quarta-feira, 27 de março de 2013

UJC lança nota sobre a ofensiva imperialista contra a Coreia Popular


 

A notícia de que já há mais de 28.000 soldados Norte Americanos realizando ações em conjunto com as forças armadas da Coreia do Sul perto da fronteira, treinando inclusive o manejo mais adequado para uma eventual intervenção de cunho militar contra a Coreia do Norte, vem ocupando os noticiários, orientados pelas agências da Europa e EUA, nas últimas semanas. Trata-se de uma preparação psicológica que visa satanizar o líder Norte Coreano Kim Jong Un, retirar a subjetividade de uma nação (quem não se lembra da cobertura tendenciosa e preconceituosa do funeral de Kim Jong Il?) e justificar, assim, a brutal agressão imperialista contra um país soberano.



A República Popular Democrática da Coreia, país de orientação econômica socialista e de orientação ideológica norteada pela contribuição peculiar do líder revolucionário Kim Il Sung ao marxismo, a ideologia Juche, é um país não alinhado com a economia de mercado liberal, tampouco com o formato político burguês vulgarmente chamado pelos grande media de "democracia".

O PCB, e portanto a UJC, nunca teve relações bilaterais com o Partido do Trabalho da Coreia. Historicamente as relações que o PCB e a UJC mantiveram estão no campo político que foi liderado pelo PCUS. No entanto, durante o XIV Congresso do PCB, em 2009, um conselheiro da embaixada Norte-Coreana no Brasil participou de alguns debates e esteve presente em alguns trabalhos desse congresso. Sua presença foi importante para que o Partido pudesse ter um norteamento mais claro em relação ao nosso posicionamento acerca desse país.



Compartilhamos com o Partido do Trabalho da Coreia e com o povo Norte-Coreano a firme postura antiimperialista e a defesa intransigente e sem concessões da soberania nacional e da auto determinação dos povos. É nesse sentido que na Nota Política lançada pelo CC do PCB quando da morte do líder Kim Jong Il, ficou expressa a nossa solidariedade ao povo Norte-Coreano ante os constantes ataques econômicos, políticos e ideológicos, vindos por parte de sanções da ONU e dos países centrais do imperialismo e por parte das mentiras constantes promovidas pelos media vendidos.

O perigo agora é de uma iminente agressão militar contra a Coreia do Norte. Parte da Estratégia imperialista de recuperação da economia através da queima de forças produtivas, ampliação de mercado à força e de destruição da resistência socialista e operária. Quem vive sob constante ameaça tem que se defender, e é isso que a Coreia do Norte vem fazendo, preparando condições para defender seu território, seu programa, sua economia, seu povo. A hostilidade imperialista provoca essa situação.

É por conta disso que o governo Norte Coreano publicou essa semana uma declaração política em que conclama a que todo povo esteja preparado para defender seu país frente ao perigo de uma agressão Norte Americana, com o apoio submisso dos lacaios do Sul. Proclama também que o país tem condições de se defender e inclusive de promover ofensivas que atinjam regiões como Hawai e Ilhas Guam. Mas, apesar disso, deixa claro que não é interessante para o povo Norte Coreano que esse conflito aconteça. A nota diz: "O Comando do Exército Popular da Coreia exortamos à humanidade progressista de todo o mundo que se opõe à guerra e ama a paz a levantar-se como um só homem na luta contra a coação e a arbitrariedade bandida dos EUA. A Injustiça do país Central que tem poderosas forças militares não pode ser a Justiça.(...)A Injustiça é retrógrada e mortífera, mas a justiça é eterna e a sua chama é ardente. Chamamos o mundo a somar-se à luta do exército e do povo na Coreia para defender a soberania e a justiça, ao invés de seguir cegamente a coação e a arbitrariedade dos EUA e a "resolução" do conselho de segurança da ONU, carente de imparcialidade. A vitória está ao lado da República Popular Democrática da Coreia levantada para defender a soberania e da humanidade progressista do mundo amante da justiça e da paz", diz a nota

A União da Juventude Comunista, por resolução congressual, entende que o imperialismo tem a pretensão de realizar uma ofensiva que busca invadir e desestabilizar, ou já o fez, em países como Líbia, Síria, Irã e Coreia do Norte. Também defendemos a autodeterminação do povo Norte Coreano e condenamos as bases Norte Americanas instaladas na Coreia do Sul. Somente o povo Norte Coreano pode decidir seu futuro, nós da UJC fazemos nossas as palavras do CC do PCB em sua Nota política sobre a Coreia do Norte: "No que se refere ao processo de construção do socialismo, cabe ao PCB apenas nutrir esperanças de que os trabalhadores norte-coreanos possam ajustar seu rumo, assumindo papel dirigente no fortalecimento do poder popular e na luta contra qualquer forma de restauração capitalista."

Aqui publicamos uma entrevista muito esclarecedora com um dirigente do Partido do Trabalho da Coreia feita à TV Russa.

terça-feira, 26 de março de 2013

Programa do PCB exibido em rede nacional em março de 2013

Fidel envia carta a Evo Morales no Dia do Mar.



Fonte: RÁDIO HAVANA

Havana, 25 março (RHC) O líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, enviou uma carta ao presidente boliviano, Evo Morales com motivo de se comemorar na Bolívia o Dia do Mar.

Na carta, Fidel Castro reiterou o respaldo ao reclamo boliviano por conseguir uma saída soberana ao oceano Pacífico, perdida com o Chile em 1879. A própria guerra entre dois Estados de similar cultura e origem foi de nefastas conseqüências para dois povos do nosso hemisfério, assinalou.

Nas terras tiradas a Bolívia, seguindo a linha traçada pelas potências coloniais, nossas jovens nações foram despojadas de imensos recursos. Das terras arrebatadas a Bolívia, a burguesía e o imperialismo extrairam a cada ano dezenas de milhares de milhões de dólares,assinalou.

"Que o povo da Bolívia, Evo, não se desanime por isto..., há muito que lutar ainda em teu maravilhoso país; muita quinua que semear, muito alimento por produzir, muito emprego por criar e reuniões internacionais onde proclamar o direito da Bolívia de saída ao mar, a seus produtos e alimentos marinhos que lhe arrebataram à força quando a privaram de 400 quilômetros de costa e 120 mil quilômetros quadrados," manifestou o líder histórico da Revolução. "Simao Bolívar não teria aceitado jamais que se privasse aos quechuas, aymaras e demaismoradores da Bolívia, de tais direitos que lhe atribuiu O Libertador da América", afirmou.


"Hugo Chávez, seu mais brilhante seguidor, que amava profundamente a teu país, jamais se teria resignado a tão ignominioso destino", sublinhou Fidel Castro em sua carta, que tem tido uma ampla repercussão internacional.

MÚSICA, FESTA E ALEGRIA NA COMEMORAÇÃO DOS 91 ANOS DO PCB EM SÃO PAULO


O PCB de São Paulo comemorou com muita festa, música, alegria e poesia, na sua Sede, Rua Francisca Miquelina, o aniversário de 91 anos do Partido. Mais de 100 pessoas passaram pelo evento. A Sede foi pequena para acomodar tanta gente. Tudo foi realizado num clima de grande camaradagem e emoção. Foi o momento para o encontro de velhos camaradas, inclusive, muitos que, na época do racha, não ficaram com nenhum dos lados. 
No entanto, a presença marcante foi da juventude, composta por cerca de dois terços dos presentes e que ficou encarregada pela infraestrutura da festa e pela venda de salgadinhos e bebidas. O evento também foi prestigiado pelos Camaradas do Partido Comunista do Chile e da Frente Polisário.

A festa começou com o cantor gaúcho Pedro Munhoz que veio do Rio Grande do Sul para o evento, além de Cícero do Crato, acompanhados pelo violonista Pedro Chaves. Munhoz esquentou a plateia com sua música militante, inclusive, a Canção da Terra, que, atualmente, está como trilha sonora da novela Flor do Caribe na Globo.
Posteriormente, apresentou-se a banda chilena Canto Libre, com suas canções latino-americanas. Um dos momentos mais empolgantes da festa foi quando os camaradas do Canto Libre anunciaram, publicamente, que a partir daquele momento passariam a militar no PCB. Em seguida, o companheiro Tiaraju deu uma boa canja, cantando músicas cubanas e a Internacional.  
Antes da última apresentação, o Secretário Político do PCB-SP, Edmilson Costa, fez uma saudação e agradecimentos a todos os presentes, desejando um ano cheio de lutas para a militância. A Camarada Karina França fechou o show musical, empolgando a todos com seu timbre especial, o que fez a juventude cair na dança. Depois, o pessoal da UJC recitou poemas e, a partir daí, a festa ficou por conta da Juventude, dançando a cantando samba até o sol raiar. 
PCB-SP

segunda-feira, 18 de março de 2013

O PCB não se intimida com neonazistas


(Nota Política do Secretariado Nacional do PCB)
O Partido Comunista Brasileiro valoriza a nota publicada pela direção estadual do PSTU no Rio de Janeiro - que reproduzimos na íntegra mais adiante - denunciando tentativa de intimidação por parte de agrupamento neonazista na cidade.
Somos tomados por maior indignação, porque o cartaz intimidatório é dirigido diretamente aos comunistas e, como se vê em sua reprodução, ataca especificamente o símbolo histórico utilizado pelo PCB: a foice e o martelo.
Não lembrou-se entretanto o PSTU de registrar que, no edifício onde se afixaram clandestinamente os cartazes anti-comunistas, além da sede estadual desse partido, está localizada a sede nacional do PCB, que vem sendo ameaçado por setores de direita, por conta da nossa firmeza na apuração e julgamento dos crimes cometidos pela ditadura contra camaradas do nosso Partido e de outras organizações que lutavam na clandestinidade e em função de nosso internacionalismo proletário na luta contra o imperialismo.
Em nossa trajetória, que está prestes a completar 91 anos de luta, os comunistas do PCB fomos a força política que mais fortemente combateu a variante brasileira do nazi-fascismo, o integralismo. Orgulhamo-nos de ter enviado camaradas - verdadeiros heróis da humanidade - para combater tal ideologia na Guerra Civil Espanhola e na Resistência Francesa e de ter lutado para o Brasil entrar na Segunda Guerra contra o Eixo. Não nos intimidaremos com essa ameaça.
Conclamamos todas as forças progressistas a ficarem atentas e somarem esforços para enfrentarmos essas tentativas de intimidação. A história registra que sempre os primeiros a serem perseguidos pelos nazi-fascistas são os comunistas.
Por isso, lembramos Bertold Brecht em seu poema 'A Indiferença', escrito durante a escala nazista na Europa:
"Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afetou
Porque eu não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde."

Nota do PSTU:
Ameaça neonazista no Rio de Janeiro
Organização neonazista ameaça movimentos sociais e partidos de esquerda com cartazes espalhados pela cidade
PSTU - RJ
• Na semana do 8 de Março, dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora, o bairro da Lapa foi coberto por cartazes de uma organização neonazista denominada“Combat 18 – Divisão RJ”. O 18 é derivado das iniciais de Adolf Hitler. O “A” e o “H” são a primeira e oitava letras do alfabeto latino.
Em uma clara tentativa de intimar e provocar os movimentos sociais, muitos dos cartazes foram afixados nas colunas do prédio onde está situado o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU. Um dos cartazes afirma: “Comunistas e subversivos, o Combat 18 está de olho em vocês.(...) Ninguém será poupado!!!(...) Estejam preparados pois a única alternativa para vocês é a MORTE!!! (...) Lixo vermelho a sua hora chegou”.
Original da Inglaterra, o Combat 18 tem seções em alguns países do mundo, inclusive no Brasil. É o braço armado do National Front, partido inglês de extrema direita nacionalista, fundado na década de 70. Nas eleições de 1979, recebeu mais de 190 mil votos. Em 2010, apresentou 17 candidaturas nas eleições gerais e 18 nas locais, não obtendo uma única representação. Possui ligações com os famosos torcedores hooligans e uma rede de bandas que promovem músicas neonazistas, o Blood&Honour (Sangue e Honra).
O blog da seção do Rio de Janeiro exibe os “Códigos da Raça Ariana”; os “25 pontos do Partido Nacional-Socialista Alemão (1920)”; imagens de espancamentos de moradores negros de rua; cartazes de agitação, além de inúmeras “teorias” raciais e antissemitas.
Campanha antineonazista
Em primeiro lugar, não toleraremos nenhum tipo de provocação, ameaça ou intimidação de nossos militantes, ou de qualquer organização democrática. O Combat 18 têm aproximadamente 5 ou 6 membros na cidade do Rio e não possui absolutamente nenhum lastro social. São um grupo de classe média, provavelmente moradores da região do Centro, Zona Sul e Tijuca, que escondem seus rostos e praticam a covardia contra aqueles que julgam ser inferiores.
Ao mesmo tempo, procuraremos demais partidos operários, partidos democráticos em geral, centrais sindicais e sindicatos, entidades estudantis, ONGs, quilombos, organizações LGBTs, lideranças dos movimentos sociais e parlamentares para fazer uma ampla campanha antineonazista. Iremos também prestar queixa na polícia. Por mais que o Combat 18 não tenha nenhuma expressão social, o PSTU entende que devemos nos precaver de qualquer inciativa desse grupo.
Por último, o Combat 18 não conhece as tradições do movimento operário. Somos sobreviventes dos campos de concentração nazistas no período que antecedeu a II Guerra Mundial; vencemos as ditaduras na América Latina nas décadas de 60, 70 e 80; morremos e resistimos aos torturadores do regime militar; e agora estamos impulsionando a Caravana da Anistia da antiga Convergência Socialista em todo o Brasil. Nos reconhecemos em cada militante que luta contra os planos de austeridade na Europa ou contra as ditaduras no Norte da África e Oriente Médio. Somos homens e mulheres de todas as cores e nacionalidades, de todas as orientações sexuais e livres de todos os tipos de preconceitos. Nós somos grandes, e não admitiremos que toquem em um de nossos militantes.

quarta-feira, 13 de março de 2013

UJC homenageia Karl Marx


 

Em 14 de março de 2013 completam-se 130 anos do desaparecimento físico de Karl Heinrich Marx, um dos maiores revolucionários da história, o formulador e sistematizador do socialismo científico, da compreensão dialética e materialista da história, o homem que contribuiu de forma decisiva e imensa para a construção da revolução proletária e do socialismo. Nós da UJC, como frente de massa revolucionária e comunista, portanto, devemos fazer nossa homenagem.
Devemos, porque a UJC é a frente de massa de juventude do PCB, o Partido Comunista Brasileiro, histórico e heroico partido protagonista das lutas operárias pelo socialismo no Brasil desde 1922. O PCB nasce inspirado pela primeira revolução política que tinha pretensões de avançar historicamente à revolução social, claramente e profundamente influenciada pela produção prática e teórica de Karl Marx.
Não nos é possível expressar em rasas e poucas palavras a grandeza que Marx representou, representa e representará para o desenvolvimento da história, e por isso usamos aqui as palavras ditas por seu camarada, companheiro e amigo Friedrich Engels quando da sua morte:

"Pois, Marx era, antes do mais, revolucionário. Cooperar, desta ou daquela maneira, no derrubamento da sociedade capitalista e das instituições de Estado por ela criadas, cooperar na libertação do proletariado moderno, a quem ele, pela primeira vez, tinha dado a consciência da sua própria situação e das suas necessidades, a consciência das condições da sua emancipação — esta era a sua real vocação de vida. A luta era o seu elemento. E lutou com uma paixão, uma tenacidade, um êxito, como poucos."



Aqui publicamos uma entrevista com o Camarada Antonio Carlos Mazzeo, buscando responder de forma sintética alguns questionamentos acerca da filosofia marxiana.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Reflexões de Fidel: Perdemos nosso melhor amigo



 
Em 5 de março, no período da tarde, faleceu o melhor amigo que o povo cubano teve ao longo de sua história. Uma chamada por satélite comunicou a amarga notícia. O significado da frase empregada era inconfundível. Se bem que conhecêssemos o estado crítico de sua saúde, a notícia nos golpeou com força. Recordava as vezes que brincou comigo dizendo que, quando ambos concluíssemos nossa tarefa revolucionária, me convidaria a passear pelo rio Arauca no território venezuelano, que lhe fazia recordar o descanso que nunca teve.
 
Coube-nos a honra de haver compartilhado com o líder bolivariano dos mesmos ideais de justiça social e de apoio aos explorados. Os pobres são os pobres em qualquer parte do mundo.
 
“Dê-me a Venezuela, em que posso servi-la: ela tem em mim um filho”, proclamou o herói nacional e apóstolo de nossa independência, José Martí, um viajante que ainda sem limpar o pó do caminho, perguntou onde estava a estátua de Bolívar.
 
Martí conheceu o monstro porque viveu em suas entranhas. Seria possível ignorar as profundas palavras que verteu em carta inconclusa a seu amigo Manuel Mercado na véspera de sua queda em combate? “Encontro-me todos os dias em perigo por entregar minha vida pelo meu país e por ser meu dever – posto que assim entendo e me animo a assim agir – de impedir a tempo, com a independência de Cuba, que os Estados Unidos se estendam pelas Antilhas e caiam, com mais essa força, sobre nossas terras da América. O que fiz até hoje, e o que farei, é para esta finalidade. Teve de ser em silêncio, portanto indiretamente, porque existem coisas que para serem alcançadas têm de andar ocultas.”
 
Havia transcorrido então 66 anos desde que o libertador Simón Bolívar escrevera: “Os Estados Unidos parecem destinados pela Providência a infestar a América de misérias em nome da Liberdade.”
 
Em 23 de janeiro de 1959, 22 dias depois do triunfo revolucionário em Cuba, visitei a Venezuela para agradecer a seu povo e ao governo que assumiu o poder após a ditadura de Perez Jimenez, o envio de 150 fuzis no final de 1958. Disse então:
 
“A Venezuela é a pátria do Libertador, onde se concebeu a ideia da união dos povos da América. Nós, os cubanos, respaldamos nossos irmãos da Venezuela.
 
Tenho falado destas ideias não porque me mova qualquer ambição de cunho pessoal, tampouco ambição de glória, porque, afinal de contas, a ambição de glória não deixa de ser uma vaidade e como disse Martí: ‘Toda a glória do mundo cabe num grão de milho.’
 
De modo que, ao vir falar assim ao povo da Venezuela, o faço pensando honrada e profundamente, que se quisermos salvar a América, se quisermos salvar a liberdade de cada uma de nossas sociedades, que, ao fim e ao cabo, fazem parte de uma grande sociedade, que é a sociedade da América Latina; se se trata de salvar a revolução de Cuba, a revolução da Venezuela e a revolução de todos os países de nosso continente, teremos de nos unir e teremos de nos apoiar solidamente, porque sozinhos e divididos iremos fracassar.”
 
Disse isto naquele dia e hoje, 54 anos depois, o ratifico!
 
Devo apenas incluir naquela lista os demais povos do mundo que, durante mais de meio século, têm sido vítimas da exploração e do saque.
 
Esta foi a luta de Hugo Chavez.
 
Nem sequer ele mesmo suspeitava de quão grande era.
 
“Hasta la victoria siempre!”, inesquecível amigo!
 
Fidel Castro Ruz
11 de março de 2013
00h35

quinta-feira, 7 de março de 2013

Camarada Chavez Presente agora e sempre!

Nota de pesar do PCB Guarulhos

Hoje, dia 5 de março de 2013 faleceu o presidente da Venezuela e comandante do processo de radicalização democrática e estatização dos meios de produção da Venezuela. Chavez liderou, sob a bandeira democrática, nacional e popular, sem deixar de lado o horizonte estratégico de luta pelo socialismo, a luta do povo Venezuelano contra o imperialismo.



Sob sua liderança a Venezuela erradicou o analfabetismo, com o apoio incondicional de Cuba; estatizou o Petróleo e outras empresas; criou instrumentos deliberativos controlados pela classe trabalhadora, tanto nos locais de trabalho, nas informações, quanto em outras instâncias; criou uma guarda civil bolivariana; criou articulações de unidade na América Latina, como a Alba; conseguiu integrar a Venezuela em outras, como o Mercosul e a Unasul; destruiu articulações internacionais pró imperialistas, como a OEA; expulsou mais de uma vez a diplomacia imperialista de seu país; enfrentou cara a cara o imperialismo da UE.
Por essas, entre diversas outras medidas que não foram aqui lembradas, temos imenso respeito, admiração e sentimento de camaradagem com o comandante Chávez, entendemos que o processo revolucionário bolivariano deve continuar, inspirado em sua luta, que foi a luta de Che, Mariátegui, Manuel Marulanda -o Tirofijo, Raul Reyes, é a luta de Fidel, de Raul e permanece sendo a luta de toda classe trabalhadora latino - americana e de todo mundo.
Nós, da base de Guarulhos do Partido Comunista Brasileiro estivemos e estamos juntos com Chávez através do internacionalismo proletário e sabemos que devemos continuar na luta, em solidariedade à luta pela transição ao socialismo na Venezuela, à luta pela soberania nacional Venezuelana, à luta pela construção da Grande Pátria idealizada por Bolívar.

Viva Hugo Chávez!
Viva a revolução Venezuelana!
Viva o socialismo!
Pátria socialista ou morte!
Venceremos!

Toda solidariedade ao povo venezuelano!


(Nota do Comitê Central do PCB)
O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB) manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do comandante da revolução bolivariana, Hugo Chavez, e se solidariza de maneira revolucionária e militante com o povo da Venezuela, especialmente os trabalhadores, neste momento de tristeza e de dor.
A morte do comandante Chavez é uma enorme perda não só para o povo da Venezuela, mas para todos os latino-americanos, uma vez que Chavez se transformara num símbolo de mudanças e transformações na América Latina, bem como na resistência  à política imperialista dos Estados Unidos na região.


No entanto, o Partido Comunista Brasileiro reafirma sua confiança de que os trabalhadores e o povo venezuelanos saberão construir a unidade, ampliar a organização, derrotar as forças conservadoras e defender de maneira firme e combativa o processo de transformações que vem ocorrendo atualmente no País e avançar no sentido da construção do socialismo.
Desde o Brasil, os comunistas sabem que a melhor maneira de honrar a memória de Chavez é construir em cada País as condições para o avanço da luta popular e do processo revolucionário na América Latina.
Unidade, organização e luta na Venezuela!
Avançar no processo revolucionário! 
Rio de Janeiro, 5 de março de 2013
Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro

Comandante Chávez faleceu, e agora: o que fazer?



Milton Pinheiro

A cena política impactada pelo falecimento do presidente Hugo Chávez se torna extremamente tensa diante das trilhas e possibilidades que sinalizam as posições em confronto. Temos nesse momento de tratar das ações entre as diferentes esferas das relações sociais, entender quem são os atores em disputa, analisar as relações de força e as práticas políticas em movimento, com as suas cargas ideológicas ocultas.
Na Venezuela se constituiu um poder alternativo à lógica do capital, pautado na defesa dos direitos do povo e dos trabalhadores. Mas que sempre enfrentou dificuldades para empreender mudanças estruturais e profundas rupturas na ordem. Esse movimento de poder popular (difusamente chamado de chavismo) se confronta, até hoje, com uma burguesia articulada com o imperialismo estadunidense e sequiosa por vantagens que, para se estabelecer, será preciso atacar as vitórias das massas que passaram a ter educação, saúde, cultura, trabalho, lazer e a mais ampla participação popular.
A burguesia venezuelana dependente dos negócios do petróleo, historicamente corrupta e golpista, sempre teve na sua fração industrial um braço armado para colocar o povo e os trabalhadores na mais profunda miséria. No entanto, o poder popular na Venezuela advém de uma emergência organizativa contraditória que luta para fortalecer a presença dos de baixo para fazer o enfrentamento ao projeto contra-hegemônico da burguesia, que se encontra articulada numa bem elaborada campanha de contra-informação que distorce os fatos internamente e que mantém uma audaciosa peça ideológica para difamar o governo bolivariano no exterior. Trata-se de uma mega estrutura de informação que é distribuída para todo o mundo.
O país tem, apesar do frentismo chavista, por um lado, as massas conscientes de seu papel para garantir os avanços sociais e políticos e, por outro, uma classe dominante disposta a disputar a hegemonia política no fogo da conjuntura que se abriu. Ambas têm base social, enquanto classe, para operar o confronto.  
A burguesia contrarrevolucionária na Venezuela faz a disputa nas forças armadas, congrega ideologicamente os setores da alta classe média, conta com o apoio dos EUA e de seus satélites na região (Colômbia). As massas populares, apesar das diferenças políticas, contam com seu poder de mobilização, tem ao seu lado a Guarda Nacional e faz a disputa nas forças armadas.
A ruptura da institucionalidade será o passo político do bloco contra-hegemônico e conservador, fomentado pela direita golpista. Eles apresentarão o discurso da democracia em geral que na verdade é a democracia de classe, ou seja, da burguesia. A mídia internacional será multiplicadora dessa postura política. O que fazer?
Vai se abrir uma vaga de confronto revolucionário. Os blocos históricos das classes em contradição se movimentarão. O bloco histórico dos trabalhadores, a partir dos seus segmentos mais conseqüentes, não pode contemporizar. Deve avançar dando demonstração de força nas atividades de rua, mantendo em estado de alerta a Guarda Nacional bolivariana e construindo pontes com as diversas organizações populares e proletárias. Além disso, os operadores políticos internacionalistas do campo revolucionário devem contribuir, em caso de luta aberta poder, com o mais amplo apoio internacional, e até mesmo com brigadistas, para sufocar o aparato da reação burguesa. O momento deve ser de organização revolucionária dos setores que lutam pelo socialismo na perspectiva de construir rupturas necessárias.
O cenário de crise pode se aprofundar e marchar para a luta em campo aberto, pois o inimigo de classe é forte e conta com o esquema político e militar do campo imperialista. Todavia, pela convicção e organização do campo proletário, podemos ter numa situação de dualidade de poder a manutenção da hegemonia popular e o avanço das forças revolucionárias.
A crise política está aberta, os blocos de classe se movimentarão e a transição será disputada. É difícil identificar qual campo sairá vitorioso e as conseqüências do processo. No entanto, a vanguarda bolivariana e os comunistas deverão ter papel de intenso protagonismo. A saída não está na capitulação das negociações palacianas ou parlamentares, é hora de radicalizar o discurso e se movimentar para realizar impactantes ações políticas. O avanço das lutas dos trabalhadores só será garantido pelo povo em movimento. E neste momento a democracia de novo tipo está na ponta do fuzil.

Hasta la victoria siempre, comandante!