sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vila operária em luta pela moradia!


Os trabalhadores da Vila Operária estão apreensivos quanto a uma possível reintegração de posse dos lotes. Esta não é a primeira vez que isso ocorre uma vez em que nos últimos anos, vários processos judiciais foram abertos com esta finalidade. No entanto, desta vez, segundo eles, a Prefeitura não teria cumprido a sua parte nos acordos.
"Em 2010 houve o Orçamento Participativo e aqui foi colocado como área de interesse social. A partir daí nós tivemos uma reunião com o jurídico da Prefeitura e a imobiliária Continental, onde ficou acertado que a Administração Municipal marcaria o território como Zona Especial de Interesse Social (Zeis) e a imobiliária retiraria o processo de reintegração. Contudo, a Prefeitura não cumpriu a sua parte no acordo e a Continental manteve o processo", explica o advogado dos moradores Horácio Neto.
A briga se estende desde 2008, entre posseiros, a imobiliária Continental e os moradores e até o momento não há uma posição definitiva, o que deixa as 1.800 famílias que residem na Vila Operária em constante apreensão.
"Tem gente aqui que não consegue dormir porque não sabe o que vai acontecer. Além disso, queremos fazer algumas melhorias em casa, como colocar piso, por exemplo, e não podemos porque não sabemos como será amanhã", afirmou a moradora Sonia Maria Santos.
A Frente de lutas que está se construindo em Guarulhos está acompanhando e apoiando os trabalhadores da Vila operária na luta contra a especulação imobiliária promovida pela prefeitura
 subserviente ao Capital.







A VITÓRIA DA CHAPA “OLHA PRA CEU” PARA O DCE DA UFSM


imagemPorque a UJC apoiou e ajudou na construção da Chapa 2 “OLHA PRA CEU”na eleição à direção da Casa do Estudante Universitário II da UFSM?
Nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar”
Bertolt Brecht
 A CEU II possui mais de 1300 moradores. É uma experiência coletiva das mais importantes do Brasil, uma das maiores casas de estudantes em termos relativos (moradores/total de estudantes), fruto da luta do Movimento Estudantil na segunda metade do século passado e início deste. Esta conquista deixa uma clara lição para o ME: é preciso lutar por mais e melhores direitos! Para alcançar os objetivos que solucionem as demandas dos estudantes é necessário um ME com AUTONOMIA, principalmente em relação ao Governo.
Há muitos anos a direção da CEU II foi hegemonizada por um projeto político (Projeto Democrático e Popular, PDP). Este projeto não é mais compatível com as necessidades da categoria estudantil. Não ultrapassa o limite de mero gestor do Estado. Sendo assim, está mais empenhado em propagandear as “benevolências” do Governo do que na organização da luta dos estudantes para os estudantes, na perspectiva da universalização com qualidade de direitos básicos, como educação.
Em artigo no periódico da UJC Santa Maria, sob o título “O CONTEÚDO DE CLASSE DAS DIVERSAS REFORMAS E AS ILUSÕES GOVERNISTAS”, publicado no Voz Ativa no4, discutimos a falsa dicotomia criada entre políticas emergenciais (de foco) e políticas universalizantes. O grupo político que foi derrotado na CEU II está preso na armadilha da falsa dicotomia.
Os sinais de esgotamento do PDP aparecem também na apatia das últimas gestões da CEU II, na dificuldade em manter a coesão da gestão e na consequente sobrecarga de trabalho sobre alguns indivíduos.
O grupo derrotado na CEU II enfrentou apenas duas chapas de oposição nos último 10 anos. Mesmo com a grande insatisfação dos moradores, não havia até então uma alternativa organizada que correspondesse às necessidades d@s morador@s. A UJC apoiou e atuou na construção da chapa “OLHA PRA CEU” porque entendemos que é necessário superar o PDP na prática.
Não é preciso mencionar os truques utilizados pela chapa derrotada durante a eleição, pois a rejeição d@s morador@s a estes métodos já é suficiente. Porém algumas posições defendidas pelo PDP sobre AUTONOMIA, por exemplo, carecem de um debate mais aprofundado. A impressão é de que recuou em relação às suas próprias posições históricas que já eram limitadas.
Ao mesmo tempo que se enfraquece o PDP, começa a se consolidar uma proposta nova de ME e de Universidade.
Os 181 votos da Chapa 1 só valorizaram a vitória da Chapa 2, pois a chapa derrotada fez tudo que estava ao seu alcance para vencer e mesmo assim foi suplantada.
A participação dos estudantes nesta eleição, onde 450 votaram, só não chamou mais a atenção que a impressionante ausência de votos nulo e branco.
A vitória da chapa “OLHA PRA CEU” foi maiúscula em todos os quesitos, político, programático, arte, propaganda, mobilização, maturidade, iniciativa etc.
Para a lisura do processo foi fundamental também seriedade e responsabilidade da Comissão Eleitoral, mais precisamente dos integrantes que realizaram os trabalhos até o final do processo.
É imperativo registrar a ousadia, empenho e alegria d@s integrantes da chapa “OLHA PRA CEU”, apoiador@s e das 269 pessoas que apostaram na mudança, sem @s quais este vitória jamais teria se tornado realidade, são protagonistas do novo!
UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA – UJC
Santa Maria/RS.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

De açoites em Potemkin



Ele se deitou em posição fetal tentando em vão proteger com as mãos seu crânio e rosto. Tentava suavizar um pouco o impacto dos açoites que rasgavam a sua pele em golpes fortíssimos desferidos pelo algoz mascarado.
Os açoites provocavam uma agonia torturante que transformava segundos em séculos. A lágrima e a blasfêmia jorravam de seus olhos, boca, coração e cérebro.
Ao mesmo tempo, sacerdotes rodam de mãos dadas em volta do açoitamento, como se brincassem ciranda. Mas, na verdade, julgam a conduta do fustigado. – Que vergonha! – dizem eles, - Tu deves aceitar teu fado! Essa é sua causa! Levanta e abre os braços, estufe o peito! Que os açoites dilacerem teu rosto e tórax! Vamos herege! Judas! Judas! Judas!
E o carrinho de bebê continua descendo, inocente e fatalmente, pela escadaria de Odessa abaixo. Não há – ainda – quem possa evitar o massacre do vergastado, sacralizado, desde antes de cristo, pelo sacrifício redentor do homem tolo que sofre e morre porque quer.

Rubem Guarani

DCE-Unifesp 2013 - Contra a universidade - mercadoria


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Intervenção do PCB no XIV Encontro Mundial dos Partidos Comunistas e Operários



imagemPCB
Beirute, 22 a 24 de novembro de 2012
(intervenção do CC do PCB, apresentada pelo Secretário Geral, Ivan Pinheiro)
O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB) saúda os partidos comunistas presentes, homenageando o anfitrião, o Partido Comunista Libanês, referência para todos os revolucionários e trabalhadores do mundo, com seu exemplo de luta sem tréguas contra o capital.
O aprofundamento da crise sistêmica do capitalismo coloca para o movimento comunista internacional um conjunto de complexos desafios.
Estamos diante de um estado de guerra permanente contra os trabalhadores, uma espécie de “guerra mundial”, na qual o grande capital busca sair da crise colocando o ônus na conta dos trabalhadores. Esta é uma guerra diferente das anteriores, que tinham como centro disputas interimperialistas.
Apesar de persistirem contradições interburguesas e interimperialistas na atual conjuntura, as grandes potências (sobretudo os Estados Unidos e os países hegemônicos da União Européia) promovem hoje uma guerra de rapina contra todos os países periféricos, sobretudo aqueles que dispõem de riquezas naturais não renováveis e contra todos os trabalhadores do mundo.
A guerra é o principal recurso do capitalismo para tentar sair da crise: ativa a indústria bélica e ramos conexos, permite o saque das riquezas nacionais e a queima de capitais; os capitalistas ganham também com a reconstrução dos países destruídos.
Os métodos são sempre os mesmos: satanização, manipulação, estímulo ao sectarismo e a divisões entre nacionalidades e religiões, cooptações, criação ou supervalorização midiática de manifestações e rebeldias, atentados de falsa bandeira.
Nesta guerra permanente, pelo menos nesta fase, têm sido poupados os chamados países emergentes, sócios minoritários do imperialismo, que legitimam a política das grandes potências, compondo, como atores coadjuvantes, o chamado Grupo dos 20.
Estes países (os chamados BRICS) se têm beneficiado da crise, na medida em que ajudam a superá-la; em seguida, poderão ser as próximas vítimas tanto da crise como de agressões militares.
Em nosso país, nunca os banqueiros, as empreiteiras, o agronegócio e os monopólios tiveram tanto lucro. A política econômica e a política externa do estado burguês brasileiro estão a serviço do projeto de fazer do Brasil uma grande potência capitalista internacional, nos marcos do imperialismo. As empresas multinacionais de origem brasileira, alavancadas por financiamentos públicos, já dominam alguns mercados em outros países, notadamente na América Latina.
Hoje, o governo brasileiro é o organizador da transferência da maior parte da renda e da riqueza produzida pelo país para as classes dominantes (através do superávit primário, da política de juros altos e do sistema tributário altamente regressivo). Cerca de 50% do orçamento se destina a pagar os juros e a amortização da dívida (externa e interna), para satisfação dos banqueiros internacionais e nacionais, assim como dos nossos rentistas (que não chegam a 1% da população).
Para atender aos interesses dos grandes empresários, das empreiteiras e do agronegócio, o governo promove a destruição do meio ambiente, desde o desmatamento da floresta amazônica à  demolição da legislação ambiental. O novo Código Florestal brasileiro, um total desrespeito ao meio-ambiente, contou com o apoio de partidos que se dizem de esquerda, mas se caracterizam por um esvaziamento ideológico, pela adesão às medidas neoliberais e por se curvarem aos ditames do imperialismo. Em períodos eleitorais, rebaixam ainda mais o discurso e abandonam os símbolos que vagamente os ligam ao ideário socialista.
Em meio a esta grave crise, e sem a consolidação ainda de um importante pólo de resistência proletária, o capital realiza uma violenta ofensiva para retirar dos trabalhadores os poucos direitos que lhes restam. Para fazê-lo, tentam cada vez mais fascistizar as sociedades e criminalizar os movimentos políticos e sociais antagônicos à ordem. A correlação de forças ainda nos é desfavorável. Ainda sofremos o impacto da contra-revolução na União Soviética e da degeneração de muitos partidos ditos de esquerda e de setores do movimento sindical.
Por outro lado, estamos muito preocupados com o verdadeiro cerco militar que o imperialismo promove na América Latina. Realmente, a reativação da IV Frota norte-americana, com um poderio bélico maior do que a soma de todas as forças armadas dos países latino-americanos, traz ameaças à soberania e à paz na região. O estabelecimento de dezenas de bases militares dos EUA na América Latina inquieta os latinoamericanos. A considerar ainda a construção de um aeroporto militar ianque na cidade de Mariscal Estigarribia, no Paraguai, que possibilita o controle da região da tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Bolívia) e onde se assenta a maior reserva mundial de água doce, o Aquífero Guarani.
Mas não é só o imperialismo estadunidense que cerca a Nossa América. A OTAN construiu, em 1986, na Ilha Soledad do Arquipélago das Malvinas, a grande base militar de Mount Pleasant, que dispõe de aeroporto e porto naval, de águas profundas, onde atracam submarinos atômicos e foram construídos silos para armazenar armas nucleares e instalações para aquartelar milhares  de efetivos militares. Essa fortaleza das Malvinas contraria, expressamente, o contido na Resolução 41 da ONU, que considera o Atlântico Sul zona de paz e cooperação, isenta de armamentos e engenhos nucleares.
A considerar, ainda, a ilha de Ascensão, outra base militar da OTAN que fica a meio caminho da costa brasileira e da costa africana.
A OTAN criou uma zona de exclusão pesqueira de mais de um milhão de quilômetros quadrados em torno das ilhas Georgia e Sandwich do Sul, destinando essa zona exclusivamente às suas forças bélicas.
A ocupação militar imperialista no Atlântico Sul permite o controle das rotas marítimas que unem a América do Sul à África e sua conexão com o continente da Antártica e com os países do Pacífico, através do Estreito de Magalhães. Ademais, permite o controle dos inúmeros recursos naturais da plataforma continental da América do Sul. É assim que a América Latina está cercada por terra e por mar pelas forças militares imperialistas, com a omissão da grande maioria dos governos locais.
Analisando este quadro, o PCB tem feito algumas reflexões.
Nos marcos da ordem burguesa, o futuro é sombrio. Mais do que nunca o regime do capital virá acompanhado de crescente instabilidade econômica, absoluta irracionalidade no uso e na distribuição da riqueza, escandalosa desigualdade social, escalada da prepotência imperialista e inexorável perigo para as conquistas populares e dos trabalhadores.
A nosso juízo, não há mais espaço para ilusões reformistas. Aliás, os reformistas, mais do que nunca, são grandes inimigos da revolução socialista, pois iludem os trabalhadores e os desmobilizam, facilitando o trabalho do capital. Em cada país, as classes dominantes forjam um bipartidarismo – em verdade um monopartidarismo bicéfalo – em que as divergências, cada vez menores, se dão no campo da administração do capital.
Cada vez mais também faz menos sentido a “escolha” de aliados no campo imperialista e mesmo entre seus coadjuvantes emergentes, como se houvesse imperialismo do “bem” e do “mal”. A diferença é apenas na forma, não no conteúdo. Isto não significa subestimar as contradições que vicejam entre eles.
Não podemos conciliar com ilusões de transição ao socialismo por vias fundamentalmente institucionais, através de maiorias parlamentares e de ocupação de espaços governamentais e estatais. A luta de massas, em todas as suas formas, adaptada às diferentes realidades locais, é e continuará sendo a única arma de que dispõe o proletariado.
Temos avaliado também que o atual modelo de encontros de partidos comunistas e operários, que vêm cumprindo importante papel de resistência, precisa se adaptar às complexas necessidades da conjuntura mundial, com suas perspectivas sombrias no curto prazo e suas possibilidades de acirramento da luta de classes, com a emergência das lutas operárias.
Pensamos que é preciso romper com o “encontrismo” em que, ao final dos eventos, nossos partidos formulam um documento genérico e decidem a sede do próximo encontro e se despedem até o ano seguinte, inclusive aqueles dos países da mesma região.
Para potencializar o protagonismo dos partidos comunistas e do proletariado no âmbito mundial, é necessária e urgente a constituição de uma coordenação política que, sem funcionar como uma nova internacional, tenha a tarefa de organizar campanhas mundiais e regionais de solidariedade, contribuir para o debate de ideias, socializar informações sobre as lutas dos povos.
Mas, para além da indispensável articulação dos comunistas, parece-nos importante a formação de uma frente mundial mais ampla, de caráter antiimperialista, onde cabem forças políticas e individualidades progressistas, que se identifiquem com as lutas em defesa da autodeterminação dos povos, da paz entre eles, da preservação do meio ambiente, das riquezas nacionais, dos direitos trabalhistas, sociais e políticos; contra as guerras imperialistas e a fascistização das sociedades. Em resumo, as lutas em defesa da humanidade.
Deixamos claro que o nosso Partido valoriza qualquer forma de luta. Não podemos cair no oportunismo de fazer vistas grossas ao direito dos povos à rebelião e à resistência armada. Em muitos casos, esta é a única forma de fazer frente à violência do capital e de superá-lo. Os povos só podem contar com sua própria força.
Saudamos os povos que hoje enfrentam as mais duras batalhas. Saudamos os trabalhadores gregos, portugueses, espanhóis, que já se levantam em greves nacionais e grandes jornadas e os demais trabalhadores da Europa, que enfrentam terríveis planos do capital para tentar superar a crise, hoje mais acentuada no continente europeu mas que poderá agravar-se e espalhar-se para outros países e regiões.
Saudamos o povo palestino, em sua saga duradoura e dolorosa no enfrentamento ao sionismo que o sufoca e reprime, ocupa seu território, derruba suas casas, prende seus melhores filhos e impede seu direito a um Estado soberano.
Valorizamos o cessar-fogo celebrado recentemente no Egito, como uma vitória importante mas parcial da resistência palestina em Gaza. O sionismo - cuja intenção era claramente mais uma vez invadir Gaza com tropas e tanques - surpreendeu-se com a atual capacidade de reação militar palestina neste pequeno, isolado e sofrido territorio, de fato sob ocupação israelense: uma reação à altura das necesidades de autodefesa e da ampliação dos direitos do povo palestino.
Mas não podemos, de maneira alguma, subestimar a agressividade do imperialismo e do sionismo, que não desistirão de seu intento de dobrar a combatividade e destruir a identidade do povo palestino, ocupando todo seu territorio, como parte do plano expansionista que chamam de “Novo Oriente Médio”.
No entanto, a considerar a justa e proporcional reação do povo de Gaza e a extraordinária solidariedade internacional à luta dos palestinos, melhoram as condições de resistência aos planos sionistas.
E aqui pedimos a manifestação deste encontro em solidariedade à realização na próxima semana, no Brasil, do Forum Social Mundial Palestina Livre, que vem sofrendo ameaças da comunidade sionista em nosso país, inclusive, em desrespeito à soberanía brasileira, por parte da representação diplomática israelense.
Da mesma forma, saudamos os também sofridos povos do Iraque, do Afeganistão, da Líbia. Saudamos os povos do Egito, do Iêmen e de vários países árabes, em sua luta contra a tirania e a opressão.
Saudamos sírios e iranianos, contra os quais batem os tambores de guerra do imperialismo. Nosso Partido está incondicionalmente solidário à grande maioria do povo sírio e a seu direito à autodeterminação. Como na Líbia, trata-se na Síria do plano imperialista de fomentar guerras civis sectárias, valendo-se de mercenários e equipamentos militares estrangeiros, para dividir e ocupar o país. No caso da Síria, procura o imperialismo criar condições para uma posterior agressão militar ao Irã.
Solidarizamo-nos com os comunistas, os trabalhadores e as forças antiimperialistas libanesas diante da movimentação de setores da burguesía nacional aliados ao imperialismo, que procuram fomentar uma nova guerra civil, no contexto da divisão dos países do Oriente Médio por criterios sectários e religiosos, para facilitar a recolonização da região.
Chegando até nossa América Latina, saudamos nossa querida Cuba Socialista em sua luta contra o cruel bloqueio ianque. Saudamos nossos Cinco Heróis. Saudamos os processos de mudanças na América do Sul (Venezuela, Bolívia e Equador), neste momento decisivo, uma encruzilhada entre o avanço dos processos ou sua derrota.
Saudamos nossos irmãos colombianos que, nas cidades e nas montanhas, resistem, através de variadas formas de luta, contra o estado terrorista de seu país, a grande base militar norte-americana na América Latina. Saudamos os revolucionários colombianos, na expressão de seu partido comunista e guerrilhas.
Não há solução militar para o conflito colombiano. Por isso, saudamos os diálogos que têm como objetivo buscar uma solução política. Este diálogo só foi possível pelo surgimento e desenvolvimento da Marcha Patriótica, um combativo e amplo movimento de massas, e pela constatação da impossibilidade de vitória militar do estado contra a guerrilha.
Sabemos que não será simples este diálogo, pois as classes dominantes colombianas e o imperialismo querem a paz dos cemitérios. Assim sendo, propomos que este Encontro assuma a organização de uma campanha mundial de solidariedade ao povo colombiano por uma verdadeira paz democrática com justiça social e econômica
Finalmente, reiteramos nossa proposta de criação de coordenações políticas internacionais e regionais dos Partidos Comunistas, tendo como princípio fundamental o internacionalismo proletário.
Beirute (Líbano), 22 de novembro de 2012
PCB – Partido Comunista Brasileiro

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Chapa Vez da Voz para o DCE-Unifesp está na luta pelo I Congresso estudantil da Unifesp


Nota sobre Congresso


A Chapa Vez da Voz entende que um DCE, para ser combativo e de luta, deve ter uma estrutura democrática que efetive e ponha em prática as mobilizações pelas pautas do Movimento Estudantil. O presente formato do DCE é distante das realidades dos Campi e dos estudantes, por isso, defendemos outro formato para suas deliberações, que são limitadas por sua atual organização.Desde o início de 2011 a entidade está sem gestão por deliberação do Conselho Representativo do DCE (CR-DCE), composto por todos os Centros Acadêmicos (CA's) existentes na Universidade. Nesses quase 2 anos, tem-se construído uma intensa reorganização do Movimento Estudantil e da entidade, com reuniões periódicas do CR-DCE, Mini Fóruns nos Campi, Conselhos de Centros Acadêmicos, o Fórum do DCE e o “Raio-X” do DCE, todos abertos à participação dos estudantes, como meios de integrá-los em prol de sua representação política através da entidade. 

A Chapa Vez da Voz considera verdadeira a legitimidade do atual processo eleitoral e a importância de se ter um Congresso Estudantil, que é proposta presente em nosso programa desde sua concepção. Apenas com unidade e dinamismo organizacional, campanhas políticas unitárias voltadas para dentro e para fora da Universidade, é que o Movimento Estudantil terá força para realizar seu Congresso e pressionar a Unifesp por suas reivindicações.

Temos clareza em relação à necessidade de envolver todos nesse processo importantíssimo de construção de uma entidade que represente, garanta, participe e promova as lutas do Movimento Estudantil de forma ampla. Por isso, caso eleitos, assumimos o compromisso de construir o I Congresso Estudantil da Unifesp.

domingo, 25 de novembro de 2012

Ato em defesa do povo Palestino em Guarulhos


Contra o massacre nazi-sionista em Gaza!

As forças armadas nazi-sionistas de Israel estão mais uma vez massacrando a faixa de Gaza com ataques aéreos e, inclusive, a ameaça de invadir por terra o território Palestino. O cessar-fogo entre Israel e o Hammas, mediado pelo Egito, é paliativo e temporário, pois a ocupação e a repressão contra a Palestina continuarão.

O Estado de Israel ataca de forma desumana a faixa de Gaza e já assume que um terço das mortes causadas pelos bombardeios é de civis e assa de 111 pessoas. Enquanto isso, o povo palestino resiste em condições militares de enfrentamento desiguais e injustas. Essas agressões são possíveis, pois Israel é um cão de guarda da política externa de Obama no Oriente médio, como é a Colômbia na América do Sul, e recebe em troca apoio político dos EUA para impor seus interesses.

Por isso, exigir o fim da ocupação israelense na faixa de Gaza é um ponto importante da luta antiimperialista e de solidariedade com os trabalhadores explorados e oprimidos em todo o mundo.

Assinam este manifesto:

PCB;
UJC;
Corrente Sindical Unidade Classista (UC);
PSOL;
Unidos pra Lutar;
ASMA;
Movimento Grita Povo!;
FEC;
Sinsprev.

Controle operário cresce e se fortalece na Venezuela Bolivariana


Tres años del Plan Guayana Socialista, en victoria

I.

En Mayo de 2012 los revolucionarios y revolucionarias socialistas de Venezuela, cumplimos 3 años luchando sistemáticamente para construir el Nuevo Modelo Productivo (NMP) establecido en el Proyecto Nacional “Simón Bolívar” por el cual se orienta el proceso de cambio y transformación que comanda el Camarada Chávez.

Tengamos presente que bajo la metódica del injerto, el Camarada Chávez puso en marcha al sur del Orinoco, el Plan Guayana Socialista (PGS) 2009-2019 con la filosofía del Control Obrero Socialista, convencido que es la única garantía para tener un NMP.

Un PGS para: a) transformar las materias primas en beneficio del pueblo, no de la oligarquía especuladora y el gran capital, b) que el socialismo abarque todos los espacios legales, físicos y mentales, c) se consolide la democracia directa en las organizaciones de la clase trabajadora y d) desarrollar nuevos motores propulsores de la revolución bolivariana en el planeta.

II.

Esta transformación no es de la noche a la mañana y por eso el PGS comprende un ciclo de 10 años con tres etapas.

Una primera etapa para generar el debate sobre la filosofía del Control Obrero Socialista, reconocer lo dañino que significa ser un país exportador de materia prima, darle vida a la Universidad Bolivariana de Trabajadores “Jesús Rivero” y prefigurar una organización distinta de los aparatos sindicales.

La segunda etapa es para crear colectivamente el marco legal a favor del Control Obrero Socialista, organizar la producción en el NMP, trabajar por la soberanía productiva y desarrollar los Consejos de Trabajadores y Trabajadoras como organización liberadora de la clase trabajadora.

Y la tercera, movilizar la clase trabajadora organizada para tomar posesión de los medios de producción y ponerlos al servicio del pueblo.



III.

Hoy día hemos cubierto la primera etapa, estamos convencidos que los saldos son positivos.

En el nivel estratégico encontramos dos cosas trascendentales asociadas al Camarada Chávez. Una, que ya asumió el fin de la primera etapa, pidiendo a los ministros Giordani y Menéndez, que trabajen en el relanzamiento del PGS. La otra, el tratamiento y ubicación especial que le dio, en la Novísima LOTTT, a los Consejos de Trabajadores y a la Universidad Bolivariana de Trabajadores “Jesús Rivero.

Esto último significa que hay nuevas banderas de lucha para la segunda etapa.

Por un lado, debemos desarrollar colectivamente y aprobar la Ley Especial de los Consejos de Trabajadores y Trabajadoras.

Y por otro, hay que instalar la Universidad Bolivariana de Trabajadores “Jesús Rivero” en todos los Centros de Trabajo para acabar con la privatización de la educación universitaria que está desangrando a las empresas de básicas.

También en esta etapa se creó conciencia entre la clase trabajadora, que Venezuela no puede seguir siendo un país exportador de materia prima y tiene que ir hacia la transformación.

En tres años el PGS se desbordó y hay Consejos de Trabajadores en toda Venezuela y hasta existe un Movimiento Nacional por el Control Obrero y los Consejos de Trabajadores y Trabajadoras (MNCOTT).



Ni las contradicciones, la marcha lenta o los enemigos del Control Obrero Socialista, nos van a dividir.

Tenemos que derrotar al Estatuto de Betancourt que desde 1962 controla a CVG y sus filiales.

Producción sin pobreza, sin contaminación y sin enfermos ocupacionales.

Estamos Triunfando.

Viva el Plan Guayana Socialista

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Organizada nacionalmente a Unidade Classista



imagemPCB
Congresso define plano de lutas
Ocorreu no Rio de Janeiro, no último final de semana, o I Congresso da corrente sindical Unidade Classista – frente de massas sindical e operária ligada ao PCB. Durante o evento, que homenageou o comunista Manoel Fiel Filho, assassinado pela ditadura de 1964, militantes do movimento sindical de todo o país contribuíram para a atualização de um programa classista para as lutas que se avizinham.
Na pauta, destaque foi dado ao projeto de Acordo Coletivo Especial, que está sendo costurado pelo governo com a CUT e o empresariado através do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. “Está como prioridade de nossas ações barrar essa tentativa de liquidar os direitos trabalhistas ”, afirmou o coordenador nacional da Unidade Classista Sidney Moura.
A campanha de esclarecimento dos trabalhadores sobre os prejuízos trazidos pela aceitação da Participação em Lucros e Resultados (PLR) e da privatização da previdência através dos chamados fundos de pensão também esteve na ordem do dia.
A Unidade Classista também definiu seu modelo de organização e definiu seus instrumentos de direção coletiva, para dirigir o trabalho dos comunistas nos movimentos sindical e operário. Sua Coordenação Nacional, composta por sete integrantes, terá o auxílio de uma Secretaria Executiva para tocar as tarefas do dia-a-dia, e a construção coletiva e enraizada nos movimentos está garantida pela participação de um conselho nacional, composto por representantes de cada estado onde existe a entidade.

COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO CONTRA O MASSACRE DE ISRAEL À GAZA BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA O POVO PALESTINO


Gaza, o pequeno local da Palestina, é sobrevoado praticamente todos os dias por aviões e helicópteros e até mesmo mísseis israelenses, em um sufocante cerco militar, econômico e social ao povo palestino.
A região é superpovoada porque Israel expulsou o povo palestino de suas terras se constituindo numa faixa de terra na qual o povo palestino se vê oprimido entre o mar e as armas israelenses. Ainda temos na memória os ataques, particularmente aquele de dezembro de 2008, que mataram sumariamente cerca de um mil e quinhentas pessoas, especialmente mulheres e crianças. 
O povo palestino, mais uma vez é vítima do sionismo e de um estado terrorista e genocida que quer literalmente exterminá-lo, como, aliás, de resto, vem fazendo desde o século XIX, tomando casas, vilas, bairros e plantações dos palestinos numa luta e guerra insanas para se apoderar de todo o território.
Foi forte a ofensiva desta quarta-feira ( 14 de novembro), que prossegue, com centenas de mortos, sem possibilidade de fuga para a população local porque emparedado entre os muros e armas de Israel e a saída para o mar. Para muitos feridos não há medicamentos, ou quaisquer outras condições para tratar dos feridos.
O ataque é reflexo da crise sistêmica do capital, agudizada em 2008 e 2011, do temor da reedição de anteriores crises do petróleo, daí a agressividade imperialista, especialmente no Oriente Médio. A OTAN recorre à guerra, como meio de recuperação econômica e como meio de desestabilização política no Oriente Médio, particularmente na Líbia e na Síria ( nessa última com repercussões políticas negativas no Líbano).
O COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO - se solidariza com o povo palestino de Gaza em seu legítimo direito à resistência, inclusive armada, diante do agressor imperialista denunciando e lutando contra a política sanguinária do capital, do império e do sionismo exigindo, inclusive, do Governo Brasileiro a interrupção das relações militares com os contratos de importações de tecnologias de defesa e de segurança com Israel, ou seja, que não seja cúmplice desses crimes contra o povo palestino, que, como qualquer crime desse gênero, é crime contra a humanidade.
O governo de Israel tem que acabar com a ocupação militar sionista da Palestina, tem que parar de roubá-la, suas terras, sua economia, suas fontes de água, seus recursos naturais, sua gente. DIZEMOS ao governo de Israel, ao imperialismo: BASTA! ao genocídio, ao mundo de violência que impõe com suas ameaças, com suas armas e fábricas de guerra, com sua imposição de força, com seus bombardeios, promotores da morte de civis, especialmente, mulheres e crianças, como ocorre agora em Gaza.
O COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO – entende que tem que haver uma proteção mundial dos povos, especialmente dos trabalhadores, contra as agressões israelenses à Palestina, em respeito ao seu direito de libertação e ocupação de seu território histórico, aos direitos humanos,pressionando Israel a cumprir a Convenção de Genebra,as resoluções da ONU.
Por uma Palestina livre, laica, democrática e socialista!
COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO

-- 

FARC-EP DECLARA CESSAR FOGO UNILATERAL



(Vejam em vídeo a apresentação do comunicado, por Iván Marquez)
http://www.youtube.com/watch?&v=mUBxT2hCgx4

FARC-EP: uma história das lutas sociais do povo colombiano



Entrevista concedida pelo comandante da FARC-EP, Iván Márquez, ao Semanário Voz.
Por  Semanário VOZ
2012-11-16-abpnoticias-semanário VOZ
É evidente a discrepância de posições entre o Governo Nacional e as FARC-EP sobre a flexibilização ou não da agenda, como apontado na Reflexão I. Até onde é flexível a agenda do ponto de vista das FARC-EP, no que se refere às questões por ela levantadas?
- O problema não está em se a agenda é flexível ou não. Ela contém o essencial para iniciar um processo de diálogo que aborde os problemas fundamentais do país. No entanto, de nosso ponto de vista, é importante garantir espaços para que a participação popular estabeleça os rumos definitivos desta agenda. Pensamos que a estreiteza não está no Acordo Geral de Havana, mas na visão que o governo possui sobre as causas e consequências do confronto. É um absurdo que, por exemplo, a institucionalidade insista em negar a possibilidade de discutir as políticas neoliberais que hoje aprofundam o conflito social na Colômbia.
-Existem contradições quanto ao tempo. O governo considera até sete meses e ameaça levantar-se da mesa porque diz não ser refém do processo. Qual o tempo necessário para as FARC-EP?
- O documento acordado pelas partes em Havana diz textualmente: “Acordamos iniciar as conversações diretas e initerruptas sobre os pontos da agenda aqui estabelecida”. Em outro de seus pontos, indica que existe um compromisso de “concluir o trabalhos sobre as questões da agenda de maneira rápida e no menor tempo possível”. Em nenhum momento se fala de tempos específicos. Podem ser mais ou menos de sete meses. Isso dependerá da dinâmica que a participação popular, que é o principal, imprima no processo. Torcemos para que as soluções sejam encontradas de forma ágil, mas, caso contrário, ninguém deve se sentir refém de um assunto tão transcendental como este para a paz na Colômbia. É muito melhor empenhar-se, sem contradições, em um esforço de paz, que fazê-lo em função da guerra, como parece ser o caminho decidido pelo governo para ser tomado. Se, para o governo, é impossível colocar fim à sua visão militarista, que nega à população um lapso de sossego em seus padecimentos, deve ao menos acordar com as FARC normas mínimas de regularização da guerra, por razões de humanidade. Francamente, o ideal seria que nenhuma das partes se levante e nem apresentem ameaças ao funcionamento da mesa, que é um espaço em que o povo colombiano pôs toda sua fé.  Só por esse fato merece todo o máximo empenho.
O ponto de chegada
-Paz com democracia e justiça social: o que significa este ponto na chegada do final do conflito?
- Esse é o genuíno sentido do fim do conflito e não a capitulação, como pretendem alguns. É óbvio que, se as causas da miséria, da desigualdade e da exclusão política de que padecem as maiorias nacionais fossem superadas, o uso das armas não teria razão de existir. Seria ilusão pretender que a resistência ao terrorismo de Estado pudesse ser desarmada com base em promessas.
- Como fazer para que a mesa de diálogo gere confiança entre os trabalhadores e o povo? O governo diz querer a paz, mas continua promovendo “pacotes” antipopulares, como a reforma tributária e a nova reforma previdenciária, entre outras, permanecendo a violação dos direitos humanos. No marco do modelo de acumulação capitalista vigente, o que é considerado imóvel ou intocável?
- Efetivamente, o governo, ao mesmo tempo em que, de forma mesquinha, fala de paz e coloca obstáculo e restrições ao necessário protagonismo do movimento popular na mesa, eleva o pressuposto militar, acelera sua máquina bélica, aprova um pacto de leis que esmagam qualquer possibilidade de melhorar as condições de existência dos colombianos. As medidas econômicas que apontam para a consolidação da política neoliberal são um verdadeiro decreto de guerra contra o país. Existe muita inconformidade por parte da população com a política neoliberal, como se pode observar nos imensos protestos estudantis contra o projeto de reforma da Lei 30, que visa privatizar ainda mais a educação. E este é apenas um exemplo, já que o objetivo maior é fazer de todos os serviços públicos um negócio para as transnacionais e os setores apátridas das elites colombianas. Acabamos de assistir, em meados de outubro, a uma grande jornada de protesto nacional contra a dinâmica de privatizações e abusos do poder, que complementam a entrega sistemática do nosso território nacional para que as transnacionais desenvolvam seus projetos extrativistas.
- Muito se especula sobre as divisões e rupturas nas FARC. Até onde a coesão em torno da decisão de adiantar este processo de solução política dialogada do conflito é total?
- Essas especulações são uma constante na programação das táticas e da estratégia contrainsurgente da inteligência militar. Assim, não nos surpreendem. O fato é que o conjunto dos combatentes e comandos das FARC-EP, como todo o espectro da militância clandestina no seio do PC3, das milícias e do Movimento Bolivariano, está em total acordo com o início e a defesa de um processo de diálogo em função da justiça social e da reconciliação dos colombianos.
Chegam otimistas
- Como você se sente diante do 15 de novembro? Otimista? Pessimista? Entusiasmado? O que espera deste diálogo difícil e complexo?
- O conjunto da organização tem um profundo otimismo quanto ao bom curso que deve pautar este novo empreendimento de paz para a Colômbia. Esperamos, com muita firmeza, que desta vez o governo não busque desculpas para levantar-se da mesa. O certo é que, em meio à confrontação, por mais delicadas que sejam as situações apresentadas, o objetivo de estabelecer a justiça social, como chave do término do conflito, deve ser entendido como um imperativo acima de qualquer interesse particular ou das partes. O que deve primar é o imenso desejo que existe no povo colombiano em obter a paz estável e duradoura.
- Uma das Reflexões faz um questionamento sobre os grandes meios de comunicação que cobrem o diálogo. O que vocês esperam da imprensa, sobretudo da “grande imprensa”, que conta com recursos de fazer a cobertura ao vivo e direta, enquanto a imprensa alternativa o faz com enormes esforços e em desvantagem, por conta das dificuldades e da falta de apoio estatal?
- De todos os meios esperamos equilíbrio, veracidade, imparcialidade, sensatez, que informem e não que desinformem, que orientem e não que manipulem, que vislumbrem o conjunto da sociedade e não o benefício dos donos da mídia. Infelizmente, é muito difícil que os grandes meios deixem de responder aos interesses daqueles que o financiam. Vejamos o simples exemplo do que ocorreu com o jornalista Daniel Pardo. Ele foi demitido da Kien&ke por ter adotado uma posição crítica contra a publicidade feita pelas reportagens a favor da transnacional petroleira Pacific Rubiales. Em solidariedade, a diretora desse meio de comunicação, María Elvira Bonilla, renunciou ao cargo. Alguém disse por aí que os comunicadores empresários são os empresários comunicadores. Isso significa que se dedicam a lavar com publicidade a face imunda dessas transnacionais que saqueiam as riquezas naturais do país. Existe um cordão umbilical entre as empresas mineiro-energética e a grande mídia, que os comprometem indissoluvelmente. Basta observar como Francisco Solé, que era vice-presidente da casa editorial El Tiempo, agora é membro da junta dirigente da Pacific Rubiales, e que nessa mesma junta está incluído o ex-ministro das Minas, Hernán Martínez. Também, entre muitos outros, está o caso María Consuelo Araújo que, depois de ser Chanceler do governo de Uribe, passou à presidência da transnacional Gran Colombia Gold. Hoje existe no país uma discussão sobre esta miscelânea indecente de interesses, que se traduzem em atos de traição à pátria. Por isso, sem dúvidas, mídias como VOZ e todo o espectro dos meios alternativos estão convocados a serem os porta-vozes da consciência nacional, de forma unificada, para que, como uma só força, possam fazer o contrapeso patriótico necessário contra esses juízes tiranos convertidos em carrascos, que se congregam na grande imprensa colombiana. Especialmente neste processo de paz, os meios alternativos devem jogar papel fundamental, abrindo o espaço, antes de tudo, para a participação popular.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Basta de crimes contra os palestinos



imagemSTP
A Comissão Política Nacional do PCB vem a público condenar a nova onda de agressão contra o povo palestino na Faixa de Gaza, cujo resultado tem sido a morte de mulheres, crianças e civis na Faixa de Gaza. Trata-se de mais uma demonstração do terrorismo de Estado de Israel, mas, ao mesmo tempo, significa a tentativa de generalizar a guerra na região para favorecer os interesses do imperialismo norte-americano. O povo palestino, mais uma vez, é vítima do sionismo que quer literalmente exterminá-lo, como vem fazendo há várias décadas, mediante a tomada de casas, vilas, bairros, fontes de água e plantações, visando se apoderar de todo o território.
Diante deste novo massacre, o PCB conclama todas as forças progressitas do mundo a cerrar fileiras na denúncia dessa ação criminosa e ampliar as manifestações em todos os países para deter essa agressão brutal. O mundo não pode se calar diante dessa barbaridade e desse genocídio.
Além disso, o PCB exige do governo brasileiro a interrupção da cooperação militar e econômica com o governo de Israel, para que o Brasil não se torne cúmplice dos crimes contra o povo palestino.
O PCB se solidariza com o povo palestino de Gaza em seu legítimo direito à resistência, inclusive armada, diante do agressor imperialista. E apoia de forma irrestrita a luta pela demolição do muro construído por Israel, a volta dos palestinos às suas casas, o fim dos assentamentos de colonos nas terras palestinas, a suspensão do bloqueio a Gaza e a Cisjordânia, a libertação dos presos políticos e a retirada dos territórios ocupados em 1967, de forma a que os palestinos possam construir em paz o seu futuro.
Comissão Política Nacional do PCB

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A batalha que abriu caminho à grande vitória (fotos)


imagemm.ruvr.ru
Svetlana Kalmykova
Há setenta anos, no dia 19 de novembro de 1942, o Exército Vermelho iniciou a sua contra-ofensiva na Batalha de Stalingrado. Essa operação resultou na derrota completa das tropas alemãs nazistas. A partir das ruínas de Stalingrado se inciou o caminho até à Grande Vitória da primavera de 1945.
Na manhã de 19 de novembro de 1942, milhares de peças de artilharia do Exército Vermelho despejaram uma tempestade de fogo sobre as posições inimigas e a ofensiva começou. Dias depois, as tropas soviéticas fecharam o cerco, no qual ficaram 330 mil soldados, oficiais e generais do exército hitleriano. Os combates encarniçados continuaram durante os três meses seguintes, mas todas as tentativas dos alemães de romper o cerco e sair foram infrutíferas.
Esta operação no Rio Volga, batizada de Uran, foi preparada durante dois meses. Junto à Stalingrado (atual Volgogrado) cercada, em condições de segredo rigoroso, se concentraram reforços provenientes da Sibéria Ocidental e foi criado um poderoso grupo de assalto.
Os historiadores consideram esse um momento culminante, um ponto de virada de toda a Segunda Guerra Mundial. Para a máquina de guerra alemã, que até esse momento tinha conquistado quase toda a Europa, isso foi um golpe devastador, do qual ela já não conseguiu recuperar, diz o perito do Instituto de História Geral da Academia das Ciências da Rússia Mikhail Miagkov:
“Foi precisamente aqui que se deu a virada moral na guerra. Não só porque os alemães concentraram aí as suas unidades principais e Hitler deva uma enorme importância política a essa cidade. Nesse momento se deu uma quebra moral do exército alemão e o exército soviético sentiu que o inimigo podia ser vencido.”
A contra-ofensiva foi precedida de meses de duros combates. As tropas do Terceiro Reich avançaram em meados de julho em direção a Stalingrado e estavam convencidas que até agosto a cidade iria cair, abrindo-lhes o caminho para as áreas petrolíferas do Cáucaso. Mas elas esbarraram na incrível resistência por parte dos defensores da cidade que lutavam até à morte.
Os defensores recordavam como a colina de Mamaev Kurgan e como decorriam combates por cada rua e por cada prédio. Todo o mundo seguiu, com o coração nas mãos, o decorrer dessa confrontação nas margens do Volga. O seu desfecho iria decidir o destino de toda a humanidade. Os defensores de Stalingrado não defenderam só a cidade, eles salvaram toda a Europa e todo o mundo do nazismo. A derrota das tropas hitlerianas junto a Stalingrado permitiu o desenvolvimento do movimento da Resistência nos países da Europa.
A batalha de Stalingrado, que durou 200 dias e noites na sua totalidade, foi a batalha de maior escala e a mais sangrenta da história da humanidade. Na defesa da cidade morreram e ficaram feridos cerca de um milhão de soldados e oficiais soviéticos. Os exércitos do bloco nazi-fascista perderam em Stalingrado um quarto das forças que combatiam na frente germano-soviética.
Sobre a Batalha de Stalingrado foram escritas montanhas de literatura, os acontecimentos foram reconstruídos literalmente ao minuto. Mas o trabalho continua, diz Elena Tsunaeva, historiadora de Volgogrado, um dos autores da enciclopédia dedicada à Batalha de Stalingrado:
“Sim, se sabe muito, mas se começarmos a analisar os detalhes, ainda muito está por descobrir. Há pouca informação sobre determinados destacamentos militares, é difícil encontrar documentos de arquivo, visto que muito foi destruído durante a guerra. Falta informação mesmo sobre alguns comandantes. Ou seja, nós sabemos quem foram heróis, quem foram os condecorados, mais é muito complicado encontrar a descrição detalhada do seu feito. Quanto ao fato de terem sido escritos muitos livros, posso dizer que alguns episódios são simplesmente copiados. Por isso seria errado dizer que o estudo da Batalha de Stalingrado terminou.”
A continuação do estudo da Batalha de Stalingrado deverá receber o contributo da quinta edição da enciclopédia, assim como da nova edição biográfica Batalha de Stalingrado e os seus Habitantes. Ela irá descrever o contributo que os habitantes da cidade deram para a vitória tanto na retaguarda como na frente de combate. Pois se olharmos para a vitória, esta foi tecida de milhões de feitos e vitórias das mais diversas.

CONGRESSO MANOEL FIEL FILHO:


A Unidade Classista homenageia um militante comunista na resistência operária

No enfrentamento à ditadura burguesa sob a forma militar, o PCB construiu uma alternativa de luta que orientava suas bases e informava a frente democrática, para as mais amplas ações de massa e articulações políticas, como forma de reagir ao regime de exceção que se estabeleceu no Brasil, em 1º de abril de 1964. 
Essa política de frente única dava sinais de firmeza em 1973 e se consolidou em 1974. A ditadura, percebendo o avanço dessas formulações na atuação da oposição e dos movimentos de resistência, organizou a “operação radar” para liquidar o PCB. O aparelho de repressão partiu para cima do Partido em todo o Brasil. De 1973 a 1976, dirigiu o grosso dos seus esforços para o inimigo número 1 da ditadura naquele momento: foram milhares de prisões, centenas de militantes torturados, dezenas de exilados e 39 militantes e dirigentes assassinados sob tortura. A desarticulação do PCB era a condição da ditadura para transitar o seu projeto de “abertura lenta e gradual”.
Dentro da política de enfrentamento ao regime fascista, o PCB deliberou por uma ação que movimentasse a classe operária para um papel protagonista diante da conjuntura de desgaste da ditadura. As formas de luta eram as reivindicações salariais, a luta por melhores condições de trabalho, a denúncia dos crimes da ditadura e a organização do Partido entre os trabalhadores.
Para cumprir esse último papel, a direção do PCB em São Paulo designou um operário comunista experiente, temperado nas lutas da nossa classe e convicto do nosso papel: Manoel Fiel Filho, nascido em 7 de janeiro de 1927, em Alagoas. Esse camarada ficou responsável pela distribuição do jornal A Voz Operária nas fábricas da Mooca e pelo trabalho de organização do Partido entre os operários daquela região fabril.
No dia 16 de janeiro de 1976, agentes do DOI-CODI prenderam Manoel Fiel Filho na fábrica onde trabalhava, a Metal Arte, na Mooca. Dois agentes da repressão levaram o líder operário por volta de meio-dia. No dia seguinte, 17 de janeiro, a repressão armava um teatro para dizer que o operário comunista havia se matado, por enforcamento, nas dependências do II Exército. Trata-se de mais uma armação, Manoel Fiel Filho tinha marcas de tortura na cabeça, pescoço e punhos. Tinha sido barbaramente torturado e não resistiu, morrendo nas dependências do Exército, o que criou uma crise política no governo autoritário.
O camarada Manoel foi Fiel até o seu último momento à luta pela emancipação dos trabalhadores. Lutou com seu Partido, ao lado da nossa classe, para derrotar a ditadura. 
Por determinação da repressão seu corpo foi enterrado rapidamente no dia 18, no cemitério da IV Parada, em São Paulo. Era o medo da ditadura diante da sombra de liberdade que começava a cobrir vastos segmentos populares na luta pela democracia.
A repressão continuaria perseguindo os familiares do operário comunista para que eles nada fizessem. As roupas com as quais havia sido preso foram jogadas na porta da sua casa, pelos agentes da repressão, quando do aviso de sua morte.
O movimento operário avançou, mostrou-se forte nas lutas de classe do final da década de setenta, do século passado. A ditadura foi derrotada e novas batalhas se colocam para os trabalhadores. A classe operária marcha para fazer a luta política diante da crise do capital, os comunistas estão construindo a sua organização para avançar no enfrentamento à burguesia. O camarada Manoel Fiel Filho é um símbolo dessa luta. Tombou em defesa da nossa classe e do nosso Partido. Aqui reunidos reafirmamos a sua presença entre nós. Seu exemplo e a sua lição de luta marcarão os passos da Unidade Classista, vanguarda dos trabalhadores na luta pela sociedade socialista.
Mas, neste momento de reorganizar a nossa luta, queremos afirmar: por nossos mortos nem um minuto de silêncio, toda uma vida de luta e combates.

Camarada Manoel Fiel Filho, Presente!
Viva o Partido Comunista Brasileiro!
Viva a Unidade Classista!

domingo, 18 de novembro de 2012

Facebook censura esculacho contra José Maria Marin



Pela segunda vez, o Facebook censurou o evento criado pela Articulação Estadual pela Memória, Verdade e Justiça para divulgação do escracho contra o atual presidente da CBF, José Maria Marin. Não seremos os primeiros, nem os últimos a serem vítimas desta prática. 
Na sociedade contemporânea, cuja superexposição é valorizada, os espaços privados se fundem com os espaços públicos, contraditoriamente vê-se uma censura generalizada, principalmente referente a discussão de questões políticas. A exposição no mundo virtual/real parece só ser válida se para corroborar com um status quo de uma sociedade conformista, consumista e preconceituosa. Sob a falsa prerrogativa da "liberdade de expressão" preconceitos de gênero, etnia, orientação sexual são disseminados, ao mesmo tempo em que se abafa as vozes dos oprimidos que vêem no meio virtual uma forma de articulação de resistência.
Em um mundo pautado pelas redes sociais, que serviram como plataformas de discussão e organização para diversas frentes de resistência no mundo todo, como o movimento Occupy Wall Street e a Primavera Árabe, somos surpreendidos pela censura neste ambiente, que ao que parece em um movimento retrógrado tem organizado suas políticas e termos de uso para servir aos interesses de grandes corporações - nossas informações privadas são dadas a grandes empresas para que propagandas sejam direcionadas exatamente de acordo com o nosso perfil, mas não podemos nos posicionar politicamente - afinal é uma "violação aos termos de uso".
O Facebook tem uma política de segurança no mínimo, passível de crítica - para não dizer duvidosa.  Esta política de segurança exclui fotos da Marcha das Vadias, porque são fotos de seios nus - dentro de um contexto político e claramente não sexual e não objetificado - ao mesmo tempo que permite fotos de violência explícita, ou fotos de corpos femininos objetificados. Considera fotos de mães amamentando seus filhos fotos de conteúdo explícito. As charges de Carlos Latuff uma "violação aos termos de uso", ao mesmo tempo que memes preconceituosos e reacionários surgem cada vez em maior frequência e velocidade. E agora, de alguma forma, o escracho contra José Maria Marin foi considerado "impróprio" pela censura do Facebook.
A censura na rede social ainda é praticada do jeito mais sujo possível, através da delação. Uma pessoa que discorde politicamente de uma página pode denunciá-la, criando uma patrulha da moral e dos bons costumes no meio virtual - qualquer semelhança com o passado não é mera coincidência. 
Deste modo, repudiamos a atitude do Facebook, que cada vez mais não esconde a faceta de ser uma grande corporação, voltada para proteger os interesses de poucos em detrimento da liberdade de muitos. A rede social é uma mídia e assim como outros meios não pode sofrer censura. Assim como os outros meios de comunicação deve ser regulamentada e democratizada.
 
Por isto, não importe quantas vezes o Facebook nos cale, dia 11/11 VAMOS ESCRACHAR JOSÉ MARIA MARIN!