segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Maristela R Santos Pinheiro responde ao PSTU, reiterando suas críticas



Nota da autora: 

Caros, o Documento “Na trincheira do Inimigo” é uma simples contribuição ao debate sincero,  franco e honesto. Não há uma linha sequer que mereça ser retirada ou possa ser chamada de mentira. Lamentavelmente não tenho o poder de retirar os fatos da realidade! Todos comprovados e citados suas origens.

O texto não inventa uma discussão sobre a crise de determinado setor da esquerda mundial no âmbito do internacionalismo proletário. Esta é uma discussão política  que corre solta e livre nos sites  que se dedicam à política marxista.  Não podemos negar a coragem que tivemos em reproduzir esta discussão em nosso país.

A contaminação de parcela da juventude e da vanguarda com linhas políticas  descaradamente em unidade com o imperialismo nos enfraquece e , sem dúvida, é mais um elemento que joga contra os povos oprimidos e os trabalhadores na correlação de forças, na luta de classes. Isto é um fato incontestável!

Não adianta tentar desviar a discussão para intrigas e disputas mesquinhas de aparatos políticos com argumentações anacrônicas, que não têm o poder de mudar a realidade contemporânea, essa que nos resta encarar  em nossa militância diária, além de não responder aos anseios, aflições e dúvidas desta juventude sobre a complexa e difícil conjuntura, após a derrota histórica da classe trabalhadora mundial.

Quando não somente os meios de comunicação de massa trabalham para justificar as intervenções e ingerências “humanitárias”,  buscando o apoio da população com mentiras e calúnias ( nenhuma novidade), mas há, ainda, as ONGs, cujo trabalho de formar quadros,  recrutar “lutadores sociais”, financiar e introduzir simpáticos agentes humanitários e democráticos e forjar alianças pela “democracia” está fazendo  a diferença na luta de classes e na  promoção  às guerras de rapina contra todos povos, em particular , os árabes e africanos. E, à reprodução dessa ideologia junta-se , lamentavelmente, uma parcela da esquerda mundial.

Para não me alongar mais, concluo dizendo que reitero   cada palavra que escrevi no documento “ Na trincheira do Inimigo”, reproduzido abaixo.

Não existe nele, nenhuma espécie de calúnia, mas tão somente conclusões lógicas a partir das políticas contrárias ao marxismo revolucionário de setores da esquerda, políticas estas  que se aprofundaram , em seu teor pró-imperialista, ao ponto de  despertarem  simpatia até de setores das Forças Armadas dos EUA que, à revelia ou não, homenagearam uma suposta ativista “rebelde” da oposição síria, convidada pelo PSTU para dar palestras a incautos militantes brasileiros, como se uma grande revolucionária fosse.
  
Afinal se o Exército dos Estados Unidos  acha um vídeo de uma “revolucionária” síria entre os milhões  de vídeos que existem na web e posta em seu site, é porque , não apenas concorda com o  conteúdo do discurso da “rebelde”, como  o julgou positivo, para ajudar a justificar  a agressão imperialista à Síria.

Nesta última semana assistimos o apoio explícito do PSTU à famosa, global e simpática "agente humanitária e da democracia" , a cubana Yoane Sanches que se encontra em nosso país para angariar simpatizantes para destruir as conquistas sociais e democráticas do povo cubano. Esta é a mesma discussão política: a crise de uma parcela da esquerda com o internacionalismo proletário.

Como defesa, o PSTU se esconde atrás da militância da causa Palestina, fazendo crer que a Palestina não é parte de todo processo e do resultado do embate entre a resistência pan-árabe e o imperialismo. 

Não é verdade que a Palestina Livre  é uma ilha onde chegaremos nadando. Infelizmente, a heroica luta que se trava diariamente  nos territórios contra o sionismo  e o papel das redes de solidariedade espalhadas pelo mundo não são determinantes a ponto de libertar a Palestina. 

O  jogo está sendo jogado em todo o Mundo Árabe e a situação da luta dos palestinos sofrerá uma derrota histórica se o povo sírio, tal qual foi o líbio, for derrotado. 

Não é possível jogar nos dois times. Neste caso, o fortalecimento do imperialismo na Síria, significa   o fortalecimento do sionismo no Mundo Árabe.

Definitivamente, a manipulação que fazem da história e sua dinâmica não é fruto de uma análise marxista.

Por fim, que fique claro para todos, a posição política do PSTU não está destruindo o Presidente Assad, esta posição apoia a destruição da Síria, de seu povo, esta posição é contra o Bloco de resistência árabe, esta posição  fortalece o sionismo.

O Documento reproduzido abaixo faz essa discussão.

Sobre  a questão de um ou dois Estados na Palestina sugiro a leitura do Documento “Uma Reflexão necessária”  postado, também, no sítio:http://www.brasildefato.com.br/node/5302

Sobre a discussão da estratégia estadunidense para o Oriente Médio, incluindo a Palestina,  e a crise da solidariedade internacionalista sugiro  a leitura  do Documento “A Tragédia palestina ampliada para o mundo Árabe”, encontrado nohttp://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2012/05/15-de-maio-de-1948-nakba-tragedia.html

Boa leitura!

 Em Tempo: 
1 - Meu rompimento político com esta corrente foi pautado justamente no campo do internacionalismo proletário, no episódio dos estudantes da direita venezuelana , que recebeu o apoio dessa corrente internacional.
2 - Estive no Fórum da Palestina em Porto Alegre e participei de duas atividades organizadas pelo Comitê do RJ ( Sobre a atuação do sionismo na Colômbia  e outro sobre a Estratégia do imperialismo para o  Mundo Árabe e a Palestina) e nas atividades organizadas pela FPLP.  Nunca participei de nenhuma atividade política deste grupo desde os episódios dos estudantes venezuelanos. 

Maristela R. dos Santos Pinheiro


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Relato de uma moradora de Cuba


Unidade classista vence eleições em Santos

VENCEMOS MUITO BEM ENTRE OS SERVIDORES DE SANTOS


Contenda difícil com vitória triunfal, enfrentamos diversas manobras por parte dos adversários, como a união das outras duas chapas a fim de conseguir assentos na comissão eleitoral, apelo ao judiciário burguês por meio de liminar, manobras para que o quórum não fosse alcançado, truculências, birras, injúrias, difamações, entre outros e apesar de tudo, nossa aguerrida chapa 1, composta por camaradas da Unidade Classista e da Intersindical foi eleita com ampla vantagem, o que mostra a aprovação do trabalho realizado na categoria.

Chapa 1 (Unidade Classista e Intersindical): 1530
Chapa 2 (CSP Conlutas/Cobase): 486
Chapa 3 (Nova Central/CTB/Sindest): 227
Votos Brancos:19
Votos Nulos: 28

Agradecemos aos companheiros da Intersindical pela lealdade irrestrita durante o processo.

Ousar lutar, ousar vencer! Pelegos e oportunistas não passarão!

UNIDADE CLASSISTA - SANTOS

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fora mercenária! Viva Cuba socialista!


A BLOGUEIRA - por SÃO PAULO - não conseguiu! Lotamos o Conjunto Nacional na Avenida Paulista onde na Livraria Cultura a mercenária daria uma entrevista. Pois bem, o nosso barulhaço deve ter provocado um pouco de medo na turma que a assessora porque ela não chegava! Atrasado o evento, depois teve início. Nós, de forma combinada, começamos a nos manifestar no auditório ( tínhamos pegado, bem cedo, senha para entrar no ambiente onde ela iria falar.) IRIA PORQUE NÃO CONSEGUIU FALAR. A NOSSA MANIFESTAÇÃO FOI FIRME! A ENTREVISTA FOI INTERROMPIDA E A MERCENÁRIA BLOGUEIRA TEVE QUE SAIR, NO MEIO DA ENTREVISTA, DEBAIXO DE UM TUMULTO. FORA! FORA! ela se foi!
Mercedes Lima – Movimento Paulista de Solidariedade à Cuba e membro do CC do PCB






Manifestantes contra Yoani Sánchez protestm no Conjunto Nacional, em São Paulo













quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

SUPOSTA "MILITANTE" SÍRIA ELOGIADA EM SITIO DAS FORÇAS ARMADAS DOS EUA !? O que pode significar isso?



Abaixo trecho do texto " Na Trincheira do Inimigo" onde é feita a denúncia da estratégia de manipulação do imperialismo e a conivência de setores da esquerda mundial.


SUPOSTA "MILITANTE" SÍRIA ELOGIADA  EM SITIO DAS
 FORÇAS ARMADAS  DOS EUA !? O que pode significar isso?
Por Maristela R Santos Pinheiro - Cientista Social

No Brasil, uma dessas organizações abriu espaço em seu sítio e nos sindicatos no qual dirige para uma suposta "rebelde" síria. Uma mulher chamada Sara Al Suri  que conta uma estória redondinha, a mesma que lemos no Globo. Essa mulher tem um espaço na mídia que o companheiro Latuf,  militante da causa palestina, não tem;  ou mesmo os grupos da comunidade síria identificados com a luta antimperialista e antisionista em seu país, não tem. Os movimentos sociais contra a remoção, as vítimas da violência policial, enfim, nada , nem nenhuma luta social, do interesse da classe trabalhadora, em nosso país,  tem o poder midiático desta mulher síria.
Ela surge no Brasil pronta e preparada  para dar entrevistas e fazer discursos redondinhos sobre a importância de apoiarmos os mercenários que querem destruir o Estado laico da Síria e transformá-lo  num domínio do grupo pró sionista  chamado Irmandade Muçulmana. E , ainda afirma que se a Síria for destruída e o governo antimperialista cair, isso facilitará a vitória da Palestina Livre!!!??? 

Como, cara pálida,  que os aliados do sionismo, uma vez no governo da Síria, irão manter a ajuda que a  Síria dá atualmente aos militantes palestinos?Afinal, é  neste Estado laico, sob o governo de Bashar Al Assad, apoiado pela esmagadora maioria de seu próprio povo, que as diversas facções e braços armados das organizações palestinas recebem treinamento militar e armas para libertar a Palestina da ocupação sionista. A derrota da Síria para os EUA e Israel, será a derrota da resistência pan-árabe e da maioria do povo sírio contra o que há de mais fascista e atrasado no Mundo árabe, expressos no grupo político da Irmandade Muçulmana. Por tabela, será a derrota da luta pela Palestina Livre, que como disse um amigo palestino, militante e simpatizante da Fatah, "O custo da derrota Síria será o de voltar,  no mínimo, 50 anos para trás em nossa luta."

Esta suposta síria, agente "humanitária e da democracia", omite o fato que grande parte das forças de resistência palestina estão perfiladas na unidade ao lado do povo da Síria em defesa da soberania e independência do Estado sírio e do pan-arabismo, desde o início das tentativas de desestabilizar o governo e impor , de fora, um golpe de Estado.  A maior prova disso aconteceu em Yarmouk.

Nas últimas semanas do ano, em dezembro de 2012, os mercenários armados até os dentes entraram no Campo-cidade de Yarmouk, cidade/campo de refugiados palestinos na Síria, desde 1948, com o objetivo de fazer ali  uma carnificina,  mas foram surpreendidos pelos combatentes da  FPLP- CG que bravamente entraram em luta mortal, lado a lado com o Exército Árabe da Síria, para defender o povo e acabar com as intenções do famigerado e terrorista  ELS de fazer do campo uma base contra o Estado sírio. 

O fato grave não é tanto o surgimento dessa mulher e sua estorinha redondinha isso faz parte da luta de classes, mas  o mais grave é que um grupo de esquerda, no Brasil,  não está somente apoiando politicamente a estratégia imperialista, com esta atitude, está promovendo a manipulação direta das massas, em unidade de ação com o imperialismo/sionismo. Não é a VEJA que está levando  uma agente "humanitária" a manipular nosso povo, é um partido de esquerda!

Alguém poderia dizer: Não há exagero nisso? Pois bem, camaradas, vamos aos fatos

O vídeo/conferência da tal Sara  foi encontrado no sitio das Forças Armadas dos EUA e, imediatamente, após ter encontrado, militantes postaram a denuncia no Facebook  Uma semana após a denúncia, feita no Brasil, o vídeo foi tirado do ar. Por sorte, copiamos algumas fotos do sítio,  postadas abaixo, já prevendo que fariam isto. Imaginem que as Forças Armadas imperialistas iriam querer atrapalhar o trabalho da agente Sara, sua aliada. 

Denúncia e fotos postados no Facebook em 24 de dezembro:

"Ao mesmo tempo em que PRESTA HOMENAGEM ÀS FORÇAS FEMININAS DA IDF - Exército de Israel- em um vídeo intitulado " Quem não gosta das mulheres da IDF" o site "Military .com." das FORÇAS ARMADAS DOS EUA, ELOGIA  SARA AL SURI, que se reivindica ativista síria e explica ao site o que está acontecendo na Síria. Quem quiser conferir veja em :http://www.military.com/
http://www.military.com/video/operations-and-strategy/battles/female-syrian-rebel-talks-conflict/1969156851001/




A primeira foto, tirada do site Millitary.com (EUA), é de uma soldado judia do exército sionistas. Como era de se esperar de um sitio das Forças Armadas do imperialismo, este tem inúmeras matérias  onde exaltam a força e determinação do Exército de Israel e de suas belas soldados. A foto da direita  foi copiada do vídeo da suposta "ativista" síria publicada amplamente na Internet. 

A foto abaixo foi copiada da página inicial do Military.com (EUA) : A primeira imagem é da Campanha  de recrutamento do Exército dos EUA, logo abaixo vem a chamada do vídeo da "rebelde" síria. 




Aumentamos o tamanho da foto para que todos vejam o nome do sito indicado pela seta azul.
Na primeira semana do ano, uma semana após a denúncia ter circulado no facebook o vídeo foi tirado do ar, vejam:



As denúncias não param por aí:
Canadense se alista no exército mercenário e diz que serão leais à Israel


Outra denúncia que desmascara a estratégia dos agentes"humanitários e democráticos", que se dizem preocupados com o povo sírio e com os palestinos,  foi publicada no insuspeito (sionista) Jornal israelense Yane news, em novembro de 2012 , onde o jornalista exalta o perfil   de uma mulher síria identificada como "rebelde" de nome Thabia Qanfani, que vivia no Canadá e se "juntou" ao  mercenário exército livre,  fala abertamente, sem travas na língua, que "Israel vai se beneficiar de nos apoiar" solicita que "Israel deve nos apoiar na luta contra Assad"e que"vamos cooperar com o diabo se ele ajudar nossa causa".
O Jornal conclui assim: " Qafani diz que os membros da oposição síria e civis que ela conheceu ""todos dizem a mesma coisa. Nós não somos inimigos de Israel e não vamos prejudicá-lo, ... podemos vir a ser mais leais a Israel do que Assad e seus comparsas."" 
A entrevista completa pode ser lida em http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4318384,00.html 

Para terminar, e confirmando nossas preocupações sobre a gravíssima crise dos valores marxistas e leninistas de um pequeno setor da esquerda mundial, reproduzimos abaixo um trecho do discurso de um dirigente da LIT por ocasião de um ato comemorativo:

"O final do ato ficou por conta de Angel Luís Parras, o Cabeças, da direção do Corriente Roja da Espanha e da LIT. "A situação atual é muito complicada, mas muito apaixonante", afirmou."Temos assistido a explosão das revoluções do Norte da África e Oriente, fruto da crise econômica e ascenso popular, mas também fruto dessa mudança que foi o fim do aparato estalinista. Submetidos à miséria e à ditadura, os povos irromperam o cenário político", citando a crise na Europa e as revoluções do Norte da África.
Cabeças atacou a posição de grande parte da esquerda e do castro-chavismo, de apoio ao ditador Assad na Síria." 


Esse trecho do discurso é esclarecedor , em todos os sentido: A caracterização de que na Líbia (África)  houve explosões revolucionárias e sua origem é a crise econômica, ascenso popular e claro, o fim dos "stalinistas". Na Líbia, em primeiro lugar, não havia crise econômica,  em segundo,  não houve nenhuma manifestação ou processo de organização de manifestações de massa, ou da classe trabalhadora e, em  terceiro, não havia nem organizações stalinistas, nem partidos comunistas desde o início da era Kadafi, mas ONGs , muitas, e redes sociais dirigidas desde o exterior. Além disso, o dirigente da LIT esqueceu de falar em seu discurso,  a única explosão  sentida pelo povo líbio não foi a revolução, e sim a explosão de toneladas de bombas da OTAN , massacrando as conquistas do povo e o próprio povo líbio (mais de 50 mil mortos). Em seu afã de provar que havia uma revolução onde, na verdade, acontecia uma contra revolução,  esqueceu também de contar que grupos de mercenários estupraram todas as mulheres que viam pela frente.  Devo dizer , que este foi um insignificante esquecimento na lógica  desses grupos.

O dirigente faz uso dos famosos e já rotineiros rótulos do tipo:  stalinistas,  castro-chavistas,  ditador Assad, sempre muito utilizados pelos que  reduzem e desejam  descartar a discussão, por que desqualifica de imediato uma opinião contrária, ou um debate franco para se chegar à compreensão dos processos ricos e complexos da realidade, não para nos gabarmos em discursos estéreis da academia, e sim  para melhor intervir na realidade, afim de transformá-la. Entretanto, neste caso, lamentavelmente, o mais importante é a disputa dos aparatos e a superfície das análises e discussões.

Quero terminar essa contribuição ao debate sobre a crise política e  moral  refletida na prática do internacionalismo proletário de parte da esquerda mundial reproduzindo o final do discurso do dirigente da LIT, onde afirma a unidade com o imperialismo e expõe uma tentativa grotesca de falsear a história com comparações escandalosamente inapropriadas historicamente:

 "Dizem que há uma unidade de ação entre os rebeldes e o imperialismo. Mas claro que houve. A mesma unidade de ação que houve no desembarque dos aliados na Normandia e os partisanos contra Mussolini".
"Neste ato, queremos enviar uma saudação a nossos detratores: sigam convocando atos em defesa de Assad, pois a LIT continuará na resistência" provocou Cabeças. (texto completo pode ser encontrado no sítio dessa organização internacional)

Afirmam que continuarão na "resistência", leia-se: continuarão mantendo a unidade com o imperialismo contra o povo sírio, contra as massas árabes e o pan-arabismo, contra o bloco antimperialista e contra a Palestina Livre! Tudo, claro em, nome dos valores democráticos burgueses.

Por sorte, uma parcela significativa da esquerda mundial, a mesma que está comprometida em fazer o balanço dos muitos erros cometidos pelos soviéticos, e os próprios, em seus países de origem, está  tentando a duras penas manter o timão apontado para o marxismo-leninismo.

De nossa parte , vamos insistir na análise marxista da realidade, vamos insistir na posiçãoque nos dê a chance de alterar a realidade para ficar a nosso favor, a favor dos trabalhadores,  nunca contra e nunca em unidade com o inimigo!

Viva o povo da Líbia que resiste contra a barbárie prometida!

Viva a unidade do povo sírio , sua autodeterminação e soberania do Estado laico!


Viva a Palestina Livre!


Viva a unidade e a luta  pan-arábica contra o imperialismo, o sionismo, a OTAN, a UE ! 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Protestos contra Yoani Sanchez no Brasil todo!

Cuba sim! Yanqui não!
Viva Fidel e a Revolução!

Viva Fidel e Che!
Revolução em Cuba livre é pra valer!




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

FORA BLOGUEIRA ANTICUBANA!

(Nota Política do PCB)
A blogueira anticubana Yoani Sanchez está no Brasil, a convite de uma editora e para participar da exibição de um documentário em que ela é uma das entrevistadas. Vai passar alguns dias no Brasil e depois viajar o mundo com o propósito maior de atacar as conquistas da Revolução Cubana. A moça – assim como todos os cubanos – exerceu em Cuba o direito de cursar a Universidade gratuitamente (é formada em Filologia Hispânica), tendo inclusive morado na Suíça e depois retornado ao seu país. 

É conhecida como blogueira e se diz defensora dos direitos humanos, mas nunca emitiu uma palavra a favor do seu próprio país contra os criminosos embargos impostos pelos Estados Unidos, que atingem gravemente a economia e prejudicam o povo. Nada fala a respeito dos Cinco Heróis Cubanos, presos nos EUA por monitorarem as atividades de terroristas cubanos que atuavam em Miami. Nunca escreveu nas redes sociais uma linha sequer sobre a miséria humana exposta em Guantanamo.
É sustentada financeiramente por entidades, instituições e empresas internacionais para ser a mais influente opositora do regime socialista, utilizando-se das redes sociais para disseminar pelo mundo desinformação e mentiras a respeito da sociedade cubana. Tudo indica que a blogueira é financiada pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), entidade ligada aos golpes militares na América Latina. Uma das maneiras de remunerá-la, segundo os cubanos, é a concessão de prêmios patrocinados por instituições contrárias a Cuba.
Considerada pela mídia estrangeira como uma das personalidades mais influentes em todo o mundo, ela é seguida por apenas 32 cubanos. Dentro de Cuba, portanto, a repercussão de seus comentários na internet é praticamente nula. Mesmo a sua grande influência internacional já foi contestada: Yoani segue 80 mil pessoas no Twitter, um número desproposital. O jornalista francês Salim Lamrani revelou o truque: o perfil de Yoani Sánchez no Twitter é artificialmente aumentado por cerca de 47 mil perfis falsos, usuários que sequer têm fotos de perfil, não são seguidos por ninguém, nem seguem ninguém, a não ser a própria blogueira.

Na tentativa desesperada de criar factoides contra o governo cubano, a blogueira chegou a convocar, anos atrás, vários jornalistas para uma coletiva de imprensa na qual denunciaria suposto sequestro seguido de espancamento em público, masapareceu na coletiva sem qualquer traço de agressão no corpo, e sem ter apresentado qualquer testemunha.

Ao contrário do que tentam disseminar a blogueira e a mídia capitalista, a Revolução Cubana, com sua a ousada experiência popular, sempre buscou garantir, a partir da permanente mobilização de seu povo, conquistas que não são apenas voltadas a atender as necessidades internas de seu país, mas também ligadas à solidariedade internacionalista para com os trabalhadores e os povos de todo o mundo, estes, sim, constantemente ameaçados pelos interesses do capital internacional e do imperialismo.
Essa luta continua hoje, mais do que nunca, contra os embargos que sufocam a economia cubana e prossegue na persistência revolucionária para a manutenção e o aprofundamento da experiência socialista no país. Com autonomia e soberania, com o elevado grau de consciência que tem o povo cubano sobre seus próprios problemas, avança a batalha pela construção do socialismo: os índices de escolarização e acesso ao conhecimento são os maiores do mundo; o sistema de saúde – público e realmente universal – é referência em todo o mundo, e um dos principais “itens de exportação” cubanos são seus médicos, formados fundamentalmente para atender as populações mais necessitadas. Não há uma criança passando fome, não há desempregados nas ruas, não há pessoas expulsas da terra ou sem moradia. Todas essas conquistas foram obtidas pela Revolução Cubana, sem que Cuba necessitasse se apropriar das riquezas de outra nação, sem que precisasse travar guerras de pilhagem, tampouco escravizar qualquer povo ou país.
O PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO, defensor intransigente da Revolução Cubana, se contrapõe à campanha midiática que, com a contribuição da blogueira, financiada por instituições e empresas capitalistas e recebendo o apoio da grande imprensa burguesa internacional, desinforma e distorce a imagem de Cuba socialista e das grandes conquistas de seu povo.

Viva o socialismo! Viva Cuba! 
Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB)

A BLOGUEIRA ANTI-CUBANA (Nota do Coletivo Ana Montenegro)




A anti- cubana, blogueira Yoani Sanchez está chegando ao Brasil, a pedido do documentarista Dado Galvão e da editora Contexto ( direção de Jayme Pinsky) com o fim de atacar as conquistas da Revolução Cubana.A moça – assim como todos os cubanos – teve o direito e cursou Universidade gratuitamente( formada em Filologia Hispânica), tendo inclusive morado na Suiça e depois retornado à Cuba.
É conhecida como blogueira, e se diz defensora dos direitos humanos, mas, nunca teve uma palavra em defesa de seu país quanto aos criminosos embargos opostos contra Cuba pelos Estados Unidos que atingem gravemente a economia do povo cubano, ou mesmo em defesa dos heroicos Cinco Cubanos presos por monitorarem as atividades de terroristas cubanos que atuavam em Miami, ou atacar a miséria humana exposta em Guantanamo.
Tudo isso, por si só, já faz de Yoani uma ativista anti-Cuba, quiçá financiada para atacar a Revolução Cubana, pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), entidade ligada aos golpes militares na América Latina, e ainda com o equivocado apoio do Senador Suplicy.
A Revolução Cubana com sua a ousada experiência popular, buscando sempre a partir de seu povo, conquistas que não são apenas para o povo cubano, mas sim, numa solidariedade internacionalista para a humanidade. Essa luta continua, contra os embargos que ainda sufocam Cuba ,e ,hoje mais do que nunca, pela Libertação dos Cinco Heróis. Com autonomia e soberania, com o elevado grau de consciência que tem o povo cubano sobre seus próprios problemas, prossegue a luta pela construção do socialismo. Os índices de escolarização e acesso ao conhecimento são os maiores do mundo, principalmente se levado em conta que Cuba nunca se apropriou de riquezas de nenhuma outra nação para alcançar esses indicadores, nunca travou guerras de pilhagem de riquezas e nem escravizou, qualquer povo ou país.
O COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO, defensor intransigente da Revolução Cubana, se contrapõe a essa campanha midiática que desinforma sobre a realidade cubana, distorcendo a imagem de Cuba socialista feita pela blogueira cubana com o apoio da grande imprensa.
Viva o socialismo! Viva Cuba!
COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO - Fevereiro de 2013


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Transcripción de la entrevista ofrecida por Fidel a la prensa cubana tras ejercer su derecho al voto el pasado 3 de febrero



Fidel comparte con periodistas
El comandante en Jefe Fidel Castro comparte con los periodistas cubanos tras ejercer su derecho al voto el pasado 3 de febrero. FOTO: Jorge Luis González.
(Versiones Taquigráficas – Consejo de Estado)
(El Comandante Fidel Castro Ruz saluda a los presentes, dialoga con algunos electores y con los miembros de la mesa electoral y luego procede a ejercer su derecho al voto.)
Periodista Ana T. Badía.- ¡Qué contenta me pongo al verlo, Comandante! De verdad, se lo decimos de corazón.
Cmdte.- Y yo estoy emocionado y muy contento de conversar.
Periodista Ana T. Badía.- Aquí estamos como siempre, Comandante. Mucha salud.
Cmdte.- ¿Ustedes son los periodistas?
Compañera Ivia Pérez Reyes.- Sí, periodistas todos, de Granma, de Trabajadores…
Cmdte.- ¿De Cuba?
Ivia Pérez Reyes.- Todos cubanos.
Periodista Fabiola López.- Y de Telesur.
Ivia Pérez Reyes.- Ah, Fabiola, que está aquí.
Cmdte.- ¿Quién está disparando?
Pionero.- Las cámaras.
Cmdte.- Sí, yo sé, pero parecían ametralladoras.
Periodista Ana T. Badía.- No le preguntamos por quién votó porque eso es secreto.
Cmdte.- Yo estoy muy satisfecho por la lista de candidatos.
Periodista Ana T. Badía.- ¿Ha seguido, Comandante, el proceso durante toda la jornada, en todo el país? ¿Qué le ha parecido?
Cmdte.- Sí, estoy siguiendo las noticias.
Me dijeron que habían hecho otra entrada. Aquí creo que había una escalera.
Periodista Ana T. Badía.- Cambiaron la entrada, pusieron ahora la entrada por aquí.
Cmdte.- Fue una buena idea.
Periodista Gladys Rubio.- Claro, porque es más cómodo, ya no hay escaleras.
¿Ha sabido algo de Chávez?
Cmdte.- ¿De Chávez? Sí, todos los días. Se está recuperando, según el último parte médico que recibí hoy domingo 3 de febrero al mediodía.
Periodista Gladys Rubio.- Mejorando.
Cmdte.- Sí, aunque han sido días difíciles y duros. Nuestros médicos se consagran a esa tarea, es lo que puedo decirles, ya que la información es un derecho que corresponde al Gobierno Bolivariano y a sus familiares.
Periodista Ana T. Badía.- Y la votación estuvo un poquito…, porque llovió; pero después parece que las personas han salido y hay bastantes…, está muy avanzada la votación, hoy.
Cmdte.- Ah, me dijo un médico que él había estado en su colegio hace un rato y faltaban solo cuatro por votar. ¿Aquí, cuántos han votado?
Periodista Ana T. Badía.- Trescientos y tantos. Hay ya como un 90% que votó aquí.
Cmdte.- ¿Y los otros no han votado?
Periodista Ana T. Badía.- No, porque hay muchas personas trabajando, me estuvo explicando la Presidenta de la Mesa que están trabajando, o están en el exterior.
Cmdte.- Ah, bueno, en el exterior, pero no pueden votar.
Periodista Ana T. Badía.- Sí, pueden votar.
Cmdte.- ¿Ah, en el exterior?
Periodista Ana T. Badía.- No, yo no sé si en el exterior podrán votar, pero los que están trabajando en Cuba sí pueden votar en otro colegio.
Cmdte.- No, no, yo creo que una persona puede votar en otro colegio si pide permiso.
Periodista Ana T. Badía.- Ah. Pero nosotros votamos aquí.
Cmdte.- ¿Aquí mismo?
Periodista Gladys Rubio.- Sí.
Cmdte.- Y yo por poco no las veo (Risas).
Periodista Gladys Rubio.- ¡Ah, usted ve!
Cmdte.- Estamos tan organizados que no lo sabía.
Periodista Gladys Rubio.- Sí. Desde temprano.
Sí, porque como los diputados son nacionales, se puede votar.
Cmdte.- No, y ustedes son periodistas.
Periodista Gladys Rubio.- Sí, periodista puro.
Cmdte.- Tienen derecho a votar donde estén.
Periodista Gladys Rubio.- Ajá, donde estén.
Cmdte.- ¿Y qué reportajes tienen ahora?
Periodista Gladys Rubio.- Bueno, estábamos esperándolo a usted todo el día, porque queríamos ver si venía, si mandaba la boleta; pero hemos entrevistado a muchas personas aquí, entre ellos jóvenes y niños.
Cmdte.- Habían construido un pequeño pasillo para las elecciones de octubre, pero a mí no me dijeron una palabra.
Periodista Gladys Rubio.- ¿Y cómo se decidió a venir, entonces?
Cmdte.- Porque el Vocal del colegio me convenció.
Le había preguntado a varios compañeros que trabajan conmigo el número de escalones y la altura de la escalera de la entrada. Me afirmaron que eran ocho peldaños altos, lo cual era cierto. Mi rodilla fragmentada por la caída en Santa Clara el mes de octubre del año 2004, a casi dos años de enfermarme en julio de 2006, me cobraba también su precio.
Periodista Ana T. Badía.- Hay muchas mujeres, Comandante, en el Parlamento, ¿qué le parece eso?
Cmdte.- Bueno, me parece muy bueno, y me dieron la oportunidad de…, bueno, no puedo decir, porque es secreto (Risas), había tres mujeres entre los candidatos.
Periodista Ana T. Badía.- Seguro que por las mujeres usted votó.
Cmdte.- Será, ¿qué tú crees?
Periodista Ana T. Badía.- Yo creo que sí (Risas). Casi el 50% del Parlamento son mujeres.
Cmdte.- ¿Y no violo ninguna ley?
Periodista Ana T. Badía.- No, si lo dice no viola nada.
Cmdte.- Pues sí.
Periodista Ana T. Badía.- ¡No ve!, usted votó por las mujeres.
Cmdte.- Sí, y para que no se sintieran discriminados, voté también por un hombre que iba de candidato… (Risas).
Periodista Ana T. Badía.- Muchas gracias.
Cmdte.- Si a mí me juzgan por esto, las llamo a ustedes (Risas).
Periodista Ana T. Badía.- Sí, sí.
Cmdte.- Yo me alegro, aquí también las mujeres periodistas tienen mayoría.
Periodista Ana T. Badía.- Sí, somos mayoría.
Cmdte.- A ver. Ah, ¿y ese aparatico?
Periodista Ana T. Badía.- Es una grabadora, Comandante.
Cmdte.- Una grabadora.
¿Y están baratísimas ahora o están muy caras? ¿Y las pilas, cuánto…?
Periodista Ana T. Badía.- Las pilas son un poquito más caras, las baterías un poquito más caras, también son recargables, ahora se recarga todo a la corriente.
Cmdte.- Sí. Y eso qué es, por ejemplo… (Señala).
Periodista Amaury del Valle.- Esto es un teléfono que hace la función de grabadora, Comandante.
Cmdte.- ¿Sí? Yo tengo que usar bastante equipitos de ese tipo, pero me ayudan los compañeros.
¿Quién es ella? (Se refiere a una pionera que está junto a una urna)
María Antonia Puertas.- Esa pionera está desde las 6:00 de la mañana aquí, Comandante.
 Cmdte.- … ¿No le trajeron almuerzo?
María Antonia Puertas.- Sí, ella almorzó, pero está desde tempranito aquí.
Periodista Gladys Rubio.- Sí, todos han almorzado.
Cmdte.- ¡Cuántos errores se pueden cometer por falta de información!
Periodista Gladys Rubio.- Bueno, pero ya sabe para la próxima.
Cmdte.- Cuando pienso…, bueno, le tendré que agradecer toda la vida a Santiaguito (Risas).
Periodista Gladys Rubio.- Sí. Santiaguito le avisó.
Cmdte.- Así se llama el vocal; me dijo: “sí, es un pasito nada más”, yo creía que él estaba achicando las escaleras; no sabía nada de la entrada nueva.
Periodista Gladys Rubio.- ¡Oiga eso! Desde octubre arreglaron todo esto.
Cmdte.- Sí, me lo dijo la Presidenta del Colegio cuando llegué.
Periodista Gladys Rubio.- Bueno, ya lo sabe.
Cmdte.- El pueblo decía en la elección de octubre para elegir los delegados municipales: “¿Por qué Fidel no vino a votar?” Ignoraba lo que se hizo, que no es lo mismo. Me horroriza pensar que por poco no vengo y los habría dejado a todos esperándome otra vez.
Periodista Gladys Rubio.- Pero vino.
Cmdte.- Disfruto desafiar las escaleras.
Periodista Ana T. Badía.- ¡Qué bueno, Comandante!
Pero, además, Comandante, aquí se une mucha historia hoy.
Cmdte.- ¿Qué más?
Periodista Ana T. Badía.- No, que yo le decía que aquí se une mucha historia, Comandante. Aquí desde que se iniciaron las elecciones en el país, habitualmente usted ha venido a votar. Hay, le digo, muchísima historia reunida en este lugar y mucho más durante este día.
Cmdte.- Le dediqué bastante tiempo a la cuestión electoral, se fue adquiriendo experiencia y me alegro mucho, porque a pesar de las tonterías que afirman algunos en el mundo pienso que es un proceso electoral de verdad; son elecciones en que no solo son los diputados a la Asamblea Nacional y los delegados a las Asambleas Provinciales, sino también los candidatos a esos cargos son elegidos por el pueblo sin la intervención del Estado o el Partido. Antes no tenía tanto tiempo, ahora veo asambleas en los barrios, se discute y se discute por el pueblo quiénes deben ser sus candidatos: ¿ocurre así en los países capitalistas? ¿Cuántos votan en Estados Unidos, ese democratísimo país?, ni siquiera el 50%.
Periodista Ana T. Badía.- Además, que las elecciones se hacen en un día laborable en Estados Unidos.
Cmdte.- Sí, porque si es un día laborable, no dejan votar a los trabajadores, muchos grandes empresarios hacen eso.
Periodista Ana T. Badía.- Y los diputados son profesionales, aquí no.
Cmdte.- ¿Dónde?
Periodista Ana T. Badía.- En Estados Unidos y en otros países los del Parlamento no trabajan, aquí tienen que seguir trabajando de maestros, de médicos, de obreros.
Cmdte.- Muchos de ellos en aquellos países son expertos en subirse los sueldos.
Periodista Gladys Rubio.- Y lo de la CELAC de Cuba fue lindo, Cuba, y el 28 de enero, Comandante.
Cmdte.- Sí, desde luego. Lo pude presenciar todo a través de la televisión.
Periodista Gladys Rubio.- ¿Y no está escribiendo?
Cmdte.- Te contestaré gustoso, pero antes permíteme exponer mi opinión sobre un hecho que juzgo de interés. Hoy leía el despacho de una agencia de noticias donde se afirma que en los Pirineos de España aparecieron restos del Hombre de Neandertal, de hace 200 000 años, en una cueva de ese territorio. También se afirma que era más inteligente que el Homo Sapiens. En despachos cablegráficos anteriores afirmaron que una tercera especie también formó parte del hombre actual. Los científicos discuten y discrepan sobre esos temas.
Otros despachos, de consecuencias más inmediatas, se relacionan con la colonización de los planetas y asteroides. Una empresa privada holandesa está planeando la colonización de Marte. La misma recluta jóvenes para entrenarlos. Ellos creen que sería como venir a este hemisferio desde España. Sin embargo, los individuos deben viajar con el compromiso de no regresar, permanecer en la colonización de Marte, que tiene órbita y gravedad diferente, densidad del aire insuficiente, y, ¡qué bonito!, la empresa recluta jóvenes. Los hay que van tranquilamente. Son noticias de las que habla cada vez más la prensa, las cuales señalan la perspectiva incierta de la aventura humana.
Hay otras noticias cada vez más realistas derivadas de cálculos precisos e irrebatibles. La población mundial está creciendo, a un ritmo jamás imaginado, a lo largo de cientos de miles de años. Tardó el largo período de más de 1 500 siglos para llegar a casi 1 000 millones de habitantes en el año 1800; un siglo después, en 1900, alcanzó la cifra de 1 650 millones; 50 años más tarde, en 1950, la cifra se elevó a 2 518 millones; en 1975, a 4 088 millones; a 6 070 millones, en el 2000; y a 7 000 millones, en el 2011. La población mundial crece ya más de 100 millones de personas por año. Esa increíble cifra continuará aumentando. Existe una gran ignorancia sobre el mundo en que estamos viviendo. Esos temas un considerable número de personas los desconoce.
Por otro lado, nunca en la historia humana han podido evitarse las guerras.
Las armas se desarrollan a ritmo acelerado. Proyectiles de cañones impulsados por ondas electromagnéticas alcanzan distancias superiores a 200 kilómetros. Los países más desarrollados informan sobre insospechados avances de la ciencia y la tecnología al servicio de la destrucción y de la muerte.
Periodista Ana T. Badía.- Usted hablaba precisamente del fin de la especie humana, y ha hecho alertas importantes al mundo acerca de esa posibilidad.
Cmdte.- La última guerra mundial dio lugar a las bombas lanzadas sobre la población civil en Hiroshima y Nagasaki, que mataron a cientos de miles de personas e irradiaron a un número superior.
El “invierno nuclear”, inconciliable con la supervivencia humana, sería la consecuencia del empleo de un reducido porcentaje de las armas nucleares acumuladas por las potencias que las poseen. También uno se pone a pensar en estos problemas porque tiene tiempo. Cuando está en la vida diaria, no dispone de tanto.
Periodista Ana T. Badía.- Y el mundo puede evitar eso, el hombre puede evitar la guerra, si quiere, Comandante.
Cmdte.- Pienso que el Homo Sapiens no evolucionó lo suficiente como para evitar la guerra; los instintos y los egoísmos prevalecen desgraciadamente en sus relaciones.
Periodista Ana T. Badía.- Y los drones.
Cmdte.- El imperialismo y sus aliados han convertido la industria militar en el sector más próspero y privilegiado de su economía. Cada día se publica alguna noticia sobre los más increíbles artefactos para destruir y matar; se elaboran códigos para su empleo; los derechos de la persona, elaborados durante siglos, han sido barridos. Matar y destruir, sin límite alguno, es su filosofía. Como es lógico, tal actitud provoca la reacción de los países adversarios con suficiente desarrollo técnico y científico para fabricar las armas capaces de contrarrestar, e incluso superar tales armas.
¿Qué va a pasar en Japón con las islas esas que le arrebataron a China? ¿Qué van a ganar los yankis protegiendo a Japón en ese tema?, porque hasta ahora, según tengo entendido, ese punto estaba fuera del acuerdo de protección. Ahora que el gobierno de Estados Unidos declara que sí lo están, se provoca una gran tensión en el área. Algunos periódicos opinan que los chinos se están preparando para defenderse de cualquier provocación intolerable por parte de sus tradicionales adversarios. Sobre esos problemas, si uno tiene tiempo, se informa y los estudia.
¿Se han evitado alguna vez en la historia las guerras? ¿Y la Crisis de Octubre?, muy cerca estuvimos de convertirnos en campo de batalla nuclear entonces, ¿y después en el sur de África, cuando defendíamos Angola de las tropas racistas sudafricanas? Allí estaban…50 000 hombres, entre soldados cubanos y angolanos. Dos veces hemos estado en peligro de guerra frente a las armas nucleares.
Ustedes me estuvieron hablando de la reunión de Chile.
Periodista Ana T. Badía.- La CELAC.
Cmdte.- La CELAC fue un avance. Ese avance se debe en gran parte a Venezuela, especialmente al esfuerzo de Chávez. Chávez es una de las personas que más ha hecho por la libertad y por la unión de este continente. Primero Bolívar. Si tú analizas verás que Bolívar y Martí tienen las mismas ideas…, como lo explicó Raúl, cuando habló de los pronunciamientos de Martí sobre Bolívar. Había una hermandad tremenda.
Tú has visto las campañas que hacen contra Chávez en Venezuela, una cosa horrible. Siempre hemos estado muy cerca los venezolanos y los cubanos; la burguesía de aquí se fue para Miami o para Venezuela, que era un país con más recursos que nosotros. Chávez alcanzó un prestigio enorme. El pueblo respondió, y no solo es cuestión de consigna, porque digan: “ese transporte ahora es de nosotros, tengo una casa ahora que nunca la tuve, porque tengo empleo que nunca lo tuve, tengo escuelas, tengo hospitales, tengo esperanzas que nunca tuve.” Lo hizo todo por su pueblo.
Cuando estaba en plena batalla se olvidó de la salud y se consagró a la lucha. Es un buen ejemplo, inspirado en Bolívar y la historia heroica de su pueblo. Bolívar llevó sus ideas de independencia y sus soldados desde las fronteras del Mar Caribe hasta las fronteras con Argentina. Eso significa Ayacucho, donde el espinazo del imperio colonial español fue roto.
Más de la mitad de la población murió. Es el único de las grandes figuras de la historia que ganó su fama liberando pueblos; los demás, fue conquistando fama y riquezas: desde Alejandro Magno hasta Napoleón Bonaparte.
Napoleón, de revolucionario se convirtió en emperador de Francia. Invade Rusia. Quizás ustedes vieron la película La guerra y la paz, también vieron Liberación. Esas son obras que enseñan bastante.
Pero, bueno, ¿cuándo son las próximas elecciones? (Le dicen que falta, que estas son generales). Bueno, me tengo que acordar de ustedes que están aquí desde la mañana, y les pido excusas por mi ignorancia.
Periodista Gladys Rubio.- No, el pueblo va a estar muy contento de verlo y saber que usted vino aquí.
Cmdte.- Y yo ignorando, porque imagínense, uno tiene cosas que hacer, no importa cuántos días, o meses, o años dispone, no es algo que me preocupe; pero, aprovechar el tiempo sí me interesa y atenderlos a ustedes es el mejor empleo de mi tiempo. Ahora díganme y pregunten lo que deseen.
Periodista Gladys Rubio.- Bueno, imagínese, impactados. Para nosotros ha sido tremendo encontrarlo hoy a usted aquí.
Pensábamos que venía Santiago con las boletas.
Cmdte.- Sí, venía…
Periodista Gladys Rubio.- Pensábamos que venía Santiago y cuando lo vimos, dijimos: “¡Ay!”
Ha sido, además, una oportunidad única.
Cmdte.- Bueno, eso se llama, para mí, buena suerte. Yo tendría una vergüenza enorme, y lo peor, perdería una posibilidad de hablar libremente con ustedes sobre los temas que les interesa.
Ahora, cuéntenme, ¿qué saben ustedes cómo ha estado la cosa en el resto del país?
Periodista Ana T. Badía.- Hasta ahora bien, más del 77% el último parte, que fue como a las 4:00 de la tarde.
Periodista Gladys Rubio.- En el parte de las 2:00 de la tarde el 77% de los electores ya había votado.
Cmdte.- Ah, sí.
Periodista Gladys Rubio.- Hay que tener en cuenta que ha llovido y todo, pero está bien el 77%.
Cmdte.- Pero no fue el Flora.
Periodista Gladys Rubio.- No, no, una lloviznita.
Cmdte.- Un poquito de agua fría.
Periodista Gladys Rubio.- Pero el 77% es mucho ya, ¿eh?, para las 2:00 de la tarde.
Cmdte.- ¿Cuánto fue en otros tiempos? Ustedes que llevan las estadísticas.
Periodista Gladys Rubio.- Para las 2:00 de la tarde ha sido bastante bien, otras veces ha sido más del 95% pero al final del día, todavía no sabemos; para esa hora está bien.
Cmdte.- ¿Nos iremos a convertir nosotros en una sociedad como la de antes en la que no iba a votar la gente?
Periodista Gladys Rubio.- ¡No!, hay un pueblo que responde mucho, Comandante, que lo quiere, y a Raúl.
Cmdte.- Yo estoy seguro de eso; yo estoy seguro de que el pueblo es un pueblo de verdad revolucionario y que ha hecho enormes sacrificios, no tengo que probarlo, lo probó la historia, 50 años de bloqueo y no han podido ni podrán. Como dijo Maceo: Quien intente apoderarse de Cuba recogerá el polvo de su suelo anegado en sangre, creo que más o menos fue lo que dijo. Y es así, se vive mejor siendo libres, pero hay que aprender a ser libres, y se es revolucionario cuando tú puedes mejorar constantemente la experiencia y haces cada vez mejor las cosas. Y a veces tenemos responsabilidad todos, porque partimos de una ignorancia total, que es la que hay todavía en el mundo. Tú no encuentras una solución, porque no es una, son cientos, de acuerdo a la cultura, las creencias, la geografía de cada país.
No puede prevalecer solo el interés, el egoísmo; los instintos; la naturaleza nos da instintos y la capacidad de razonar nos debe dar una ética.
Fabiola López.- ¿Qué le parecen, Comandante, los cambios que están teniendo lugar ahora en Cuba?
Cmdte.- Tú dices los cambios, pero el gran cambio fue la Revolución. ¿A qué cambios te refieres?
Fabiola López.- No, digo los cambios que están teniendo lugar ahora con los Lineamientos y todo lo que está sucediendo para actualizar el socialismo.
Cmdte.- Bueno, en general creo que es un deber actualizarlo y superarlo, pero se trata de una etapa en la que es imprescindible marchar con mucho cuidado, no debemos cometer errores. Estamos partiendo de una época única y muy compleja de la historia, la vida durante estos 50 años tiene que habernos enseñado. El país que más se ha acercado a una revolución profunda, en la vecindad del imperio, es Cuba. No todo ha salido perfecto, pero constituye una obligación ineludible perfeccionar y superar lo que hemos hecho.
Cuando les digo que en nuestra sociedad el periodista tiene gran responsabilidad, y que por ello deben ser muy estudiosos, les estoy diciendo una verdad objetiva y fraternal, no haciéndoles una crítica.
Desde luego, creo que mi conducta se ha ajustado a lo que debo hacer estrictamente. No me hago la ilusión de que todo va a salir bien, que es lo perfecto, que es la última palabra sobre organización social.
No es posible que cada provincia aspire ahora a disponer de instituciones similares a las de más desarrollo, en instantes en que el país debe consagrar sus mayores esfuerzos en la producción de alimentos dado los problemas que el mundo muy pronto va a tener que enfrentar.
En días recientes me reuní con algunos compañeros que trabajan en la ganadería para intercambiar impresiones sobre la producción de alimentos esenciales, un tema sobre el que recientemente he pensado mucho.
¿Quién controla el crecimiento impetuoso de la población mundial? Podría decirse que nosotros tenemos ese problema al revés, porque Estados Unidos, apoyándose en los elevados salarios de un país desarrollado y rico, nos llevó mucha fuerza de trabajo joven y calificada, graduados universitarios, nos llevó por ejemplo médicos, no los mejores, sé donde están los mejores, están aquí y están en todas partes cumpliendo su deber sagrado. En el acero del espíritu de la nueva Cuba no podrán jamás hacer mella.
Ustedes que han ido por ahí recogiendo la experiencia… Bueno, a mí me contaron lo que te pasó a ti, Gladys, allá, creo que en Ecuador, para informar del abnegado trabajo de nuestros colaboradores.
Periodista Gladys Rubio.- Ya me va a sacar lo de las botas.
Cmdte.- Las botas, y los camiones cargados, la barcaza que no cruzaba el río, y por poco los restos de aquella hay que recogerlos en el Atlántico, donde el Amazonas desemboca.
Conocen también el problema del continente, por ello tiene importancia la reunión de la CELAC, fue un gran paso de avance. Hay que estar más que 10 minutos —bueno, en 10 minutos no se escucha un discurso—, 10 horas y 20 discursos para saber cómo piensa cada cual. Hasta por la cara, si observa el rostro de los participantes, sabe cómo piensa el del Caribe, cómo piensa el de Bolivia, cómo piensa el otro.
La reunión de la CELAC fue acompañada por el anfitrión con la de los líderes de América Latina y el Caribe y los líderes de la Unión Europea.
A veces converso con algunos de los que vienen, muchos de ellos, por el interés que uno tiene.
Yo no sé cuándo duermen o cuándo van a su casa los líderes políticos de Europa.
La Merkel, ¿cuándo descansa? Porque yo la veo en una reunión y en otra, nunca está en Alemania. Luego, los ingleses, que quieren ahora entrar, cuando les ha ido muy bien saboteando esa moneda, ¿quién los entiende? Por otro lado, ¿tiene solución el 26% de desempleo en España? ¿El soborno, tiene solución? Todos esos países están saturados de problemas, ¿quién paga todo eso, el hambre de los demás, la pobreza?
Con relación a nuestra Revolución, debo decir que Marx, a quién no le gustaban muchos los discursos y las profetizaciones, nos dijo en su famosa Crítica del Programa de Gotha, en 1875, que en la revolución social, en la primera etapa, la riqueza se distribuiría según el principio “De cada cual, según su capacidad; a cada cual, según su trabajo”. En una segunda etapa la fórmula sería: “¡De cada cual, según sus capacidades; a cada cual, según sus necesidades!”. Es lo que quiero responder a tu pregunta, Fabiola.
Cuando uno tiene tiempo de pensar, es más fácil para el que está pensando.
Quiero contribuir lo más posible a la unidad, al razonamiento; siempre estaré contra la autosuficiencia, porque el ser humano tiende mucho a la autosuficiencia.
Espero que ustedes no se desanimen, esto que les digo persigue lo contrario.
¿La próxima elección cuándo va a ser?
Periodista Gladys Rubio.- Dentro de cinco años me imagino.
Cmdte.- ¡Compadre!, me parece un poco demasiado (Risas).
Ivia Pérez Reyes.- Bueno, dos años para realizar las parciales.
Dos años las parciales y en cinco años la general.
Cmdte.- Bueno, tendré que ir a un Congreso de los pioneros.
Periodista Ana T. Badía.- No, y de periodistas hay también.
Periodista.- De periodistas que viene ahora el Congreso.
Periodista.- Mire, lo estamos invitando.
Periodista.- Usted es periodista, puede ir al Congreso.
Cmdte.- ¿Cuándo es el congreso?
Ivia Pérez Reyes.- El 14 de julio, ya está invitado, Comandante.
Cmdte.- ¡Ah!, el 14. ¿Cuándo fue la Toma de la Bastilla?
Periodista Amaury del Valle.- Exactamente. Oiga, usted tiene una… Esa misma fecha.
Cmdte.- ¡Qué bueno!
Ivia Pérez Reyes.- Y ya está invitado.
Cmdte.- Cuando mencionaste el 14 de julio recordé la Revolución Francesa. En la época de Robespierre, ¿qué habría pasado si la gente hubiera tenido la televisión?
Periodista Gladys Rubio.- No, no, eso hubiera sido…
Cmdte.- Imagínense aquella que asesinó a Robespierre. A Robespierre no, a este lo ejecutaron cuando la Revolución Francesa comenzó a retroceder tras un excesivo extremismo. Las ideas usted las puede desatar, pero no las puede controlar; usted trate de guiarse lo menos posible por el instinto, y lo más posible por el conocimiento.
Yo estoy dispuesto a ir, si puedo. ¿Hay que subir escaleras?
Periodista Gladys Rubio.- No, no, no, para nada.
Cmdte.- ¿Dónde van ustedes a hacer el Congreso?
Ivia Pérez Reyes.- En Cojímar, en la escuela de cuadros de Cojímar. Allí no hay escalones.
Cmdte.- Allí fue donde iniciamos la preparación de los alumnos de Timor Leste, ya casi debe haberse graduado el total de los médicos que necesitaba Timor. ¿Y cuándo habrá un sentimiento mundial?
Periodista Gladys Rubio.- ¡Qué falta hace!
Cmdte.- Porque nadie puede decir: “soy dueño de la luz”, “soy dueño del aire”; todavía el concepto de la propiedad sobre los medios esenciales de la vida prevalece. ¿Cuándo la humanidad podrá verse como una sola familia?
Bueno, yo, si puedo, gustosamente iré al Congreso de ustedes.
Ivia Pérez Reyes.- De todos modos, cualquier otra invitación antes a dialogar de esos temas y de la importancia de la prensa que usted ha referido, queda abierta, estamos a la orden, dispuestos a hablar de ese tema.
Cmdte.- Es uno de los temas…, algo muy real.
Ahora tenemos muy buenos periodistas. Porque aquí el periodismo no es un negocio sucio o algo parecido, como ustedes pueden apreciar, el periódico fascista de España ataca todos los días a Venezuela con groseros insultos.
Lo primero que veo cada día son alrededor de 20 o 30 despachos noticiosos, de los más importantes, seleccionados por un grupo de compañeros familiarizados con esa tarea, que se asocian a los que uno puede recibir por diversas vías.
Son cada vez más interesantes las noticias que llegan de China. Viene ahora la reunión que durará varias semanas sobre la elección de la dirección central del Partido Comunista de China.
He conocido a Xi Jinping cuando visitó nuestro país hace unos meses. Conversé bastante con él, especialmente sobre la necesidad vital de producir alimentos. Es sin duda un hombre muy capaz. Tuve el privilegio de conocer igualmente a Hu Jintao, como lo tuve también de conocer a Jiang Zemin.
China es un país asombroso, con un pueblo laborioso y muy inteligente. La leyenda de que los chinos no pronuncian la erre cuando aprenden español hablando con vecinos hispanoparlantes; cuando lo hacen en una escuela de idiomas, aprenden el español mejor que cualquiera de nosotros. El difícil y complejo idioma chino, con miles de signos, es a mi juicio un factor que contribuye al desarrollo de su inteligencia.
Realmente el hombre es la única especie conocida cuya inteligencia continúa creciendo un tiempo después de nacido.
Bien, para no extendernos con ustedes, voy a pensar seriamente en la posibilidad de reunirnos.
¿Cuántos días va a durar el Congreso de ustedes?
Ivia Pérez Reyes.- El Congreso, dos días.
Cmdte.- Y me imagino que lo publiquen.
Ivia Pérez Reyes.- Sí, claro.
Cmdte.- Si no Telesur se va a encargar de publicarlo.
Periodista.- Sí, seguro, seguro.
Ivia Pérez Reyes.- No, todos los medios.
Fidel conversa con los periodistas tras ejercer su voto. 3 de febrero de 2013. Foto Cubadebate/Ismael Francisco
Fidel conversa con los periodistas tras ejercer su voto. 3 de febrero de 2013. Foto Cubadebate/Ismael Francisco
Cmdte.- Ustedes me perdonan, porque yo escogí aquí a unos voceros.
Periodista Gladys Rubio.- No, pero está bien. No se preocupe.
Cmdte.- Ustedes admitirán que son gente preparada y que pueden influir mucho, esto no quiere decir subestimación.
Periodista Gladys Rubio.- No, para nada.
Cmdte.- Aunque las mujeres están ganando poder cada vez más, es por la fuerza social que disponen más que nosotros, pero no me digan que son más revolucionarias.
Periodista Gladys Rubio.- Pero sí más fuertes.
Cmdte.- Las mujeres sí, no estoy hablando de las de Cuba, estoy hablando de las mujeres en cualquier parte.
Periodista Gladys Rubio.- Somos el tercer país con más mujeres en el Parlamento.
Cmdte.- Piensa que los ingleses nos ganaron. La Reina de Inglaterra cumplió 60 años de reinado y le han hecho un regalito de 500 000 kilómetros cuadrados, ¿saben dónde?, en la Antártida.
Periodista Ana T. Badía.- ¡Mire eso!
Cmdte.- En eso hay reclamaciones. El Polo Sur lo tienen repartido entre un grupo de naciones. No queda otra alternativa; hay que nombrar a la Reina soberana del Polo (Risas).
Perfecto.
Periodista Gladys Rubio.- Muchas gracias por todo.
Gracias por acercarse a nosotros. Somos muy felices por eso.
A coro.- Muchas gracias, Comandante.
Periodista Gladys Rubio.- Todos estamos muy felices, y el pueblo va a estar muy feliz también por eso.
Cmdte.- ¿Quieren que les diga una cosa? Me he librado de la amargura que me habría dado todo eso.
Periodista Gladys Rubio.- Tenga muy buenas tardes, Comandante.
Cmdte.- Bueno, ¿y ustedes qué?
Periodista Amaury del Valle.- Nosotros aquí.
Cmdte.- ¿Qué periódico representan ustedes?
Periodista Amaury del Valle.- Yo, por Juventud Rebelde, Comandante.
Cmdte.- Oye, y tiene mejor papel.
Periodista.- Sí.
Cmdte.- Granma no se puede leer a veces, tiene una letrica chiquitica.
Periodista.- ¿Y usted ve sin espejuelos, Comandante?
Cmdte.- Sí, hasta cifras veo; sin embargo, en la televisión, los letreritos esos, me cuesta trabajo y el cambio de luces me molesta la vista.
Periodista Amaury del Valle.- Fíjese para que vea que estas letras están puestas al azar. Ve que no tiene un nombre.
Cmdte.- Una apareció por aquí, ¿de qué periódico?
Periodista.- ¿Yo? Radio Metropolitana. Radio Metropolitana, la radio de la ciudad.
Cmdte.- ¿La radio de La Habana?
Periodista.- La radio de La Habana.
Cmdte.- ¿Cuáles son los que hablan de agricultura?
Periodista.- ¿De agricultura?, La Habana, no habla mucho de agricultura.
Cmdte.- Espérate. Me han dicho que hay uno.
Periodista.- Radio Cadena Habana, que es la radio de las provincias Mayabeque y Artemisa.
Cmdte.- Ah.
Periodista.- Radio Cadena Habana, se llama.
Cmdte.- ¿Quién la dirige?
Periodista Amaury del Valle.- No, no sabría decirle el nombre del director.
Cmdte.- ¿Cuál es? ¿No saben quién habla de la agricultura?
Periodista.- No, quién dirige la emisora, dice él, que no sabemos el nombre de la directora o el director de la emisora. Pero esa emisora habla mucho de agricultura, Radio Cadena Habana.
Ivia Pérez Reyes.- Yolanda París. Yolanda París se llama la directora de la emisora de Radio Cadena Habana. Y también está Radio Mayabeque, y Radio Artemisa, que también hablan mucho de agricultura, porque son de las emisoras de las nuevas provincias.
Cmdte.- Yo tenía contacto con Lugo y lo tengo todavía. Lugo conoce a los mejores agricultores, a Lazarito, de Bejucal; el otro es el de Cienfuegos, que produce leche de cabra, Regino, es un tremendo productor campesino. Yo le pregunto: ¿Y los matarifes, cómo te las arreglas? Bueno, me dice, “somos varios productores y nos turnamos. Y yo, por ejemplo, ahora tengo ordeño mecánico”.
Regino ordeñaba a mano 148 cabras diarias. Un hijo adulto lo secunda, y otro hijo, que está en la escuela y tiene 8 o 10 años, ordeñaba 40 cabras. “Me han fastidiado, porque se han conseguido el ordeño mecánico y me he desentrenado”, clama el niño… ahora ha tenido que dedicarle más tiempo al estudio.
Lugo conoce a los mejores campesinos y cooperativistas. Ha colaborado en la distribución de semillas. Hay algunas plantas de las que se pueden sembrar ya millones, el problema es conocer las posibilidades, el valor y el costo de la producción. Es complejo, pero muy prometedor.
Periodista Miguel Mauri.- También está la AIN.
Cmdte.- Mándale a decir que me gustaría conversar también con ella. (Se refiere a la directora de Radio Cadena Habana).
Tengo noticias de las principales granjas. El búfalo produce el doble de carne por día en el cebadero, y con menos grasa. Eso me contó Alfredo, un campesino de Alquízar, inteligente y serio.
En Cuba no existía ese valioso animal. El año 1983 Torrijos nos obsequió 25 hembras y dos machos de la raza Bufalypso, conocido como búfalo de río. Entre 1983 y 1986 Cuba adquirió 241 hembras y 31 machos de la misma raza; y entre 1987 y 1989, nuestro país compró 2 648 hembras y 57 machos de la raza Carabao, conocido como búfalo de pantano. El animal cuando no tiene pasto, derriba cercas y busca alimentos.
Es, sin embargo, el único animal que puede vivir en zonas pantanosas e inhóspitas. En pocos años se multiplicaron; no padecieron el uso excesivo de la inseminación artificial, la elevada cifra de hembras que no se gestaban, ni el alto porcentaje de terneros que morían por desnutrición. En cada una de las provincias se habían creado pequeñas lecherías en lugares visibles desde la vía principal que producían leche y queso de mansas búfalas. Ese animal, que constituye la fuente fundamental de leche y carne en países como Vietnam y otros de Asia, había sido desechado. El país luchará por disponer de todas las fuentes posibles de leche y carne de vacuno, caprino, bufalino, porcino, avícola y cunícola.
En la producción de alimentos de origen animal o vegetal hay que aplicar principios rígidos e invariables en materia sanitaria, que nuestra Patria está en condiciones de llevar a cabo.
¿Cuál es, por ejemplo, el país que más alimento produce? China produce y consume cientos de millones de cerdos al año. No pueden disponer de la carne bovina de Canadá, Estados Unidos, Brasil, Argentina y Australia, que disponen de cuatro veces más territorio con menos de la mitad de la población china, o tal vez más, porque mucho del territorio chino al norte y al este del país es desértico o montañoso.
Nuestros institutos, especialistas y científicos deben conocer a fondo todas las enfermedades que afecten animales y plantas.
A uno no se le olvida La Coubre, cuando nosotros compramos armas, allá en Bélgica, para no darles pretextos políticos de lo que hicieron contra Cuba. El barco va, se carga y hacen luego escala en un puerto francés, allí introdujeron los explosivos. Dos explosiones se produjeron. Después que estalló la primera carga, cuando las cajas estaban siendo descargadas, y cuando numerosas víctimas estaban siendo atendidas o luchaban contra los incendios, se produjo una segunda explosión. Más de cien trabajadores murieron y cientos de personas fueron heridas.
El problema que tenemos con la inseminación artificial masiva, es que el promedio de gestación alcanza apenas el 50%. En ese tema hay que buscar una solución. Muchas veces cuando el toro celador descubre la hembra en celo, el inseminador está descansando o haciendo otra cosa indispensable, se pierden muchos celos y se gastan más recursos.
Hay que utilizar métodos que promuevan más gestaciones y menos costos, reservando la técnica más sofisticada para los rebaños mejor atendidos y la reproducción natural donde no existan las condiciones adecuadas.
Otro problema se relaciona con los terneros, muchas veces sometidos a un régimen absurdo de alimentación insuficiente y de baja calidad antes de ser lanzados a la búsqueda del pasto de baja calidad, donde aun el 30 por ciento muere, y tardan el doble de tiempo para iniciar la producción.
Es imprescindible sembrar pastos de calidad conocida, tanto gramíneas como otros de elevado nivel de aminoácidos y proteínas, los cuales han sido desarrollados por expertos. Entre las numerosas medidas, son las más urgentes.
No hablaría de esto si no tuviera la más profunda convicción de que está totalmente en manos de nuestros trabajadores de ese sector resolverlas con urgencia, lo cual desean, dada la importancia de una alimentación sana y proteica dure lo que dure la vida en nuestro planeta. Tales principios son en general aplicables a toda la producción agrícola.
Yo espero verlos a ustedes. Me pueden preguntar ahí todo lo que quieran. Busquen libros y háganme las preguntas que deseen, cuando yo no sepa algo, se lo digo con toda franqueza.
Periodista Gladys Rubio.- Y el problema del agua.
Cmdte.- Bueno, ahora tengo mucha esperanza, y ese es otro premio de haber tenido la suerte de venir. Ustedes son los voceros de la Revolución.
Periodista Ana T. Badía.- Por último, Comandante, Radio Rebelde está próximo a cumplir el aniversario 55 el próximo día 24, ¿qué mensaje tiene?
Cmdte.- ¡Ah!, es el viejo Radio Rebelde.
Periodista.- Fundada, como usted recordará, en la Sierra Maestra por ustedes.
Cmdte.- ¡Y como la buscaban los aviones! Pero déjame decirte que hoy no se podría tener, porque basta un radio encendido y te envían un proyectil derechito y se acabó. Habría que inventar cómo contrarrestar esa técnica. Nuestra guerrilla, antes de disponer de Radio Rebelde, libró numerosos combates victoriosos. Nuestra pequeña emisora informando rigurosamente la verdad potenció nuestra fuerza y aceleró la victoria.
Bueno, una felicitación calurosa para ellos y la alegría de pensar que supieron cumplir su deber durante tantos años.
Periodista Amaury del Valle.- Comandante, un mensaje para los jóvenes a través del periódico Juventud Rebelde.
Cmdte.- Que siento mucha envidia por ellos (Risas).
Periodista.- Y para todo el pueblo, Comandante, dígale algo ahora este día de votación grande para su pueblo que tanto lo quiere.
Cmdte.- Bueno, de verdad debo decir que para mí el pueblo es todo. Sin el pueblo no somos nada, sin el pueblo no habría Revolución, con el pueblo forjaremos el camino digno de la Patria, defenderemos el país, y si hay que morir, moriremos.
Periodista.- ¡Gracias, Comandante!
Comandante, muchas gracias por venir.
Periodista Ana T. Badía.- Faltan cinco meses para el Congreso de los Periodistas.
Cmdte.- ¿Ya no hacen ninguna reunión?
Periodista Ana T. Badía.- Las que hemos tenido en la base, pero lo esperamos a usted con los brazos abiertos.
Cmdte.- ¿Quiénes van al Congreso de todo el país, cuántos van a reunirse?
Periodista Ana T. Badía.- No muchos esta vez, ¿verdad?
Ivia Pérez Reyes.- Doscientos cincuenta, Jefe, se van a reunir de todo el país, no muchos. Pero si usted quiere reunirse antes con un grupito, se puede reunir, nos invita, y ahí estamos.
Cmdte.- ¿Y son ustedes los que escogen?
Ivia Pérez Reyes.- Bueno, los podemos escoger.
Periodista Gladys Rubio.- ¿Se acuerda que hicimos una un 26 de Julio? Exacto. Y hablamos de ciencia, y hablamos de medio ambiente, de agricultura, del mundo y de lo que usted quiere.
Cmdte.- En todo caso eso no quitaría…
Ivia Pérez Reyes.- Que usted vaya al Congreso después.
Periodista Ana T. Badía.- Para nosotros es un honor estar con usted en el Congreso.
Periodista.- Después usted va al Congreso, y hacemos dos.
Cmdte.- ¿A quién le echan la responsabilidad? Vamos a hablar con la compañera, que trabajó mucho, la que yo les dije, y ella se compromete a invitarlos a ustedes y a algunos más del sector que estén interesados, y ya ustedes no tienen la responsabilidad, y entonces…
Ivia Pérez Reyes.- Nosotros podemos hablar con Alfonso Borges, que es quien atiende toda la prensa, Alfonso Borges, que usted lo conoce perfectamente.
Cmdte.- Sí, cómo no. Hoy me mandó unos cuantos papeles. Y Arcángel —él tiene un grupo—, en esa reunión que yo tuve con los campesinos estaba él. Quedó muy buena.
Ivia Pérez Reyes.- Bueno, Comandante, descanse.
Cmdte.- Tengo trabajo, pero el liberarlos a ustedes me obliga a…
Periodista Gladys Rubio.- Para nosotros ha sido un momento muy especial.
Periodista Ana T. Badía.- Estamos muy felices.
Periodista Gladys Rubio.- Gracias por venir.
Muchas gracias.
Cmdte.- ¿De qué periódico es él?
Periodista Amaury del Valle.- Esa es mi grabadora, Comandante.
Periodista Evelio Tellería.- Del periódico Trabajadores.
Cmdte.- Ah, una vez a la semana. Ayer lo vi.
Periodista Evelio Tellería.- Salimos los lunes.
Periodista Amaury del Valle.- Hoy sale Juventud Rebelde, Comandante.
Cmdte.- ¿Cuántos ejemplares sacan ustedes?
Periodista Amaury del Valle.- Nosotros, 250 000 ejemplares, Comandante.
Cmdte.- ¿Granma cuántos?
Periodista.- Granma más o menos esa cifra, un poquito más.
Ivia Pérez Reyes.- No, Granma, 510 000, porque 10 000 se pasan para el turismo, y 500 000 para la población, centros, etcétera. Juventud Rebelde los domingos, 250 000, y diariamente 200 000.
Cmdte.- ¿Menos el domingo? No me hagas eso.
Ivia Pérez Reyes.- Sí, diariamente, y el domingo 250 000.
Periodista Amaury del Valle.- Lo que el domingo son 16 páginas en vez de 8, con algunos trabajos más de lectura, investigación, se publican los trabajos sobre la agricultura, esos que usted ha hablado; los retos que tiene la agricultura en los últimos tiempos y, sobre todo, un enfoque más hacia los jóvenes.
Cmdte.- Pues les agradezco muchísimo lo que he aprendido hoy, y la esperanza de hablar ampliamente con ustedes.
Hasta pronto. Un abrazo.
(Dan vivas al Comandante en Jefe)
(Indaga sobre los niños que custodian las urnas)
Cmdte.- Oye, no me dijiste que habían quitado la escalera.
Niurka Prada.- Yo sí lo informé. Desde que yo supe que usted no podía subir escalones, yo preparé condiciones.
Cmdte.- Es que nadie me dijo nada. Dímelo para no votar por el culpable en las próximas elecciones.
Niurka Prada.- Bueno, pues nada, en las próximas elecciones tengo un butacón aquí, porque estaba nerviosa, que usted, parado tanto tiempo…
Cmdte.- …Nadie me dijo tampoco que tú estabas por aquí…
Niurka Prada.- No importa, no importa, yo siempre estoy aquí para cuando usted me necesite.
Cmdte.- ¿Qué estás haciendo?
Niurka Prada.- Lo mismo que usted me dejó haciendo, todavía no lo he cumplido.
Cmdte.- …
Niurka Prada.- Yo estoy en la Ayudantía suya. Así que protéjame, que estoy con usted.
Cmdte.- …Niña Bonita.
Niurka Prada.- Ah, sí, yo atiendo directamente a Niña Bonita, el Siboney y todas esas cosas.
Cmdte.- … y tengo cosas nuevas.
Niurka Prada.- ¿Le hago una anécdota? Me he pasado dos años pidiendo que arreglaran el… de Niña Bonita. Pasó usted en una guagüita por la puerta y al otro día cuando llegué ya lo habían arreglado, así que dése una vueltecita de vez en cuando.
Cmdte.- Nos veremos pronto.
Niurka Prada.- Ok.
Es una gran alegría verlo, Comandante.