sindicalistas assassinados, presos e demitidos ao redor do mundo.
Não bastasse toda exploração e sofrimento, a sanha imperialista quer impor aos povos novas guerras imperialistas pela manutenção de seu poder e privilégios, como no caso da Síria, do Irã e da Coréia do Norte.
Desmascara-se a falsa democracia burguesa com o poder crescente dos grandes bancos e corporações industriais multinacionais, que ferem a autodeterminação dos povos, como na Grécia e na Itália; os golpes em Honduras e Paraguai e a recente tentativa de golpe na Venezuela, com o não reconhecimento da vitória eleitoral das forças progressistas.
No Brasil, o cenário é cada vez pior: com a crise cada vez mais forte entre nós, o governo cada vez mais rendido ao Capital ataca os trabalhadores, como comprovam as "desonerações" da folha de pagamentos, a proposta de uma nova contra-reforma da Previdência e o projeto de Acordo Coletivo Especial (ACE) que significa o fim dos direitos trabalhistas - apoiado pelo sindicalismo patronal e por representações da classe trabalhadora, como a CUT, que agem em favor do capital e aderiram ao governo e sua política, fazendo o jogo da conciliação de classes. A “medida de contenção” que vinha sendo usada pelo governo para enganar o povo com a falsa sensação de melhoria das condições de vida, a concessão de crédito, gera cada vez mais seu nefasto resultado do endividamento crescente dos mais pobres.
O Governo Dilma está totalmente rendido aos interesses e necessidades dos grandes banqueiros e especuladores, com a elevação recente das taxas de juros, e das grandes empresas que exploram o trabalhador brasileiro.Continuam os megaempreendimentos que beneficiam as empreiteiras com a remoção de populações inteiras de seus locais de moradia, e as obras superfaturadas para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 alcançam novo patamar. Continuam os leilões dos campos de petróleo e de áreas de exploração no pré-sal, com a entrega do patrimônio público a preços irrisórios. Populações indígenas são exterminadas e retiradas de seus locais em benefício de grandes latifundiários - responsáveis ainda pelo desmatamento e a produção insuficiente daqueles alimentos consumidos pela população, fazendo explodir o custo da alimentação e, consequentemente, a inflação.
A insatisfação crescente com este estado de coisas, como atestam as manifestações quase diárias contra a calamidade dos transportes públicos pelo país, e as greves nas obras do PAC, encontram por parte dos governos apenas a truculência das forças policiais - quando não a infiltração de agentes da Abin, como no caso do Porto de Suape. Tal episódio demonstra claramente que precisamos avançar muito na obtenção da verdadeira democracia, que não virá com um governo covarde e leniente como o que temos no tratamento dos crimes da ditadura - permissivo com atos como o recente atentado à OAB no Rio de Janeiro e as declarações de ministro da Educação em desagravo a reconhecido e público financiador de assassinos e torturadores.
Em oposição ao que diz a burguesia e toda a sorte de oportunistas, a classe operária não só não desapareceu como se desenvolve e cresce, em termos de quantidade e qualidade, como força básica da produção. A classe operária é a força motriz do desenvolvimento social, a produtora de toda a riqueza socialmente obtida.
Nesse Dia Internacional dos Trabalhadores, é dever e tarefa de todos os trabalhadores honrar os mártires de Chicago e todos os que tombaram em luta para denunciar a exploração capitalista em todos os cantos do planeta, fazendo ecoar suas bandeiras de luta: nenhum sacrifício por nossos exploradores! Nenhuma perda de direitos pela manutenção do lucro dos abutres capitalistas!
O capitalismo não cairá de podre. Ele precisa ser derrotado através da luta e mobilização das massas trabalhadoras, da sua mobilização. Só a classe operária, os trabalhadores em geral, tem a força e o poder de reverter tal situação
Nesse 1º de Maio, as centrais sindicais ligadas ao governo repetirão as grandes "festas" com artistas famosos, distribuição de brindes, bebidas e sorteios, além de muito discurso a favor do Governo e do “pacto entre trabalhadores e patrões”. A submissão ao capital, aliás, já ficou mais que óbvia em recente lançamento de automóvel com a presença do presidente do Sindicato dos metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo (SP). É preciso resistir à velha máxima desse “pão e circo”, que será a tônica em muitos centros urbanos do país, buscando desarmar ideologicamente a classe trabalhadora brasileira no enfrentamento ao patronato e ao sistema capitalista. É preciso denunciar que este recorrente apaziguamento das lutas tem levado a nossa classe à perda sistemática de direitos, ao endividamento, à péssimas condições de transporte e moradia, à uma educação pública que envergonha o país a cada levantamento de órgãos internacionais e à uma saúde calamitosa, que vê ano a ano crescer - ao invés de diminuir - índices de doenças simples de serem evitadas como a dengue.
Nós, do PCB, conclamamos você a somar esforços na luta. É preciso reforçar a unidade dos movimentos populares, das forças de esquerda e entidades representativas dos trabalhadores, no caminho da formação de um bloco proletário capaz de contrapor à hegemonia burguesa uma real alternativa de poder popular, com a organização da Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, que possa ordenar ações unitárias contra o poder do capital e do imperialismo, rumo à construção da sociedade socialista.
Lutemos juntos pelas seguintes propostas:
- Redução da jornada de trabalho sem redução de salários
- Salário mínimo do Dieese; fim do imposto de renda sobre os salários
- Contra a proposta de Acordo Coletivo Especial (ACE)
- Contra a transformação da previdência em benefício dos fundos de pensão
- Pela Reforma Agrária
- Contra os leilões do Petróleo. Petrobras 100% estatal
- Pela punição dos crimes da ditadura
- Solidariedade internacionalista à luta dos trabalhadores
- Unidade da classe trabalhadora numa Frente Anticapitalista e Anti-imperialista
- Contra a criminalização dos movimentos sindicais e sociais em Luta
- Contra o modelo de desenvolvimento econômico a favor do capital
- Contra a exploração capitalista e as guerras imperialistas
- Pelo poder popular e uma sociedade socialista, rumo ao comunismo
Viva a classe operária mundial e o internacionalismo proletário.
Partido Comunista Brasileiro – PCB
Secretariado Nacional
Maio de 2013